Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Arremesso de Aquários - Fragmentos à Refutação

 Nota: Em tempos tão curtos, Bidi tem uma nova modalidade: arremesso de aquários!!! ahahah... Creio que não vai sobrar um peixinho, todos vão para o espaço DESCONHECIDO, muitos aquários vão espatifar pela dor ou pelo Amor! Nesse espaço há essencialmente SER, na  Humildade, na Simplicidade, no Caminho da Infância e na Transparência.

Fragmentos:

"Porque o ego ainda estava aí.
Naturalmente que ele ainda estava aí.
Ele se conformava à Luz, porque ele vivia as manifestações da Luz.
Mas viver as manifestações da Luz não é Ser a Luz.

Eu vou tomar um outro exemplo (vamos deixar a lagarta e a borboleta): há o peixe que está na água.
Em momento algum o peixe tem consciência de que ele está na água, não é?
É o seu elemento natural.
O peixe evolui na água como um peixe na água, como se diz.
A um dado momento, o peixe toma consciência de que ele pode morrer.
O que ele faz, quando ele morre?

Então, se ele acredita na perenidade da alma, ele acredita que sua alma volta à alma dos peixes e que seu corpo retorna à água (ou à terra que está no fundo da água).

E depois, um dia, o peixe toma consciência de que ele não é esse peixe.
Ele toma consciência de que há um recipiente (e sim, é o peixe vermelho ou o golfinho que está na Terra, isso é o mesmo, isso é também um recipiente).

É simplesmente uma questão de tamanho.
E depois, tomando consciência de que ele está em um recipiente, ele vai tomar consciência de que há algo que limita esse recipiente, que, é claro, não é a água.
Ele se esbarra nos limites.

Mas ele está sempre confinado.
A primeira etapa será fazê-lo assimilar o recipiente e toda a água.

Ele encontra a Luz, coisa que vocês realizaram, mais ou menos perfeitamente, com mais ou menos felicidade, com mais ou menos sofrimento.
Ou não.
Isso não muda o processo.

E, depois, a um dado momento, o peixe diz: “mas, se eu estou nesta água, esta água está confinada, eu tomei consciência de que eu estou confinado, eu tomei consciência de que eu sou pó, mas que há também um alma aí em cima, o que me impede de ser tudo isso, e muito além disso, além de todo espaço, e além de todo tempo?”.

Naturalmente, alguns peixes vão querer nadar em piscinas um pouco maiores, ou se tornar outra coisa que peixe.

Mas, tornar-se, não é a finalidade.
É o que lhes forneceram, também, alguns Anciãos, seja o IRMÃO K, seja UM AMIGO.

Eles lhes traduziram, com palavras (obviamente, inscritas em uma pessoa que eles estiveram, ou naquele no qual eles passam), a Verdade e a maneira de se aproximar da Verdade.
Porque vocês não podem compreender a Verdade.
É o ego que acredita nisso.
O ego acredita que ele vai poder comer a Luz e ficar maior do que o boi, não é? (vocês conhecem a história, hein?).

Mas isso não é possível.
Isso não é absolutamente possível.
Não existe qualquer limite para conter o que vocês são, e qualquer corpo.

Então, é claro, enquanto vocês forem seduzidos por outra coisa que este Absoluto, o que quer que seja (então nós falamos das telas, da tevê, dos computadores), mas enquanto vocês forem seduzidos por uma discussão que vocês chamam, em meio ao ego, de humana (falar da chuva e do tempo, “você tem lindos sapatos hoje”), o ego vai chamar isso de Amor, ou seja, é a atenção e um sinal de atenção que vocês levam a alguém.

Mas, durante esse tempo, quando vocês levam esse sinal de atenção ao exterior de vocês mesmos, vocês continuam o quê?

Indefinidamente, o processo de projeção.
É o medo de viver o Absoluto.
Vivam, primeiramente, este Absoluto.

Depois, vocês poderão olhar, de novo, os sapatos.
Mas é uma ordem de prioridades que convém compreender, principalmente agora."


"Para um foton o tempo não existe: uma viagem através do universo se realiza em um só instante. Talvez não seja desatinado ou louco dizer que a eternidade existe e é a luz. A teoria da relatividade de Eisntein sustenta que o tempo é um fenômeno interrelacionado com o movimento e a posição de um sistema de referência, é RELATIVO. Não existe o tempo como um ente abstrato independente, existe o espaço-tempo, um continuum  integral que atua como areia ou aquário onde ocorre o universo."


"Vai dizer a um peixe que está dentro de um aquário, que ele está dentro de um aquário. Mas aquele que sai do aquário e que se encontra no oceano, ele compreende que ele estava num aquário. Será bonito explicar tudo o que se quiser ao peixe que está dentro do aquário, enquanto não sair do aquário, o peixe, não compreende. É isso que é preciso aceitarem.

Portanto, se vocês procuram referências (como em relação ao Switch da Consciência, a respiração e outros), vocês não as encontrarão nunca. Certamente, é a personalidade, o Si, que procura se referenciar. Mas não há necessidade de se referenciar, porque, quando o Absoluto está aí, tu não podes colocar-te nenhuma questão, é demasiado evidente. Mas enquanto isso não é vivido, tu não sabes o que é.

O exemplo, eu vou fazer como BIDI com o seu teatro, eu, é o aquário, com o aquário (ndr: esta imagem já foi utilizada por O.M. AÏVANHOV na sua intervenção de 10 março 2012). Tu és um peixe que volta depois de muito tempo num aquário, mas tu não sabias que era um aquário. Mesmo se te falarmos, o que é que se vai passar? Isso vai excitar a tua curiosidade. Tu vais tentar representar que tu estás num aquário. Mas tu não podes ver, que tu estás num aquário.

Por contrário o teu cérebro, ele vai agitar, tu vais voltar ao interior do aquário cada vez mais rapidamente: é o que BIDI chamou a refutação. Mas como é que tu sabes que tu chegaste? Bem, é simples, tu não te colocas mais a questão, tu Estás no oceano e tu o sabes, porque tu vês o aquário. E tu não estás mais no aquário. Mas enquanto tu estiveres no aquário, tu não vês o aquário."

"Enquanto vocês procurarem um sentido no seio da encarnação, enquanto vocês procurarem um sentido no seio de uma qualquer espiritualidade, permanece o «Eu sou» e permanece a Ilusão e o efêmero.

Ser Absoluto não pode ser, em caso nenhum, uma crença nem um estado. Mas, só aquele que o realiza, para além de toda a Realização, o sabe. Como o dizia o Comandante (ndr: Omraam Mickael AÏVANHOV), confinado num saco (que ele chamou aquário) [bocal=aquário], como queres tu conhecer o que está fora do teu aquário, o que quer que seja esse aquário? Só a Consciência crê poder se encontrar. Ele não se encontra nunca porque não há nada a procurar."


"A única forma de se libertar disso, é o Sacrifício. Este Sacrifício, é renunciar à ilusão, é renunciar às lutas, é se estabelecer nessa Morada da Paz Suprema, onde nada pode vir alterar a qualidade da Unidade do Ser. Nesse momento, vocês estão realmente Libertados. Vocês tomam consciência, realmente, de que há uma pessoa, que há uma personalidade, que há uma história, mas vocês sabem que isso não é verdade.

Como o dizia BIDI: é uma decoração de teatro. Como o dizia o Comandante dos Anciãos (ndr: O.M. AÏVANHOV): é um aquário (um bocal) ou é uma prisão. Isso, é preciso não o crer (porque isso não serviria estritamente para nada) mas são vocês que decidem ter a prova disso, por vocês mesmos, pelo vosso próprio Sacrifício."


Abração e muita LUZ no CORAÇÃO,
Simone

Nota: Moro num grande aquário também e vejo as rachaduras e os aquários dentro de aquários  os quais se despedaçam e felizmente, assim, descubro a ilusão de "vidas construídas".

2 comentários:

  1. Quando em vez de peixinhos temos bolas de ferro disfarçadas dentro do aquário, o arremesso e seu resultado representam um grande ALÍVIO, uma infinita LEVEZA!!!
    Beijos,
    Ane.

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  2. A grande honestidade é com nosso próprio CORAÇÃO e então o Aquário já perde todo o seu "valor" e desapegamos dele também, com certeza isso é a LEVEZA deste arremesso, onde ficamos de mãos vazias e livres.
    Beijos e Muita Luz,
    Simone

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