Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


sexta-feira, 25 de maio de 2012

SRI AUROBINDO - 21 de maio de 2012 - Autres Dimensions


Eu sou SRI AUROBINDO.

Irmãos e Irmãs na Humanidade, que o Amor e a Paz estejam com vocês.

Eu volto a me exprimir entre vocês, enquanto Melquizedeque do Ar, e eu desejaria falar-lhes sobre a consciência e os elementos podendo ali sobrevir.

Desde vários anos, nós lhes falamos da consciência, de seus diferentes estados, e eu lhes falei, desde um ano, sobre o Choque da Humanidade (ndr: ver especialmente a intervenção de SRI AUROBINDO de 17 de outubro de 2010), e das diferentes consciências podendo se manifestar.

Um interveniente, novo, fala-lhes de algo que está além da consciência (ndr: trata-se de BIDI).

É importante tentar avançar, falar do que é possível falar, com relação à consciência.

Em todas as culturas e em todas as tradições, muitos seres humanos abordaram as experiências, os estados não ordinários, incomuns, da consciência.

Vários ensinamentos, antigos e mais recentes, tentaram, de alguma forma, analisar esta consciência e defini-la, o mais próximo possível das suas manifestações.

Os elementos novos, nessa época que vocês vivem, levaram, certamente, eu acho, a uma compreensão mais ampla e mais explicativa do que é a Consciência.

Nós também insistimos, longamente, sobre o fato de que a Consciência era Vibração.

Muitos de vocês tiveram a oportunidade de viver essas manifestações da Vibração, das Vibrações, acopladas a Consciências não ordinárias, que isso seja pela experimentação, pela meditação, ou de maneira mais estabelecida, eu diria.

Nós insistimos longamente sobre o Coração.

Não o coração, tal como ensinaram as regras morais, sociais, ou espirituais, ou religiosas, mas, sim, o Coração Vibral, que determina e condiciona a própria Consciência, em sua relação com o que se denomina o outro, e ao que é denominado o ambiente.

Durante a minha última encarnação, eu coloquei em forma, poética e escrita, um número importante de elementos referentes às experiências que eu havia vivido, assim como as aplicações dessas experiências em meio (eu diria) à vida ordinária.

Indo até preconizar o estabelecimento de novas regras de vida, em meio a novos locais de vida, que alguns seguiram desde então.

O ser humano é um ser que eu qualificaria de social.

Ou seja, que é indispensável, para ele, estabelecer relações.

Eu absolutamente não prejulgo a qualidade dessas relações, e a sua implicação, e o seu resultado.

A relação (que ela seja consigo mesmo, com o outro, ou com o mundo, de maneira geral) é uma parte integrante da consciência, já que é pelo jogo dessas relações e dessas interações, que se estabelece uma consciência precisa melhor do que outra.

Naturalmente, a consciência sempre irá se expressar em relação ao que pode ser conhecido, em relação ao que pode ser experimentado, também em relação ao que foi vivenciado.

Esta consciência está inscrita em uma forma de linearidade, inscrita em um tempo, e é capaz de perceber (ou de vislumbrar) elementos do passado e, eventualmente, de se projetar em um futuro, sempre linear.

Nós fomos muitos a dizer, também, que a meditação era o meio privilegiado de modificar a consciência, de algum modo, de abri-la a outros espaços de percepção, a outros espaços de relação.

Isso, todos aqueles que se interessam, entre os Irmãos e as Irmãs, pela espiritualidade, ao menos experimentaram uma vez, se isso não tiver sido regularmente.

A consciência é devedora da experiência, ela é devedora do que os sentidos dão a perceber, do que o pensamento dá a perceber sozinho, assim como as emoções, quaisquer que elas sejam.

Esta consciência linear pode, em certas circunstâncias, extrair-se da linearidade e aceder a espaços que eu qualificaria de mais amplos, de mais estendidos.

Dando acesso a informações e a relações novas, aí também, que isso seja consigo mesma, com outros estágios, ou também, em relação às suas próprias relações com o mundo.

O próprio princípio da consciência é, portanto, apoiar-se na cognição, ou no conhecimento de si, no conhecimento do mundo, assim como no que é percebido diretamente (pelos sentidos, pela experiência), mas também pela reflexão.

Várias consciências foram definidas para vocês, eu não voltarei sobre isso, simplesmente para nomeá-las: consciência do despertar / consciência da vigília (que é a mesma), consciência do sono, consciência do sonho e, enfim, um quarto estado da Consciência que foi nomeado Turiya.

Cada uma dessas consciências é portadora de certo número de elementos, elementos situando-se tanto na vivência, como na experiência, ou como no estabelecimento desta consciência.

E que vem então, de alguma forma, substituir a consciência, dita ordinária, de vigília.

A grande novidade e a grande característica do que acontece, sobre a Terra, desde uma geração, é que existem testemunhos, cada vez mais numerosos, falando de uma Consciência de Despertar, de uma Consciência onde o mundo não parece mais tal como ele parecia ao comum dos mortais, mas se mostra mais amplo, mais animado, maior.

Resultando em uma necessidade de instalar-se, e também, de concretizar (de algum modo) esta Consciência, nesta linearidade, neste desdobramento do tempo que vem de um passado e que se dirige a um futuro.

Eu mesmo explicitei isso, e vivenciei, por ter acreditado em uma série de estruturas, na minha vida.

Quaisquer que sejam as experiências, que elas estejam ligadas à meditação ou a experiências que vocês chamam de quase morte (ou experiências de morte iminente), ou que isso se revele se maneira perfeitamente inesperada ou espontânea (sem qualquer procura e sem meditação), o resultado é sensivelmente o mesmo quanto ao que é descrito.

Mesmo cada experiência permanecendo profundamente diferente, mesmo cada transformação (e estabelecimento em meio a uma nova Consciência) sendo profundamente diferente, para cada Irmão e cada Irmã que vive isso, nesta linearidade temporal.

Isso nos leva a colocar a questão de: por que o que era extremamente limitado, torna-se cada vez mais comum?

Isso, nós, os Anciãos, assim como as Estrelas e os Arcanjos, discorremos longamente sobre as circunstâncias particulares deste mundo, nesta época.

Aliás, eu já tinha antecipado, falando da Descida do Supramental e da Nova Humanidade, que eu situava, é claro, na mesma linearidade de tempo, e em uma transformação da consciência pondo fim à Idade Sombria.

Pelas experiências vivenciadas (que isso seja aquelas de todos os nossos Irmãos e Irmãs que atingem esses estados de consciência, ou por mim mesmo, e muitos outros, mais antigos), nós fomos levados a conscientizar que o Amor era, certamente, este espaço de Consciência e de Vibração o mais gratificante, o mais agradável, e o mais capaz de mudar o ser humano para um Suprahumano (como eu o havia nomeado).

E, no entanto, como a história mostrou até recentemente, esse princípio de Amor (inscrito tanto na compaixão Búdica como nos princípios ditos Crísticos) infelizmente jamais pôde emergir, até agora, de maneira significativa.

Visto que, evidentemente, vocês sabem disso, ainda hoje, a humanidade está em guerra contra ela mesma, e isso, de maneira quase permanente (que esta guerra se refira à relação entre os indivíduos, entre os grupos sociais, entre países, entre religiões), por um princípio muito conhecido, que é chamado de ‘competição’.

O Amor, qualquer que seja a aceitação desse termo, viria pôr fim a uma forma de competição, e estabeleceria o que eu chamaria de relações harmoniosas, equilibradas, desprovidas de competição, e desprovidas de predação.

Esse é um ideal, como eu tentei transmiti-lo, e como tentaram transmiti-lo vários profetas, várias religiões.

E, no entanto, o resultado é o que nós vemos hoje, daí onde nós estamos, e que vocês, obviamente, vocês vivem, hoje, mais do que nunca: esse sentimento de separação, esse sentimento de divisão, esse sentimento de competição, que foi levado ao extremo, resultando em situações insustentáveis.

Naturalmente, independentemente dessas circunstâncias visíveis, vários elementos (através do desdobramento da Luz Supramental, e mais recentemente, da Onda da Vida) levam-nos, talvez, a viver estados que nada mais têm a ver com a linearidade: o conjunto dos elementos que foram nomeados Fusão, Deslocalização, Comunhão, Estado de Ser, o conjunto de elementos que lhes foram comunicados quanto à origem do homem, à origem deste mundo, e à origem de certa forma de alteração do seu equilíbrio normal (que isso se refira aos vai e vem da consciência, de um estado de relação a outro estado de relação).

Entretanto, como vocês constatam isso, o que é vivenciado, a título individual, por cada vez mais seres humanos, aí, tampouco, não é suficiente estabelecer uma transformação radical da consciência para ir a este Amor particular, esta relação diferente do que foi vivenciado nas relações até agora.

A Consciência transforma-se.

Ela está em perpétuo movimento, ela se adapta, permanentemente.

E eis que, desde pouco tempo, para muitos de vocês, começam a irromper elementos novos.

Esses elementos novos recorrem a noções de não consciência, a noções de não Si.

As noções que podem parecer estranhas à própria Consciência, já que este estado particular, que é o Último estado, não corresponde a nada de apreensível, a nada de conhecido.

E escapa, de algum modo, a toda linearidade e, portanto, a toda continuidade, como uma Consciência, mesmo Desperta, mesmo Turiya, poderia conceber.

Quaisquer que sejam as experiências que vocês façam, quaisquer que sejam os Samadhi, mais ou menos pronunciados, que lhes é dado a viver e a experimentar, vocês constatam que a humanidade está muito longe de se instalar neste Samadhi e nesta própria Consciência do Amor, Relação harmoniosa pondo fim às alterações da relação (quaisquer que sejam as causas: religiosas, sociais, espirituais, até mesmo).

Ninguém pode, entretanto, negar (para aqueles que ali se interessam) que existe, realmente, um processo de Despertar particular, vivenciado ou de maneira espontânea, ou de maneira acidental, ou pela busca denominada espiritual.

Qualquer que seja a quantidade desses seres que foram atingidos, e que abriram, neles, algumas Portas (e que ali se estabeleceram, para alguns), o olhar relativo, linear, da consciência ordinária, não encontra necessariamente grandes mudanças, muito pelo contrário.

Isso pode levar a consciência a se colocar questões, para um indivíduo, ou para um determinado grupo de indivíduos, vivendo esta transformação da consciência ou sua inserção em meio a um modelo como aqueles que estão desatualizados e que, no entanto, persistem no tempo.

Eu insisti, a um dado momento, sobre o princípio da Liberação do Sol, da Liberação da Terra, da Fusão dos Éteres, do aparecimento da multidimensionalidade, assim como sobre um processo chamado de Choque da Humanidade.

Eu os remeto, para isso, ao que eu disse nessas diferentes épocas, para não sobrecarregar o que eu tenho de dizer a vocês (ndr: ver especialmente as seguintes intervenções de SRI AUROBINDO: 02 de novembro de 2010 (Liberação do Sol e do núcleo cristalino da Terra), 21 de novembro de 2010 (mutação planetária), 13 de abril de 2011 (Fusão dos Éteres), 28 de outubro de 2011 (Fusão dos Éteres da Alma para o Espírito)).

A consciência sempre se inscreve em uma linearidade, mesmo quando ela sai, já que a consciência é suportada e levada por um corpo, levada por limites.

O Ilimitado, na realidade, não corresponde mais à consciência, já que ele corresponde à não consciência (como isso foi explicado e narrado a vocês).

A consciência da humanidade é devedora de uma série de elementos, que vocês podem nomear de diferentes modos: que isso se refira à educação, que isso se refira a sistemas que subjugam o homem, que isso seja as crenças, que isso seja as religiões, e o sistema social no seu conjunto, que incita a consciência a não se afastar demasiadamente desta linearidade e, eu diria, da massa de consciência da humanidade.

Uma série de coisas transformou-se, em relação aos elementos que eu citei a vocês, e que vocês irão encontrar no que eu pude dizer a dois anos.

Hoje, os elementos, ainda, além do aspecto consciência ou não consciência, vêm irromper na realidade ordinária da humanidade.

Isso se refere também aos acontecimentos, como vocês podem procurar, referentes tanto ao Céu como à Terra, em seus aspectos geofísicos, sonoros, e em seus aspectos de transformação.

Existe também, por outro lado, uma possibilidade, real e muito maior, além do estado Turiya, de encontrar outras Relações não recorrendo mais a esta linearidade do tempo, mas se inscrevendo no que é chamado de contato multidimensional.

Aliás, uma série de processos está operando desde uns trinta anos, e se vocês estão me escutando significa, evidentemente, que vocês ali estão interessados.

Um número considerável, e cada vez maior, de seres humanos, entra em contato com outra coisa que a linearidade.

Há uma espécie de relação que se estabelece entre a consciência deste ser humano e de outros Planos Dimensionais, fornecendo e liberando certo número de informações, com relação tanto à própria consciência, como a outros Planos Dimensionais, ou ainda, o que vocês poderiam chamar de extraterrestres, ou de Seres de Estrelas, ou de Seres multidimensionais.

Por menos que vocês se interessem por tudo o que é entregue a vocês (independentemente do fato, inegável, de que há comunicações, digamos, cada vez mais numerosas, com cada vez mais Consciências presentes na superfície deste mundo), vocês não podem ignorar que existem várias linhas divergentes, e vários estados de transformação em curso, levando a estados subsequentes profundamente diferentes.

Frente a isso, vocês podem ser levados a posicionar-se, que isso seja através do intelecto, que isso seja através dos seus sentires ou através das suas percepções, até mesmo, a aderir ou a não aderir, a viver ou a não viver, o que é fornecido a vocês.

E, portanto, isso chama, inevitavelmente, à noção de verdade.

Vocês devem começar a apreender-se de que a verdade não está em um único nível, de que ela é relativa.

E de que ela pode levar (através da vivência, da experiência de cada um) a viver verdades profundamente diferentes, e que não se enquadram realmente em um esquema evolutivo (ou transformador) comum ao conjunto da humanidade.

Nós falamos, evidentemente, de seres que estão interessados nesta Consciência, e que se interessam pela vida, não simplesmente em suas atividades usuais e condicionadas, e condicionantes, da maioria dos Irmãos e Irmãs que estão (digamos) ainda adormecidos e instalados em sua personalidade, e na vida desta personalidade.

Lembrem-se de que é a sua escolha, e a sua Liberdade a mais estrita.

Quanto ao futuro, nomeado espiritual, ou a chegada de uma nova consciência referente ao conjunto da humanidade, vocês observam, pertinentemente, que tanto as crenças de uns como de outros, como a vivência de uns e de outros, são incomparáveis.

Existem diferenças significativas de interesse, de relações, até mesmo, e de posicionamento, em meio a essas transformações de consciência, com relação àqueles que ali estão interessados.

A Verdade é que, de fato, aí onde vocês estão situados, ser-lhes-á sempre proposto o que é adequado ao seu estado, à sua consciência, às suas aspirações, às suas projeções, e ao futuro (qualquer que seja) que vocês imaginam.

Obviamente, os elementos Energéticos e Vibratórios são essenciais.

Porque aqueles dos nossos Irmãos e Irmãs que não vivem a percepção da Energia, não conseguem aderir sua consciência, por exemplo, ao que nós anunciamos através deste Canal.

Aqueles que vivem isso, é claro, estão perfeitamente conscientes das transformações que eles vivem.

Mesmo se a consciência não propiciar viver estados e experiências diferentes, por enquanto, o sentir Vibratório, a percepção Vibratória e Energética, não pode, em caso algum, ser negada.

Especialmente porque a maior parte desses elementos coincide, digamos, com os ensinamentos os mais tradicionais e os mais antigos, que vocês encontram principalmente no Oriente (que isso seja do lado da Índia, ou do lado da China, ou ainda do Tibete).

Essa vivência não pode ser negada.

E, contudo, qualquer que seja essa vivência, vários de vocês não escapam a esta linearidade temporal da encarnação, e não têm qualquer ideia, qualquer visão, do que se transforma no seu Interior, correspondente a esta transformação exterior.

É evidente que nós demos, gradualmente e à medida, os elementos de referência, de diferentes modos, com relação a uma transformação final desta Terra, denominada Ascensão.

O elemento novo, irrompendo desde pouco tempo, é, portanto, a possibilidade, para aqueles que vivem essas transformações, de entrar em Relação.

Esta entrada em Relação é apenas possível se, realmente, os Canais que permitem esta Comunicação e esta Relação estiverem ativos.

O corolário é que existe uma possibilidade, enorme, de ser enganado e de ser manipulado, por elementos entrando em relação com a consciência ordinária não despertada, e levando a crer no que é visto, no que é ouvido, sem manifestar de nenhum modo, para aquele que se intitula Canal, a menor modificação Vibratória ou Energética.

O que significa que esta pessoa não vive nenhum dos processos Vibratórios referentes à transformação da consciência, que permitem, justamente, estabelecer esta Relação nova, esta Transcomunicação.

É, portanto, legítimo colocar-se a questão da veracidade do que é entregue como informação, a partir do momento em que vocês não tiverem a possibilidade de perceber, de outro modo senão pelo mental e pelas palavras, o que é transmitido.

Do mesmo modo que aquele que estaria em relação com esses níveis particulares, chamados de astrais, faria apenas transmitir os seus desejos, as suas projeções.

Ou, em todo caso, estabeleceria uma relação com esferas intermediárias, que não trariam qualquer energia, qualquer Consciência, mas cujo objetivo é fazê-los aderir a crenças, quaisquer que sejam.

Não é questão de discernimento.

Porque o discernimento ou a intuição vão levar apenas ao que vocês julgam bom para vocês, e que vocês validaram, em relação a um sentido da atração que lhes é próprio: que corresponde à sua verdade relativa, mas que não pode, em caso algum, corresponder a uma Verdade Absoluta.

O que chega sobre a Terra é uma Verdade Absoluta.

E isso se chama a Luz, e isso se chama o Fogo do Amor.

Este Fogo do Amor não é, de nenhum modo, compatível com o princípio de vida que os anima, neste mundo e sobre este mundo.

Há, portanto, um paradoxo.

Aí onde alguns veem, e recebem, as informações com certa linearidade e com certa continuidade, nós lhes demos, desde vários anos, por intermédio das Vibrações vivenciadas, reais e transformadoras, a possibilidade de viver uma transformação Interior, uma transformação da consciência apoiando-se em uma ‘vivência’.

Enquanto a vivência se referir apenas a imagens, enquanto a vivência se referir apenas a uma projeção linear da consciência, não pode ali existir, evidentemente, qualquer mudança da própria consciência.

A consciência permanece então confinada, por informações limitadas, mantendo um status quo, mantendo uma evolução linear, e um retorno da Luz sem se acompanhar de qualquer equilíbrio, de qualquer transformação, real e perceptível, a não ser pela ‘vontade de bem’, a não ser pela projeção em meio a um mundo melhor.

Aqueles, entre vocês, que percebem e vivem alguns elementos que nós lhes demos, ao nível Vibral, como informações referentes a esta Luz atuante, podem apenas, evidentemente, colocar-se a questão do que foi anunciado por muito numerosos ensinamentos (que, como todo ano, vocês sabem disso, invadem muitas coisas).

A Consciência é Vibração: nós sempre, e expressamente, insistimos sobre esse fato.

E que para poder entrar em Relação com as outras Dimensões pertencentes à Luz Vibral, é indispensável que os Canais de Luz Vibral estejam ativados em vocês.

Hoje (e desde a instalação do Manto Azul da Graça, resultante da Fusão dos Éteres, que eu lhes falei, há mais de dois anos, e manifestada no ano passado pela Fusão dos Éteres, ao nível da Terra), tornou-se possível, para vários de vocês, perceber e sentir esse contato com as outras Dimensões.

Além da percepção Vibratória dos chacras, além da percepção Vibratória do Supramental ou da Onda da Vida, vários de vocês desenvolveram (ou são levados a desenvolver), além deste aspecto Vibral, um Canal de Comunicação preferencial, denominado Canal Mariano, com outras Dimensões.

Isso se refere tanto aos seus Irmãos e Irmãs encarnados sobre esta Terra, como ao que foi denominado o Duplo, com ao CRISTO, ou como a qualquer Entidade espiritual evoluindo, de maneira real, desde as Dimensões Unificadas até o Absoluto.

A realidade desta percepção Vibratória, inscrevendo-se do lado esquerdo do corpo, irá propiciar-lhes viver, de maneira concreta, real, e pessoal, esse tipo de Relação nova, chamando e resultando de uma consciência em via de transformação, para uma Supraconsciência, ou para um Absoluto.

Fora disso, e principalmente a partir de agora, toda veleidade de contato com outros Planos Dimensionais não se acompanha desta percepção Vibratória da Consciência, nem se acompanha da percepção de uma outra Consciência penetrando seus campos, do lado esquerdo, preferencialmente (mas também, isso tem sido visto, pela parte de trás, ao nível de KI-RIS-TI), fazendo apenas traduzir a aproximação à sua consciência de forças opostas à Liberação da consciência.

Nós os engajamos a manter, firmemente, a sua vigilância.

Não para rejeitar, não para recair em qualquer Dualidade, mas, muito mais, para estar na Relação correta, a mais autêntica, e a mais nutritiva para vocês.

A Luz Vibral nutre vocês.

A Luz Vibral transforma-os, ocasionando uma transformação, tanto das suas percepções Vibratórias, como da sua própria consciência.

Levando ao que foi descrito como modificações fisiológicas, perfeitamente lógicas e perfeitamente normais.

Vários seres humanos, entre os Irmãos e as Irmãs que ainda não estão Despertos à Luz Vibral (o que significa, dito de outra forma, que eles não abriram o que vocês chamam de chacras superiores, ou o chacra do Coração, porque eles não têm qualquer percepção Vibratória), vão ser levados, eles também, a entrar em relação.

Mas esta relação não será da mesma ordem daquela que vocês vivem, com Aquela que está à esquerda.

Isso vai provocar um processo de confusão, onde vários desses Irmãos e Irmãs vão entrar, e ver, nesses mecanismos visuais, levando-os a certos comportamentos, a certas ações, estritamente nada tendo a ver com a Luz Vibral.

Se a percepção Vibratória de uma das Coroas, se o Canal Mariano não estiver ativado, nós lhes pedimos insistentemente para não dar fé ou crédito ao que vocês poderão ver ou ouvir.

A condição sine qua non para entrar em Relação com os Planos multidimensionais da Luz Vibral autêntica, como com a Confederação Intergaláctica da Luz (que, como vocês sabem disso, está cada vez mais próxima, na Consciência, de vocês), apenas pode ocorrer, nesse momento (antes de alguns momentos que eu qualificaria de finais), se a Coroa Radiante da cabeça e quando o conjunto das outras Coroas, assim como o Canal Mariano, estiver constituído.

Propiciando-lhes perceber, e viver (que isso seja em suas noites, que isso seja em seus Alinhamentos, que isso seja em seu sono) contatos cada vez mais próximos, e cada vez mais tangíveis, com outras realidades.

Este próprio processo, que não se refere ao mesmo tipo de relação, tornar-se-á uma constante.

Traduzindo-se, para a humanidade, pela abertura de percepções incomuns, a maioria não podendo vir da Luz Vibral enquanto os Canais da Luz Vibral não estiverem ativos.

Este período de confusão será muito rapidamente resolvido, a partir do momento em que o anúncio de MARIA for, evidentemente, habilitado para toda a humanidade.

Enquanto isso, foi solicitado a vocês para alinhar-se e se centrar, o que quer que vocês vivam ou não vivam.

Retenham que o importante e o essencial é perceber a Vibração das Coroas, assim como, para os mais adiantados de vocês, de apreender-se de que a relação que se estabelece com vocês é apenas de natureza Vibral, desde que o seu Canal Mariano, e a percepção do lado esquerdo do corpo de uma Consciência outra que a sua, penetre-os, exclusivamente, por este lado aí, sem desencadear qualquer visão, desencadeando apenas um Amor, uma Plenitude, qualquer que seja o modo de comunicação.

Naquele momento, vocês podem estar seguros e certos, porque vocês irão senti-lo e vocês não irão imaginá-lo, simplesmente, de que vocês estão em contato com um dos emissários da Confederação Intergaláctica dos Mundos Livres.

Qualquer outro modo de contato recorrendo ao que é visto ou projetado ao nível do 3º olho, assim como o que pode ser escutado no ouvido, mas sem qualquer percepção de Luz Vibral, corresponde apenas a Planos Intermediários que estão em ressonância, unicamente, com o que nós chamamos de ‘egrégora’ e de ‘astral’.

Vocês não poderão convencer ninguém do que quer que seja, em relação ao que ele vive, mas se vocês tiverem a chance de se lembrar, se vocês tiverem a chance de Vibrar, quando a sua Consciência Vibrar, qualquer que seja a experiência, qualquer que seja o estado, qualquer que seja o contato, vocês irão saber, de maneira definitiva, com o que vocês estão interagindo.

A Luz Vibral, em suas relações novas, instalando-se para muitos de vocês, não pode deixar pairar qualquer dúvida sobre a qualidade Vibratória, porque vocês a percebem, porque, o que é trazido, em absolutamente nada lhes promete em relação a qualquer Visão, a qualquer evacuação em massa ou a qualquer solicitação visando transformar a sua vida.

Qualquer que seja a solicitação, a Luz Vibral, doravante, está aí para fazê-los Ascensionar, não para fazê-los deixar o que quer que seja.

A Ascensão refere-se à mudança da própria Consciência, bem como à mudança do próprio corpo, quer ele continue ou não permaneça.

O período que se abre e que os leva (como disse MARIA e ANAEL, Arcanjo) a viver o que vocês têm de viver, vai estabelecê-los, de maneira cada vez mais flagrante e evidente, na Consciência que vocês despertaram, hoje.

Não pode existir Consciência despertada à Luz Vibral, sem percepção da Luz Vibral, não tendo, mais uma vez, estritamente nada a ver com o que é chamado de energia, que, ela, está relacionada ao complexo inferior, etéreo e astral.

O seu etéreo transforma-se.

Existe, como disse UM AMIGO, uma Transubstanciação deste corpo etéreo, refletindo na capacidade da Consciência para estar cada vez menos limitada.

O conjunto desses processos traduz-se pelo que foi descrito sobre a própria Vibração, sobre a sua localização, sobre a sua Presença, em Pontos específicos do corpo.

Se isso não existir (dito de outra forma, se não existir qualquer percepção Vibral), o conjunto dos contatos que poderá querer entrar em relação com vocês não pode ter, de perto ou de longe, qualquer ressonância e afiliação com a Luz Vibral.

O período que se abre é, portanto, como isso foi dito, um período de intensidade Vibratória cada vez mais extremo.

Apreendam-se de que esta intensidade Vibratória (associada também a ALCYONE, ao Sol, como às irradiações cósmicas) tem por objetivo romper, definitivamente, as camadas isolantes.

Essas camadas isolantes (denominadas ionosfera, magnetosfera e heliosfera) têm por função separar os Planos Dimensionais.

Pelo próprio fato da ação da Luz Vibral na dissolução final dessas camadas, fica bem evidente que os habitantes dos Planos Intermediários, não pertencentes à Luz Vibral, mas à Luz fragmentária, vão, obviamente, tentar entrar em relação com vocês.

Isso não é para gerar qualquer medo, isso não é para levá-los a um discernimento ou a um julgamento, mas, simplesmente, para estar lúcido do que irá se manifestar, em vocês e ao redor de vocês, durante este período.

A partir do momento em que uma das Coroas Radiantes (e, em particular, aquela do Coração) estiver ativa, a partir do momento em que a Onda da Vida tiver percorrido vocês, fica evidente que, para vocês, nenhuma manifestação que eu qualificaria de ‘parasita’ ou de ‘intermediário’ ou de ‘inferior’, poderá atingi-los, nem contatá-los.

Não será o mesmo para o conjunto dos Irmãos e das Irmãs na humanidade, não desperto ao Vibral.

Eles serão contatados, evidentemente, pelos centros que estão abertos.

Os centros abertos não são mais as Coroas Radiantes, para esses seres, mas o Plexo Solar e o que foi chamado classicamente de 3º olho, dando, então, percepções diferentes daquelas que vocês vivem e irão viver.

Esses seres em nada são responsáveis.

Simplesmente, o trabalho da Luz, neles, por uma razão que lhes é própria, não lhes permitiu, por enquanto, constituir o Canal Mariano e, ainda menos, perceber a Vibração do Coração ou da cabeça ou do sacro, e, ainda menos, a Onda da Vida.

Vocês podem bem imaginar que vai existir um antagonismo profundo e, na maioria das vezes, indissolúvel, entre aqueles de vocês que vivem a Luz Vibral e aqueles que irão viver apenas a Luz Astral.

A diferença se faz pela Vibração, pela localização da Consciência que se aproxima de vocês.

Esses elementos não sofrem qualquer exceção.

Além disso, a consequência não é absolutamente a mesma.

A Luz Vibral convida vocês para a interioridade, ela os convida para estabelecer-se no Si ou no não Si, independentemente de qualquer referência temporal, independentemente de qualquer visão de algum futuro.

Além do mais, a Luz Vibral modifica a sua fisiologia e lhes traz um excedente de Consciência e de Luz, qualquer que seja a reação deste corpo.

O que está ligado aos Planos intermediários vai se traduzir, essencialmente, por ressurgências de emoção e, essencialmente, também, por mecanismos visuais ou podendo aparecer imagens, muito bem construídas, tanto desta Terra como desses contatos, até mesmo, transformando-se à vontade no que eles quiserem.

Vocês estão, portanto, convidados a verificar, por vocês mesmos, a ativação das suas Coroas, e isso não pode enganá-los porque isso é percebido, ou isso não é percebido.

E em seguida, nos momentos de relação, levando a Consciência a uma outra Consciência, por meio desses contatos Transdimensionais, a verificar, por vocês mesmos, se o Nada ou Canto da alma é ouvido.

Nesse caso, nenhuma entidade de qualquer Plano Intermediário pode sequer penetrar no Interior do que vocês São.

Podemos dizer, de alguma forma, que a Vibração das Coroas Radiantes (e, para aqueles que não têm, pela Vibração da Onda da Vida), permite gerar um campo Vibratório e um campo auditivo que preservam esses seres de qualquer contato com os Planos Intermediários.

Dessa maneira, que isso seja uma Consciência, mesmo humana, esta relação (de homem a homem, e de mulher a mulher, e de homem a mulher, e de mulher a homem, e de um grupo social a outro grupo social) tornar-se-á muito mais evidente.

Assim como o que eu acabo de explicar, para um indivíduo, poderá ocorrer de um grupo a outro, qualquer que seja.

A percepção do Som da alma, a percepção das Vibrações da Onda da Vida ou do Supramental, são as garantias da autenticidade Vibral de qualquer relação estabelecida de um grupo a outro.

Se isso não existir, obviamente, naquele momento, será preciso estar nesta lucidez do que representa esse contato, traduzindo-se pela ausência de Vibração, mas, muito mais, por mecanismos visuais arrastando-os para bem longe da Luz Vibral.

Quer seja NO EYES, quer seja MA ANANDA MOYI, e várias Estrelas, elas lhes disseram e afirmaram, assim como os Anciãos, que a visão ocorria sem os olhos, que a visão era independente de uma visão ocular ou do que é chamado de 3º olho.

A Visão é a Visão do Coração ou, eventualmente, a Visão Etérea, mas nada tem a ver com qualquer visão astral ou com qualquer comunicação chamada de astral.

Cabe a vocês se definirem, em sua Consciência, e nas relações que vocês irão estabelecer.

Isso se aplica no Transdimensional.

Lembrem-se: de um indivíduo a outro, de um grupo a outro, mas, também, nas suas relações entre encarnados, vocês irão constatar, cada vez mais facilmente, que o aspecto de relação, de ressonância, tem importância, independentemente de qualquer aspecto visual, independentemente de qualquer linguagem.

Haverá seres próximos, como menos próximos, com os quais irá se estabelecer a Vibração.

Haverá seres com os quais a Vibração que vocês trazem, que isso seja a Onda da Vida ou os Chacras, irá se extinguir.

Cabe a vocês tirar as consequências e as conclusões.

Ninguém mais do que vocês mesmos pode decidir o que convém fazer.

Eu chamo simplesmente a sua lucidez para a realidade da Vibração, para a realidade da energia e para o que ela pode refletir, nas relações verticais ou horizontais, que vocês irão estabelecer, de maneira cada vez mais fácil, nos tempos que se instalam, a partir de agora.

Cabe a vocês, portanto, ser lógicos: o que faz a Vibração?

Se a Vibração se amplificar, seja através da Onda da Vida, seja através do Canal Mariano, seja através da percepção Vibratória dos Chacras ou dos Novos Corpos, isso não causará qualquer problema.

Se um encontro ou uma relação, referindo-se ao Transdimensional, ou a outro Irmão ou Irmã, fizer desaparecer as suas Vibrações, naquele momento, será desejável determinar a conduta mais adequada.

Isso é importante durante este período em que o conjunto das camadas isolantes do Planeta está em via de Dissolução, pela ação da própria Luz.

Isso permite perceber, e começar a perceber, de diferentes maneiras, os Mundos chamados de Invisíveis.

Esses Mundos Invisíveis, até agora, para vocês, são, como vocês sabem disso, de diferentes ‘densidades’.

Algumas densidades elevam-nos e os levam à Luz Vibral.

Outras densidades, muito mais perto da sua, desta Dimensão em que vocês estão, abaixam-nos e os levam a outra coisa que a Luz Vibral.

Quaisquer que sejam as palavras, quaisquer que sejam as imagens, quaisquer que sejam as projeções, a diferença se faz, para aquele que é portador do Som da alma, justamente pela evolução desse Som, pela localização do próprio contato, no interior dos seus campos e no interior do seu corpo físico.

Esses elementos, esses contatos, essas relações de Consciência a Consciência, começam a traduzir o que eu havia chamado de Choque da Humanidade, dando-lhes a perceber, de diferentes modos, o que eu acabo de nomear as Dimensões Invisíveis.

Isso é uma realidade comum ao conjunto da Humanidade.

O conjunto desses contatos irá resultar em uma modificação da Consciência, ainda maior, cuja consequência será, evidentemente, profundamente diferente de acordo com o que vocês interagirem.

Não cabe a ninguém julgar quem quer que seja.

Ser-lhes-á feito, como isso foi dito, muito exatamente segundo a sua Vibração.

Nada temam porque nada há a temer.

Há apenas, simplesmente, que exercer esta lucidez, e estejam certos de que, se vocês permanecerem centrados em meio aos seus Quatro Pilares (quer vocês sejam portadores da Vibração de uma Coroa ou da Onda da Vida), para vocês, tudo irá acontecer sempre bem, porque nenhuma relação de natureza contrária à Luz pode estabelecer o que quer que seja com vocês.

Não é, portanto, questão de se proteger do que quer que seja, ainda uma vez.

No que se refere a relações ditas de Irmãos a Irmãs e de Irmãs a Irmãos, na encarnação, que eu chamei de relação horizontal, aí também, as testemunhas e os marcadores, Vibratórios e sonoros, serão essenciais.

Não no que poderá ser dito, não no que poderá ser visto ou dado a ver, mas, sim, na própria evolução da Vibração.

O problema será colocado ainda menos para aqueles de vocês que terão aceitado Abandonar-se à Luz e Abandonar o próprio Si, para estabelecer-se em meio ao Absoluto.

Esses seres, esses Irmãos e irmãs, são, de alguma forma, aqueles que os antecedem nos caminhos do Absoluto.

Eles não podem ser, em nenhum caso, nem alterados, nem falsificados, de maneira alguma, pelos Planos Intermediários ditos astrais.

Eis os elementos que eu tinha para trazer para vocês.

Eles chegam antes do período que lhes foi dado por MARIA e que vai durar, como lhes disse o Arcanjo ANAEL, pelo menos até 20 de junho.

É durante este período que o conjunto desses contatos vai se manifestar a vocês.

Então, beneficiem-se das indicações que eu lhes dei e, sobretudo, verifiquem, por vocês mesmos, o que vai acontecer.

Se existirem em vocês, e exclusivamente em relação ao que eu acabo de enunciar, da parte dos Anciãos, questionamentos, eu os escuto.

Pergunta: fundir-se na ressonância, tornar-se ela, prepara para o Face a Face, para o Encontro?

Se isso ocorrer do lado esquerdo do corpo, sim.

Não há sequer que colocar a questão, em função do que eu acabo de dizer.

Pergunta: se a Onda da Vida começa a subir, ficamos, então, protegidos de algumas entidades?

A resposta é Sim.

A Onda da Vida, desde que nasceu, criou esta espécie de imunidade em relação aos Planos Intermediários.

Pergunta: um incômodo no ouvido direito, difundindo-se por todo ouvido direito, corresponde ao desenvolvimento de Vibrações como foi descrito?

Não.

Eu bem falei de desenvolvimento Vibratório com relação a uma das Coroas ou à Onda da Vida, ao Supramental ou à Onda da Vida.

O que aparece depois, em meio ao Canal Mariano, o que quer que aconteça no ouvido direito, aparece ao nível do ouvido esquerdo, no pavilhão do ouvido esquerdo, à frente do ouvido esquerdo, ao nível do ombro esquerdo, na parte superior do campo energético situado entre o ombro e a cabeça.

Pergunta: como manter as percepções do Canal Mariano na vida cotidiana?

Não há como mantê-lo.

O Canal Mariano estabelece-se espontaneamente.

Não em função dos seus estados meditativos, nem mesmo dos seus alinhamentos.

Ele torna-se perceptível, o que quer que façamos, o que quer que vocês façam, a partir do momento em que ele é constituído.

O fortalecimento da sua percepção faz muito exatamente parte do que foi anunciado por MARIA e não é absolutamente dependente da circunstância do lugar ou do que vocês fazem.

Pergunta: podemos solicitar a Presença, no Canal Mariano, de Seres de Luz?

Para qual milagre?

Enquanto as Vibrações não ativaram os circuitos, é a Luz Vibral ou a Onda da Vida que ativa os circuitos e não uma solicitação.

A Onda da Vida nasce a partir do momento em que vocês a deixam nascer, a partir do momento em que a necessidade de controlar a personalidade não existir mais.

Vêm em seguida, é claro, outras etapas, ligadas às dúvidas e aos medos inscritos nos dois primeiros chacras.

Isso foi explicado a vocês.

Se a Coroa Radiante da cabeça ou do Coração estiver ativada, não há que se colocar a questão do Canal Mariano, se havia ou não Presença no interior desse Canal.

Ela vai aparecer.

O Canal Mariano é o resultado da ativação do que foi denominado Antakarana, o Antakarana ligado, ele mesmo, à ativação dos chacras superiores, ao nível da cabeça.

Esta lâmpada da Clariaudiência constitui o Antakarana, o Antakarana duplicando-se de Partículas Adamantinas.

É um processo que nada tem a ver com uma solicitação ou com uma prece ou com qualquer outra coisa senão com a própria Vibração.

No momento Final em que os Sons do Céu e da Terra irão se tornar permanentes, evidentemente, naquele momento e somente naquele momento, para o conjunto da humanidade, o Canal Mariano será criado para o Anúncio de MARIA.

Mas, até lá, ou a Onda da Vida terá subido ou nascido, ou o Supramental terá sido ativado em meio às suas estruturas.

Pergunta: uma vez esse Canal constituído, é possível recorrer a um Ser de Luz?

A Presença irá intervir sozinha, mas vocês podem fazê-lo.

Pergunta: se o Som ou as Coroas baixarem em intensidade, o que convém fazer dado que se presumiu nada fazer?

Se vocês dão por certo nada fazer, nada há a fazer.

Simplesmente estar lúcido sobre com o que vocês estão em relação como consciência.

Vocês nada têm do que fugir porque, aí também, como eu disse, o fato de ser portador do Nada ou Canto da alma, o fato de ser portador de uma Coroa Radiante ou da Onda da Vida, isola-os de qualquer anomalia.

Mas simplesmente estar lúcido sobre o que ou quem vocês entram em relação.

Pergunta: isso significa que mesmo se tivermos as Coroas ativadas ou se o Som estiver presente como dizíamos, podemos, apesar de tudo, entrar em contato com entidades?

Ao nível horizontal, vocês estão rodeados de 90% de seres humanos, entre os adultos, que não estão abertos.

Eu falava exatamente do nível horizontal e não do vertical.

O nível horizontal não é Transdimensional, mas se refere à Sua Dimensão.

Pergunta: com as Coroas ativadas, não temos então que desconfiar de nada ao nível vertical?

Foi exatamente o que eu disse.

A desconfiança, para aqueles que ativaram as Coroas, faz recair na dualidade.

Naquele momento, seriam vocês mesmos os responsáveis pelo seu rebaixamento, se eu puder assim dizê-lo, Vibratório.

Pergunta: se tivermos um rebaixamento Vibratório, como elevar de novo o nível Vibratório?

Sejamos claros: quando eu falo de Vibração, eu falo especificamente da Luz Vibral.

Eu não falo do seu nível de energia, que nada tem a ver.

Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.

Irmãos e Irmãs na Humanidade, o meu Coração se abre para vocês.

Eu saúdo, em vocês, a Luz e a Eternidade.

Até breve.
Mensagem do Bem Amado SRI AUROBINDO no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1468
21 de maio de 2012 (Publicado em 23 de maio de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
via: http://portaldosanjos.ning.com

quinta-feira, 24 de maio de 2012

BIDI - 21 de maio de 2012 - Autres Dimensions



Pergunta: refutar e dizer: "Pai, entrego o meu espírito em suas mãos, porque tudo está consumado", facilita a Dissolução?
Desde quando o Pai tem mãos? Desde quando você tem algo para dar para alguém? Ao pronunciar essa frase, você se afasta de sua própria Dissolução no Absoluto, já que você considera que existe um Pai (onde quer que ele esteja situado). Você mantém então o Si.

O Abandono do Si não repõe, o que quer que seja, ao Pai mas se repõe em outra coisa (além de toda forma, de todo nome e de toda definição). Não há nada a fazer: ficar tranquilo, passivo. Tudo acontece sem nenhuma intenção, sem nenhuma prece, porque a prece considera que há alguma coisa exterior.

É o princípio mesmo e o fundamento de todas as religiões que os levam a criar, a conceitualizar, algo de inacessível. O Pai: é a Fonte. A Fonte não é o Absoluto.

Agora, você faça como quiser.

Pergunta: o Arcanjo Anael nos tinha dito para dizer essa frase, no momento final.
Para experimentar o Si, para estabelecer o Si, mas não o não-Si. Para criar uma identificação, chamada Comunhão. Mas a Comunhão não é a Dissolução.

Fusionar, não é ser fundido. Há uma diferença. O nome mesmo que você criou, cria uma demanda e uma falta. O Absoluto não pode ser nenhuma falta.

Pergunta: você disse, "Nada pode durar do que está inscrito no tempo deste mundo exceto, o que não se move, que está imóvel". E isso se revelará somente pela refutação e pelo interrogatório de "Quem sou eu"?
Encontre-me algo que não se move, neste mundo que gira ao redor de outra coisa. É uma visão do espírito. O Centro não pode ser neste mundo. Ele está em toda parte, além do Todo.

O tempo é o espaço. Desde que você tenha saído do tempo, da ilusão, que é acreditar que existe um tempo separado de um espaço, e um espaço separado de um tempo, criando a distância. Isso não existe.

O Centro não está em nenhum tempo. Ou então, ele é todos os tempos, mas no espaço (que é o tempo).

A separação do tempo e do espaço participa da ilusão.
Quando você é o Absoluto, o tempo não existe. Ele é o espaço e, nesse espaço você não tem mais pessoas, você não é mais uma pessoa, você não é mais um indivíduo, e onde você não é mais um indivíduo: você é o Centro, o Absoluto. E ali você percebe (além de toda percepção já que você se fundiu), o azul noite e os bilhões de estrelas. Ali, você não se move. E você está em nenhum lugar e em todo lugar.

Você não pode ser limitado a qualquer tempo ou qualquer espaço. Só o ego sustenta o tempo porque o que se move, o que é efêmero, está inscrito no tempo, sempre (que isso seja o saco de comida, seus pensamentos, seus afetos, quaisquer que eles sejam).

Pergunta: é desejável passar pela Fusão com meu Pai e a Dissolução nele mesmo para se tornar Um, e somente após isso, encarar o Absoluto?
Encarar o Absoluto não permite ser Absoluto. O que há é que desde que você solte tudo o que você acredita ser (e mesmo o Si) você penetra na não-consciência (ou a-consciência).

Os mecanismos de Dissolução são, antes de tudo, o Abandono do Si, o Abandono do Eu Sou. A partir desse momento, manifesta-se o Duplo. Qualquer que ele seja, não o personifique (mesmo se ele está personificado), porque esse encontro permite o Absoluto.

Se você fosse capaz de fundir-se com um rebento de grama, você viveria exatamente a mesma coisa. Mas, por razões de conveniência, você escolhe, em geral, um deus (qualquer que ele seja), um molde ou um outro Ser. Na verdade, você não o escolhe: ele é aquele que se manifesta pela sua própria ressonância, como uma imagem em espelho.

Enquanto você não realizou o Si (se for esse o caso), é preferível escolher uma imagem. Mas chega um momento em que a imagem, ela mesma, deve se fundir (como você se funde).

Não há nenhuma necessidade de entidade, nem de você, aliás. É necessário sair da visão que restabelece tudo, a si mesmo. O pensamento é assim (o mental também), faz com que você tenha necessidade de vê-los. Tanto que você acredita ver, através de algo exterior a você, você não se vê. E por uma razão: nada deve voltar a si mesmo, é necessário dar o Si.

Enquanto existe uma experiência, enquanto existe uma sede de experiência, enquanto existe uma contemplação do Si, do Eu Sou, o Absoluto não é desvelado. Mas, para muitos, isso é muito difícil. Assim, nesses casos, permaneça no Si. Mas, de qualquer forma, mantenha-se tranquilo. Pois quem joga o jogo de querer jogar alguma coisa? Seja o espectador, se você não pode sair do teatro. Mas não seja aquele representa o papel.

Esqueça-se, totalmente. O que quer que lhe diga seu ego (que é o nada [néant], que é terrível), não é verdade.

Pergunta: se no Si, ainda há modelos, crenças, devemos fazer uma introspecção, a fim de desalojá-los quando eles se escondem no inconsciente, a fim de refutá-los?

Ou esperar até que eles apareçam no decorrer da experiência? A refutação não deve se referir ao que você procura. Se você procura, no Eu, o que é inconsciente, o que acontece? Você lhe dá um peso, uma verdade que não existe.

O que aflora, que remonta, como o pensamento, deve ser refutado, mas não vá procurar o que não apareceu. Senão, você recai do Si no Eu, você mantém a personalidade.

Nenhuma ação sobre a personalidade permite sair da personalidade. É o ego que acredita nisso. A refutação é se interessar pelo que se manifesta no Si ou, eventualmente, no eu, mas não vale a pena entrar no eu. Senão, você lhe concede crédito, você o revaloriza, você joga o jogo da dualidade, considerando que você é uma sombra. Mas você não é uma sombra de si mesmo: você é Luz e Amor. Nada mais.

Tudo o que aparece na consciência é uma sombra. Por que ir acordar o que dorme e não existe? Para torná-lo consciente? E manter o eu?

Pergunta: minhas atividades, meu trabalho, são incompatíveis com a revelação do Absoluto, isso alimenta a dualidade, a ilusão mesmo, o confinamento?

Você se dá conta do número de eu que você pronunciou (meu trabalho, minha atividade)? Quem lhe disse para deixar o que quer que seja? Quem te pediu isso? Comece já por suprimir os eu, os me. Você está identificado.

Além do corpo, você se identifica com suas ações, sua vida. Você não pode colocar fim a sua vida, já que você não é a sua vida. Não é por suprimir o que é aparente, dessa forma, que você vai podar, que você vai encontrar o que quer que seja.

Eu te convido a reescutar sua pergunta para ver quantas vezes há minha vida, me, meu, eu. Não há senão isso. Refuta isso e não se ocupe. Você não é o que acontece. Deixe viver a vida que se vive. Deixe o trabalho se fazer. Você não é o trabalho que se faz. É isso que eu digo. Eu não disse que se deveria deixar o que quer que seja.

Não há nenhum obstáculo ao Absoluto, se não você mesmo.

Pergunta: você poderia falar da linguagem e do silêncio, em sua relação com o Absoluto?
A linguagem é qualidade própria desse saco de comida. A consciência é uma secreção desse saco, tanto que vocês a nomeiam. Mesmo o eu Sou: que é que ele se torna quando esse saco não está mais ali? Você acha que você vai poder tocar clarim: "Eu Sou", do outro lado, sem um corpo? É uma ilusão.

Depois, o silêncio e a linguagem. O que é a linguagem? O espaço entre dois silêncios. Não há silêncio. Há somente o fato de permanecer tranquilo porque, quem pode dizer que ele é no silêncio? Você pode fazer o silêncio das palavras. Você pode fazer o silêncio dos sentidos. Mas o corpo ainda está sempre ali e você está sempre nele. Isto é apenas uma primeira fase da introspecção, que vai te fazer viver o Si ou uma aproximação do Si.

O Absoluto não tem o que fazer da linguagem. Ele não tem o que fazer do silêncio. Porque mesmo o Eu Sou é um som. Um som primordial, aquele que aparece também no Absoluto, nesse azul escuro e nas estrelas (que não o são).

Claro que você pode trabalhar sobre o Si, reforçá-lo, pela meditação, pelo silêncio. Mas tudo isso são apenas jogos. A linguagem é um obstáculo. O mais importante é permanecer tranquilo.

Se você se esquece de si mesmo, o Absoluto está ali: sem nada buscar, sem nada pedir, sem buscar zonas de sombra, sem buscar uma Fusão (que se produz por si mesma).

Deixe esse corpo viver sua vida. Deixe-o falar se ele quiser. Deixe-o fazer silêncio, se ele quiser. Mas você não é nem a linguagem, nem o silêncio. Isso pertence à ilusão.

A linguagem é criada pelo saco de comida: é uma interface de consciência. O silêncio também.

Pergunta: uma expansão do vazio, uma paz, um êxtase, permitem ao Absoluto se revelar se esquecemos completamente esse estado?
Sim. A partir do momento que você considera que você não é a experiência que você vive, a partir do momento em que você refutar essa experiência (sem querer se extrair, mas constatando), então, o Absoluto está ali. E você não poderá mais falar de uma experiência.

A experiência aparece sempre ao Si, ou à Presença, ou ao Eu Sou. Porque se não há observador que vive a experiência, o que restaria como experiência? Nada. É o Si que joga ele mesmo e com ele mesmo. Isso é muito sedutor porque a consciência é apenas uma experiência. E mais as experiências aparecem, mais a consciência se alimenta. Como você quer, neste caso, chegar a ser o que você É?

Há experiências que você não pode reproduzir. E, além disso, esse tipo de experiência ocorre sempre de repente, sem aviso, sem isso você não a viveria, por medo. Aí também, não se extraia de nada. Refute-a, permanecendo tranquilo.

De alguma forma, deixe vir e você vai constatar que há algo que está por trás do observador, atrás daquele que diz: "Eu vivi uma experiência e um êxtase". Ali, você está no caminho certo, porque você permanece tranquilo.

Se você aceitar que não é você que vive a experiência (mas o Si), então, o Absoluto está ali.

Pergunta: Uma de suas intervenções pareceu-me límpida. Mas eu creio compreender que o Absoluto se revela a nós, somente quando nós não compreendemos mais nada. O que é isso?

O dia em que você compreender que você não pode compreender nada, o Absoluto vai estar lá.

Vá além do que é compreendido porque compreender, é tomar, é se apropriar, é se justificar, é se explicar.


O Absoluto não pode ser, nem compreendido, nem justificado, nem explicado. E isso não é uma experiência.

Apreenda (como na pergunta anterior), que há sempre uma consciência que observa. Vá além do observador. Você não é aquele que olha a peça, nem mesmo a poltrona onde está sentado. Afaste-se do teatro, para compreender que não há teatro. Mas o fato de sair não é uma ação: é uma imobilidade total onde você é o Centro, por toda parte. É o meio da roda.

O que eu digo não é para ser compreendido. Exatamente. Quando isso aparece como límpido, isso não é mais o cérebro. Às vezes é o Si. É o imediatismo do que você apreendeu que cria a sensação, mas vá além dos sentidos. Vá além do que é compreendido.

Aceite que deste lado aqui (onde você está), você é ignorante e que todo o conhecimento é ignorância. Deixe seus conhecimentos e ali, nesse momento, você considerará (porque é a Verdade total) que você é ignorante. Porque eu poderia lhe perguntar: diga-me quem É você? O que você responderia? O que você compreende.

O Absoluto é imóvel (que ele esteja nesta forma (efêmera) ou que ele não esteja em nenhuma parte). Não há mais experiência, nem compreensão. É um estado, além de todo estado.

Uma vez que você compreende alguma coisa, você tem a impressão de que isso aparece como claro e que você o conhece. E então, você não pode conhecer o que está exterior a você. É necessário superar isso.

O Absoluto não é uma compreensão, pelo contrário. Não é mais uma experiência. Não é mais um estado. É o Último.

Pergunta: eu vivi a Fusão com a natureza. O resto ao redor era apenas um cenário. Então o Véu da ilusão se rompeu e apareceu a brancura da Luz. O que foi?

Isso se chama a infinita Presença. Este é o momento(como você diz) quando o Véu é rompido. É, de alguma forma (se é que posso colocar dessa maneira), a antecâmara do Absoluto. Simplesmente, isso foi (como você diz) uma experiência. Para o Si é uma etapa. É respeitável. A única coisa a realizar, não é comemorar, lembre-se, dessa experiência, mas, aí também, observar, além da experiência e da memória da experiência.

Quem é você? Coloque-se a questão: quem sou eu? Sou o observador que viu este Véu da ilusão que se rompeu? Sou a luz que eu vi?

Você não pode ver o que você É, de nenhuma maneira, quando a experiência pode se reproduzir. Se ela se reproduz (e ela se reproduzirá), vá além do que você observa. Esta é a única maneira de fazer desaparecer o observador. Como você o disse: é um cenário. Mas vá além do cenário também. Esta é uma fase preliminar.

O que quero dizer é: esqueça essa experiência, ela já teve o seu efeito. Ela terá ainda mais efeito.

Lembre-se: você não é jamais as experiências que você vive, mesmo se a consciência está ávida dessas experiências (e se possível luminosas e não sombrias).

Eu te aconselho então, a superar a experiência.

Pergunta: a memória, que se liquefaz é uma ajuda para superar o jogo mental ou é um jogo, uma recuperação do ego?
Não. O ego necessita da memória. Olhe a criança que é virgem. Não é afetada por qualquer memória, pelo menos, muito jovem.

A memória está relacionada com o tempo e com sua separação do espaço. Você tem a memória do que você era antes?

A memória não te presta nenhuma ajuda. Então, alegre-se. Você verá que se a sua memória desaparece, o que resta? O Absoluto.

A memória pertence a este mundo. Ela faz parte da experiência. Não é Vida. Então, alegre-se.


Pergunta: eu não experimento mais os estados de Beatitude que me ajudavam a viver. Devo renunciar a esses estados, para estar no Absoluto? Tenho a impressão de perder o contato com o que eu chamava o Divino. Isso significa que eu devo refutar este estado, pode ser o Si?

Se você os refutou (ou que você não os tenha refutado), você percebe que não está mais aí. Você mesmo disse que era uma ajuda, para suportar. Mas o Absoluto não precisa de nenhuma ajuda, nem de ser suportado pelo que quer que seja. Porque é o que você É.

O Absoluto é Beatitude. E não viver a experiência de Beatitude. Então, é claro, que isso deve desaparecer da experiência para que isso se torne, realmente, o que você É.

Eu disse: a Vibração, o Samadhi, as saídas do corpo, tudo isso representa o quê? O Si, a consciência. Ir além da consciência: é não ter mais consciência, nem memória, nem Vibração, nem nada. Quando isso chega, você se desola (e é o Si que se desola), se você aquiesce, tudo se desenvolverá, por si, sem esforço. Isso provará, de qualquer maneira, que você renunciou. Há, realmente, um Abandono do Si.

Você construiu o Eu Sou. Você vivenciou o Eu Sou. É tempo de superar isso. É isso que se produziu. Então, acolha. E você não terá mais necessidade de suportar a vida. A vida se desenrolará. Você estará aqui (nesse corpo) mas, também, em toda parte. Você não será mais afetado por esse tipo de experiência ou seu desaparecimento.

Você não deve se alimentar da Luz, mas Ser a Luz. É isso que você É. Então, o ego vai inventar sombras, projeções, experiências. Ele chama isso o Divino. Mas, quando isso desaparece, você está maduro.

Pergunta: o que são os Lellas do Senhor?

É um jogo. É a cena de teatro. A vida é jogo. Então, às vezes, vocês têm papéis de comédia, às vezes de carrasco, às vezes papéis de vítima. Às vezes vocês estão contentes, às vezes vocês estão infelizes. Mas são esses jogos, justamente, que mantém a consciência e o Eu Sou ou o Ego.

Os Lellas do Senhor: é ir além, isto é, já reconhecer o que se passa. É considerar que o mundo não é mais real do que você. É o cenário que está ali, que permite à consciência se manifestar. Porque, sem manifestação, não haveria consciência (qualquer que seja essa manifestação).
Porque a manifestação é sempre uma expressão e uma projeção, exterior (qualquer que seja o exterior).

Então, são jogos. A consciência joga de se observar. O Absoluto não é consciente.

Pergunta: ignorar seus pensamentos é uma maneira de dar ainda mais peso a seu mental?

Absolutamente não.

Pergunta: o que eu não teria identificado, que alimentaria meu eu e que eu teria de conhecer hoje?

Se algo não está lá, se sua consciência não o vê, porque você quer que eu
te responda de maneira precisa sobre teu inconsciente? Você quer que eu alimente o quê?

Coloque-se a questão: o que você está ainda em vias de olhar, se não teu próprio umbigo?

Não é necessário jogar com os medos. Não há nada para cavar porque, se você cava um buraco: você cai dentro.
É, de algum modo, lógico. Não vá buscar o que não te pede nada.

Pergunta: como se manter calmo, imóvel e tranquilo?
Fique tranquila. O que você quer que eu diga mais? Porque se eu lhe der algo para fazer (um conselho), você estará ainda menos tranquila.

Você persegue um objetivo que não pode existir. Saia de si mesma. Aí também, não olhe o umbigo e esse corpo que tem necessidade de se mover. Ele expressa um medo. Então você quer saber qual é esse medo? Isso não serve de nada senão para reforçar o ego.

Esqueça-se, você também. Você participa do movimento porque você está identificada com o movimento. Tanto que você acredita que você é o movimento desse corpo que se move sem parar ou desses pensamentos que saem, como você quer ficar tranquila?

E se você se opuser a isso, coloque-se a questão: quem se opõe? Sempre o eu. O Absoluto não se opõe a nada: ele É, além do Ser. É o não-ser, o não-Si.

Então, nenhuma técnica do Si ou do eu pode solucionar o que você me pergunta. É você que deve mudar de ponto de vista. É você que deve se deslocar do movimento. Porque se eu adiciono um outro movimento: o que acontece? O Absoluto está ainda menos ali. Então, eu não posso alimentá-la.

Pergunta: viver a Dissolução, Fusão, Dissolução com a Mônada, corresponde a realizar a Dissolução do Si? Isto realizado, não é, então viver as condições ideais do Absoluto?
Não há nenhuma condição para o Absoluto. O Absoluto não é uma etapa, nem uma realização. No entanto, o Sol, um ramo de erva, pode permitir realizar isso mais facilmente, porquê? Porque a consciência não é mais dependente desse saco de comida. Ela se projeta, ela mesma, existente fora desse saco, é o “Eu Sou”, o Si.

Agora, o erro seria acreditar que há condições, pré-requisitos: não há nenhum. Você busca através de conceitos (portanto, através do mental) porque você tem necessidade de colocar conceitos e se apoiar neles. Isso sempre será parte da experiência.

Uma vez que você busca, você já está no erro, porque não há nada a buscar. Procurar, é deixar de estar tranquilo, é jogar o jogo da experiência.

Ora, toda experiência deve cessar. Então mesmo o que é chamado Mônada ou Duplo ou ramo de erva, chega a você quando você está pronto. Não é você que vai para ele, sem isso, é um desejo, é ainda uma experiência. Não se ocupe mais disso, pare de colocar conceitos ou condições.

Você não pode sair com uma reflexão, é impossível: toda reflexão é um espelho do eu ou do Si, nada mais.

Pergunta: devemos nos regozijar quando não vivemos nenhuma experiência?

Sim, e mesmo quando você dormir.

Pergunta: Eu já saí do teatro, mas para encontrar um segundo cenário. O que aconteceu?
Não se alegre: substituir um teatro por um outro teatro não serve para nada. É mais uma experiência, como você mesmo o disse. Então, é preciso cessar as experiências. Claro, elas se produzem porque a consciência não é senão experiências, quaisquer que elas sejam.

Substituir um teatro por um outro teatro, não serve para nada. Há um momento em que todos esses jogos devem cessar. É a avidez que cria a experiência. Você constatará que é no momento em que não há nenhuma avidez, nenhuma expectativa, nenhum desejo, que tudo acontece. Mas não uma experiência.

O Absoluto não se nutre de nenhuma experiência. Ele as contém, isso não é a mesma coisa. É necessário dissipar a avidez, o desejo.

Ainda uma vez, fique tranquilo, não se canse de sair de um teatro para entrar em outro teatro. Que ele seja mais bonito ou menos bonito, não muda nada. Toda experiência é da ordem da avidez ou do desejo. Consciente ou inconsciente: isso não tem nenhuma importância.

O desejo é sempre a expressão, seja do saco de comida, seja da alma, mas isso não é senão um desejo. A partir do instante em que não há mais nenhum desejo, o Absoluto está ali, porque
é o que você É.

Você não É um desejo e ainda menos uma experiência. É só quando você aceitar deixar tudo: o Abandono do Si. Mas enquanto o Si vive experiências, mesmo se ele se reaproxima ou dá a impressão de se reaproximar, o Absoluto não está ali. Em todo caso, você, não está ali. O Absoluto, ele sempre esteve ali.

Pergunta: isso não estava ligado a uma vontade de experimentar, mas ocorreu de forma espontânea, quando entrei no som.

E depois? A experiência, mesmo que não lhe interessar, é apenas uma projeção dentro de sua consciência. O som leva ao Absoluto, senão, leva a uma experiência. Transcenda a experiência. E não me diga que você não quis, porque nada acontece se você não desejar nada.

A palavra avidez é apenas porque se há experiência, há desejo. Ou então, a experiência deve ser, justamente, a perda de toda referência, e não uma outra referência.

Não há movimento no Absoluto. Qualquer experiência não surge de nenhuma parte, ela é construída em algum lugar. Que você veja elefantes rosa ou um teatro não muda nada: é sempre uma projeção. É somente quando o cenário desaparece totalmente, que o Si desaparece também, não antes.

Pergunta: quando se apreende que é necessário permanecer tranquilo, não há então mais perguntas a colocar?

Você É Absoluto?

Não. Eu não sei. Sim, certamente.
O que se move nessas respostas, senão o ego? Eu já respondi a uma questão, longamente, sobre alguém que não tinha questão. A questão não é mais do que a resposta e contudo isso não é um jogo.

Pergunta: Como deixar tudo e se Abandonar à Simplicidade?

Reconhecendo o que você É: Absoluto. Não há nada a deixar. Quem coloca a questão, senão o ego. Quem acredita que deve deixar alguma coisa?

Ficar tranquilo, é não deixar nada: é refutar. Enquanto você procura o que quer que seja para deixar, é que você considera, é claro, que há alguma coisa para deixar. O que você quer deixar, uma vez que você já É, deixado?

Pergunta: você poderia voltar sobre a noção de Absoluto, inclusive a necessidade de não negar a ilusão?

Conceber que você é uma ilusão, porque efêmero, não significa para tanto desaparecer o efêmero: ele desaparecerá por si mesmo.

Você não precisa colocar fim a esse corpo: ele é programado para desaparecer. É mudar de ponto de vista, simplesmente. Mudar de ponto de vista, exprime a Verdade e a Realidade.

Enquanto você se atribui esse corpo, esses pensamentos, essa vida, você está no ponto de vista desse corpo, dessa vida, desses pensamentos ou nessa experiência. Mas você não é nem a experiência, nem o corpo, nem o pensamento porque tudo isso passa.

Aceite simplesmente isso, você não tem nenhum meio de agir sobre a ilusão porque, a partir do instante em que numerosas consciências existem, elas criam uma ilusão comum que vocês chamam de mundo.

Viva o que você tem a viver, com entusiasmo, com paixão, se você quiser, mas não seja isso. Não há nada de incompatível no que eu disse, exceto para o ego.

Você não É esse corpo, não mais do que você não É esse mundo. Ele não existe, então por que você está aí inserido? Quem é responsável por essa inserção? Seus pais?
Sua consciência? Quem?

Se você chega a ver, sem ver, além de tudo isso, então mudando de ponto de vista (eu não te peço para crer no que eu digo, mas de por sua consciência no lugar certo), então o cenário desaparecerá, a Luz estará ali. E na etapa dita Última, você realizará que você é isso e que a ilusão está incluída nisso. Não é senão o jogo da consciência.

O Absoluto não pode se ver ele mesmo. É isso que você É.

Pergunta: se não se encontrar o Absoluto em nossa vida, o que acontece depois?
A consciência existe ainda e, portanto, ela se projetará.

Pergunta: Você precisou que o silêncio é uma questão. Você pode responder?
Sim. As palavras que, hoje, podem parecer desprovidas de sentido, o ponto de vista, o olhar. E sobretudo "ficar tranquilo": tudo está contido nisso. O Absoluto é Isso.

Pergunta: colocar sua consciência no lugar certo é colocá-la no nível do Absoluto?
Não, a lance. Colocar a consciência é uma atenção. Eventualmente, você pode se servir do som. Você se apoia sobre o Eu Sou, mas isso não é o Eu Sou, é o não Si.

Mudar de olhar é, justamente, não colocar a consciência em nenhuma parte. É não mais colocá-la, não mais experimentar. De alguma maneira, entrar no silêncio da consciência. O ponto de vista mudará por si mesmo, sem ter necessidade de colocar o que quer que seja.

Pergunta: devemos deixar o som nos penetrar?
Mas você é o Som. Se você considera que um som te penetra, você encara o som, exterior a você. Assim, o ponto de vista e o olhar não são bons.

Pergunta: é normal ter a impressão que meu corpo não me pertence?
Mas como você quer que seu corpo te pertença?

Pergunta: quando se tem a impressão de não mais existir, é uma experiência do Absoluto?
Você mesmo tem a resposta: é uma experiência. O Absoluto não é uma experiência. Isso começa a voltar. Você está aí. Você sempre esteve aí.

Apreenda e solte tudo. Não há nada a soltar.

Pergunta: quando se sente...
Quem sente?

Pergunta: ... uma presença à esquerda, como viver essa ressonância?
Mas ela está lá, já que você a percebe. Nesse face a face (que é um lado a lado), o que vai se passar? O Absoluto.

A partir do instante em que você não é mais você, e que você É o que está ao seu lado, nesse face a face, você realiza que não há ninguém em face e ninguém ao lado uma vez que
nem um nem o outro são verdadeiros. É, justamente, essas condições que realizam, para vocês, o que vocês São. É uma descoberta e não uma experiência porque, quando isso É, em um momento, você percebe. Depois, você sente. E depois, você Vibra. E depois, você Fusiona. E depois, há o Absoluto. Que não está em um depois, sempre esteve aí.

Simplesmente, sua consciência não está suficientemente deslocalizada e quando ela estiver suficientemente deslocalizada, ela desaparecerá.

Tudo isso lhes foi explicado pelos Arcanjos, pelos Anciãos, pelas Estrelas. Eu lhes digo a mesma coisa. O Absoluto não conhece distância. De qualquer tipo, o face a face entre o Si e o Duplo, vem por fim à distância. Isso não é uma experiência.

Pergunta: e se tivermos vivido uma experiência de Fusão com o Duplo, mas que é parcial?

É como um exame, existem exames parciais, você compreende?

Não.
Tanto melhor.

Pergunta: tornar-se o Som e o tremor, ao mesmo tempo, é certo?

De um certo ponto de vista, podemos dizer que você decola. Então, fique tranquilo. Mas isto é certo. É a Presença Infinita. Precisamos ir além, mas está bem.

Não temos outras perguntas, agradecemos.

Então, façamos silêncio. Isto foi uma felicidade para BIDI. E felicidade para vocês, mesmo se vocês não compreendem.

BIDI os saúda e diz até outra vez.


Mensagem de BIDI no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1467
21 de maio de 2012
(Publicado em 23 de maio de 2012)
Tradução para o português: Ligia Borges
http://minhamestria.blogspot.com/