Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


sábado, 18 de agosto de 2012

SRI AUROBINDO - 16 de agosto de 2012 - AUTRES DIMENSIONS



Eu sou Sri Aurobindo. Irmãos e Irmãs em humanidade, no Amor e na Graça, pediram-me para vir exprimir um certo número de elementos, visando fazê-los aproximarem-se do que pode representar a vivência do Absoluto, quanto ao interior e ao exterior.

Falar, de fato, do interior e do exterior, é, evidentemente, possível, até mesmo pela constituição da vida sobre esta Terra. Há o que está dentro e há o que está fora, há o que é observável e perceptível, no exterior, e há o que é vivido, de algum modo, no interior.

A vivência do Absoluto, como da Infinita Presença, vai transformar isso. De fato, falar do interior e do exterior, considera, é claro, uma noção de limite, de delimitação e de separação entre o que está no interior e o que por definição, está no exterior.

Os estados da Presença e do Eu Sou (realizados, por exemplo, pelas Coroas Radiantes do Coração e da cabeça, ou pelo Despertar da kundalini) conduzem a experimentar estados de não separatividade, estados em que a compartimentação tende a se desvanecer. Permitindo viver, de algum modo, o que é nomeado o Si (ou o Eu Sou). Mas mesmo em meio ao Si (ou ao Eu Sou), existe sempre um limite, uma separação, entre o que está dentro e o que está fora.

Cada consciência, cada Irmão e cada Irmã, presentes na superfície deste planeta tem, portanto, um interior e um exterior. A comunicação passa pelo exterior, de um como do outro, para poder ressoar e implicar em um certo número de percepções, no nível do interior de cada um.

O que ocorre no momento da vivência do Absoluto é de outra natureza.

É que à medida em que esse Absoluto é vivenciado, por nossos Irmãos e Irmãs que o vivem, ele se traduz pelo desaparecimento puro e simples dessa noção de interior e exterior: o limite, a delimitação parece desaparecer, e ela desaparece realmente.

O que eu vou exprimir faz sequência ao que foi expresso, há pouco tempo, pela Estrela NO EYES (ndr: sua intervenção de 20 de julho de 2012), relativo ao que é Visto com o Coração, e que pode ser visto com os olhos, com a visão Etérica.

Com efeito, o Absoluto é caracterizado pela noção de Transparência, Interior, onde nada mais faz obstáculo à Luz. Quem diz Transparência, como pelo efeito de um vidro, dá a Ver da mesma maneira, sem nenhuma alteração, o que está dentro como o que está fora.

Aquele que é Absoluto em meio de uma forma vai desenvolver, de maneira rápida, sem o buscar, uma nova percepção, que não é mais nem uma comunicação, nem uma Comunhão, nem uma Fusão, nem uma Dissolução, nem mesmo uma Deslocalização da Consciência ou uma Multilocalização da Consciência, mas bem algo de novo, difícil de exprimir em meio aos conceitos e palavras, mas que é a estrita realidade da vivência. O que é percebido no exterior é percebido, da mesma maneira, no interior. O que é visto no céu, é visto no Si. O que é ouvido no exterior, é ouvido no interior. A delimitação entre o interior e o exterior não existe mais.

Há então uma Transmutação que se produz, naquele momento, que realiza, para o Ser que o vive, uma ausência de limite, uma ausência de barreira, e o acesso ao Absoluto, do qual nada pode ser dito, mas do qual pode-se dar testemunho.

O estado Absoluto se acompanha então pelo desaparecimento, pela Transparência, pela Humildade e pela Simplicidade, de qualquer noção de interior e de exterior. Não existe mais delimitação, barreira, entre o que está dentro e o que está fora. Aliás, mesmo a expressão “dentro” e “fora” não quer dizer mais nada: na medida em que o Absoluto com forma é tocado (se posso empregar essa palavra), é alcançado, essa noção de delimitação desaparece por ela mesma.

É o mesmo princípio, aliás, da Transparência, que está em operação, naquele momento, e que permite, aos seus Irmãos e a suas Irmãs que o vivem, manifestar o conjunto, não de poderes, mesmo espirituais, mas bem mais, de capacidades, simplesmente, para se instalar na não localização, e no que foi nomeado o não ser.

Não há mais dependência, não há mais apropriação, a um corpo, a uma idéia, a uma função, a um interior ou a um exterior. Não há mais, de algum modo, fronteiras. Esse estado, que está além do Samadhi, corresponde ao que foi nomeado o Absoluto Último (ndr: ver sobre este tema a intervenção de ANAEL de 9 de abril de 2012), ou, se vocês preferem, o que se aproxima da Morada da Paz Suprema.

A consciência é um mecanismo de exteriorização e de projeção, qualquer que seja essa consciência, quer ela seja limitada por uma pessoa, quer ela seja limitada pelos sentidos, ou quer ela seja expandida ao máximo possível (através do Corpo de Estado de Ser (Êtreté), da Presença do Eu Sou, até o Infinito ou Última Presença).

As experiências, que podemos qualificar de místicas, vivenciadas nesse momento, evocam um sentimento de Dissolução, de Plenitude, um sentimento, em que mais nenhuma barreira parece existir, na consciência como na percepção.

Os Arcanjos e nós mesmos lhes afirmamos, frequentemente, que nós estávamos no Interior de vocês, da mesma maneira que o Sol, os Planetas, os Universos, e o conjunto dos Mundos, Criados e Incriados, estão no Interior de vocês.


No Absoluto, não havendo mais localização em meio a uma individualidade, a uma personalidade, a uma consciência limitada ou ilimitada, a instalação nessa Consciência além de toda consciência, vai fazer, de algum modo, desaparecer toda distinção possível entre o interior e o exterior.

Da mesma maneira que o Absoluto não é esse corpo, que aquele que vive no Absoluto não é esse mental, nem essa pessoa, nem esse indivíduo, da mesma maneira, a Deslocalização Última da Consciência se traduz, para aquele que o vive, como um sentimento indizível (bem além de qualquer sentimento humano) de não estar mais separado do que quer que seja, de não mais estar confinado no que quer que seja, não estando mais localizado em uma forma, em qualquer coisa que é chamada efêmera.

A instalação e a vivência do Absoluto, vai então fazer desaparecer toda barreira e toda distância. Dando, de algum modo, acesso à possibilidade de passar de um estado a um outro, sem nenhuma dificuldade, de maneira evidente, como se, enfim, o Ser que o vive reencontrasse o que ele sempre Foi, antes da separação, antes da encarnação, e antes mesmo do Estado de Ser (Êtreté), antes mesmo do que foi nomeado a Origem Estelar.

Isto é dificilmente apreensível pelas palavras, e, ainda mais, assimilável através dos conceitos.
A experiência do Samadhi e seus diferentes estados, em meio à consciência Turiya, pode representar, de algum modo, uma aproximação dessa Dissolução do interior e do exterior.

Vem um momento, quando do estabelecimento, além de qualquer estado temporário, do Absoluto, em que se manifesta algo de novo, onde não pode existir a menor distância entre um ponto e um outro. Tal como lhes exprimiu BIDI, isso dá: o Centro, presente em todo ponto (ndr: ver a intervenção BIDI - 2 - de 13 de Julho de 2012).

Não há mais apego real a uma forma, a um conceito, a uma ideia, a um Mundo ou a uma Dimensão.

Isso não pode ser realizado senão através, como eu o disse, da Transparência, cujas ferramentas mais importantes são a Humildade, a Simplicidade, e a Integridade. Essa Integridade, da qual falo, não tem nada a ver com as regras morais ou sociais, manifestadas por qualquer personalidade, mas é bem a Integridade, além da Unidade, conduzindo e permitindo ao Absoluto Ser, a cada instante.

Esse desaparecimento de limite ou de fronteira, entre o interior e o exterior, faz parte justamente dessa Dissolução Última. Levando a Consciência a não ser mais tributária, justamente, de qualquer atributo, de qualquer função, ou de qualquer circunstância, interior como exterior. Não há, portanto, propriamente dito, o desaparecimento do interior, da mesma maneira que não há, propriamente dito, o desaparecimento do mundo (em todo caso, enquanto a consciência aí está presente).

Há, simplesmente, a possibilidade de ser, ao mesmo tempo, o conjunto do Criado como do Incriado. Essa ausência de barreira ou de limite cria então a verdadeira Liberdade, assim como lhes exprimiu IRMÃO K, como sendo a Autonomia e a Liberdade.

Não pode existir a Autonomia real enquanto persistir a menor distância, a menor separação, entre o que é percebido e vivenciado como interior, e entre o que é percebido e vivenciado como exterior. Não pode existir nem oposição, nem assimilação, ou comparação, entre o interior e o exterior, uma vez que eles fazem parte, naquele momento, da mesma realidade, da mesma vivência.

NO EYES exprimiu isso, em relação à Visão do Coração, ou Visão Real, que se faz sem os olhos. Da mesma maneira, o desaparecimento de uma consciência identificada e localizada, vai conduzir a fazer desaparecer toda noção de interior e de exterior.

É claro, o funcionamento fisiológico do corpo está no interior desse corpo. Mas a Consciência, ela, não pode mais ser atribuída a esse corpo, ou a não importa qual outro corpo, já que essa Consciência tem a particularidade de não ser mais tributária de qualquer forma, de qualquer limite, de qualquer confinamento, ou de qualquer barreira.

É justamente nesse estado que a realidade e a vivência do que nós lhes temos dito, a saber, que nós estávamos no Interior de vocês, se faz realmente claro. Naquele momento, vocês vivem que o conjunto das manifestações da Vida e das Dimensões se situam por toda parte, tanto no Interior de vocês como no interior de qualquer coisa, já que, justamente, essa noção de interior não existe mais.

Assim, a vivência do Absoluto vai, no que se refere a essas noções de limite e de delimitação, fazer desaparecer qualquer separação. Assim, aquele que está estabelecido no Absoluto não é mais, nem esse corpo, nem nenhum outro corpo. Ele não pode mais ser afetado por um dado tempo e espaço.

Não existe mais, portanto, localização real da Consciência, como na vivência, dando então a possibilidade, àquele que é Absoluto, sobre este mundo, viver além de qualquer limite e qualquer contingência, ligados ao corpo, ligados ao ambiente.

Não se coloca mais, então, o problema do que é chamado comunicação. Não se coloca mais, então, o problema do que é chamado persuasão, a necessidade de demonstrar, de convencer, de seduzir, de atrair ou de repelir. Isso está diretamente ligado ao que foi exprimido sobre as noções de Transparência, há algum tempo (ndr: ver sobre este tema em particular a intervenção de IRMÃO K de 7 de Junho de 2012).

Há pouco mais de dois meses, eu lhes expliquei o que poderia resultar dos contatos com as outras Dimensões (ndr: sua intervenção de 21 de Maio de 2012). Muitos de vocês puderam experimentar a aproximação, no Canal Mariano, de uma estrela, de um Ancião ou de um Arcanjo, ou mesmo de outros. Isso levou, para muitos de vocês, a serem chamados, pelo Canal Mariano, por MARIA ou por uma outra Estrela, pelo seu primeiro nome. Essas experiências não visam viver algo simplesmente, experimental, mas visam, realmente, estabelecer, em vocês, a Transparência. Isso quer dizer o desaparecimento de toda comunicação, a vivência direta da Vibração, da não separatividade entre vocês e MARIA, entre vocês e um Arcanjo, entre vocês e um Ancião.

Os marcadores de que eu lhes tinha falado, em particular, as tonalidades precisas se modificando nos ouvidos, têm sido, de algum modo, para vocês, um suporte de suas experiências. Através dessas experiências (para aqueles que as têm vivenciado), vocês têm podido constatar, a um dado momento, o desaparecimento total de qualquer sentido de identidade, de qualquer sentido de identificação, a que quer que seja.

Para muitos entre vocês, isso se traduz por um sentimento de desaparecimento total da Consciência, que isso seja em meditação, que isso seja em Alinhamento. Isso faz, efetivamente, parte de um processo devendo levá-los à Liberação total, o que quer dizer a não posse de um corpo, de um mental, ou do que quer que seja pertencente a qualquer Dimensão que seja.

A preparação que está em curso visa, portanto, fazê-los viver esses estados particulares, em que não existem mais nem consciência, nem mental, nem corpo. Que essas experiências, que vocês vivem, durem um minuto ou muitas horas, não tem nenhuma importância. O importante, assim que vocês a constatam é a repetição dessas experiências. Porque a repetição dessas experiências os conduzirá, em um momento preciso, a se estabelecerem além das experiências, nesse estado de Transparência Total, em que não existe nada no interior, sem existir, do mesmo modo, no exterior, e reciprocamente.

Aqui, se situa a Morada da Paz Suprema. Aqui, se situa a ausência de distinção entre o sujeito e o objeto. Aqui, se situa a percepção, a um dado momento, Clara e Consciente, que há algo que existe além da existência, a presença de algo, que está ali, além do sentido de uma identidade, além do sentido de uma localização no tempo e no espaço.

O que pode parecer, em um primeiro momento, desconcertante, porque a Consciência não pode conhecer isso nela mesma, e pode então fazê-los interrogar sobre o sentido dessas ausências, que são, realmente, a verdadeira Presença, são os meios que lhes permitirão (através da Fusão dos Éteres, realizada, em vocês, pelo Manto Azul da Graça) se aproximarem sempre mais. E de colocá-los, de algum modo, em sintonia com o que se supõe desenrolar-se em seus céus, sobre a Terra, e em vocês.

A um dado momento, uma vez passado o primeiro Choque da Humanidade, que será, para aqueles de vocês que vivem tudo isso, extremamente limitado no tempo, vocês poderão então se instalar no que vocês chamam, no momento, ausência ou estase. Que é, de fato, o despertar de sua Consciência Ilimitada, ou ainda do Absoluto, além de toda forma, que é (eu os lembro) nossa essência comum.

Uma vez vivenciadas as primeiras experiências (através das Comunhões, das Fusões e das Dissoluções, vivenciadas com as outras Dimensões), vocês se aperceberão que essas Presenças não estão somente no Canal Mariano, mas estão também, muito exatamente, as mesmas no interior de vocês.

Esse interior não pode ser definido como o Coração, ou um outro local, mas corresponde, realmente, ao que vocês poderiam chamar de sua intimidade.

Além de sua intimidade, quer dizer o que não pode ser visto pelo exterior, e que lhes pertence propriamente, desenrolar-se-á um processo chamado não pertencimento, que os levará a viver, por meio da não localização, esse Absoluto (o que vocês podem nomear, neste momento, estase ou ausência), como seu estado natural, como o que vocês tinham perdido, ou aparentemente perdido, até o presente.

Mesmo se vocês não identificaram, nem experimentaram o conjunto de todas as buscas, de todos os Irmãos e Irmãs encarnados (quaisquer que sejam a manifestação e a expressão), não é senão o reflexo desta busca última. Esta busca última, nos momentos de Comunhão, nos momentos de Fusão/Dissolução, nos momentos de ausência ou de estase, vai levá-los a perceber (além das percepções habituais) o desaparecimento desse corpo, o desaparecimento de sua identidade. E vocês vão, naquele momento, constatar que há algo que sempre esteve aí.

Há então um Observador, invisível, além do testemunho. Tocando esse estado, vocês vão ser Liberados, Livres e autônomos, em totalidade.

Nenhuma ilusão, nenhum corpo, nenhum sofrimento, nenhum limite imposto por este mundo poderá tocá-los ou afetá-los. Aqui se situa a Liberação Final.

Assim, portanto, durante este período que se desenrola, como lhes foi especificado, em sua aceleração, pela própria MARIA (ndr: sua intervenção de 15 de Agosto de 2012), o que vocês são chamados a viver não deve, nem fazê-los buscar um sentido, nem fazê-los buscar uma interpretação, mas simplesmente, estarem imersos no que lhes propõe essa ausência ou essa estase.

O importante não é o significado, o importante não é o sentido ou a explicação do que é vivenciado, mas sim, chegar e resultar no que vocês São, em Verdade, no Absoluto, além de qualquer forma, além de qualquer localização, em qualquer tempo, em qualquer Dimensão e em qualquer Espaço.

Os mecanismos vivenciados atualmente, para muitos de vocês, conduzem muito exatamente a isso. A aproximação da Presença, a aproximação do Eu Sou, realizada através dos mecanismos Vibratórios (uma vez que a Consciência é Vibração), não tinha senão um objetivo: fazê-los aceitar a eventualidade do Absoluto.

Hoje, cada vez mais, muitos de vocês, se aproximam disso. Através da Última Presença (ou Infinita Presença) se realiza, em vocês, momentos experimentais, que vão, a um dado momento, estabelecê-los além do Choque da Humanidade, além de qualquer interrogação, de qualquer questionamento, de qualquer sentido, de qualquer significado, estabelecê-los no que vocês são, antes que esta ilusão, neste mundo, aparecesse.

Tal é a ação, ao mesmo tempo, do Supramental, da Onda da Vida, da Fusão dos Éteres, do Manto Azul da Graça, tendo trabalhado em meio às Portas KI-RIS-TI e OD, permitindo-lhes, hoje, não mais se interrogarem, se é possível, sobre o que é vivenciado.

Evidentemente, quando das primeiras experiências, o mental vai buscar compreender, seja no momento mesmo da experiência, seja, o mais frequente, depois, para dar um sentido, para dar uma explicação. Mas muito rapidamente, se vocês aceitam não parar nesse sentido ou nessa explicação, vocês vão perceber que esses momentos de ausência, esses momentos de estase, esses momentos de desaparecimento da consciência, vão se traduzir, por sua vez, por uma maior percepção de vocês mesmos, uma maior Transparência e, sobretudo, uma modificação total de seus ritmos fisiológicos, quaisquer que eles sejam. Ser-lhes-á, naquele momento, extremamente fácil vocês se darem conta dos efeitos obtidos por esse estado de estase, ou de Absoluto (que vocês poderiam, ainda hoje, chamar ausência).

Em todos os setores de seus corpos, em todos os setores de suas vidas, vocês constatarão que as coisas não são nunca mais como antes. Haverá uma espécie de tomada de distância, que não é um desapego, ou um abandono do que quer que seja, mas naquele momento, vocês estarão plenamente Presentes, se posso dizer, dentro como fora.

A busca de sentido e de significado não terá mais, para vocês, nenhuma importância. Vocês estarão estabelecidos, e vocês o serão, naquele momento, de maneira definitiva e formal, no Absoluto.

Assim, então, as experiências propostas, sejam aquelas das quais lhes falei, há quase dois meses (ndr: sua intervenção de 21 de Maio de 2012), sejam aquelas que lhes anuncio hoje, têm apenas um único objetivo: sua Liberdade, sua Autonomia, sua Transparência, e estabelecê-los no Absoluto que vocês São, de toda eternidade.

Realizando isso, vocês apreenderão, naquele momento, além de qualquer noção mental e intelectual, o que É o Absoluto, porque vocês terão se tornado ele.

Vocês não poderão estar, de nenhuma maneira, sujeitos a um questionamento em relação a isso, porque eu os lembro que essa é sua natureza, nossa natureza de todos, sem nenhuma exceção. O conjunto do que deve se desenrolar, naquele momento, no interior desse corpo, como no exterior, no sentido mais amplo (quer dizer seu ambiente, tanto pessoal como geofísico), não poderá mais, de nenhuma maneira, afetar, no que quer que seja, a estabilidade: esse Centro, que está presente em todo centro, e que jamais se moveu, irá se tornar então, para vocês, sua Realidade.

Naquele momento, lhes será extremamente fácil apreender o sentido, as explicações, os prós e os contras do que vocês vivem, naquele momento.

O desaparecimento dos limites entre interior e exterior se tornará, para vocês, sua verdadeira natureza. A própria perda, de qualquer sentido de identificação a uma pessoa, lhes aparecerá como uma evidência, que eu qualificaria de suprema. Naquele momento, a Morada da Paz Suprema será estável, de maneira definitiva, no que vocês São.

Assim, portanto, o conjunto do que tem sido conduzido, por vocês, pelos Arcanjos, pelos Anciãos e pelas Estrelas (reunidos em Conclave, doravante, e já desde muitos meses), tem tido por objetivo facilitar seus reencontros com vocês mesmos, além de todo efêmero.

Assim, portanto, os momentos de ausência ou de estase, em que lhes parece não mais participarem de suas próprias vidas, não devem ser nem temidos, nem rejeitados, porque eles são (da mesma maneira que os contatos com as Estrelas, ou os Anciãos, ou os Arcanjos), o meio de vocês se aproximarem de sua Essência Absoluta.

É nessa Transparência, aceitando a Humildade e a Simplicidade de não ter mais de explicar, de não ter mais de compreender, de não ter mais de se intelectualizar, que se estabelecerá, para vocês, da melhor maneira, o que eu nomeei, há quase dois anos, o Choque da Humanidade (ndr: em sua intervenção de 17 de Outubro de 2010).

Vocês não serão, de nenhuma maneira, concernidos pelo Choque da Humanidade, a partir do instante em que vocês apreendam que não há nem exterior, nem interior. E isso é somente a partir do instante em que tanto as projeções da Consciência, como do mental (através de uma busca de sentido, através de uma busca de explicação, através de uma busca de correlação), tiverem desaparecido, que vocês serão capazes de penetrar sua Morada de Eternidade.

Isso é um mecanismo natural. As únicas resistências, e as únicas forças visando se opor a vocês, vêm unicamente do que vocês não São, em meio ao Absoluto, e do que vocês são, em meio ao efêmero.

Um certo número de elementos lhes foram dados, referentes aos medos e aos apegos, quaisquer que eles sejam. Concernindo sua descrição, mas também a possibilidade de trabalhar sobre eles, não a partir da personalidade, mas sim a partir da Vibração, além de qualquer mental, além de qualquer intelecto e de qualquer conceitualização (ndr: ver em particular, na seção “Protocolos a praticar”, os protocolos “Apegos arquetípicos da personalidade a ela mesma” e “Liberação dos Apegos Coletivos”). Para muitos entre vocês, isso vai se tornar cada vez mais fácil, não para compreender, mas para viver.

A partir do instante em que vocês aceitem, da mesma maneira que vocês têm aceitado as Presenças em meio ao seu Canal Mariano, em que vocês aceitarão, do mesmo modo, suas ausências (o que vocês chamam assim, essas Dissoluções, em que não há mais sentido de corpo, em que não há mais o sentido de uma identidade, em que não há mais mental), essas experiências ganharão em intensidade, em duração, pelos meses que lhes restam aqui.

De sua capacidade de viver esses estados, de sua capacidade de permanecerem instalados na Humildade e na simplicidade, decorrerá, tudo naturalmente, sua Autonomia, sua Liberação, e o Absoluto.

Não há nada a buscar, como o disse BIDI. Há somente a mudar de olhar, e a melhor maneira de mudar de olhar é aceitar esses processos. Que se situam nem dentro, nem fora, mas agem diretamente sobre a Fonte da Consciência, quer dizer o que vocês São.

Os resultados e as transformações que decorrerão, em suas vidas, serão tais que nenhuma dúvida poderá aflorar em sua Consciência ou aflorar em seu espírito.

A Transparência se tornará, então, para vocês, sua natureza. É nesse momento que vocês estarão instalados, totalmente, na denominação, que lhes foi dada, de Libertadores. O Libertador não é aquele que vem com armas na mão. O Libertador é aquele que deposita as armas, cujo único objetivo é deixar o que ele acredita Ser, ser atravessado pela Luz, em totalidade, sem resistência, sem oposição, sem medo, sem apego.

Isso resultará e implicará para vocês, uma maior facilidade para se instalarem em sua natureza verdadeira.

A influência de alguns tipos de Irradiações, bem além do que foi chamado o Supramental, bem além da Liberação do Núcleo Cristalino da Terra (chamado Onda do Éter, ou Onda da Vida), além mesmo de qualquer localização em meio a uma das Coroas Radiantes ou de qualquer ponto desse corpo, lhes permitirá, de maneira extremamente simples, viverem isso, e se estabelecerem nisso.

Existe um certo número de elementos, através dos quais vocês podem utilizar, e eu falo em particular desse corpo, que é um ressonador: eu deixarei UM AMIGO se expressar, amanhã, sobre a utilidade dos diferentes Yogas que ele lhes comunicou, para ajudá-los, durante este período, a realizar esse Absoluto, essa Infinita Presença, essa Última Presença. Para reencontrar o que jamais foi perdido, o que jamais desapareceu e que sempre esteve aí.

O abandono da personalidade, o abandono à Luz, o Abandono de qualquer identidade, não é uma fuga, mas sim a instalação, na Infinita Presença, da Consciência como da não consciência.
É isso que se desenrola através dos diferentes tipos de Irradiações, que já lhes foram enunciadas pelo nosso Comandante Ancião, que foi embora para seus domínios de eleição, chamado ORIONIS.

Assim como MARIA lhes enunciou, ontem, lhes foi dado, há alguns anos, um certo número de elementos que, naquela época, poderiam não lhes parecer claros ou evidentes. Mas se vocês os releem hoje, vocês constatarão que é muito exatamente o que vocês estão em vias de viver (ver as intervenções de ORIONIS de setembro de 2005 a agosto de 2009).

A Liberação do Céu, do Sol e da Terra, permite, efetivamente, às qualidades Vibratórias particulares de Irradiações (vindo do Sol Central da Galáxia, Alcyone, e vindo também do que é chamado Hercólubus) chegarem até vocês para finalizar o que eu lhes exprimi hoje.


O que aparecerá em vocês, aparecerá em seus céus.
O que se passar em vocês, se passará em seus céus. Porque é a mesma coisa: não está no céu, no exterior, não está dentro de vocês, em suas Vibrações, mas é exatamente o mesmo processo. Não há diferença, não há distância, não há tempo.

Essas afirmações irão se tornar, para vocês, a Verdade de suas vivências, superando e transcendendo o Choque da Humanidade.

Eu não me estenderei mais. Alguns Anciãos lhes expressarão um certo número de elementos, visando sempre, de algum modo, favorecer isso.

A ausência de limite, o desaparecimento de toda delimitação, é o Absoluto. Ela os faz passar de uma visão exterior, ou Etérica, à verdadeira Visão do Coração que não depende de nenhum órgão, e sobretudo, de nenhum sentido, nem de nenhuma exteriorização ou projeção da consciência.

É passar dos diferentes Samadhis ao Absoluto. É passar do último limite à ausência de limite. É tudo isso que se desenrola, em vocês, e que vai se desenrolar, em vocês, nos tempos que estão doravante presentes.

Eu sou SRI AUROBINDO. Eu lhes proponho viver alguns instantes curtos de Comunhão, em meio à minha Luz Azul, em meio à sua Presença.

Eu lhes digo, até muito breve.

... Compartilhando a doação da Graça ...


Mensagem de Sri Aurobindo no site francês Autres Dimensions:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1553
16 de agosto de 2012
(Publicado em 17 de agosto de 2012)
Tradução para o português: Ligia Borges
http://minhamestria.blogspot.com

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