Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


sexta-feira, 30 de março de 2012

SRI AUROBINDO - 24 de março de 2012 - Autres Dimensions



Eu sou SRI AUROBINDO.

Irmãos e Irmãs, aqui, nesta encarnação, antes de exprimir o que quer que seja, vivamos juntos um momento de Comunhão na Graça.

... Compartilhamento da Doação da Graça ...

Irmãos e Irmãs, eu venho entre vocês, enquanto Melquizedeque do Ar, exprimir uma série de elementos referentes ao que vocês talvez já vivam e que se inscreve, perfeitamente, no que eu pude escrever e dizer durante a minha última encarnação, assim como há 2.000 anos, sob o ditado de CRISTO (ndr: o Apocalipse ditado a João), com relação aos tempos da Revelação, aos tempos do que eu nomeei, então, a descida do Supramental, permitindo Despertar e Revelar a Terra, assim como vocês mesmos, hoje, para viver o que é para viver.


Eu acrescentaria, antes de começar, um elemento relacionado, justamente, ao que é para viver, ao que é essencial para integrar em vocês.

Independentemente do que eu pude escrever, independentemente do que eu pude viver, independentemente do que eu posso, hoje, dizer a vocês, inscrevendo-se na sequência lógica do que havia escrito, vocês devem apreender-se, compreender, que não há estritamente ninguém a seguir, nenhum conhecimento a aplicar.

O que deve guiar, hoje, mais do que nunca, o que vocês têm a viver é, justamente, a experiência que vocês vivem.

Nenhuma vivência anterior, nenhum testemunho anterior, pode suprir ou substituir o que vocês vivem.

A Liberdade, a Liberação, o Si, o Despertar ao Supramental (em última análise, quaisquer que sejam as palavras, e elas são numerosas, que podemos ali lapidar), devem permanecer um mecanismo vivenciado intimamente.

É apenas aceitando viver, de maneira íntima, o que lhes é oferecido por vocês mesmos, que chegará um momento em que vocês poderão testemunhar o que é a Verdade.

Mas dar testemunho da Verdade deve fazê-los compreender que nenhuma Verdade pode ser exterior, nem ser vivenciada no exterior de vocês mesmos.

Este corpo é o Templo Sagrado onde se realizam as suas próprias Núpcias Místicas.

Somente alguns testemunhos podem simplesmente chamá-los, mais intensamente, não para seguir o testemunho, mas, sim, para instalar-se, vocês mesmos, em Sua Presença ou no Absoluto.

O ser humano tem a particularidade, enquanto não instalado nos estados não habituais da Consciência, a sempre querer seguir uma autoridade exterior.

Aí está o perigo, é claro, porque enquanto vocês seguem (como isso foi dito) quem quer que seja, vocês não podem viver o que vocês têm a viver.

Nada existe no exterior de vocês que seja desejável.

Mais do que nunca, hoje, a Onda da Graça (que é a resposta à descida do Supramental) chama-os para instalar-se na Sua Inteireza, na Sua Vivência, na Sua Experiência, além de qualquer palavra.

Somente quando vocês aquiescem ao que vocês têm a viver, na totalidade, é que a experiência pode ser concluída.

Vocês devem apreender-se, também, de que esse término é profundamente diferente para cada um.

Mas o processo é delimitado.

Eu distingui, de algum modo (na minha obra do Yoga Integral e da descida do Supramental), uma série de elementos.

Existe, ao longo de toda história e, sobretudo, no século XX, um número incalculável de testemunhos, em todas as culturas, do que é possível viver, manifestar e, de algum modo, recriar, pela ação e pela Inteligência da Luz e, de hoje em diante, pela Onda da Vida.

Que nasceu, eu os lembro, no centro da Terra e que ali renasce.

Esse prefácio sendo colocado, eu prossigo sobre alguns elementos mais recentes, e não ligados a uma história (mesmo há 2.000 anos), não à minha vivência na minha última vida, mas, sim, ao que vocês podem viver (hoje, na totalidade) porque não pode existir, em meio ao que é para viver, qualquer limite exceto o seu próprio.

A finalidade, se tanto é que seja uma, mas, digamos, Final, para vocês, neste mundo, neste tempo, é viver o que eu chamaria de União Mística ou Casamento Místico.

Esse Casamento Místico culmina, inevitavelmente, na instalação no Absoluto.

Esse qualificativo de Absoluto pode, efetivamente, representar, para a consciência limitada, um terror ou uma ilusão.

Apenas através da experiência (que vocês aceitam, ou não, viver) é que vocês poderão verificar, de algum modo, a validade do que lhes é proposto pela Terra, pelo Sol e pelos nossos Irmãos e Irmãs que (em sua última encarnação ou ao redor de vocês, hoje) vivem, na totalidade, esse processo.

Esse processo propicia-lhes viver um estado que é o único estado concebível, que é a instalação na perfeição, não humana, mas a perfeição da Vida.

Essa simples palavra, Êxtase, é, naturalmente, para a personalidade e mesmo para o Si, um mecanismo estranho porque remete, inevitavelmente, a tudo o que se relaciona, de perto ou de longe, ao nascimento, à vida, à morte e, é claro, à sexualidade.

O tabu mais profundo, mais atravancado, do humano em encarnação, é, justamente, o que é chamado de morte, porque a morte assinala, de maneira efetiva, para aqueles que estão neste mundo, o desaparecimento do que morre neste mundo.

Há, é claro, cada vez mais testemunhos de uma vida após a morte, de uma Consciência que perdura além da ilusão do desaparecimento, da perda, de um ente querido.

Esse mecanismo de morte está profundamente, e de maneira indissolúvel, ligado à sexualidade e à procriação.

A sexualidade, como a procriação, relevam de um processo, aí também, alquímico, que vai permitir (através da união de dois corpos, de duas consciências, de duas almas, qualquer que seja o nível onde isso se situa) o aparecimento, neste mundo, da vida.

Vida por essência efêmera já que inscrita entre, justamente, o tempo deste nascimento e o tempo da morte.

A pessoa, a personalidade, sempre estará inscrita, sobre este mundo, entre um início e um fim.

Este mundo é, por essência, além mesmo do princípio chamado de falsificação, dual, dual porque tudo evolui segundo leis específicas, tanto para o grão de areia, como para a consciência humana, como para todo mecanismo vital.

Essas leis (que elas se denominem Karma, Ação / Reação) são, por essência, efêmeras, porque toda ação provocará uma reação.

Mas esta reação não é, ela tampouco, duradoura, e se inscreve em um princípio chamado de retribuição.

Isso se refere apenas a este mundo.

Este princípio de Dualidade não pode, absolutamente, ser aplicável além dos limites da Dualidade.

Nesse sentido, vários seres humanos vivenciaram, e vocês mesmos, aqui, processos sucessivos de despertar, instalando (em meio a esta dualidade que é este corpo) uma série de elementos novos, realizando, hoje, na totalidade, o que eu tinha nomeado a descida do Supramental.

Eu concebi, durante a minha vida, que esta descida do Supramental iria permitir o aparecimento de um homem novo, aqui mesmo.

Um homem novo dotado de novas percepções e, sobretudo, extraindo-se, de alguma maneira, do princípio de competição, de Dualidade, inexoráveis, da vida.

Nos mecanismos que me permitiram viver (porque, em última análise, eu apenas transmiti minha própria experiência, qualquer que seja a majestade e a intensidade do que eu vivenciei), faltava, irremediavelmente, a resposta lógica da Terra que era a resposta deste corpo à sua própria iluminação.

Daí o perigo de reter apenas um ensinamento antigo, qualquer que seja, mesmo se ele lhes parecer o mais bem sucedido, o mais prestigiado, o mais correto.

A despeito de vocês lerem o despertar de BUDA, vocês não podem realizar a Budeidade.

A despeito de vocês lerem a vida de CRISTO, vocês não podem realizar o estado Crístico.

A despeito de vocês lerem somente o Yoga Integral, vocês não podem realizar o Supramental.

Porque, a partir do momento em que vocês aderem a alguma coisa exterior a vocês, vocês colocam, vocês mesmos, as condições dos seus próprios limites, que os confinam, evidentemente, e que os afastam da experiência.

O que se instala, hoje, resulta diretamente do que eu chamei de Fusão dos Éteres e do primeiro aparecimento da Luz Azul no seu Céu.

Este primeiro Portal Interdimensional ia abrir, de algum modo, as Portas do Céu sobre a Terra e realizar esse Casamento Místico que se realiza em vocês, talvez, já, desde várias semanas ou mesmo antes, por experiência, mas experiência que não podia se manter pelo próprio fato dos limites da encarnação.

Hoje, isso é profundamente diferente porque a Terra foi fecundada, a Terra deu à luz e ela exprime em vocês, e ela imprime em vocês, a resposta ao Supramental, coisa que eu não podia ver nem vislumbrar durante minha última vida.

Quando muito, no Apocalipse, eu podia descrever esta expressão muito simples: “ houve Novos Céus e uma Nova Terra”.

Há, então, um princípio de regeneração, não mais simplesmente de transformação de um estado anterior a um novo estado, mais Luminoso, mas, sim, de Novos Céus e de uma Nova Terra.

Ou seja, que o trabalho, a experiência, que vocês conduzem (se tanto é que vocês a aceitam, na totalidade) deve levá-los a viver sob Novos Céus e sobre uma Nova Terra.

Não há, dito de outra forma, como podia sugeri-lo o que eu vivenciei durante a minha última vida encarnada, solução de continuidade, de maneira alguma, entre o antigo e o novo, porque esse novo não é consequência de um antigo, mas, sim, a Transcendência total deste antigo.

Não existe qualquer base, em meio ao antigo, que possa servir para estabelecer o Absoluto.

O Absoluto é uma Liberação de toda forma e lhes dá a viver o que eu nomearia, na falta de outro termo, uma multilocalização onde a Consciência, o Ser, e a própria Onda da Vida que vocês podem se tornar, não podem ser assimilados, nem ser uma causalidade de qualquer forma, de qualquer pessoa ou de qualquer individualidade.

Obviamente, as resistências próprias à pessoa (e tanto mais se esta pessoa, ela mesma, estiver em um caminho dito espiritual) representam o freio mais perfeito ao estabelecimento do Absoluto, porque o ego busca uma Transcendência.

Qualquer pessoa encarnada, procurando um sentido, vai aderir a uma série de conceitos, a uma série de vivências, que se inscrevem, definitivamente, no contexto do que IRMÃO K chamou de ‘conhecido’ (ndr: ver a intervenção de IRMÃO K de 04 de agosto de 2011)*.

Mas, jamais, o desconhecido pode nascer em meio ao conhecido.

Há, efetivamente, alguma coisa que deve morrer, do mesmo modo que este corpo que vocês habitam deve morrer um dia, para deixar aparecer um outro corpo, uma outra consciência.

Dito de outra forma, não há qualquer solução de continuidade, nem mesmo a esperança de uma continuidade, entre o ego e o Si, em um primeiro momento, e, posteriormente, entre o Si e o Absoluto.

Obviamente, o ego (construído sobre o próprio princípio da resistência e, portanto, do que eu nomeei esse tabu Final que representa a morte e o sexo e o nascimento) vai tudo fazer para afastá-los da experiência do Absoluto, que não é uma experiência, nem um estado, mas, sim, uma forma (além da forma) Suprema [o Último], dando-lhes a viver, neste corpo, por enquanto, um processo (que foi descrito, desde muito tempo, em textos muito antigos, oriundos do Tantrismo, além de todo sexo) que é, justamente, a descoberta do Absoluto.

O Absoluto não pode ser buscado, ele não pode sequer ser conscientizado.

O domínio do Si é um domínio para conscientizar.

O domínio do Absoluto compreende e integra tanto a pessoa como o Si, e os Transcende.

Isso quer dizer, então, que há um fenômeno de descontinuidade levando-os a estabelecerem-se, de algum modo, em algo que não é um estado efêmero (e, portanto, não inscrito entre o nascimento e a morte, não inscrito em uma esfera sexual) e que, no entanto, em alguns aspectos, pode ali ser semelhante já que tanto o nascimento como a morte, como o próprio ato sexual, são apenas uma reprodução limitada, de alguma maneira, do que é este Êxtase.

O Manto Azul da Graça, a Fusão dos Éteres, realizam a União Mística do Céu e da Terra, esse mesmo processo que deve acontecer em vocês, se vocês o aceitarem.

Mas a aceitação de que falo é o que foi nomeado a Crucificação e a Ressurreição, em uma forma de Renúncia total.

Esta Renúncia, como foi dito, jamais é uma negação da encarnação, mas, sim, uma Transcendência total da encarnação.

Isso significa que, nesses tempos que são para viver, para vocês, encarnados, enquanto existir em vocês, como foi dito esta manhã pelo nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), o menor julgamento, em relação a vocês mesmos ou em relação a qualquer elemento deste mundo, ainda que apenas da sua própria encarnação, a partir do momento em que existir uma rejeição do que quer que seja, vocês não podem viver este Último.

O Último apenas se instala (porque ele sempre esteve aí) a partir do momento em que vocês aceitam o próprio princípio de Transcendência.

E lembrem-se de que a Transcendência não oferece qualquer solução de continuidade entre este corpo, esta pessoa, este ego, esta personalidade, este Si, este indivíduo que vocês acreditam ser.

E, no entanto, nada do que é limitado, em última análise, desaparece realmente.

Mesmo se houver (na sua terminologia, hoje) uma forma de reconfiguração ou de redefinição, isso é apenas o ponto de vista, de algum modo, do que é, justamente, limitado e que não pode acreditar, mesmo no momento da sua morte, no seu próprio desaparecimento.

Nós encostamos aí, nesta resposta da Terra ao Supramental, no que se desenrola, ou não, no momento, neste Templo, porque não há outro local onde isso deva acontecer.

É uma experiência, muito além de qualquer experiência, que apenas se pode viver quando há aceitação total de tudo o que é a vida sobre esta Terra.

Porque não há senão na aceitação total da sua própria vida, do seu próprio campo de experiência e de vivência que pode, no final, realizar-se o Supremo.

O Supremo, de muitas maneiras, vai representar, mesmo para o Si, uma loucura, uma espécie de autodissolução, de autodestruição.

Há, efetivamente, uma autodissolução, uma autodestruição, mas nada mais do que foi destinado, justamente, a morrer um dia, ou seja, este corpo, ou seja, esta consciência.

Como Uma das Estrelas lhes disse e como Outros Anciãos lhes disseram, vocês não podem apreender-se do Último, vocês não podem mesmo compreendê-lo, vocês apenas podem vivê-lo (ndr: diversas intervenções de 17 de março de 2012, particularmente).

Ora, vivê-lo é um mecanismo íntimo que está, justamente, ligado à aceitação, Total e incondicional, da encarnação.

Esta Transcendência da carne é, na totalidade, o que realiza a Ascensão.

Era a etapa, eu diria, já que agora vocês a viveram, de impulso a esta resposta.

A Ascensão é apenas um ‘sim’ (absoluto, franco, sincero, grandioso, total) ao Êxtase, à Onda da Vida (como vários Anciãos lhes disseram antes que eu voltasse a exprimir-me hoje, ou Arcanjos) para estar inteiramente além do ser, além da Consciência.

Vocês não podem ser uma pessoa, vocês não podem ser um indivíduo, vocês não podem ser uma história, e viver o Último.

Entendam bem por aí que todos, aqui como em outros lugares, não têm que forçar, nem que desejar, porque cada lugar que vocês ocupam é o seu lugar correto.

Tanto quanto o Si, o Despertar era um objetivo, tanto quanto o Absoluto não pode sequer se definir como um objetivo qualquer.

Vocês são a Onda da Vida ou vocês não o são.

Vocês o serão ou vocês não o serão.

Mas em nenhum momento vocês devem aderir, de maneira exterior.

O Último e o Absoluto são traduzidos, é claro, neste corpo, pelo que foi convencionado chamar de manifestações.

Essas manifestações, como foi explicado, surgem na parte a mais baixa deste corpo em contato com a Terra, ou seja, nos pés.

Aparece, em seguida, uma série de mecanismos (que lhes foram descritos durante alguns dias) levando ao nascimento da Onda da Graça, fazendo-os viver esta União Mística com a sua própria cópia, como com todo ser humano, sem distinção de sexo, de idade ou de qualquer crença que seja, a partir do momento em que esta outra Consciência (ou parecendo como tal) vive, ela também, a experiência além da experiência.

Obviamente, no olhar do ego, no olhar do Si, isso é um ultraje, uma ofensa à sociedade, um descaso pela vida (tal como ela é concebida em meio à pessoa como ao Si) porque há, realmente, uma Transcendência Total fazendo-os passar do conhecido ao desconhecido.

Mas este desconhecido é sua natureza, como é nossa natureza, de cada um de nós.

Quer vocês a rejeitem, quer vocês a aceitem, quer vocês a desejem, qualquer que seja o seu posicionamento em relação à Onda da Vida, ela É, com a sua Presença ou sem a sua Presença.

Toda vida que chegar, seja em Novos Céus, seja na Nova Terra, seja em outras Dimensões, inscreve-se, de maneira muito lógica, na própria existência e na própria penetração da Onda da Vida.

O Casamento Místico põe fim a toda ilusão.

Ele põe fim à pessoa, à personalidade, à individualidade e ao Si.

O Si é apenas, em última análise, o espelhamento do ego que se completa em sua própria contemplação, levando-me a escrever muitas coisas.

Naturalmente, a partir do acesso ao Si, sem mesmo falar do Casamento Místico, há um testemunho que é dado.

Este testemunho, a partir do momento em que vocês completaram o processo (que isso se refira ao Si ou à Onda da Vida), é colorido, necessariamente, pela sua própria experiência.

O importante é não influir uma outra consciência.

A única maneira de não influenciar é, obviamente, não julgar e amar, de maneira incondicional e total.

Não há alternativa.

Enquanto vocês fizerem distinção entre o seu filho e o filho do outro, entre a sua mãe e a mãe do outro, enquanto vocês fizerem a menor distinção entre aquele que está desviado do caminho e aquele que vive a Comunhão entusiástica com vocês, vocês não podem instalar-se, de maneira definitiva, neste Absoluto.

Há, é claro, uma mudança de olhar, se pudermos assim falar.

A Fusão dos Éteres, quando ela se realiza nesta carne que é a sua, quando vocês a acolhem sem buscá-la, quando vocês a deixam subir, a Transcendência, real, efetiva, do nascimento e da morte, da sexualidade, torna-se real.

Ela se torna, aliás, sua única e exclusiva realidade, sua única e exclusiva verdade e, no entanto, vocês ainda estão inscritos num corpo de carne, mas a alma finalizou seu período de retração.

Ela pode, então, se dissolver, assim como o Espírito, dando-lhes, de maneira definitiva, uma forma de passaporte para Ser no não ser.

O Absoluto, o Último, é um estado de deleite, permanente e total, onde nenhuma sombra do ego, nenhuma sombra do Si, pode interferir ou alterar a Onda da Vida.

O Casamento Místico leva-os a realizar, muito além do acesso Multidimensional, o que eu nomearia uma Transdimensionalidade onde vocês estão presentes, do mesmo modo, com a mesma intensidade, a mesma não Presença, na pessoa que não existe mais, no Si que não existe mais, no Sol que não existe mais, e em qualquer outra consciência que o viva.

Vocês estão além da existência.

Vocês estão além da consciência.

O Casamento Místico dá-lhes a única imortalidade autêntica, já que não se inscrevendo mais, unicamente, entre o nascimento e a morte, não se inscrevendo mais, unicamente, na possibilidade de viver uma Unidade efêmera em meio ao ato sexual, mas dando-lhes a viver, permanentemente, isso.

Muito em breve, irá se exprimir, neste Canal, uma nova Presença que levou ao seu término, na totalidade, o Absoluto (e, ainda uma vez, a expressão “levou ao seu término” não quer dizer grande coisa), que, de algum modo, aceitou (contrariamente a nós todos, Anciãos) dissolver o Si para ver o que havia por trás: o Absoluto.

Hoje, não existe mais condição (senão a sua própria condição) que possa opor-se ao Absoluto e ao Último.

A testemunha é a Onda da Vida que vem abrasar o que era chamado de Kundalini, que nós nomeamos, hoje, o Canal do Éter porque atapetado de Partículas Adamantinas, abrasando as três Lareiras e o conjunto do corpo, de maneira anterior ao abrasamento do Sol e da Terra, desta Dimensão.

Aqueles que viram um fim irremediável do mundo e da sua pessoa são apenas aqueles que estão inscritos, efetivamente, na única realidade possível da sua pessoa, não vivendo nem o Si e, menos ainda, o Absoluto.

Isso não é nem um julgamento, nem uma crítica, mas, sim, um estado de coisas.

Quem vocês são?

Aonde vocês vão?

Quem vocês eram antes de nascer?

Quem vocês eram antes de viver esta ronda permanente de encarnação e de desencarnação sobre este mundo?

Evidentemente, nós lhes demos os elementos: origem estelar, origem Dimensional, as Quatro Linhagens.

Houve A FONTE, houve os Arcanjos, houve os Anciãos, as Estrelas.

Houve as Coroas.

Houve o seu Coroamento.

E além, além de tudo isso, quais são as perguntas que permanecem em vocês?

Porque a pergunta que permanece em vocês apenas reflete, em última análise, a falta de soluções.

Mas a solução sempre esteve aí, presente, à disposição.

A Terra está Liberada, o Sol está Liberado, como eu disse desde algum tempo.

Tudo está consumado, como dizia nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV).

Se vocês tocam (se eu puder empregar esta expressão) o Absoluto e o Último, o que o mundo irá propiciar a vocês?

Porque vocês terão se tornado, na totalidade, este mundo, muito além deste mundo, tal como é visto com o olhar da pessoa ou da individualidade.

Então, é claro, o ego sempre irá se colocar as questões comuns da vida.

O Si sempre irá se colocar as questões de como traduzir, o melhor possível, a vivência, e de como pôr em forma o que escapa às formas deste mundo.

O Absoluto nada quer pôr em forma.

Ele é, simplesmente, a manifestação tangível da transcendência, possível e realizada, sobre esta Terra, neste corpo que não é mais o seu.

Obviamente, é muito desagradável, e o será cada vez mais, para o ego como para o Si, viver este Êxtase Místico, este Casamento Místico, esta União Mística, seja neste corpo, como foi dito, seja com uma folha da grama, com uma árvore, com o Sol, com um planeta, com A FONTE.

Existirá sempre um princípio inscrito ainda no sentido da Presença da encarnação, alterado, falsificado ou não, que é a perda, justamente, da encarnação.

O IRMÃO K (ndr: intervenção do IRMÃO K de 17 de março de 2012) lhes disse e repetiu: aquele que queria que lhe falasse da outra margem apenas expressou seus próprios medos, porque, como conhecer a outra margem sem ali ir vocês mesmos?

Mas a outra margem não é um deslocamento.

Ela sempre esteve aí, inscrita em sua Presença, na condição (ainda uma vez, de maneira figurada) de que sejam mudados o ponto de vista e o olhar.

Essa viagem é uma viagem sem retorno, porque não há retorno possível à Ilusão quando a Verdade tiver eclodido, totalmente.

Vocês são o Amor, como foi dito, ainda desde pouco tempo, pelo Arcanjo URIEL (ndr: intervenção de URIEL de 03 de março de 2012)*.

Vocês são a Eternidade, a Beleza.

Os qualificativos são incalculáveis, mas todos eles se referem, não à sua pessoa, não ao seu Si, mas, sim, à realidade que ainda subtende a sua Presença na carne.

Este absoluto e indizível Amor, este absoluto e indizível Êxtase permanente, fazendo-os dizer que vocês dão o Amor à Criação, o Amor a cada um, o Amor a vocês mesmos porque vocês não são mais senão isso.

Evidentemente, estando num corpo, vocês não rejeitam este corpo, vocês aceitam tudo, tanto a alegria como o sofrimento, porque nem a alegria é sua natureza, nem o sofrimento é sua natureza essencial.

Ninguém pode atravessar esta Porta no seu lugar.

Vocês estão sós, totalmente sós, para a Passagem, porque, depois, a solidão não pode existir.

Esse é justamente o final pelo fato de se sentirem solitários, cujo melhor reflexo, é claro, é o medo, porque o medo da morte é, de maneira inabalável, totalmente lógico, o único sentido da sua presença aqui, neste corpo.

O Absoluto ainda dá mais medo do que a morte porque Ele integra o nascimento e a morte em uma outra Verdade, ela também absoluta, não sendo mais, portanto, uma verdade relativa, comparável a outra coisa.

Mas a Verdade absoluta é (independentemente de qualquer comparação, independentemente de qualquer referência, independentemente de qualquer outro caminho) a sua própria experiência.

É-lhes preciso superar, se essa for a sua escolha, toda explicação, todo trabalho, o que fez dizer a alguns Anciãos que nada há a fazer a não ser ficar tranquilo, ficar em Paz e deixar, efetivamente, a Onda da Vida subir e levá-los a nenhuma outra parte senão a vocês mesmos, mesmo se o ego chamar isso de outra forma, mesmo se o Si negá-lo.

O Absoluto e o Último são, portanto, além desta Graça, um estado de Êxtase que não conhece de jeito algum o limite do corpo, de jeito algum o limite de uma relação com o outro, nem mesmo de uma relação com o Sol.

Este estado do Absoluto, de algum modo, basta-se a ele mesmo porque ele é a Totalidade.

Enquanto Totalidade, ele integra, transcendendo-as, as partes.

Nenhuma parte pode estar consciente desta integralidade, mas a integralidade engloba as partes.

O Êxtase Místico, desde a terceira sessão do Manto Azul da Graça, não espera mais senão vocês e vocês sozinhos.

Vocês nada podem levar ao Absoluto da Graça.

Vocês nada podem perder no Absoluto da Graça.

Vocês nada podem projetar no Último.

Esta revolução, de qualquer modo, final, da Consciência, é o próprio objetivo da sua Ressurreição, da União do Céu e da Terra, do seu masculino e do seu feminino, seja Interior ou exterior, seja entre vocês e todas as partes, já que cada parte se descobre, ela mesma, absoluta, da mesma forma que vocês.

No mais, podem existir elementos a praticar, não para aceder ao que é impossível aceder por qualquer prática, mas, bem mais, visando acalmar tudo o que não seja o Absoluto: o medo, a própria morte e o nascimento, porque nada pode morrer e nada pode nascer no Absoluto.

E é justamente o que é terrível para a pessoa e mesmo para o indivíduo.

O que é para viver, neste momento, para cada um, é o Choque da Humanidade, e eu diria que, para cada um de vocês, é o Choque do Humano, levando-os a passar, de algum modo, não do humano ao Supra-humano, não somente do mental ao Supramental, não de uma vida antiga a uma nova vida, mas, sim, para tornar-se a vida em sua totalidade, além de toda restrição e de todo limite.

Vocês são este Absoluto.

Vocês são esta Onda da Vida.

Vocês são tudo o que nós lhes dissemos, uns e outros, desde várias semanas.

Naturalmente, não é fácil para aquele que escreve o contexto da sua vida em uma série de limites (sociais, familiares, afetivos, espirituais).

O Absoluto não tem limite.

Ele é, por essência, Ilimitado e Desconhecido.

Isso pode ser desconcertante.

É nesse sentido que isso é um Choque.

Este Choque que se vive em meio à Humanidade (desde a Liberação da Terra e especialmente agora que vocês mesmos podem viver, na totalidade, não a experiência do Absoluto, mas se instalar no Absoluto) leva, é claro, a Terra a começar esse processo em sua própria carne, seja ao nível da Natureza, como lhes foi detalhado por ANAEL (ndr: intervenção de 17 de março de 2012)* ou ainda por SNOW (ndr: intervenção de 17 de março de 2012)*, desde uma semana, seja no Céu ou nas profundezas da Terra, traduzindo-se pelos Sons do Céu e da Terra e pelo que eu havia nomeado, à época, as Trombetas do Apocalipse.

O Apelo de MARIA nada mais é senão a generalização desse processo, total e final.

Ele está a caminho.

Alguns de vocês talvez já tenham vivenciado momentos do Apelo, íntimo e pessoal, onde uma Voz os chamou pelo seu primeiro nome, onde, em certos momentos, o seu corpo não responde mais e, no entanto, vocês estão Lúcidos.

Este mecanismo de estase individual é bem real.

Ele vai se tornar coletivo, não tenham dúvida.

Mas, mesmo neste momento coletivo, nesta União e neste Casamento Místico coletivo, é-lhes preciso apreender-se de que vocês estritamente nada têm a recear, a temer, a esperar, porque vocês estão exatamente no seu lugar correto, vocês estão exatamente aí onde vocês devem estar, na idade que vocês devem ter, nas funções e nos papeis que vocês têm desempenhado e mantido.

A Onda da Vida não tem necessidade da pessoa, ela não tem necessidade do Si, ela não tem necessidade do mundo, ela É.

Então, vocês irão me dizer, como se instalar no que não podemos buscar?

Bem, já, fazendo calar toda busca, fazendo desaparecer todo objetivo, fazendo desaparecer a sua própria Consciência, da sua própria pessoa, do seu próprio Si, tudo isso que não é Eterno, tudo isso que não é Desconhecido.

Como foi dito por Outros Anciãos, não é questão de rejeitar para longe de vocês toda noção limitante, mas, sim, real e concretamente, de transcendê-las.

Mas, transcendê-las, não é uma ação inscrita em meio, justamente, ao limite, mas, sim, neste Abandono Último que não é o Abandono à Luz, mas, sim, o Abandono do próprio Si.

Se vocês forem para a outra Margem, se vocês viverem a outra Margem, então, a melhor testemunha é este estado de Êxtase permanente aparecendo, em um primeiro momento, por intervalos, por momentos, e que é destinado (o que quer que pense a pessoa ou o Si) a tornar-se a única Verdade.

Obviamente, a pessoa ou o Si sempre irá recusar este Absoluto.

É preciso muitas vezes ali provar, mas ele não pode perceber, nem desejar, nem mesmo esperar que isso se torne definitivo.

E, no entanto, este Absoluto é definitivo.

Ele é definitivo no sentido em que ele é, muito exatamente, o que sustenta e permite toda experiência, toda vida, aqui como em outros lugares.

Ele subtende e permite até mesmo a incriação.

Ele sustenta toda consciência e toda não consciência.

Então, se a Onda da Vida percorre vocês na Totalidade ou não, ainda, deem , deem totalmente o que vocês vivem, nada escondam, porque vocês são a testemunha viva, como dizia o Arcanjo URIEL (ndr: intervenção de URIEL deste dia)*, do Caminho, da Verdade e da Vida.

Como o Caminho, a Verdade e a Vida não poderiam testemunhar, pela sua Presença e pelas suas palavras, sobre o que ela é?

Nenhum limitado, nenhuma pessoa, nenhum Si, nenhuma oposição, tem valor para o Absoluto, nem tem sequer efeito, já que ele engloba, justamente, também isso.

O Absoluto não é uma palavra, nem um objetivo.

É a União Mística do Céu e da Terra onde tudo se torna, mais do que nunca, evidente, inteiro, Ilimitado.

Eis, então, este Último, em andamento, em vocês.

Mais uma vez, se podemos falar de finalidade, é para instalarem-se, de algum modo, neste Ilimitado que é Êxtase, Deleite permanente da Onda da Vida.

Há, também, um efeito cumulativo.

Alguns falaram que quando a asa de uma borboleta se quebra, todo o Universo estremece.

Quando um ser limitado vive o Ilimitado ele atinge o mundo inteiro simplesmente pela sua Presença, sua Presença em meio ao limitado deste corpo, ele não é mais este corpo.

Quanto mais vocês forem numerosos, em termos individuais, para viver a Onda da Vida e para instalar-se no Êxtase, mais o processo do Choque da Humanidade verá sua duração reduzida.

Aliás, instalados no Absoluto, nada mais há que o Absoluto.

Vocês podem continuar a viver sua vida, qualquer que seja, manter o papel que vocês desejam, mas vocês não são, nem esta vida que vocês vivem, nem este papel.

Isso muda profundamente já que é uma transcendência, levando-os e conduzindo-os a instalar o Amor o mais incondicional que seja.

Vocês não podem julgar, vocês não podem desamar quem quer que seja.

O mesmo olhar será dado ao seu filho como ao filho do outro.

Não poderá mais haver diferença entre aquele que os odeia e aqueles que os querem bem.

Eles participam da mesma essência, não em uma crença, não em uma projeção, mas, sim, na realidade do que é vivenciado, no mesmo Êxtase, na mesma Paz, na mesma Verdade, porque vocês não poderão mais comparar quem quer que seja ou o que quer que seja, em vocês, com qualquer coisa do outro ou com qualquer outro que seja.

Isso não é tampouco uma aniquilação, nem uma uniformização, é bem mais do que isso, mas, obviamente, o ego vai ali se opor ferozmente.
Eis o que eu tinha a exprimir hoje, enquanto Melquizedeque do Ar, portador da Luz Azul.
Na minha última encarnação, eu falei e escrevi sobre o pássaro azul.







Aqueles que quiserem ler o que eu escrevi, naquele momento irão compreender, mesmo eu não tendo tido acesso, na totalidade, à Onda da Vida, já que naquele momento a Terra não estava, propriamente falando, Liberada.

Eu escrevi, então, a descida do Supramental em uma perspectiva futura.

Mas, a partir do momento em que inscrevemos esta descida do Supramental em uma perspectiva futura, já estamos presentes em nós mesmos e, de algum modo, encontramo-nos nós mesmos.

É assim e foi assim para todos nós, Anciãos.
Independentemente da mestria que nós tivemos em nossa última vida (do Sopro, da Consciência, do Amor), nós fomos, aliás, chamados de Mestres.
Mas, o que significa ser um Mestre, para o Absoluto?
Estritamente nada.

Se vocês se apreenderem da minha última frase, vocês irão compreender que nada podemos ministrar, nem ser Mestre do que quer que seja, porque a Onda da Vida e o Êxtase são a Natureza principal, mesmo, de tudo, de absolutamente tudo.
Eis as palavras que eu tinha a dizer.

Depois de mim irá intervir o Arcanjo ANAEL que estará aí, eu diria, de algum modo, mais para responder às suas perguntas sobre o que eu acabei de enunciar.

Ainda uma vez, não se forcem, vocês não podem forçar a Onda da Vida, vocês não podem questioná-la, vocês não podem interrogá-la, vocês apenas podem Ser, porque isso já está aí.

Eu lhes peço para honrar a Graça, a Graça da sua Presença, aqui e em outros lugares, a Graça do que a Onda da Vida trouxe para mim, para exprimir, aqui.
Irmãos e Irmãs, no Amor e pelo Amor, além de toda contingência e de toda forma, eu lhes proponho o Azul.
Eu lhes digo até muito em breve.
... Compartilhamento da Doação da Graça ...
Até logo.

_________________________________________________________________
Mensagem do Bem Amado SRI AUROBINDO no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1392
24 de março de 2012 (Publicado em 26 de março de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
via: http://portaldosanjos.ning.com

quinta-feira, 29 de março de 2012

HORA DE SUMIR




Todos nós precisamos de tempo, aprendizagem, dedicação e, provavelmente, uma boa dose de talento e identificação para com o que quer que seja que se queira fazer.

Existe, portanto, uma idéia no nosso subconsciente, no inconsciente, de que tudo deve levar muito tempo e depender de um acúmulo de conhecimento, de informação. E, não só isso, está agregado a este material, uma palavra que é muito usada por você: “difícil”.

Aqui, portanto, a minha proposta, na sua simplicidade, entra em conflito primariamente com o fato de que a mente não está preparada culturalmente para aceitar o fácil como algo de valor. Você só aceita o difícil.

Quanto mais complexo o relacionamento, mais intenso. 
Quanto mais complexo e difícil o empreendimento, mais interessante. 
A mente tem adoração pelo complexo. 

E a partir disso, iluminação também se apresenta como uma espécie de cocar, como uma espécie de cinco estrelas nos ombros, algo anormal, superior, extremamente complexo e raramente conquistado.

Está tudo errado! Iluminação não é uma conquista. A Iluminação não pode ser conquistada, porque o conquistador precisa se render, desaparecer, para que Ela aconteça.

Fonte: satyaprem.blogspot.com

O.M.AÏVANHOV - 24 de março de 2012 - 2ª parte - Autres Dimensions


Pergunta: SNOW abordou o papel dos alimentos crus na alimentação (ndr: intervenção de 17 de março de 2012). Por que isso gera em mim um medo de emagrecer?


Quem tem medo de emagrecer senão este corpo?

Será que você é este corpo (que ele seja obeso, que ele seja anoréxico)?

Você está neste corpo.


Você tem um veículo (que é este corpo) que é para manter, para nutrir.

O que significa comer cru?

Reflitam.

Nós lhes dissemos (e vocês sabem): a Onda da Vida, ela está por toda parte.

As árvores são os vetores, também, desta subida da Onda da Vida.

Elas estão Alinhadas, as árvores, permanentemente.

Os produtos da natureza (os alimentos crus) são portadores da Onda da Vida.

Se vocês aquecê-los, o que acontece?

Vocês substituem a Onda da Vida pelo Fogo vital, o Fogo material (pelo cozimento).

Portanto, vocês suprimem, totalmente e na totalidade, pelo fogo de cozer os alimentos, esta Onda da Vida.

Hoje, a Onda da Vida está presente sobre a Terra em muitos seres humanos, mas, também, em toda natureza, como disse SNOW.

Portanto, se vocês pegarem um vegetal.

Em seguida, se, este vegetal, vocês o comerem tal como, vocês irão constatar o quê?

Que vocês o digerem sem qualquer problema.

Se ele estiver cozido, vocês o digerem com menos facilidade.

E se vocês não tiverem problemas digestivos, o que vai acontecer?

É muito simples: vocês terão vontade de dormir.

Porque o seu Fogo vital foi desviado da Onda da Vida para ir digerir o que vocês colocaram no ventre.

Muitos de vocês sabem, pertinentemente, que as condições da sua alimentação estão modificadas.

Então, é claro, não adotem uma alimentação crua unicamente para dar prazer ou para satisfazer o seu ego de dizer que ‘eu vou viver a Onda da Vida porque eu como cru’.

Isso é falso.

Como não nutrir o ego?

Não julgando.

Isso eu disse no prefácio.

E, sobretudo, não desviem a Energia vital em benefício da digestão.

Isso não quer dizer que seja negativo.

Isso não quer dizer que vai privá-los da Onda da Vida, mas que irá produzir um estado menos propício à subida da Onda da Vida.

A Onda da Vida, lembrem-se, isso foi dito: ela entra pelo baço e pelo fígado (pelo chakra do baço e pelo chakra do fígado) dando, às vezes, dores nesses pontos.

O que há ao nível do baço e do fígado que são dois órgãos que estão justamente sob o diafragma [músculo situado entre o tórax e o abdômen, separando-os]?

Há o eixo ATRAÇÃO / VISÃO (o eixo falsificado, o famoso Fogo Prometeico).

Isso foi explicado: eu os remeto ao IRMÃO K, no último verão ou um pouquinho antes do verão (inverno, no hemisfério sul) (ndr: intervenção de 07 de julho de 2011).

Tudo isso, vocês o mantêm.

Vocês o mantêm com o quê?

Com o julgamento.

Porque, quando vocês julgam, vocês se separam de vocês mesmos.

Assim que houver o menor julgamento.

Porque o julgamento sempre será oriundo de uma visão, de uma visão mental, de uma visão intelectual, de uma visão livresca, de uma visão ligada a conhecimentos que vocês leram.

Mas tudo o que vocês leram afasta-os do que vocês São, fazendo-os aderir a um passado que não existe no Hic e Nunc.

Isso vocês compreendem.

É exatamente o mesmo com os alimentos.

Quando vocês começam a transformar os alimentos, vocês mudam a natureza arquetípica do alimento.

Naturalmente, não é questão de fazê-los, como se chama isso, crudívoros, ou seja, pessoas que se nutrem de alimentos crus a vida toda.

Vocês têm plenamente o direito, a possibilidade, o desejo, até mesmo, de comer ou de ingerir bebidas quentes.

Porque não.

Aliás, é melhor ingerir bebidas quentes do que bebidas frias.

O frio é mesmo mais perigoso, para a Onda da Vida, do que o quente.

A Onda da Vida não lhes pede mais para estar na razão.

Ela pede para estarem lúcidos.

Lúcido sem julgamento.

E, para os alimentos, façam o teste.

Se vocês comerem apenas o que for preciso, se vocês ingerirem os alimentos que contêm a Onda da Vida porque eles não foram alterados pelo cozinhar ou pelo cozimento, vocês irão se nutrir do mesmo modo que colocando (como disse SNOW ou como disseram os Arcanjos) os pés no orvalho: vocês irão favorecer a Onda da Vida.

Então, há quem emagreça.

Há quem engorde.

Porque, apesar de tudo, vocês ainda têm uma fisiologia que é o que chamamos de sua natureza de personalidade (seu terreno, se vocês preferirem).

A Onda da Vida é o que todos nós somos.

Ela encontra diferentes terrenos.

Por que vocês querem mudar o terreno?

Busquem o Reino dos Céus e todo resto (absolutamente todo o resto) ser-lhes-á dado.

E buscar o Reino dos Céus é, simplesmente, deixar a Onda da Vida (assim como deixar a Luz), agir.

Isso é tudo.

Enquanto vocês acreditarem que vocês irão produzir a Luz fazendo alguma coisa, vocês se afastam da Onda da Vida.

Porque é o ego que crê que ele pode fazer o bem.

Porque é o ego que crê que ele pode agir sobre alguém.

Obviamente, é sempre o ego.

Quando vocês se apreenderem disso, será que isso quer dizer que vocês vão se tornar um vegetal?

Não.

Isso quer dizer, simplesmente, que vocês compreenderam, que vocês se apreenderam e que vocês aquiesceram.

Como há alguns anos, já, alguns de vocês aquiesceram acolhendo a Luz CRISTO, na Unidade e na Verdade.

Foi por isso.

Portanto, não se coloquem questões.

A Onda da Vida é alimento.

E mesmo se vocês não se alimentarem mais, de qualquer maneira.

Alguns, aliás, sem o desejar, sem o decidir, modificaram, como lhes disse, as regras fisiológicas.

Alguns de vocês não têm mais necessidade de dormir.

Alguns de vocês não têm mais necessidade de comer.

Não foi algo que eles decidiram.

Se vocês decidirem fazer como disse SNOW, isso é uma experiência.

Façam a experiência.

Se a experiência não for conveniente para vocês, porque vocês se obrigam a fazê-la?

Mudem de experiência já que a Onda da Vida está aí, o que quer que vocês façam.

Pergunta: MARIA havia falado da Estrela anunciada pela Estrela, no mês de março. Qual sua relação com a Onda da Vida?

São sinais estelares.

Se vocês preferirem: configurações estelares.

Alguns seres, no século XX, falaram dessas configurações.

Eu, eu falei dos planetas, é claro.

Eu falei da Árvore da Vida.

Tudo, no Céu, é representação de formas.

E não há qualquer elemento, do Céu e da Terra, que não seja distinto de uma configuração qualquer, de uma ressonância qualquer.

A Estrela (a primeira), ela passou.

A segunda, ela é para o mês de março.

O mês de março não terminou.

Agora, é claro, será que isso é visível com os olhos?

O que vocês vivem, no Interior de vocês (a Onda da Vida), é a coisa mais essencial.

Mas lembrem-se do que eu disse, desde algumas semanas ainda, sobre os três dias: será que vocês têm necessidade dos três dias para acreditar?

A única coisa é viver a Onda da Vida.

Porque, a Onda da Vida, quando ela é vivenciada (vocês irão ver por vocês mesmos), não há qualquer questão possível.

Vocês são a Alegria.

Vocês se tornam a Eternidade.

Vocês são este Êxtase permanente.

O que pedir a mais neste estado de Êxtase?

O problema é que este estado de Êxtase contradiz, na totalidade, esta sociedade e este corpo e esta vida.

Porque o Êxtase Interior (a Íntase), além do Samadhi, é nossa natureza profunda.

E, obviamente, quando vivemos nossa natureza profunda, nós nos damos conta do quê?

Do absurdo.

Isso não é um julgamento.

Vocês se apercebem do absurdo total do que não é a Onda da Vida, do que se afastou da Onda da Vida.

Sem julgar.

Sem condenar.

É uma lucidez nova.

E, sendo esta lucidez nova, vocês querem, sobretudo, não se opor.

Porque, se vocês se opuserem ao que quer que seja, a quem quer que seja, vocês não são mais a Onda da Vida já que a negação da Onda da Vida (o confinamento da Terra) é, justamente, esse princípio de separação.

Pergunta: por que eu quero satisfazer-me com o que eu não imaginava fazer parte do meu caminho, como, por exemplo, comer carne, viajar?

Então, cara amiga, há pessoas que, hoje (particularmente nesses caminhos espirituais), se estabeleceram, a elas mesmas, em contextos.

Elas se estabeleceram em contextos mentais: “eu não devo comer carne, eu devo orar, eu devo Alinhar-me, eu devo ser gentil”.

O que vai acontecer, naquele momento?

Foi a personalidade que decidiu isso.

E quando a Onda da vida chegar, ela vai colocá-los frente a tudo o que os enrijeceu (fossilizou) por obedecer a uma crença.

Vocês acreditaram, em meio à personalidade, que era preciso não comer.

Vocês acreditaram, em meio à personalidade, que era preciso fazer isso, que era preciso ser extravagante, que era preciso deixar exprimir o desejo (isso faz parte de alguns ensinamentos orientais).

O que acontece hoje?

A Onda da Vida, ela os faz descobrir que vocês não estavam na Verdade, que vocês estavam em uma Ilusão de Verdade, aplicando princípios, a vocês mesmos, de restrição.

Simplesmente, isso lhes mostra o que é a personalidade: um elemento que ridiculariza, um elemento que se opõe, um elemento que vai criar regras.

Mas essas regras, elas sempre são criadas (como dizia IRMÃO K) no conhecido, no limitado.

Mas, ainda uma vez, não há qualquer limitado que não possa viver o Ilimitado.

Por outro lado, o Ilimitado conhece o limitado.

Evidentemente, aquele que está confinado no próprio limite da sua personalidade (do seu pequeno ego e do seu pequeno ego espiritual), que vai crer que é preciso orar, que é preciso ser gentil (mesmo se houver vontade de estrangular alguém), este está no erro o mais total.

Porque ele fica constrangido.

Isso não quer dizer que ele precisa estrangular a pessoa, é claro.

Mas que precisa estar lúcido sobre os mecanismos que vocês aplicam em vocês.

Há pessoas que vão dar um grande sorriso, que lhes diz “paz”, mas que tem apenas um desejo: matá-los.

A Verdade, ela não está na aparência.

Portanto, efetivamente, se vocês tiverem constrangido, em vocês, alguma coisa, ela vai explodir na cara.

Isso é tudo.

Não há que julgar.

Observem.

Se alguma coisa surgir, hoje, em vocês, é que ela já estava presente, já que vocês estão no contexto do conhecido.

Vocês opacificaram.

Como eu dizia à época: vocês colocaram sob o tapete.

Depois, retiramos o tapete.

E, agora, retiramos o solo.

Então, onde vocês têm os pés?

E eu vejo os egos que se viram depressa.

Como eu disse uma vez: não são vocês que desaparecem, é o mundo.

Assim como ele desaparece a cada vez que vocês dormem à noite.

Será que vocês entram em agonia metafísica, indo para a cama, perguntando-se se amanhã o mundo vai existir?

Então, confiem na Onda da Vida.

Pergunta: situar-se, em Consciência, além da individualidade, corresponde ao quê?

Isso significa: parar de pensar.

Vocês não são os seus pensamentos.

Eles estão aí, no entanto.

Será que um pensamento é duradouro?

Será que um pensamento é eterno?

Não, ele passa.

E nós conhecemos, todos, a versatilidade dos pensamentos.

Nós pensamos em um troço, cinco minutos depois (quando estamos encarnados) nós pensamos em outra coisa.

Nós temos objetivos.

Então, dependendo da personalidade, esses objetivos podem levar a vida toda ou, então, mudamos de objetivo.

Mas não há objetivo.

Se vocês são essencialmente honestos, não há qualquer objetivo exterior para Ser.

É uma questão de mudança de olhar.

Isso que é a personalidade, em relação a esta frase, vai travar os dois pés, dizendo: “nossa, para onde eu vou?”.

Mas, justamente, ela não vai a parte alguma, a personalidade.

Há apenas a personalidade que crê que ela vai a algum lugar, de um ponto aqui a um ponto ali.

Isso é verdadeiro quando vocês vêm, aqui, escutar as bobagens que eu lhes digo: vocês se deslocam de um ponto a outro ponto.

Mas será que Vocês se deslocaram?

Aliás, eu não sei como vocês se deslocam quando não há mais solo.

A individualidade é o Si.

O Si não pode compreender o não Si.

Os seres e nós mesmos, nós temos o quê?

Favorecido a eclosão do Si.

O que aconteceu há menos de dois meses?

Nós lhes dissemos: “o Si é uma Ilusão”.

Badabum [barulho de uma queda].

Tudo caiu.

O que caiu?

Foi o ego espiritual.

Foram etapas que ocuparam.

E o Bem Amado SRI AUROBINDO passou a vida escrevendo poemas.

Era para ocupar o seu próprio mental.

E eu, eu fazia o quê?

Eu fazia as pessoas dançarem para ocupar seu mental.

Será que, fundamentalmente, isso serve a alguma coisa para aquele que vive o Absoluto?

Não.

Mas são estratégias que são elaboradas.

Fazendo-os dançar.

Fazendo-os rezar.

Não há objetivo porque a Onda da Vida (e o que vocês São) está aí, desde toda Eternidade.

Simplesmente, é a personalidade e a individualidade que se afastaram disso.

Há seres que descreveram de maneira notável (especialmente hoje, desde que houve a descida do Espírito Santo).

Há cada vez mais seres humanos que, de repente, surgem em uma outra realidade que é a realidade do Si.

Eles não lhes falam nem de Energia, nem de Vibrações, nem do chakra do Coração, nem da Kundalini, nem do que quer que seja.

Eles vivenciaram um mecanismo de acesso ao Si e, vivendo esse mecanismo de acesso ao Si (onde eles descobrem a vida sob um outro olhar), eles são persuadidos de que esse olhar é a Verdade.

Mas isso não é mais a verdade que o ego.

Dito de outra forma, nem a personalidade, nem a individualidade (que está ligada à Alma) são a finalidade.

Aliás, o termo ‘finalidade’ é empregado pela personalidade e pela individualidade: a individualidade que quer se estabelecer no Si e ali permanecer.

É como se vocês se espelhassem, vocês mesmos, na sua própria Luz.

Mas vocês são a Luz?

A Luz é tornar-se a Onda da Vida.

É, primeiramente, viver a Deslocalização, a bilocação.

É ser, ao mesmo tempo, esta consciência (neste corpo limitado), mas, ao mesmo tempo, ser o Sol, ser qualquer outro ser humano.

Isso não é um jogo de palavras.

Isso não é a adesão a uma crença, qualquer que seja.

Isso é uma vivência.

Mas enquanto vocês se espelharem no Si, é a mesma coisa que se espelhar no ego: vocês não podem aceder ao Indizível.

Agora, vocês são livres de ficar observando o umbigo.

Vocês são livres para ficar observando o Si.

Mas a Onda da Vida não pode ser observada.

Vocês são ou vocês não são.

O Absoluto (o Parabrahman, A FONTE) não tem o que fazer de qualquer individualidade porque A FONTE está por toda parte.

Se vocês são o Absoluto, vocês estão, também, por toda parte.

Isso não é uma projeção.

Isso é a estrita Verdade.

Agora, enquanto vocês não o viverem, vocês não podem nem concebê-lo, nem aceitá-lo.

Vocês podem apenas recusá-lo e isso é lógico.

Mas o dia em que a Onda da Vida estiver aí, o que acontece?

Vocês vão rir pra caramba.

Por quê?

Porque, justamente, o baço (que é o princípio da Atração) é responsável pela retração da Alma.

Se a Alma for transmutada (transcendida, muito exatamente), vocês vão rir porque vocês não têm mais o baço.

Vocês não têm mais nada que os constranja em qualquer regra.

Não quer dizer que vocês se tornam um assassino.

Não quer dizer que vocês se tornam um bandido.

Vocês se tornam a própria Onda da Vida.

Mas, é claro, para a personalidade (que está no combate, na Dualidade), mesmo para o Si (que está na Unidade), isso não pode existir de maneira alguma.

E, aliás, isso não existe.

Isso É.

Mudem o olhar.

Pergunta: viver como um luto, um enterro Interior, é viver a Renúncia?

Mas, é claro.

O Nascimento no Absoluto é, evidentemente, a morte.

Não deste corpo, mas a morte de todas as Ilusões.

É um luto.

É o ‘choque da humanidade’.

O luto (e o choque), ele está em vocês antes de estar no mundo.

É exatamente isso.

É o momento em que vocês saem da infância: vocês são adolescentes, vocês se tornam adultos.

O que vocês perdem ao nível da personalidade?

Uma série de ilusões.

É como o dia em que vocês aprendem que o Papai Noel não existe, ou que o Papai Noel é um lixo, dá no mesmo.

É uma expressão que foi muito usada e que é muito, muito bela porque vende alguma coisa a vocês.

Quando vocês são criança, vocês acreditam.

E vocês acreditam tanto que vocês o veem, esse Papai Noel.

É uma egrégora.

E depois, um dia, lhes dizem: “ele não existe”.

O que isso é para vocês?

É a mesma coisa quando as pessoas vivem uma experiência às portas da morte e que retornam.

Elas sabem, pertinentemente, que não são este corpo porque elas vivenciaram um outro corpo (também ilusório, é claro) que é o corpo astral.

Porque, quando vocês partem na Luz, vocês veem muito bem que esses seres, eles estão parados antes da Luz.

Mas, mesmo assim, eles vivenciaram o Amor.

Porque eles viram a verdadeira Luz.

Alguns deles vão, realmente, até a Luz, até o Sol.

Então, é claro, o Sol, ele não está em cima, no céu.

Ele está no Coração.

O seu Coração é o seu Sol.

Mas não há diferença entre o Sol que está em cima e o seu Coração.

Simplesmente, a visão da personalidade acredita que há uma localização.

Quando vocês são o Sol, vocês estão no Coração, vocês estão no Sol, vocês estão por toda parte.

Portanto, aí, é exatamente o mesmo princípio.

O ego (a personalidade, a individualidade) sempre vai se perguntar para que isso serve: para ocuparem-se.

Será melhor se ocupar em fazer o amor do que a guerra, vocês não acham?

Mas isso fica (e isso permanece) apenas uma ocupação.

Pergunta: por que eu vivo os processos em curso e, ao mesmo tempo, ressurgências de mágoas antigas dando vontade de abandonar tudo?

Mas isso é perfeitamente normal.

São as últimas dúvidas e os últimos medos.

É quando a Onda da Vida, ela chega ao nível dos dois primeiros chakras.

Isso foi explicado na semana passada, eu creio.

Isso explica, perfeitamente, o que acontece.

Quando a Onda da Vida chegar aos dois primeiros chakras, vai explodir, na cara, não somente as suas feridas, mas a ferida fundamental da humanidade que é o medo da carne (o isolamento da carne): todas as máculas (reais ou supostas) às quais a humanidade, na totalidade, deu peso e corpo, em um determinado momento.

Então, é claro, o que vai lhes sussurrar o ego na Onda da Vida?

Que isso não é verídico.

Mas, obviamente porque, mesmo quando a Luz descia, o ego, ele estava aí.

Ele podia, até mesmo, desabrochar: “ah, eu vivo o efeito do Coração, eu vivo a Luz, eu vivo o Si, eu sou o Si”.

Era verdade.

Mas, a Onda da Vida, ela põe fim a todas as Ilusões.

Portanto, o que é Ilusório não tem outra solução senão dizer que isso que se vive é uma ilusão.

Esta é a última etapa, quando a Onda da Vida chegar ao nível dos dois primeiros chakras (ao nível do períneo e ao nível do umbigo).

Porque ela lhes dá a ver as últimas dúvidas, os últimos medos que não são, necessariamente, os seus (mesmo se isso os faz lembrar das feridas).

Mas é, sobretudo, a ferida fundamental da humanidade.

Pergunta: uma dor, mesmo antiga, ao nível do umbigo, participa desse processo?

De maneira indireta.

Porque a Onda da Vida pôde nascer, para algumas pessoas, de forma episódica, desde alguns anos.

Mas, naquela época, nenhum ser que vivenciou esta Onda da Vida pôde atualizá-la.

Pelo contrário, isso dava um sentimento de urgência, de alguma coisa contrária à espiritualidade, contrária ao Coração.

E isso foi relatado.

Obviamente, vocês podiam ter manifestações, já, desde vários anos.

Há ensinamentos (muito, muito antigos) que descrevem, aliás, o percurso da Onda da Vida.

Mas, jamais foi anunciado como isso se produz agora.

Portanto, são as últimas dúvidas, os últimos medos porque o ego (a personalidade e mesmo a individualidade), ele vai dizer-lhes que ele quer sobreviver.

Que isso não é verdade.

Que o Absoluto não pode existir.

A Unidade, sim.

Porque podemos reivindicar a Unidade, mas vocês não podem reivindicar a Onda da Vida porque é o que vocês São.

São as últimas retrações da Alma (como falou uma Estrela, na semana passada) (ndr: intervenção de MA ANANDA MOYI de 10 de março de 2012).

Pergunta: e sobre o som da Onda da Vida?

É um som, efetivamente, também.

Vocês sabem, nos diferentes Samadhi, há diferentes sons.

O som da Onda da Vida é o som da Terra, do Céu.

São as Trombetas.

São as Trombetas e, em breve, isso será o quê?

O grito ensurdecedor da Fênix, o grito da Ressurreição: aquele que vai apreender o conjunto da humanidade.

Esses sons foram-lhes anunciados desde quase um ano.

Eles apareceram, de maneira transitória, efêmera, temporária, em alguns locais.

Se vocês se interessarem pelas notícias, vocês irão ver que esses sons estão progredindo, de maneira extremamente importante, em vocês como no exterior de vocês.

Naturalmente, a Onda da Vida foi liberada.

A Terra está liberada.

Ela está prestes a viver, neste momento mesmo, a sua Ascensão.

Então, é claro, como eu sempre disse, vocês, vocês estão na Europa Ocidental.

Vocês trabalharam intensamente para evitar todas essas etapas que os profetas tinham anunciado.

Portanto, como eu disse: regozijem-se.

Fiquem felizes.

Vocês têm toda a oportunidade e a facilidade para viver a Onda da Vida.

Vocês acham que, quando algumas dificuldades se apresentarem, se a Onda da Vida não estiver instalada (ou se ela não tiver nascido, se vocês não tiverem se aproximado), vocês acham que isso será mais simples ou mais difícil?

Eu os empenho a reler o que disse o IRMÃO K, o seu próprio testemunho sobre o acesso a este Absoluto: o indizível sofrimento.

De qualquer maneira, é mais agradável viver o Indizível Êxtase ao invés de viver, em primeiro lugar, o indizível sofrimento para descobrir o Indizível Êxtase.

É mais agradável para a personalidade.

É mais agradável para a individualidade.

Mas, para isso, é preciso aceitar nada mais fazer em meio à personalidade (pela personalidade), em meio à individualidade (pela individualidade).

Isso não significa que é preciso absolutamente nada fazer nesta vida.

Isso foi divulgado.

Em última análise, se a Onda da Vida não tiver se manifestado, isso quer dizer que vocês não estão, vocês mesmos, suficientemente alinhados com esta Onda da Vida que é, eu os lembro, nossa natureza, de todos.

Agora, foi-lhes dito ainda, desde algumas semanas (seja por UM AMIGO, seja por outros, pelo Mestre PHILIPPE): permaneçam tranquilos.

Fiquem em paz.

UM AMIGO lhes disse: “deem-se a paz”.

Todas as estratégias que vocês possam elaborar (atualmente) não são destinadas a trabalhar na Onda da Vida.

Isso é impossível.

Mas vocês podem continuar a ocupar o seu ego, a viver a Paz, a aproximar-se da Paz, a Alinhar-se, a ir para a natureza (como dizia SNOW), a caminhar no orvalho (como dizia um Arcanjo).

Vocês vivem-no, muito exatamente, no momento certo.

Lembrem-se desta frase: “os primeiros serão os últimos; os últimos serão os primeiros”.

Pergunta: quais são os elementos que vão entrar em resistência?

O que entra em resistência será, sempre, a personalidade e o ego.

Porque, para a personalidade, a personalidade apenas pode existir se houver um combate, se houver uma Dualidade, se houver um objetivo, se houver necessidade (para o ego, sempre) de restabelecer a Verdade.

Porque o ego vai, sempre, projetar no exterior.

Então, o ego vai acreditar que há um deus malvado, um deus bom, um diabo, para justificar suas próprias insuficiências e, portanto, sua própria luta contra ele mesmo.

Mas, tudo isso não existe.

Isso é infantil.

Mas o ego é infantil por Essência.

Portanto, há elementos humanos e não humanos, ou seja, todas as egrégora que foram pesando, tudo o que se tornou pesado: o medo, o medo da falta, a noção de dinheiro, a noção de propriedade, a noção de marido e mulher (mesmo na união a mais perfeita, isso permanece uma união da personalidade, não é?, e de dois corpos).

Não há Liberdade aí dentro.

Portanto, esses elementos humanos e não humanos vão se opor, ferozmente (até o último minuto), à Onda da Vida.

Isso é lógico.

A sua própria existência é apenas a negação da Onda da Vida que, no entanto, não pode ser negada porque, se a Onda da Vida não estivesse aí (mesmo um traço), ninguém poderia experimentar o que quer que seja.

Mas, a experiência não é a Onda da Vida.

Vão, dois últimos.

Depois eu vou, hein?

Pergunta: a noção de primeiros e de últimos está ligada ao ciclo de 52.000 anos?

Primeiros e últimos é uma noção de Consciência.

Obviamente, é uma noção temporal, também.

É uma noção de preeminência (superior / inferior).

Agora, em relação a 52.000 anos, é um ciclo que termina, um ciclo que foi iniciado pelos Elohim, ou seja, esses Seres (essas Consciências superiores) que se cristalizaram na Terra para evitar que não morresse o quê?

A Onda da Vida.

Ela podia não morrer, mas ela podia, até, fazê-los sofrer.

Do mesmo modo que, desde as Núpcias Celestes (e, antes, desde aqueles que viviam, já, as primeiras descidas da Luz, nos anos 90), vocês Ancoraram a Luz: vocês iluminaram a Terra.

Lembrem-se: o karma pertence à personalidade, à ação / reação, à Dualidade.

Além disso, há a Unidade onde tomamos Consciência, no Si, de que tudo isso é apenas uma grande farsa (para empregar uma palavra simples).

E depois, vocês têm o quê?

O Absoluto.

E quando eu digo depois, isso não é depois.

Isso sempre esteve aí.

É um outro olhar.

No Absoluto, tudo é perfeito.

É aquele que sai da matriz e que se apercebe de que ele estava confinado em um frasco (no frasco onde havia os amendoins, vocês se lembram: a mão que segura os amendoins, para aqueles que me leem).

É exatamente a mesma coisa.

Mas, é claro, enquanto vocês não tiverem saído do frasco, para vocês, é a única realidade.

A Onda da Vida vem fazê-los lembrar.

A FONTE disse: “lembre-se do Juramento e da Promessa”.

A Terra lhes disse: “lembre-se do que você é, desde toda Eternidade: a Vida, a Onda da Vida, a Ação da Graça”.

Ação / reação, na personalidade.

Descoberta da Unidade, no Si.

E passagem da ação / reação para a Ação da Graça.

E, em seguida, vocês são a Ação da Graça, a Onda da Graça, a Onda da Vida, a Onda do Éter, o Manto Azul da Graça.

Vocês são este Êxtase permanente.

Vocês são esta União permanente, mística.

Vocês são este Casamento Místico.

Vocês não são nada mais.

Mas se eu lhes dissesse isso, à queima-roupa, ao chegar: “vocês são isso”, não haveria mais ninguém para escutar o que eu tenha a dizer.

Simplesmente, agora, aqueles de vocês que o vivenciaram, através de uma série de processos (mesmo se isso foi desconcertante, nas primeiras semanas), esta é, efetivamente, a única Verdade.

O ser humano que não estiver habituado vai encontrar-se a fazer o quê?

A viver um estado de prazer como se ele fizesse amor, muito mais intensamente.

Evidentemente, ele nada vai compreender.

Isso acontece o tempo todo, em qualquer circunstância.

Vocês falam que é aborrecido, efetivamente, cumprimentar o seu chefe, pela manhã, no escritório.

Isso soa um pouco estranho, não é?: de sacudir uma mão e de sentir algo que os leva a outros lugares que aí onde vocês sacodem a mão.

Isso faz interrogar.

Mas, dentro de algumas semanas, vocês irão rir de tudo isso, mesmo se, por enquanto, vocês riem amarelo.

Nós não temos mais perguntas. Nós lhe agradecemos.

Então, caros Amigos, caros Irmãos, eu lhes transmito todas as minhas Bênçãos.

Vocês são o Amor.

Vocês nada mais são.

Então, sorriem.

Não amarelo.

Branco.

Eu lhes digo até muito em breve e boa Onda.

Até muito em breve.


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Mensagem do Venerável OMRAAM (Aïvanhov) no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1390
24 de março de 2012 (Publicado em 26 de março de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
via: http://portaldosanjos.ning.com