Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


domingo, 28 de agosto de 2011

Sendo LUZ: o tempo desde a perspectiva de um fóton.

Este texto vem ratificar o vem sendo dito pelas canalizações como aqui e agora (não tempo), paradoxo, DNA, LUZ, eternidade e ligação com a Fonte. Fiz a tradução entendo que aqui temos um esclarecimento de muitas "dúvidas" do nosso eu inferior.

Para um foton o tempo não existe: uma viagem através do universo se realiza em um só instante. Talvez não seja desatinado ou louco dizer que a eternidade existe e é a luz.


A teoria da relatividade de Eisntein sustenta que o tempo é um fenômeno interrelacionado com o movimento e a posição de um sistema de referência, é RELATIVO. Não existe o tempo como um ente abstrato independente, existe o espaço-tempo, um continuum  integral que atua como areia ou aquário onde ocorre o universo.

A relatividade do tempo produz efeitos paradoxais, como o famoso caso teórico de gêmeos que vivem na Terra. Um dos irmãos viaja em uma nave através do cosmos a uma velocidade próxima à da luz e retorna para a Terra. Quando o astronauta encontra seu irmão gêmeo descobre que seu irmão envelheceu mais do que ele. Isto ocorre porque quando alguma coisa se aproxima da velocidade da luz, o tempo fica mais lento. E à velocidade da luz, o tempo simplesmente pára de correr.

A partir da perspectiva de um foton, é emitido e reabsorvido no mesmo instante. Isto é o mesmo para um fotón emitido no núcleo do Sol, que pode ser reabsorvido ao cruzar apenas um milímetro de distância, ou para um foton que percorre 13.000 milhões de anos, desde a superfície de uma das primeiras estrelas do universo e entra em contato com um corpo. Mas como o tempo e o espaço são dois aspectos do mesmo, para um foton não existe a distância tão pouco, por isso segue estando nesta estrela ou segue estando no Sol, enquanto que entra por seus olhos (e então seus olhos estão no Sol). Um momento imenso é o universo todo inseparável à luz.

Platão definiu o tempo como a "imagem móvel da eternidade", o universo como um filme arquetípico que se projeta através da luz. E se alguém pudesse ser somente luz ou a luz estava consciente de si mesmo, então perceberia todas as coisas acontecendo ao mesmo tempo, de todos os ângulos, vería o filme inteiro em um frame.


 

Mas, curioso ou místico é que somos feitos de luz - ou talvez seria mais apropriado dizer que a luz é que nos torna "nós". Em 1920, o embriólogo russo Alexander Gurwitsch descobriu que os seres vivos emitem fotons "ultra-fracos" dentro  de um aspecto ultravioleta. Gurwitsch os chamou "raios mitogênicos", já que acreditava que esses fotons tivessem um papel importante na divisão celular do campo morfogenético, ou seja, o desenvolvimento da estrutura morfológica de um ser vivo.

Na década de 70, o Prof. Fritz Albert Popp descobriu que esta emissão de luz, a que chamou biofotons, apresentando em um intervalo entre 200 e 800nm e que exibia um padrão periódico e coerente. Popp teorizou que são produzidas pelo DNA no núcleo das células. Isso foi demonstrado nos anos 80, conforme relatado no livro do Dr.Jeremy Narby intitulado "A serpente Cósmica" (*artigo logo abaixo deste detalha o assunto):


"Como o axis mundi das tradições xamânicas, o DNA tem uma forma de escada torcida (ou vinha), de acordo com a minha hipótese, o DNA era, como o axis mundi, a fonte do conhecimento e das visões xamânicas. Para estar seguro tinha que entender como o DNA podia transmitir informação visual. Sabia que emitia fotons, que são ondas eletromagnéticas, e me lembrei do que Carlos Perez Shuma (um xamãm consultado) havia me dito quando comparou os espíritos com "ondas de rádio". Uma vez que liga o rádio, você pode ajustá-lo. É o mesmo com os espíritos, com a ayahuasca (complexo alucinógeno) você pode ver e ouvir. Assim para investigar a literatura sobre os fotons de origem biológica {..}"

Narby, no livro "A serpente Cosmica", formula a hipótese de que o DNA é uma serpente que aparece com frequência nos mitos de criação de diferentes culturas, crê que o DNA contem um tipo de láser holográfico:  "De acordo com os investigadores que os mediram {...} [os biofotons] têm um alto nível de coerência, comparáveis com campos técnicos (láser)." 
"Cheguei a entender que uma fonte coerente de luz, a quantidade de fotons emitidos podem variar, mas o intervalo permanece constante. O DNA emite fotons com tal regularidade que os investigadores (pesquisadores) comparam o fenômeno com um "láser ultra-débil".
"Perguntei a um amigo experte, que explicou-me: 'Uma fonte coerente e luz, como um láser, dá uma sensação de cores brilhantes, uma luminescência e uma impressão de profundidade holográfica'"

Narby considera que as alucinações e visões de cura que experimentam os xamãs são provocadas pela emissão coerente de biofotons do DNA que ocorre quando as plantas que contem DMT (molécula do espírito) ativam certos receptores no  cérebro. "Esta é a fonte do conhecimento: o DNA, vivendo na água e emitindo fotons, como um dragão aquático cuspindo fogo".

Esta transmissão de biofotons que no caso anterior parece ser responsável pela transmissão de imagens - através dos quais os xamãs obtem conhecimentos ou são usados para curar - possivelmente também sejam o sistema pelo qual se comunicam as células e se difunde a informação contida no DNA através de todo um organismo.



Em 1974, o Dr. V.P. Kaznacheyev anunciou que havia detectado comunicação intracelular através destes fotons biológicos. Fritz Albert Popp desenvolveu uma máquina para medir as emissões de biofotons e descobriu que os pacientes que tinham cancer haviam perdido seus ritmos naturais e sua coerência.  De certa forma suas linhas de comunicação haviam se obstruído.

Recentemente o prêmio Nobel de medicina Luc Montagnier  encontrou "uma nova propriedade de DNA M. Pirum: a emissão de ondas de baixa frequência em algumas diluções de água que se estendeu rapidamente a outro DNA bacterial ou viral". Montagnier e sua equipe sugerem que o DNA emite sinais eletromagnéticos que  imprimem a estrutura do DNA em outras moléculas. De certa forma isso significa que o DNA se ode autoprojetar de uma célula a outra onde se realizam cópias  em uma espécie de trasmissão quântica de material genético. Outros estudos também sugerem que o DNA exibe um tipo de comunicação telepática que permite coordenar imediatamente os programas genéticos.

Aqui é onde o assunto se coloca interessante. Como sabemos, os fotons são partículas que formam entrelaçamentos quânticos, são sistemas que indiferente da distância na qual se encontram reagem instantaneamente  de maneira conjunta. De tal forma que, por incrível que pareça, uma meditação realizada a um fóton em Orión teria um efeito imediato em um fotón na Terra se estes se encontram emum estado de entrelaçamento quântico. Isso, em teoria, acaba com o conceito de individualidade no que diz respeito às partículas subatômicas, já que se encontram inseparavelmente ligadas ( e se consideramos que todas as coisas são feitas das mesmas partículas, então praticamente aniquila a noção de indivíduos separados). Falando da luz, é sabido que uma só luz é todas as luzes - todos os fogos, o fogo - e que estamos interpenetrados de eternidade.

É efetivo e elegante então que o DNA utilize os fotons como sistema de comunicação (a luz como LOGOS), precisamente porque esta é a única forma de estar totalmente sincronizado, de outra forma, ainda minúscula, haveria um retardo na transmissão da informação, o qual poderia significar uma falta de coordenação operacional no desenvolvimento de um programa de vida.

Talvez não seja casualidade que o descobridor dos biofotons, Alexander Gurwitsch,  acreditou que estas emissões de luz estavam ligadas ao desenvolvimento das estruturas morfológicas ou orgânicas  ao detonar uma série de sinais bioquímicos que servem como comandos de bioprogramação. Essa teoria dos campos morfogenéticos de Gurwitsch foi reformulada pelo biólogo Rupert Sheldrake, em sua teoria de causação formativa. Sheldrake considera que existem campos mórficos - é dizer, campos que dão forma, campos de informação - que organizam e dão estrutura a uma espécie. Esses campos operam através de uma ressonância, que se transmite como uma onda por toda um espécie biológica. O DNA funciona, assim, como uma antena que emite e recebe informação a distância e talvez este sistema de comunicação somente seja possível através de um sistema de entrelaçamento quântico, via a luz.

 

Existe outro sistema de comunicação quântica similar: o cérebro humano. Em sua teoria do princípio holonômico, o neurofísico Karl Pribram sugere que a memória não está armazenada nos neurônios senão em todo o cérebro, nos padrões de interferências de ondas eletromagnéticas, de maneira holográfica. Se a consciência é um fenômeno quântico, como acreditam Roger Penrose e Stuart Hameroff, é possível que esta esteja sustentada nos padrões de intercomunicação fotônica: ser um diálogo entre a luz.

"Sob condições normais, a consciência ocorre no nível fundamental da geometria do espaço-tempo confinado ao cérebro. Mas quando o metabolismo, que conduz a coerência quântica (em microtubos), é perdido, se infiltra informação quântica na geometria do espaço-tempo no universo como um todo. Sendo holográfica e entrelaçada, não se dissipa. Daí que a consciência (ou o subconsciente, como de um sonho) é provável que continue", diz Hameroff.

Se a consciência é também um sistema de entrelaçamento quântico, é possível que seu "andaime", seu "cabeamento" (ainda wireless)  seja a luz (o cabo do espírito). Lembremos que a luz e a informação, como a matéria e a energia, são conversíveis. De certa forma, a luz é um suporte da memória do universo já que nela o passado, o presente e o futuro estão ocorrendo neste único momento e portanto são acessíveis através dela. A criação  e a destruição, o Big Bang e o Apocalipse Universal são, ao menos para o foton, aqui e agora, o mesmo.

 

Algumas doutrinas dentro da filosofia oriental consideram que o universo é a manifestação (sonho ou explosão) de um único ser para se experimetar de todas as formas possíveis. Escreve assim Sri Aurobindo:

"Perguntas qual é o princípio de tudo isto:
E é isto...
A existência que se multiplicou por si mesma
Pelo puro deleite de ser
E se projetou em trilhões de seres
Para que pudesse encontrar a si mesma
Inumeravelmente".
Como poderia manter sua unidade esta existência que se multiplicou, como poderia ser uno e muitos de uma vez senão é através das propriedades quânticas da luz? Ainda não podemos provar cientificamente que a luz é o que organiza a consciência no universo - A rede sináptica da mente de Deus? - , que o fotón tem uma "perspectiva"  ou que é o olho através do qual a divindade se mira a si mesma, ao menos a intuição sugere que é a luz que  comunica e preserva a unidade de todas as coisas. E talvez a transcendência espiritual descrita  como "a iluminação" por diferentes culturas seja um fenômeno onde literalmente a luz obtem consciência de si mesma e percebe a sua eternidade.


Fonte: http://pijamasurf.com/2011/08/siendo-luz-el-tiempo-desde-la-perspectiva-de-un-foton/
Tradução: Simone - http://morgenstern2000.blogspot.com/

 *Indicação de leitura complementar sobre a Serpente Cósmica:

A Serpente Cósmica - o DNA - Correspondências e Conexões.

O ayahuasca é o mais complexo de todos os alucinógenos, tanto falando botanicamente quanto quimicamente. São quarenta e tantas espécies de plantas diferentes, conhecidas com este nome: ayahuasca. Nem todas crescem no mesmo lugar, portanto, é preciso conhece-las, a todas elas, para se fazer a mistura e o chá.
Carlos Shuma, um shaman, explicou a Jeremy Narby que o ayahuasca faz os "espíritos" se apresentarem aos shamans e lhes darem todas as explicações possíveis e respostas corretas às suas perguntas em quaisquer setores: nas artes, técnicas de construção e edificação, tecnologias, astronomia, escultura, sobre o conhecimento das plantas e metodologia na cura de doenças. A arte de perguntar tem os seus segredos. Assim se faz quando se recorre ao I Ching - O LIVRO DAS TRANSMUTAÇÕES - chinês, as perguntas têm que ser feitas sucinta e diretamente., sem rodeios, especificamente dirigidas para cada um dos problemas que irão ser apresentados aos "maninkare" para serem compreendidos e depois resolvidos com sabedoria.
Jeremy Narby partiu de uma hipótese que lhe sugeria uma conexão demonstrável entre os ingredientes ativos no ayahuasca e o DNA contido nas células nervosas do cérebro humano. Foi o que o levou a estudar e pesquisar a biologia molecular.

O DNA

Narby descobriu, seguindo um árduo caminho de estudos que, provavelmente, o DNA corresponde às "essências" - os "maninkare" - com os quais os shamans se comunicam e deles obtêm SABEDORIA. Até agora, a biologia dita moderna contradiz o antropólogo. Esta "modernidade" dogmatiza que a Natureza não é animada por uma inteligência, portanto, é INCOMUNICÁVEL!"

Só que esta "modernidade" foi herdada dos séculos 18 e 19 amordaçados pela Religião que trancou a boca dos naturalistas, proibindo-os de divulgarem tudo o que fosse contrário ao que está escrito na Bíblia ou o que pudesse ameaçar a veracidade total dos seus textos. Isto não se constitui em novidade alguma é só verificar a intromissão da religião na história das ciências! Infelizmente, esta atitude redundou nesta tradição materialista que perdura até hoje!

A dieta cotidiana dos shamans prendeu a atenção do antropólogo, devido à sua eficiência. Quando os shamans se recolhem na floresta, praticamente sobrevivem à custa de bananas e de peixe. Estes são alimentos riquíssimos em serotonina. O longo tempo passado sob o efeito dos alucinógenos, diminui a concentração deste neurotransmissor no cérebro. Os seus colegas antropólogos, desconhecendo estes itens, chamam a esta dieta sábia de: "tabus alimentares irracionais!"

Os shamans isistem na INTELGÊNCIA das "Serpentes Cósmicas" e que entram, realmente, em diálogo inteligente com elas. O mais interessante é que as mulheres conseguem realizar este feito, naturalmente, sem o emprego de qualquer um dos alucinógenos, tendo as mesmas vantagens e sabedoria buscadas tão arduamente pelos shamans, através do seu sistema de vida espartano!
A razão disto talvez seja porque, afinal de contas, as mulheres são, todas elas, FILHAS DILETAS DE EVA...

Se os shamans se comunicam com o DNA das plantas alucinógenas e delas recebem a SABEDORIA, é obvio que o DNA destas plantas respondem ao DNA dos próprios shamans. Todos o seres vivos não são animados por ele? Os shamans já conheciam o segredo do DNA que chamam de YOSHI, há milênios.

Mitologia e moléculas

Jeremy Narby acabou por tornar-se um erudito. Como bom pesquisador, soube procurar em todas as áreas afins, e elas o levaram a edificar a sua hipótese com bastante segurança.
Na sua mente ainda estavam impressos os textos de um colega seu, o antropólogo Michael Harner. Em um estudo acadêmico Harner relatou a sua experiência com o ayahuasca, no ano de 1968.

Este antropólogo encontrou-se em um mundo habitado por - "Povos com cabeça de ave, bem como criaturas semelhantes a dragões reptilíneos, e elas me explicaram que eram os verdadeiros deuses destes mundos." - Harner também encontrou ´povos com cabeças de gaios e corpos humanos muito PARECIDOS COM OS DEUSES CABEÇA DE AVE encontrados nas pinturas das tumbas do Egito antigo! Depois foi a vez de criaturas reptilíneas gigantescas que lhe disseram comandar estas visões a partir das profundezas do seu cérebro. Fizeram mais, mostraram-lhe cenas do planeta Terra em eras muito anteriores, antes que existisse a vida e como a vida chegou neste planeta proveniente dos céus e foi se transformando com a evolução das espécies.
As criaturas explicaram-lhe que vieram do céu, porque fugiam de um inimigo e o porque de terem criado a vida na terra. O fito era o de se esconderem em um sem número de formas. Diante de Harner, a magnificiência da criação dos vegetais e dos animais - milênios de atividade - vívidos, tão vívidos que seria impossível descreve-los em realidade. Harner aprendeu assim que as "criaturas semelhantes aos dragões" estavam escondidas em todas as formas de vida, inclusive, no homem.

Uma frase de Harner tornou-se obsessiva para Narby. Terminando o seu relato ele deixou uma anotação no rodapé: - "Em retrospecto, alguém poderia dizer que eles eram quase parecidos com o DNA, embora, neste tempo (1961) eu nada sabia sobre o DNA". -
Jeremy Narby arrazoa: - "Existe DNA dentro do cérebro humano bem como no mundo de fora, o das plantas, a molécula da vida contendo informação genética é a mesma em todas as espécies. Portanto, o DNA pode ser considerado a Fonte de Informação que é interna e externa - em outras palavras, exatamente no que eu pensava no dia anterior, na floresta, "enquanto passeava para relaxar-me" -
Narby descobriu outras notações de Harner esclarecendo que o "dragão" e "serpente" são sinônimos. Isto o fez pensar que a DUPLA HÉLICE lembra, na sua FORMA, duas serpentes enroladas. Os shamans sempre se referiam a que VISSE A FORMA DAS COISAS - elas traiam segredos ocultos.

Mitologia

Lévi-Strauss, Mircéa Eliade, Joseph Campbell e outros mitólogos foram pesquisados e estudados por Narby com avidez. Descobriu que o mundo dos shamans, de todas as culturas era semelhante ao mundo de todas e quaisquer mitologias terrestres: os "gêmeos divinos portadores da SABEDORIA" - o tema dos seres duplos de origem celestial, chamados de os criadores da vida -. O termo "COATL", de origem asteca (Quetzalcoatl) significa, ao mesmo tempo, "gêmeo" e "serpente" - Quetzalcoatl pode ser então traduzido de duas maneiras: serpente emplumada e gêmeo.
Narby começou a compreender também que as "Serpentes Gêmeas" que vira na sua experiência eram as duas partes da hélice dupla do DNA.

O DNA ainda guarda segredos importantes desconhecidos dos ocidentais "civilizados", sob o nome pouco respeitoso de "junk DNA". Como os biólogos não sabem a sua verdadeira função, fingem despreza-lo. Narby denomina a este DNA de "DNA MISTERIOSO". O código genético no genoma humano é constituído por 3% do seu DNA total - a função desconhecida do resto é menosprezada com a designação "junk" DNA: acacacacacacacacac....

Prestando atenção na FORMA da "Serpente Cósmica", Jeremy Narby descobriu que os egípcios não desenhavam uma serpente, um réptil real, ao contrário, os egípcios nos legaram uma charada visual significativa: uma "serpente dupla" vigiando ANKH, a cruz Ansata, o símbolo da vida. Outro desenho egípcio nos mostra a serpente com pernas e pés humanos e o Ouroboros de Benin é descrito como IMAGO MUNDI, associação dos opostos que abraça os oceanos primordiais onde ele flutua e deixa à mostra a terra que protege. Na Índia, Sesha é a boiúna cósmica, gigantesca, onde descansam Vishnu e sua esposa Lakshimi, na eternidade existente entre os ciclos da criação.
Os shamans, ora desenham Ronin, a Serpente Cósmica, ora a semente da vida. Ronin pode, também, aparecer com duas cabeças semelhantes à DUPLA HÉLICE DO DNA.
Narby foi desobrindo outras semelhanças entre a Serpente Cósmica e o DNA. A SERPENTE vive na água e pode ser tão pequena quanto imensa, simples ou dupla: exatamente como se descreve o DNA.

No seu livro, que vem recebendo aplausos e menções, o autor fornece detalhes preciosos da biologia molecular, justificando plenamente a sua hipótese.
A hipótese de Jeremy Narby sugere que o que é denominado pelos cientistas como DNA, corresponde às "essências animadas" que se comunicam com os shamans e lhes trazem a sabedoria sobre quaisquer assuntos em quaisquer áreas.
Os shamans, em estado de consciência alterado, chagam ao patamar do nível molecular. Surgem perguntas: o que acontece quando isto ocorre? Qual é a natureza das comunicações com as essências animadas da natureza?
Para se responder corretamente a estas perguntas há a necessidade de pesquisas mais profundas nas áreas da consciência, e do shamanismo. Da biologia molecular e seus inter relacionamentos. Isto não poderá ser feito se usarmos o racionalismo, pois ele separa as coisas para estuda-las e estas fragmentações acabam por possuírem perspectivas limitadas e "pontos cegos". Estes "pontos cegos" têm que ser examinados porque também contêm informação vital. A ciência não poderá ter o entendimento total da verdadeira realidade se não mudar a sua maneira de encarar os fatos. Há que encara-los e encontrar onde podem se encaixar com perfeição.

- "Quando comecei a ler a literatura da biologia molecular, fiquei estupefato com certas descrições... até que a minha investigação levou-me a considerar que o DNA e a sua maquinaria celular, verdadeiramente, era uma tecnologia extremamente sofisticada de origem cósmica". -
E Narby, também, descobriu um mundo de ciência ficção nos jargões da biologia molecular: proteínas e enzimas descritas como "robôs miniatura", ribosomas, como "computadores moleculares," células tornando-se em "fábricas". O próprio DNA é descrito como "TEXTO", ou "PROGRAMA", uma "LINGUAGEM" ou "DATA".

A Linguagem "twisted-twisted"

Os shamans yaminnahua têm uma linguagem que é usada nos cânticos do ayahuasca, completamente incompreensível para os não iniciados: "Koshuiti" uma imitação literal da linguagem dos "espíritos". Graham Townsley, recentemente, fez um trabalho sobre estas canções dos yaminahua, shamans peruanos e traduziu as suas frases como - tsai yoshtoyoshto - literalmente: "linguagem twisted-twisted". A palavra "twist" possui a mesma raiz de two e twin. Tecnicamente, significa: "dupla e enrolada sobre si mesma".

O que dizem os shamans yaminahua sobre esta linguagem? "Com o meu "koshuiti" eu desejo "ver-cantando". Eu examino as coisas cuidadosamente - a linguagem me traz perto mas não tão perto também - com a linguagem normal eu me espatifo dentro das coisas - com a linguagem twisted eu circulo ao redor das coisas - posso vê-las claramente e compreendê-las". Esta linguagem corresponde, perfeitamente, à linguagem do DNA. O DNA é um TEXTO DUPLO, DUPLO e enrolado em si mesmo. Em outras palavras: é igual a linguagem - twisting-twisting, uma linguagem dupla-dupla, enrolada sobre si mesma e idêntica à linguagem "twisted" dos espíritos da natureza.

As Conexões

As conexões entre a Serpente Cósmica de todos os povos da Terra e o DNA agem em todos os níveis.
O DNA tem a forma de serpentina, é duplo e ao mesmo tempo único; é a força vital que evolui do único para os diversos e o seu lar é a água.
"Eu vi as serpentes do DNA. Elas eram vivas" - Jeremy Narby.

Fonte: http://www.jornalinfinito.com.br/series.asp?cod=25