Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

BIDI - 5 de setembro de 2012 - Parte 2 - Autres Dimensions



Pergunta: quando se vive em casal, a refutação das relações sexuais é suficiente para superar os apegos?
Mas certamente que não. Deixe este saco exprimir o que ele precisa, mas tu não és isso. Tu queres mudar as regras da personalidade, então eu lhes digo, sem parar, para mudar de ponto de vista. Ninguém lhes diz para fazer isso ou aquilo, a não ser para mudar o ponto de vista. Não é porque tu privas este saco de comida ou este saco mental, de comida ou de uma relação, que tu vais ser Absoluto.

O Absoluto não tem o que fazer das circunstâncias do “eu”. O Absoluto não tem o que fazer do que tu vives com teus filhos, com teus pais, ou com quem quer que seja. Enquanto tu acreditas nisso, é ainda um ponto de vista do "eu", da pessoa.

Acreditar que mudando uma circunstância, qualquer que seja, de sua vida, deste saco, prova simplesmente que vocês estão identificados a este saco. Eu lhes farei salientar que a cada entrevista e a cada entre nós, vocês se recolocam, sistematicamente, na pessoa.

Mudar as regras do jogo sobre o palco do teatro, mudar o cenário, não muda nada no teatro. A refutação não é rejeitar filhos, marido ou o que quer que seja. É tomar consciência do efêmero. Ninguém nunca pediu para deixar o que quer que fosse.

Isto não é mais do que o reflexo do ego que tenta apropriar-se do Absoluto. É impossível. Mesmo se tu, tu estás consciente de que tu não sonhas mais, o outro sonhará sempre. O que é necessário é não romper o que quer que seja, é tomar consciência, mudar o olhar e de ponto de vista, observar isso pelo que é: uma cena de teatro.

Deixem a cena se desenrolar. Imaginem que vocês já estejam no Si, e que vocês se dirigiriam a todos os outros que estão aí, assistindo à cena de teatro ou os atores, e que tu dizes a eles: "basta, isso não existe." O que vai acontecer? Tu o sabes muito bem: haverá reações.

Portanto, não há nada a mudar, há apenas que mudar de olhar, de ponto de vista. Vocês é que se deslocam, e não o palco de teatro. É uma visão egocêntrica, que traz tudo ao "eu" e ao Si. Não é mudando de "eu" ou mudando de Si, que vocês vão mudar o olhar. É simples, tão simples que o ego fará de tudo para não vê-lo e encontrar estratégias para tentar evitar este nada dele mesmo.

Então ele vai mudar as regras do jogo, mudar de parceiros, para parar com isso, perseguir aquilo. Mas isso se desenrola sempre sobre o palco de teatro assim. Não há nenhuma mudança de ponto de vista. A refutação não é separar-se de. Destina-se a mostrar-lhes o fútil e o ilusório do que é efêmero, de tudo o que é passageiro. Vocês não são isso: é apenas isso o que há para apreender, para perceber, nada mais. Todo o resto são apenas projeções de interpretações das minhas palavras.

Pergunta: existe um cristal facilitador da estase, durante a sua duração?
O que é um cristal? Um objeto. Um objeto que encontra um sujeito põe fim ao sujeito e ao objeto? Eu não sou afetado por esse tipo de pergunta. Muito menos o Absoluto.

É claro que há interações entre sujeitos (marido e mulher, mãe-filho). A prova, vocês a colocaram, as perguntas. Da mesma forma, existem interações entre um objeto e um sujeito. Mas, desde que haja objeto, desde que haja sujeito, há distância, mesmo se houver ressonância.

Então eu não lhes peço para jogar os objetos, mas para ver, realmente as coisas. E então, quando vocês falam sobre um objeto, seja ele qual for, natural ou manufaturado, vocês vão dizer, por exemplo: este objeto é de ouro. Vocês vão definir o ouro, vocês vão definir a natureza do objeto, isto é, a forma.

Um anel de ouro, não é um colar de ouro, mas no entanto é sempre de ouro. Enquanto vocês identificam, vocês nomeiam, vocês separam e vocês dividem (quer seja mamãe, papai, o meu filho, e um filho), vocês estão submissos à forma, aos objetos, às imagens. Vocês estão submissos ao efêmero, ao que os seus sentidos percebem. O Absoluto não tem qualquer sentido. Então eu não posso responder a esse gênero de pergunta.

Pergunta: é recomendável partir em uma caverna, como Séréti o havia dito?
Mas a caverna, ela é o teu Coração: é a caverna Interior. Não é uma caverna exterior. Por que fazer isso? Não há nenhum lugar para onde ir, exceto extrair-se do "eu", da pessoa e do Si, isso é da Ilusão. Enquanto vocês acreditam que uma circunstância exterior, um objeto, um sujeito, qualquer que seja, vai mudar o que quer que seja, vocês se enganam. Nenhuma mudança de percepção, nenhuma mudança de cenário, nenhuma mudança de iluminação, mudará o que quer que seja.

Enquanto vocês dependem de uma circunstância, de um sujeito ou de um objeto, de uma história, vocês não estão Livres. Então, é claro, numa caverna, vocês estão sozinhos. Não há mais sonhos dos outros que venham interferir com os seus. Mas vocês continuam a sonhar.

Vocês desencadeiam o quê? Uma experiência mística. Ou vocês vão, eventualmente, espelhar-se no Si, na projeção deste Amor, em fazer uma felicidade e um objetivo. Erro: mesmo que seja satisfatório, isso é ainda o ego, isso é ainda a ação de uma pessoa ou do Si.

Mas quem diz Si, diz forma, diz identidade. Vocês não superam a identidade, quer seja em uma caverna ou em uma bolsa, é a mesma coisa. Não há nada do que fugir, não há nada para cortar, nada para separar, exceto mudar de ponto de vista. Quando vocês mudam de ponto de vista e de olhar, vocês mudam alguma coisa na cena? Não. Vocês querem a todo preço mudar a cena, o "eu". Não se preocupem: o "eu" mudará pela Luz, o que quer que vocês pensem.

A sua estratégia não deve ser a de querer mudar as regras, mas simplesmente de mudar de ponto de vista e de olhar. O Absoluto é o que vocês São.

Como mudar uma circunstância, uma situação vai fazer desaparecer a Ilusão? Isso é uma ilusão. Vocês acham que vocês têm que ir de um ponto ao outro, vocês acham que vocês devem mudar o cenário, porque há coisas irritantes, nesse cenário, quer isso seja o marido, a mulher ou o que quer que seja. Mas vocês não compreenderam nada. Vocês transpõem a culpa no outro. Qual outro? Não há mais outro além de vocês.

Para isso, é preciso mudar o olhar, não mudar as coisas. Deixem as coisas acontecerem, elas não precisam de vocês, o que quer que vocês façam. Eu estou contente em ver que as últimas resistências se expressam em plena luz do dia.

Pergunta: o que significam esses três sonhos? 1. Eu recuso que um cabeleireiro, incompetente, corte o meu cabelo. 2. Eu e uma garota recusamos um orçamento proposto por um empreiteiro para refazer a nossa cozinha. 3. Eu recuso o que um homem quer impor a mim.

Mas não importa: são apenas sonhos. O que tu pensas, o que tu vives, é um sonho. E neste sonho, há outros sonhos.

O que vem fazer o sonho no Absoluto? O sonho está tão distante do Absoluto, quanto o que tu interpretas quando tu estás acordada. Inclina-te em vez disso, sobre o que tu eras antes de ser uma pessoa, antes de sonhar. O que tu procuras como explicação? Quem busca a explicação? Quem quer uma resposta para isso?

Dizer-te que é o mesmo, porque todos estes sonhos só falam de ornamento, de decoração (seja os cabelos, a cozinha, o homem)? Estes são apenas elementos da decoração.

Tu queres estar submissa à decoração? Tu queres continuar a manter as tuas quimeras, a aparência? Para discriminar o que é bom ou não bom, até mesmo numa cozinha. O importante não é a explicação, mas por que ela existe. O que isso reflete, além da explicação?
Um jogo, uma quimera. Mesmo um sonho profético que se revela ser verdadeiro, que sentido tem ele? Em que isso satisfaz? Em que isso implica? Tu estás inserida em uma pessoa, em uma trajetória, em uma história. Mas não há qualquer solução no sonho. Não há qualquer solução na pessoa.

Pergunta: sentir uma dormência, como se a pele se tornasse de papelão na parte superior da face esquerda, irradiando para cima e para o nariz, corresponde à abertura do canal mariano?
Dentro da pessoa, os Anciãos estão empenhados em dar-lhes marcadores mesmo dentro dessa pessoa, mesmo dentro desse teatro (marcadores formais) no palco do teatro. A mesa não está na cama, ela está na sala de jantar.

Saber que a mesa está na sala de jantar coloca as coisas em ordem e permite, por certas pontes, compreender bem que esta é uma cena de teatro. Então, sim, de fato, a mesa está bem na sala de jantar e a cama no quarto. O posicionamento dos objetos da pessoa, nesse quadro, permite extrair-se dele.

Isto não é o mesmo que, por exemplo, querer saber quem está no Canal Mariano e por que ele não fala a vocês, e por que ele não lhe dá tal sensação? Portanto expressar em algum lugar, no palco do teatro, uma localização, não é aderir à pessoa, mas justamente, ver que a pessoa é permeável, totalmente permeável. É já, mudar de ponto de vista. Está além de toda explicação, de toda compreensão porque não é um julgamento: "eu o sinto bem, eu o sinto mal, eu não o sinto". Mas é bem a percepção justa, da boa localização. E é isso que é importante. Isto é o que permite, justamente, sair de toda localização.

Pergunta: recentemente, durante uma longa semana, no primeiro instante do despertar, eu podia ver como em câmera lenta, o meu mental pôr-se em movimento. Uma primeira imagem e um filme qualquer aparecem. Uma segunda e mais densa acoplada nela. E os vagões são adicionados sem qualquer lógica ou inteligência aparente. Depois a tricotagem começa e o filme torna-se mais coerente. Se nesses primeiros momentos eu caio no sono de novo, aparece um sonho que se serve dos elementos precedentes e que não tem nem pé nem cabeça. A tomada de consciência destes elementos é uma grande força para a refutação do mental no decorrer do dia. Desde uma longa semana, eu não vivo mais o processo e o mental parece querer alcançar o tempo perdido. Um conselho para reencontrar este estado?
O que tu descreves é muito exatamente o que deve acontecer. No momento em que vocês emergem do sono, vocês estão virgens de todo pensamento, de todo saco. E é aí que vocês podem tomar consciência do aparecimento do corpo, como do aparecimento do mental.

Tomar consciência deste momento é crucial, como tu o dizes. Porque é isso que te é dado a ver, exatamente quando tu mudaste de ponto de vista e de olhar. Quando este momento é identificado, é reencontrar, realmente, o que tu És, mesmo se isso não se instale de forma permanente.

Mas ter tomado a consciência disso, e tê-lo vivido, é a única verdade, o único lugar onde tu podes reencontrar o que tu És, mesmo que isso não dure. Porque é preciso que o saco de comida e o saco mental continuem a viver. Mas viver isso já é tomar uma forma de distância do ilusório e do efêmero.

Isso se produzirá novamente, sem nenhuma dúvida. Mas por mais que tu te impregnes do que tu És, antes que o corpo não se mova, antes que o mental não chegue: é muito exatamente isso o que é a tua natureza. O Absoluto está aí.

Depois disso, vem o observador, aquele que observa mesmo o que se desdobra. Mas no momento em que tu te acordas, e em que tu vives isso é a ausência do observador que está escondido por detrás. Tu estás aí. Então não te preocupes, não te atenhas, não mais ao desaparecimento deste estado. Ele voltará.

Porque desde o instante em que, pela primeira vez, esta mudança de olhar foi vivida, tu sabes pertinentemente, que aí esta a Verdade. Tu vês, além disso, os efeitos dela, como tu o dizes, no desenrolar do teu dia. É muito exatamente esse estado, além de todo estado, que acontece ao despertar, quando tu não sabes mais se tu estás em um corpo, quando não há pensamento e, quando, no entanto, tu Estás aí. Mas tu És, aí, despojado de todo efêmero. Aqui está o Absoluto. Aqui está o que tu És.

Demonstrando, assim, que aqueles que querem mudar disso ou daquilo, não têm estritamente nada concluído. O mental / ego é um obstáculo: ele quer continuar jogando. Esses momentos são essenciais, porque são eles que te conduzem o que tu És, quando tu te apercebes que tu És, independentemente de um corpo, de uma história, de uma memória e de um mental. Mas isso não impede este corpo de existir, nem mesmo o mental de ser, nem os objetos e os sujeitos em torno de vocês, de ser.

Simplesmente, aí, na verdade, o olhar, o ponto de vista, mudou e, portanto, a vida toda mudou, mesmo se, efetivamente, existe a possibilidade de voltar para a personalidade ou para o Si: mas isso é realmente vivido como um jogo. Não há mais qualquer apego, não pode mais haver qualquer sofrimento, mas simplesmente um jogo. É aquele momento que vocês devem procurar e identificar. Não como uma busca, Interior ou exterior, mas aproveitar que o saco de comida e o mental não existem.

Quando tu fechas os olhos, o mundo existe? Não. Quando tu dormes, tu sabes onde teus filhos estão? Não. A menos que tenhas sonhos recorrentes. Quando tu dormes, tu te fazes a pergunte do sexo ou do tabaco? O Absoluto, ele é a interface entre o sono e o acordar da manhã. Se vocês chegam a estar aí, vocês Estão nele e toda sua vida será diferente, sem nada querer mudar. Porque não é mais a sua vontade pessoal, ou o espelhamento do Si que vai agir, é outra coisa.

Pergunta: a sedução faz parte das linhas de predação do primeiro e do segundo chacras ou ela é um aspecto da personalidade?

Eu diria, os três, de cada vez. Toda noção de sedução passa por um dos sentidos ou por uma ideia. É virtual. Isso impulsiona, necessariamente, todos os corpos grosseiros. A sedução consiste em levar a si. Qual é o objetivo da sedução, seja ela qual for?
É de continuar a Ilusão. O Amor não é uma sedução. É um estado, além de todo estado. Isso não será jamais uma projeção de um ideal, a uma pessoa, a uma sociedade, ou a qualquer coisa ou a qualquer um.

A sedução, quaisquer que sejam os aspectos agradáveis, só leva ao ilusório porque o que foi seduzido um dia, será rejeitado, noutro dia. É inevitável. Apenas uma ideia pode seduzi-los por mais tempo do que um objeto ou um sujeito, do que uma pessoa. E a sedução, por um ideal (que é também uma projeção), pode durar a vida toda, se não todas as vidas.

Mas isso não muda nada. Porque toda a sedução, em última análise, é apenas o reflexo da falta de Amor, e da incompreensão do Amor, e da não vivência do Amor. O Amor É.
Ele não se acomoda de nenhuma sedução, de nenhuma ligação, de nenhuma posse, de nenhum caminho.

É a projeção do Amor que criou isso. Mas a projeção do Amor é apenas a projeção das faltas. Porque aquele que É Amor, que É Absoluto, não tem estritamente nada a projetar, nem a seduzir. Sendo Amor, tu tens justamente que Ser esse Amor. O fato de amar, é já uma projeção: é considerar que há emissão. É considerar que há uma ação. É considerar que há uma falta.

Gostaria de lembrá-los de que vocês são o que você procuram. Gostaria de lembrá-los que não há caminho. Gostaria de lembrá-los que vocês São Amor.
É isso, mudar de ponto de vista e vivê-lo, e até mesmo encarná-lo, se vocês quiserem.

Pergunta: teremos ainda necessidade de órgãos sensoriais?
Aqui está outro exemplo típico de uma pessoa que acredita que ela vai encontrar suas deficiências, seus amores, a sua casa, as suas roupas, a sua comida. Como imaginar uma coisa dessas? Como ousar pensar que isso pode continuar? Nada é retirado após a Passagem. Absolutamente nada. Este já é o caso quando o saco de comida desaparece normalmente. O que vocês acreditam levar consigo? Um órgão, um marido, uma esposa, um filho, uma peça de roupa ou qualquer outro objeto? Isso são fantasmas.

Só aquele que é Absoluto sabe, porque ele o vive. Ele sabe que ele está em um saco de comida e mental. Ele sabe que há outros sacos, interações de sacos, em todos os níveis. Mas não é isso. Por que levaria consigo o que ele não é? Por que pensar esse tipo de coisas? Por que imaginar, mesmo esse tipo de coisas? Como vocês querem ser Absoluto, ou como vocês querem viver esse Desconhecido (porque vocês não o conhecem), carregando o que lhes é conhecido, uma vez que tudo o que lhes é conhecido é efêmero?

Vocês acham que vocês vão levar os seus colares, os seus anéis? Vocês acham que vocês vão carregar as suas afeições, as suas ligações? Quem pensa isso? Quem imagina isso, se não é, precisamente, o que é limitado, mas limitado em todos os sentidos, profundamente limitado.

E, no entanto, vocês ainda têm a experiência, para aqueles que lhes deixaram (que morreram): eles carregaram o menor objeto, a menor pessoa? O que resta? Apenas, a lembrança, a memória. Mas vocês, não neles. O que quer, em vocês, se agarrar ao conhecido? O que quer, em vocês, imaginar uma solução de continuidade? Façam-se esta pergunta e olhem-se. Prossigamos.

Pergunta: "do outro lado", nós nos beneficiaremos de uma aprendizagem?
Mas a Luz é Inteligência, Total e Absoluta, Instantânea, sem tempo, sem futuro e sem passado. A única aprendizagem é a de reconhecer isso, isso quer dizer que o condicionamento do ilusório foi tal, que (olhem, através de suas perguntas) você imaginam carregar deficiências, vocês imaginam carregar memórias.

É a pessoa que considera isso. Então, o único aprendizado, é como quando vocês ficam no escuro por muito tempo: quando vocês saem do escuro, a luz os ofusca.

É exatamente a mesma coisa. Tudo a que vocês têm dado alguma forma de persistência, em suas ilusões, em suas crenças, poderá atrapalhá-los, por certo tempo. Isso pode ser chamado de um aprendizado. Mas aquele que é Absoluto em uma forma não requer nenhuma aprendizagem, porque ele conhece a Verdade. Ele É a Verdade.

No período em que vocês estão neste saco de comida e mental, o que vocês acreditam, é ao que vocês aderem, toma vocês. E mesmo quando isso não os toma mais, vocês persistem em segurá-lo.

Aí está a aprendizagem: entender que não há joias, nem casas, nem canudos, nem maridos.
Vocês sabem, é como se os atores: não há mais ninguém que assista ao teatro, todo mundo saiu e eles querem continuar a representar. Eles estão tão absortos em sua própria criação ilusória, que é preciso, eu diria, não uma aprendizagem, mas um descondicionamento.

Há, de fato, uma forma de aprendizagem, eu diria, dos códigos de Luz, que não são regras nem leis. Imaginar que chegando na Luz, vocês gastam o seu tempo recriando ligações, objetos, crianças, casas e sabe-se lá mais o quê? Há quem o faça.

Aí é preciso descondicionar. Vocês estão tão absorvidos nos jogos que vocês acreditam que os jogos estão presentes em toda parte.

É como para os olhos ou os sentidos: quantas vezes os Anciãos, as Estrelas, lhes disseram que vocês não precisam de olhos para ver?

Isso lhes parece tão absurdo, tão impossível e, no entanto, é a estrita Verdade. Vocês estão sujeitos aos seus sentidos, neste saco.

Os sentidos são limitados e eles os limitam. O Absoluto é Ilimitado, como a Luz.
Vocês não precisam de sentidos na Luz, porque a Luz é o Sentido. Vocês não precisam de apêndices: vocês não precisam de mãos nem de cérebro.

Percebam que o condicionamento que é o vosso: vocês estão em um corpo perecível e vocês imaginam que há coisas (deste corpo, deste mental, desta pessoa) que vão persistir. É maravilhoso. É, antes de tudo, um pesadelo. Mudem de ponto de vista. Parem de imaginar que haveria alguma persistência do que quer que fosse. Lembrem-se do momento do despertar, pela manhã, quando não há ainda consciência do corpo: vocês são isso.

Pergunta: "do outro lado", haverá reagrupamentos por afinidades?

Mas vocês não precisam se
​​reagrupar, do outro lado, uma vez que vocês se comunicam além do tempo e do espaço. Vocês não estão atribuídos a uma forma, a nenhum limite, a nenhuma percepção, tal como vocês o concebem. Então, se vocês quiserem se reagrupar a todos os planetas, em todos os sistemas solares, em todas as Dimensões, vocês o São, sem esforço, espontaneamente. Não há nenhum movimento.

Pergunta: no momento da "partida", nós estaremos conscientes?

Mas não somente vocês estarão conscientes, mas vocês vão Despertar. É agora que vocês dormem. É agora que vocês estão mortos.

Quando vocês chamam a Ascensão, mais vocês se tornam Conscientes. Vocês não são o que vocês acreditam sê-lo. Vocês sonham. Vocês estão projetados em um saco, que apareceu um dia, que desaparecerá noutro dia. É precisamente quando a ilusão desaparece que o Eu Sou aparece, em sua Glória e que o Absoluto pode ser vivido, como a Única e Última Verdade.

Então, vocês estarão Conscientes do que vocês São, e não do que vocês acreditam. Se, no entanto, o que vocês acreditam é mais forte do que a Consciência do que vocês São, aí, haverá descondicionamento.

Vocês sabem, que, deste lado, na encarnação, não há nada pior do que aquele que não pode ver, ou que não quer ver. Mas eu não falo de ver com os olhos, eu sempre falo da mudança de ponto de vista e de olhar. A prova está nas perguntas. Vocês imaginam, todos, uma solução de continuidade, mas nada pode continuar, desde que nada jamais começou. O que vocês querem que continue? Aí está a Consciência, não nas projeções e no sonho.

Pergunta: Como você explica o desejo irrepreensível de jogar jogos de computador e assistir a filmes, para ocupar o mental?
Isso é chamado o Eixo ATRAÇÃO - VISÃO. Esta é a falsificação, a sedução, o que é visto, a gratificação imediata, o prazer imediato.

Não há outra solução que não aderir mais a isso e não há maneira de chegar lá. Então vocês têm, é claro, drogas, vocês têm descondicionamentos, lugares especializados para isso. Percebam o nível do condicionamento. O que vocês São, Absoluto, que se envolve em um jogo ilusório, uma vez que é uma imagem. Isso só mostra o medo, a um nível extremo.

E, além disso, os Anciãos lhes disseram: tudo o que existe aqui, aí onde vocês estão, é senão construído sobre o medo, sobre a falta, sobre a ignorância. Assim, os sistemas de conhecimento foram construídos para cercar a ignorância, como para os princípios de sedução, os filmes, os jogos.

E vocês queriam que isso continuasse? Mas eu não tenho solução. É preciso dirigir-se a uma pessoa que tenha autoridade sobre isso, o que vocês chamam um médico, um terapeuta. Mas eu não posso parar aquele que faz isso.

Ele se submeteu, a si mesmo, aos seus maiores medos, os do desaparecimento da pessoa. A única solução, também aqui, a mais lógica é a de não estar no ponto de vista da pessoa. A que vocês dão corpo? A que desejo vocês sucumbem? A que vocês se dão? Olhem. Ousem olhar-se. Sem se julgar, sem condenar. Como vocês podem julgar ou condenar o que não existe? Isso é um absurdo.

Nós não temos mais perguntas, nós vos agradecemos.

Então BIDI, vos agradece por sua Atenção, por sua escuta benevolente. E vivamos um momento no Nada, que, para vocês, não é nada. Mudem o olhar. Façamos isso juntos.

... Compartilhamento do Dom da graça ...

Bem, BIDI vos saúda.

Até logo.


Mensagem de BIDI - PARTE 2 no site francês Autres Dimensions:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1599
05 de setembro de 2012
(Publicado em 06 de setembro de 2012)
Tradução para o português: Josiane Oliveira - http://fontedeunidade.blogspot.com.br/
http://minhamestria.blogspot.com

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