Áudio em francês.
Eu sou NO EYES. Que o Sopro do Grande Espírito nos acompanhe. O que eu vou tentar expressar, entre vocês, eu lhes solicito que não vejam aí, simplesmente as palavras que eu vou tentar empregar, mas, bem mais, vou aproximar delas, de alguma forma, a vivência.
O que eu vou dizer pode representar uma sequência do que lhes disse minha Irmã MA ANANDA, há algum tempo atrás (nota: intervenção de MA ANANDA MOYI de 10 de novembro de 2012). Diz respeito ao que tem sido chamado (e está associado a isso) às diferentes "visões": a visão do olho (que eu não tinha), a visão etérica (bem superior à visão nomeada astral) e, especialmente, a Visão do Coração.
Essa Visão do Coração não depende de um órgão sensorial. Essa Visão do Coração não está absolutamente ligada, de uma maneira ou de outra, à clarividência, porque o que é visto não o é sob forma de cores, de identidades, de circunstâncias. Esta é uma visão que se faz sem o que se chama, vulgarmente, "o ver". Essa visão aí não é uma emanação da consciência através de um sentido, dito sutil. Esta visão do Coração leva-os a viver que tudo o que lhes aparecia, antes que ela não esteja presente, como exterior a vocês, desta vez, torna-se Interior a vocês.
É nesta visão do Coração, em, estritamente falando, sua manifestação, que se pode encontrar a ressonância e a ligação com o que os Arcanjos nomearam para vocês como Infinita Presença ou Última Presença. Ver com o Coração, não é ter o Coração ou manifestar o Coração. Ver com o Coração requer, de alguma forma, um esquecimento de si, um esquecimento de nossa vida, a fim de estar no serviço, totalmente, do que não nos concerne, dentro da personalidade, e que dá a ver além das aparências, além do órgão sensorial e, principalmente, para além de toda visualização ou de toda representação. Ver com o Coração, é aproximar-se do coração do Coração.
É ainda não viver o coração do Coração, mas é viver os movimentos dele, suas flutuações. É aproximar-se do que não é conhecido e que alcança o mistério do Grande Espírito. Isto é o que alcança a possibilidade de viver uma Comunhão com os Elementos e de viver, também, esta mesma ação dos Elementos, em sua dissolução no Interior do Éter.
Ver com o Coração é, de alguma forma, o cessar (ou o início do cessar) de um mecanismo de aderência da consciência, situando um objeto, ou uma consciência como exterior à si ou como interior a si. Ver com o Coração requer desaparecer de si mesmo, não mais buscar ver (nem com os olhos, nem com o terceiro olho, ou o Éter), mas sim superar o que é percebido.
Porque quando vocês superam e vocês transcendem tudo o que é percebido, então vocês descobrem que vocês podem ver sem os olhos, ver sem órgão e ver outra coisa que o que é conhecido. Esse Ver, não se preocupa com as representações coloridas ou de identificação do que quer que seja. Esse Ver, esse Ver do Coração é um mecanismo íntimo que é realmente o fato de fazer desaparecer todas as limitações e todo sentido de uma consciência diferente da Grande Consciência do Grande Espírito, e, em definitivo, logo após, do Grande Todo o que vocês chamam de Absoluto ou Parabrahman.
Vocês não podem ver com os olhos e ver com o Coração. Vocês não podem ficar na visão etérea e ver com o Coração, mesmo que isso possa parecer uma sequência lógica. Ver com o Coração é portanto, ver com a Verdade, ver além do olho e ver além do que distancia e separa. É deixar atravessar-se, deixar vir a si, não mais expressar no exterior de si, qualquer visão.
Esse Ver, então, não é somente um sentimento profundo, como vocês poderiam ter tendência a acreditar ou a imaginá-lo. Esse Ver, não tem nada a ver com a visão, porque o que é visto será, de uma forma ou de outra (que seja a visão dos olhos, a visão etérea ou a clarividência), sempre dependente de separações das diferentes consciências, das diferentes formas, das diferentes cores. Ver com o Coração é, portanto, ver além das cores, além das formas. É em algum lugar, alcançar já, o Grande Espírito.
Esse Ver está, efetivamente, conectado a um estado da consciência. Estado da consciência que se dirige em direção a sua resolução: esta resolução, que é um desaparecimento de todo sentido de ser uma identidade, de ser uma forma, aqui ou ser em outro lugar.
Eu diria que Ver com o Coração é, Estar em todos os lugares, ao mesmo tempo e ver, de alguma forma, com não importa qual olho, mas não ser dependente desse olho.
Ver com o Coração faz sentir a ressonância que se produz na própria consciência, quando esta se torna Transparente, totalmente.
Ver com o Coração é, não mais ter limites (da consciência como do corpo), é não parar nada, não agarrar nada, não projetar nada, não solicitar nada. Ver com o Coração é, como eu o disse, desaparecer: desaparecer no sentido mesmo de ser um ser, ou de ser um Si.
E quando vocês desaparecem, totalmente, da aparência, de todo sentido e de toda consciência, então a Visão do Coração pode ser concluída.
Esta Visão do Coração não é uma visão que separa, que discrimina, que julga. Ela se contenta em estar na neutralidade a mais completa, que não projeta nada, que não pensa nada, que não imagina nada e que não é, acima de tudo, uma reação.
Ver com o Coração, é o momento em que se pode viver, na própria consciência, esta sensação de Basculamento, de Reversão, onde vocês perdem todas as referências habituais e usuais de sua vida, quer isso seja a localização de uma das partes do seu corpo, ou a percepção de um corpo ou de um ambiente. Este é o momento, em que não há mais necessidade de ver. Ver com o Coração, é uma impressão e essa impressão não diz respeito de forma alguma ao que é chamado de visão, e não diz respeito de forma alguma ao que é chamado de clarividência. Ver com o Coração é ver tanto os detalhes quanto a essência desses detalhes.
Para ver com o Coração, é preciso nada querer, nada desejar, nada pedir: simplesmente, estar aí, em Paz, deixar-se viver o que se vive, sem nada procurar. Naquele instante, vocês se apercebem de que vocês veem, efetivamente, muito além do senso comum da visão, muito além, mesmo, do sentido espiritual do que é chamado de uma visão, porque vocês veem o conjunto da decoração, o conjunto do que se representa. Porque vocês veem que tudo isso se representa, não no exterior, mas em vocês, realmente, concretamente, fisicamente.
Ver com o Coração, é não mais ser dependente de uma forma, de qualquer outra coisa que esta Transparência. A Transparência dá a Visão, a Visão do Coração, aquela que é uma impressão direta, que não reflete um julgamento e ainda menos uma discriminação, mas sim que lhes dá a ver o estado real do que é, não olhado, mas que nos atravessa. É assim que na minha passagem sobre a Terra, eu pude dar muitos elementos concernentes ao Novo Mundo.
O que vocês devem compreender é, que esta Visão do Coração não sobrevém, efetiva e concretamente, que quando vocês aceitam que tudo que vocês veem com os olhos, como com a clarividência, como com a visão etérica, tem apenas um tempo. Ver com o Coração é ver fora do tempo, é ver fora da aparência, fora das cores, fora das formas. É uma impressão.
Esta impressão não é submissa ao filtro da personalidade, não é submissa ao filtro do que lhes é conhecido, mas se impõe dela mesma, pela possibilidade de que vocês tenham que se manter nesta atitude de passividade, de Transparência e de Humildade. O interesse, se houver um, da Visão com o Coração, não é de trazer uma solução (mesmo que seja possível) para qualquer coisa, daí onde vocês estão, mas dar-lhes a ver a Verdade e esta Verdade é uma grande Alegria.
E Ver com o Coração, este é o momento, de alguma forma, em que vocês se aproximam ao máximo do centro do Centro. Este é o momento em que vocês se dirigem, pela Passagem da Porta Estreita, em direção à sua própria Ressurreição. Este é o momento em que o peito sente o Sopro do Grande Espírito, tal como um tremor, uma Vibração intensa. E este é o momento em que mesmo esta intensidade parece desaparecer, para fazer aparecer-lhes a Verdade. Esta Verdade é uma grande Alegria, ela não tem necessidade de se expressar em palavras e ela é, além disso, na maioria das vezes, incomunicável em palavras (a visão etérica o permite, mas não a Visão do Coração).
A Visão do Coração juntou o que é chamado, em diversas tradições, a Câmara íntima do Coração (ao mais próximo do Centro) e que é, de fato, a associação dos dois pontos precisos da consciência, transfigurados e resolvidos, que são o chacra do Coração e que é chamado o timo, ou que vocês chamam o Ponto ER do peito (9º Corpo) (nota: ver os diagramas abaixo). Este é o lugar onde se irradia o que vocês São, e este é o lugar onde é percebido o que vocês São, na Infinita Presença, e que é, de alguma forma, o Último limite, a Última Passagem do efêmero à Eternidade.
Ver com o Coração, dá a ver a Eternidade, dá a ver, como eu o disse, além de toda aparência e de toda forma, como de toda cor.
E ver assim, acalma, preenche-os de Paz, de gratidão, de bem-estar. Este é o momento em que se pode revelar (e se revela, aliás, cada vez mais) a Infinita Presença que confina, pelo fato da própria ação da Transparência que se estabelece, para não mais resistir, não mais se opor, não mais ver outra coisa que o que subjaz aos Mundos, as manifestações. É apreender, enfim, realmente, e viver, realmente, a Unidade, onde o outro não lhes aparece como algo de exterior a vocês, mais sim, presente, realmente, em vocês.
Retomando uma frase que eu amo muito (pronunciada, no Ocidente e no Oriente, pelo CRISTO), esta frase que é simplesmente "tornar-se como uma criança para renascer", mas também dizer que "o essencial é invisível aos olhos" e não será jamais acessível aos sentidos, nem mesmo a uma consciência que vocês nomeariam expandida.
Ver com o Coração é fazer cessar todo sentido, é aceitar desaparecer de toda ilusão, desaparecer de todo efêmero, para não guardar que algo muito mais amplo, muito mais vivente e, principalmente, não dependente de qualquer sentido ou de qualquer filtro. Ver com o Coração é ver a evidência, é ver a Unidade, realmente, vivê-la, pela Transparência da sua carne.
Ver com o Coração, é ver que nada do que é exterior pode existir se vocês não o tiverem imaginado, recriado ou projetado. Ver com o Coração participa da Libertação e da Liberdade, porque nesse Ver, justamente, não há discriminação, não há separação, não há projeção da consciência, nem recepção de uma outra consciência. Ver com o Coração é, ir para o mais próximo desse indizível, é sentir a Porta Estreita que se entreabre.
É também pôr fim, permanentemente, ao fato de estar subjugado pela Atração e pela Visão, porque nós todos sabemos que, sobre este Mundo, a beleza do Sol, a beleza das árvores, a beleza de um Irmão ou de uma Irmã, é retransmitida pelos sentidos, pelo conjunto dos sentidos. A Visão do Coração não tem o que fazer desses sentidos. Ela vai além até mesmo da sensação de ver as coisas religadas a sua Unidade. Ver com o Coração é, realmente, o momento em que vocês já não existem mais, em que vocês desaparecem, totalmente, em que vocês não têm mais o sentido de ser qualquer pessoa (nem vocês, nem aquele que é visto), mas vocês são, indiscutivelmente, ao mesmo tempo os dois, sem ser um dos dois ou a soma dos dois.
É sentir este tremor e este Fogo no peito, e é desaparecer, em si, nesta Visão do Coração. Este é o momento em que não há mais necessidade de representação. Este é o momento em que não há mais necessidade de se nutrir pelos sentidos, mas, mais ainda, de nutrir-se dessa Infinita Presença que é, eu lembro a vocês, um momento de grande Alegria e de fluidez, mesmo que isso não seja ainda o Absoluto, mesmo que (como tão bem abordaram a vocês vários Anciãos) isso seja inacessível aos sentidos, inacessível à percepção.
É justamente a cessação de tudo isso que permite ver claramente com o Coração. Vocês não estão a ignorar que os nossos Irmãos e Irmãs que não têm a visão (que isso seja quando de seu nascimento ou mais tarde, qualquer que seja a causa) desenvolvem, com muita facilidade, outros sentidos, que podem compensar a insuficiência desse sentido. Pois bem, a Visão do Coração, é o desaparecimento de todos os sentidos. E o que vem compensar esta paragem de todos os sentidos, é precisamente, o que os aproxima, ao máximo, do Coração, ou do centro do Centro, ou se vocês preferirem, que os faz atravessar esta Porta Estreita.
Ver com o Coração, não é comparável a qualquer outra visão. Porque essa Visão é uma Visão do Íntimo, dando-lhes a ver, de alguma forma, não apenas os fios que animam as consciências e as circunstâncias, isto é não ver, não mais somente a mão que anima os fios, mas é ver através de tudo isso. Esta é uma impressão, e não somente um sentido: uma impressão que não deixa margem a qualquer dúvida, que não deixa margem a qualquer questionamento, a qualquer interpretação. E assim, a Visão do Coração faz vocês verem a Verdade. E isso não pode aparecer enquanto os sentidos estão em ação.
Vocês conhecem, é claro, tudo isso, através do que vocês chamam de "meditação". O fim da experiência dos sentidos, sejam eles quais forem, não priva vocês do que quer que seja, muito pelo contrário. E vocês sabem, para aqueles de vocês que o vivem, este é o momento em que desaparecem todas as percepções ligadas aos sentidos, ligadas à consciência, ligadas à Vibração em si (onde quer que ela esteja), que se realiza essa aproximação (se posso dizer dessa forma) do Absoluto. A grande problemática da consciência é que ela é tributária, justamente, das percepções. Essa percepção não pode existir se o que é olhado é concebido como exterior, e, portanto, distinto. Enquanto a Visão do Coração se estabelece desde que não haja mais, justamente, distinção, divisão ou separação, em si como no exterior de si.
Ver com o Coração, vocês podem também, representá-lo (ou imaginá-lo) como um conhecimento que eu chamaria de direto, ou seja, que não é elaborado (pelas ideias, pelos pensamentos) mas que se instala de si mesmo (não emprestando de forma alguma nem à confusão, nem à discussão, nem à possibilidade de erro).
Ver com o Coração é aceitar não mais ver, não mais sentir, não mais ressentir, não mais ter sentido, até mesmo, de uma existência, em um corpo, em uma forma, ou no que quer que seja. Se vocês chegam a se aproximar, eu diria, da periferia desse coração do Coração, então, vocês desaparecem, realmente. O que desaparece é tudo: a totalidade do que é efêmero, ligada aos sentidos, ligada tanto ao ruído que passa, quanto a uma visão que passa, ou a não importa qual outro sentido.
E é nesse estado, nessa neutralidade, que vocês são reabsorvidos no que se pode chamar, indiferentemente: o Grande Espírito Original, o Absoluto, a a-consciência, de onde tudo vem, e para onde tudo retorna (porque nunca se foi). O que se desloca, de alguma forma, é o tempo, e não vocês. Mas neste mundo, nós estamos todos habituados ao tempo, do nascer ao pôr do sol, como o fato de ter a barriga vazia, ou mesmo, a falta de sono. O tempo nos vem lembrar (a exigência, mesmo, deste tempo, em relação aos ciclos, aos hábitos) às percepções em si.
Percepções que os confinam em uma lógica, e às quais vocês não podem subtrair-se, enquanto vocês olham para isso. A Visão do Coração dá-lhes a ver o que é invisível, para os olhos como para o Éter. A Visão do Coração faz desaparecer o conjunto dos sentidos, o conjunto das percepções, e estabelece-os nesta Transparência, onde mais nada, em vocês, pode parar o que quer que seja, nem mesmo definir o que quer que seja. E, no entanto, (apesar desta ausência de definição) nesta Visão do Coração, tudo está perfeitamente em seu lugar, tudo está perfeitamente localizado. Mas, para isso, vocês devem sair, vocês, do seu lugar e de sua localização. Isso só se pode realizar neste estado que precede o fim de todo estado.
Ver com o Coração aproxima-os da Paz Suprema, por momentos de grande Paz, mas também, de oscilações ou de movimentos, que podem, por vezes, desestabilizar (isto é, o momento em que vocês saem dessa Grande Paz, para encontrar-se nos limites habituais dos sentidos e da percepção de sua vida). Ver com o Coração, é não mais viver a sua vida, nem mesmo estar na vida, mas, muito mais, ser a Vida, em sua globalidade, não limitada por uma Dimensão, não limitada por uma forma ou por qualquer consciência.
Ver com o Coração é deixar-se atravessar, deixar-se impregnar, não mais por um órgão sensorial, nem mesmo mais, por um chacra (o que responderia por sim ou por não, a suas questões), mas é uma evidência, porque não há mais perguntas: vocês não têm nada a perguntar, e, no entanto, o que é essencial vos é conhecido e reconhecido: o que dá essa Paz, como nenhuma outra. Os sentidos, quaisquer que sejam, são fonte de vitalidade, são fonte de compreensão da vida, sobre este mundo, mas não A Vida com um enorme A e um enorme V.
Ver com o Coração é, aceitar ser Transparente a fim de não interferir, em si mesmo, com o que é visto, com o Coração, no Interior de si. Ver em si, é não mais depender dos sentidos, é não mais depender de um filtro qualquer.
Vocês sabem que o olho humano não consegue ver o que vê o olho da mosca, ou o olho do cavalo, porque cada olho é adaptado a cada configuração, a cada expressão da consciência. O olho não lhes dirá jamais a Verdade. Ele só dirá a verdade que lhe diz respeito. É o mesmo para a clarividência.
A expressão da Visão do Coração poderia ser chamada de: conhecimento direto. Esta não é, é claro, simplesmente, uma intuição, nem mesmo uma percepção extra-sensorial, mas é uma impressão e uma impregnação que ultrapassam largamente o quadro dos sentidos ou o quadro de funcionamento da própria consciência. É neste sentido que acolher, em si, a Luz e a Verdade (que vocês chamam o Grande Espírito ou CRISTO, não muda nada), permite iluminar. Mas esta iluminação não é suficiente.
Esta iluminação vai conduzi-los à Transparência que é a melhor maneira de deixar passar a Luz, sem interrompê-la, sem desviá-la, sem modificá-la. É aí o que se produz a Visão do Coração. Aquela que não julga nada do que é visto em si mesmo. Aquela que não condena nada, nem louva nada. É por conseguinte, uma visão neutra porque isso não implica qualquer ação, ou qualquer reação, da própria pessoa.
Ver com o Coração aproxima-os do centro do Centro, da Transparência, da Humildade, da Infância, e coloca-os no que eu chamaria: o estado de meditação perfeito. Este é o momento em que, como o expressou, por duas vezes, minha Irmã SNOW (nota: intervenções de SNOW de 1 e 17 de novembro de 2012), onde vocês sentem a ação dos Elementos. Vocês diferenciam, em primeiro lugar, os Elementos, por seu conteúdo e suas próprias percepções: o Fogo não é o Ar. A Água, não é o Ar, tampouco.
E vocês sabem que, em algum momento, esses Elementos se conjugam, se casam entre eles, e permitem ativar, totalmente, as estruturas. Estas estruturas foram definidas como o Quinto Elemento, ou Éter, ou ER da cabeça, como ER do peito. E é precisamente a esse nível que se vive a Fusão dos Elementos.
E essa Fusão dos Elementos cria a Transparência. Ou seja, quando um Elemento não está mais isolado, mas entra em ressonância (em vocês, como em toda parte, com os outros), que se cria a Realidade do Éter de Fogo. Este Éter de Fogo (que é o ponto ER) dá-lhes a ver o que está além da visão, dá-lhes a ver: o Coração. E, no Coração (e isso não é uma metáfora): Tudo está lá. Nada mais pode existir em outra parte que no Coração.
E este Coração, ele está dentro do seu peito, que seja a sua contraparte física, como sua parte mais elevada, em Vibração, como o que está além, mesmo, de qualquer Vibração. Oscilar em torno desse Centro, isto é o que lhes aproxima (mesmo se a amplitude do movimento pareça-lhes muito importante) do coração do Coração, e, portanto, da Visão do Coração.
A Fusão dos Elementos que se realiza sobre a Terra, o Despertar da Terra, o tam-tam da Terra e do Céu, o tam-tam do Espírito, em vocês (no nível do Ar e, portanto, da Corda Celeste que vocês nomeiam: o Canal Mariano), tudo isso participa da mesma dinâmica, visando simplesmente fazê-los desaparecer, torná-los Transparentes. É nessa Transparência que se desenrola, no coração do Coração, a totalidade do que os seus sentidos podem dar-lhes a ver, a crer, a sentir.
Ver com o Coração, é, portanto, o momento em que vocês aceitam, realmente, não mais ver, nem a sua vida, nem a vida de outro: há apenas a Luz. E ainda, nesta Luz, há este conhecimento direto, que não é uma intuição, que é bem mais do que isso. Porque a intuição pode estar submissa à interpretação e ao julgamento, à coloração pessoal. Enquanto a Visão do Coração dá-lhes acesso à Transparência de tudo o que era opaco antes, mas não como algo que seria exterior, mas que se desenrola, na totalidade, em vocês.
O elemento do Ar é, naturalmente, omnipresente, a esse nível. É nesse sentido, também, que o Arcanjo URIEL intervém agora, depois de METATRON, após a abertura da Porta Posterior (a que vocês chamam KI-RIS-TI, aí onde estão as Asas Etéricas), dando-lhes a viver essa Transparência, esse Abandono do Si, e esta Liberdade e esta Maturidade.
Espreitem bem os momentos, em que, em vocês, desaparecem as percepções dos sentidos, como as percepções Vibratórias, que podem traduzir-se pela sensação de desestabilização. Porque, de um só golpe, é claro, vocês se vão dizer: "o que fiz para diminuir a minha Vibração?". Qual é a circunstância que permite que vocês tomem, num primeiro momento, por uma redução da consciência, que não é, de fato, que o seu desaparecimento, puro e simples.
Eu os convido não a exercer uma vigilância de cada instante, mas a lembrar-se de que nos momentos em que lhes parece oscilar, como nos momentos em que lhes parece ver desaparecer uma percepção Vibracional, nesse momento, lembrem-se de que vocês nunca estiveram tão próximos da Visão do Coração, e, portanto, do centro do Centro. Não há, apenas (de modo figurado,) que dar um pequeno passo a mais, para encontrar a Imobilidade e a Transparência Total.
Aceitem remeterem-se ao Grande Espírito e, o Grande Espírito lhes fará ver (para além dos limites de toda visão), na Visão do Coração, pela impressão e a impregnação, todo o Universo, todos os Mundos, todas as consciências. Naquele momento, vocês saberão verdadeiramente (porque vocês o vivem, verdadeiramente) o que é a Liberdade. Ele está aí, e ela não está em nenhum outro lugar.
No coração do Coração, há a Paz, há a Tranquilidade, há o desaparecimento de tudo o que é resistência, de toda pessoa: é a Última Presença, aquela que pode parecer-lhes desaguar sobre uma ausência, mas que não é nem uma ausência, nem uma presença, que é a única Verdade.
As circunstâncias deste mundo, no momento atual, onde sopram o Grande Espírito e os Elementos é um período crucial para dar esse último passo. Porque aí se encontra, eu diria, a verdadeira metamorfose. É claro, o que eu digo, além das minhas palavras, é sobretudo tentar impregná-los (além mesmo das definições de minhas palavras) do que pode ser, se vocês não o vivem, a Última Presença, Porta particular para o Absoluto. E, como lhes disseram muitos Anciãos, muitas Estrelas: o Absoluto já está aí. São vocês, simplesmente, que estão afastados dele.
Quaisquer que sejam as razões, elas não têm importância. Porque hoje, essas razões não resistem mais, porque o Grande Espírito já bateu em sua porta, na parte de trás das costas, na parte superior da cabeça, nas Portas no peito, e agora, no coração do Coração.
Não há mais nada a fazer senão abrir. E essa abertura, não há melhor palavra que a Transparência: nada parar, nada reter, simplesmente, deixar-se atravessar. Deixar-se atravessar, é viver a não-separação, é viver a Fusão com o Grande Espírito, é descobrir o sentido de "Ser Amor" além de toda consideração humana, e até mesmo, fraternal.
É descobrir, simultaneamente, o que é, ao mesmo tempo, a essência e a própria substância da Vida.
Ver com o Coração é Ser Livre de todos os condicionamentos, de todas as opacidades, e também, de todos os sofrimentos e de todas as memórias que puderam existir, neste mundo. É participar, plenamente, da Vida, e não somente, em sua vida.
Aqui estão, portanto, as poucas palavras que eu pude encontrar, que podem desencadear, em vocês, a superação do que pode ser visto, habitualmente, e percebido, habitualmente. Eu não posso senão desejar-lhes a mais perfeita das Transparências, aí onde é o coração do Coração e a Visão do Coração. Esta radiação, do Ser e do não-Ser, é natural. Não são necessários vocês para Ser, justamente. Se vocês chegam a apreender a essência de minhas palavras e ir, aliás, por trás dessas palavras, então o que eu tinha a dizer-lhes já atingiu bem o seu alvo.
Então, Irmãos e Irmãs em humanidade, encarnados sobre a Terra, eu os Amo. Mas, dizer-lhes isso é, também cantá-lo a mim mesma. Que todas as bênçãos do Grande Espírito estejam em vocês, e que os atravessem. NO EYES lhes diz: até uma próxima oportunidade. Até logo.
NDR
Chacra do coração: no eixo do esterno entre os mamilos.
Eu sou NO EYES. Que o Sopro do Grande Espírito nos acompanhe. O que eu vou tentar expressar, entre vocês, eu lhes solicito que não vejam aí, simplesmente as palavras que eu vou tentar empregar, mas, bem mais, vou aproximar delas, de alguma forma, a vivência.
O que eu vou dizer pode representar uma sequência do que lhes disse minha Irmã MA ANANDA, há algum tempo atrás (nota: intervenção de MA ANANDA MOYI de 10 de novembro de 2012). Diz respeito ao que tem sido chamado (e está associado a isso) às diferentes "visões": a visão do olho (que eu não tinha), a visão etérica (bem superior à visão nomeada astral) e, especialmente, a Visão do Coração.
Essa Visão do Coração não depende de um órgão sensorial. Essa Visão do Coração não está absolutamente ligada, de uma maneira ou de outra, à clarividência, porque o que é visto não o é sob forma de cores, de identidades, de circunstâncias. Esta é uma visão que se faz sem o que se chama, vulgarmente, "o ver". Essa visão aí não é uma emanação da consciência através de um sentido, dito sutil. Esta visão do Coração leva-os a viver que tudo o que lhes aparecia, antes que ela não esteja presente, como exterior a vocês, desta vez, torna-se Interior a vocês.
É nesta visão do Coração, em, estritamente falando, sua manifestação, que se pode encontrar a ressonância e a ligação com o que os Arcanjos nomearam para vocês como Infinita Presença ou Última Presença. Ver com o Coração, não é ter o Coração ou manifestar o Coração. Ver com o Coração requer, de alguma forma, um esquecimento de si, um esquecimento de nossa vida, a fim de estar no serviço, totalmente, do que não nos concerne, dentro da personalidade, e que dá a ver além das aparências, além do órgão sensorial e, principalmente, para além de toda visualização ou de toda representação. Ver com o Coração, é aproximar-se do coração do Coração.
É ainda não viver o coração do Coração, mas é viver os movimentos dele, suas flutuações. É aproximar-se do que não é conhecido e que alcança o mistério do Grande Espírito. Isto é o que alcança a possibilidade de viver uma Comunhão com os Elementos e de viver, também, esta mesma ação dos Elementos, em sua dissolução no Interior do Éter.
Ver com o Coração é, de alguma forma, o cessar (ou o início do cessar) de um mecanismo de aderência da consciência, situando um objeto, ou uma consciência como exterior à si ou como interior a si. Ver com o Coração requer desaparecer de si mesmo, não mais buscar ver (nem com os olhos, nem com o terceiro olho, ou o Éter), mas sim superar o que é percebido.
Porque quando vocês superam e vocês transcendem tudo o que é percebido, então vocês descobrem que vocês podem ver sem os olhos, ver sem órgão e ver outra coisa que o que é conhecido. Esse Ver, não se preocupa com as representações coloridas ou de identificação do que quer que seja. Esse Ver, esse Ver do Coração é um mecanismo íntimo que é realmente o fato de fazer desaparecer todas as limitações e todo sentido de uma consciência diferente da Grande Consciência do Grande Espírito, e, em definitivo, logo após, do Grande Todo o que vocês chamam de Absoluto ou Parabrahman.
Vocês não podem ver com os olhos e ver com o Coração. Vocês não podem ficar na visão etérea e ver com o Coração, mesmo que isso possa parecer uma sequência lógica. Ver com o Coração é portanto, ver com a Verdade, ver além do olho e ver além do que distancia e separa. É deixar atravessar-se, deixar vir a si, não mais expressar no exterior de si, qualquer visão.
Esse Ver, então, não é somente um sentimento profundo, como vocês poderiam ter tendência a acreditar ou a imaginá-lo. Esse Ver, não tem nada a ver com a visão, porque o que é visto será, de uma forma ou de outra (que seja a visão dos olhos, a visão etérea ou a clarividência), sempre dependente de separações das diferentes consciências, das diferentes formas, das diferentes cores. Ver com o Coração é, portanto, ver além das cores, além das formas. É em algum lugar, alcançar já, o Grande Espírito.
Esse Ver está, efetivamente, conectado a um estado da consciência. Estado da consciência que se dirige em direção a sua resolução: esta resolução, que é um desaparecimento de todo sentido de ser uma identidade, de ser uma forma, aqui ou ser em outro lugar.
Eu diria que Ver com o Coração é, Estar em todos os lugares, ao mesmo tempo e ver, de alguma forma, com não importa qual olho, mas não ser dependente desse olho.
Ver com o Coração faz sentir a ressonância que se produz na própria consciência, quando esta se torna Transparente, totalmente.
Ver com o Coração é, não mais ter limites (da consciência como do corpo), é não parar nada, não agarrar nada, não projetar nada, não solicitar nada. Ver com o Coração é, como eu o disse, desaparecer: desaparecer no sentido mesmo de ser um ser, ou de ser um Si.
E quando vocês desaparecem, totalmente, da aparência, de todo sentido e de toda consciência, então a Visão do Coração pode ser concluída.
Esta Visão do Coração não é uma visão que separa, que discrimina, que julga. Ela se contenta em estar na neutralidade a mais completa, que não projeta nada, que não pensa nada, que não imagina nada e que não é, acima de tudo, uma reação.
Ver com o Coração, é o momento em que se pode viver, na própria consciência, esta sensação de Basculamento, de Reversão, onde vocês perdem todas as referências habituais e usuais de sua vida, quer isso seja a localização de uma das partes do seu corpo, ou a percepção de um corpo ou de um ambiente. Este é o momento, em que não há mais necessidade de ver. Ver com o Coração, é uma impressão e essa impressão não diz respeito de forma alguma ao que é chamado de visão, e não diz respeito de forma alguma ao que é chamado de clarividência. Ver com o Coração é ver tanto os detalhes quanto a essência desses detalhes.
Para ver com o Coração, é preciso nada querer, nada desejar, nada pedir: simplesmente, estar aí, em Paz, deixar-se viver o que se vive, sem nada procurar. Naquele instante, vocês se apercebem de que vocês veem, efetivamente, muito além do senso comum da visão, muito além, mesmo, do sentido espiritual do que é chamado de uma visão, porque vocês veem o conjunto da decoração, o conjunto do que se representa. Porque vocês veem que tudo isso se representa, não no exterior, mas em vocês, realmente, concretamente, fisicamente.
Ver com o Coração, é não mais ser dependente de uma forma, de qualquer outra coisa que esta Transparência. A Transparência dá a Visão, a Visão do Coração, aquela que é uma impressão direta, que não reflete um julgamento e ainda menos uma discriminação, mas sim que lhes dá a ver o estado real do que é, não olhado, mas que nos atravessa. É assim que na minha passagem sobre a Terra, eu pude dar muitos elementos concernentes ao Novo Mundo.
O que vocês devem compreender é, que esta Visão do Coração não sobrevém, efetiva e concretamente, que quando vocês aceitam que tudo que vocês veem com os olhos, como com a clarividência, como com a visão etérica, tem apenas um tempo. Ver com o Coração é ver fora do tempo, é ver fora da aparência, fora das cores, fora das formas. É uma impressão.
Esta impressão não é submissa ao filtro da personalidade, não é submissa ao filtro do que lhes é conhecido, mas se impõe dela mesma, pela possibilidade de que vocês tenham que se manter nesta atitude de passividade, de Transparência e de Humildade. O interesse, se houver um, da Visão com o Coração, não é de trazer uma solução (mesmo que seja possível) para qualquer coisa, daí onde vocês estão, mas dar-lhes a ver a Verdade e esta Verdade é uma grande Alegria.
E Ver com o Coração, este é o momento, de alguma forma, em que vocês se aproximam ao máximo do centro do Centro. Este é o momento em que vocês se dirigem, pela Passagem da Porta Estreita, em direção à sua própria Ressurreição. Este é o momento em que o peito sente o Sopro do Grande Espírito, tal como um tremor, uma Vibração intensa. E este é o momento em que mesmo esta intensidade parece desaparecer, para fazer aparecer-lhes a Verdade. Esta Verdade é uma grande Alegria, ela não tem necessidade de se expressar em palavras e ela é, além disso, na maioria das vezes, incomunicável em palavras (a visão etérica o permite, mas não a Visão do Coração).
A Visão do Coração juntou o que é chamado, em diversas tradições, a Câmara íntima do Coração (ao mais próximo do Centro) e que é, de fato, a associação dos dois pontos precisos da consciência, transfigurados e resolvidos, que são o chacra do Coração e que é chamado o timo, ou que vocês chamam o Ponto ER do peito (9º Corpo) (nota: ver os diagramas abaixo). Este é o lugar onde se irradia o que vocês São, e este é o lugar onde é percebido o que vocês São, na Infinita Presença, e que é, de alguma forma, o Último limite, a Última Passagem do efêmero à Eternidade.
Ver com o Coração, dá a ver a Eternidade, dá a ver, como eu o disse, além de toda aparência e de toda forma, como de toda cor.
E ver assim, acalma, preenche-os de Paz, de gratidão, de bem-estar. Este é o momento em que se pode revelar (e se revela, aliás, cada vez mais) a Infinita Presença que confina, pelo fato da própria ação da Transparência que se estabelece, para não mais resistir, não mais se opor, não mais ver outra coisa que o que subjaz aos Mundos, as manifestações. É apreender, enfim, realmente, e viver, realmente, a Unidade, onde o outro não lhes aparece como algo de exterior a vocês, mais sim, presente, realmente, em vocês.
Retomando uma frase que eu amo muito (pronunciada, no Ocidente e no Oriente, pelo CRISTO), esta frase que é simplesmente "tornar-se como uma criança para renascer", mas também dizer que "o essencial é invisível aos olhos" e não será jamais acessível aos sentidos, nem mesmo a uma consciência que vocês nomeariam expandida.
Ver com o Coração é fazer cessar todo sentido, é aceitar desaparecer de toda ilusão, desaparecer de todo efêmero, para não guardar que algo muito mais amplo, muito mais vivente e, principalmente, não dependente de qualquer sentido ou de qualquer filtro. Ver com o Coração é ver a evidência, é ver a Unidade, realmente, vivê-la, pela Transparência da sua carne.
Ver com o Coração, é ver que nada do que é exterior pode existir se vocês não o tiverem imaginado, recriado ou projetado. Ver com o Coração participa da Libertação e da Liberdade, porque nesse Ver, justamente, não há discriminação, não há separação, não há projeção da consciência, nem recepção de uma outra consciência. Ver com o Coração é, ir para o mais próximo desse indizível, é sentir a Porta Estreita que se entreabre.
É também pôr fim, permanentemente, ao fato de estar subjugado pela Atração e pela Visão, porque nós todos sabemos que, sobre este Mundo, a beleza do Sol, a beleza das árvores, a beleza de um Irmão ou de uma Irmã, é retransmitida pelos sentidos, pelo conjunto dos sentidos. A Visão do Coração não tem o que fazer desses sentidos. Ela vai além até mesmo da sensação de ver as coisas religadas a sua Unidade. Ver com o Coração é, realmente, o momento em que vocês já não existem mais, em que vocês desaparecem, totalmente, em que vocês não têm mais o sentido de ser qualquer pessoa (nem vocês, nem aquele que é visto), mas vocês são, indiscutivelmente, ao mesmo tempo os dois, sem ser um dos dois ou a soma dos dois.
É sentir este tremor e este Fogo no peito, e é desaparecer, em si, nesta Visão do Coração. Este é o momento em que não há mais necessidade de representação. Este é o momento em que não há mais necessidade de se nutrir pelos sentidos, mas, mais ainda, de nutrir-se dessa Infinita Presença que é, eu lembro a vocês, um momento de grande Alegria e de fluidez, mesmo que isso não seja ainda o Absoluto, mesmo que (como tão bem abordaram a vocês vários Anciãos) isso seja inacessível aos sentidos, inacessível à percepção.
É justamente a cessação de tudo isso que permite ver claramente com o Coração. Vocês não estão a ignorar que os nossos Irmãos e Irmãs que não têm a visão (que isso seja quando de seu nascimento ou mais tarde, qualquer que seja a causa) desenvolvem, com muita facilidade, outros sentidos, que podem compensar a insuficiência desse sentido. Pois bem, a Visão do Coração, é o desaparecimento de todos os sentidos. E o que vem compensar esta paragem de todos os sentidos, é precisamente, o que os aproxima, ao máximo, do Coração, ou do centro do Centro, ou se vocês preferirem, que os faz atravessar esta Porta Estreita.
Ver com o Coração, não é comparável a qualquer outra visão. Porque essa Visão é uma Visão do Íntimo, dando-lhes a ver, de alguma forma, não apenas os fios que animam as consciências e as circunstâncias, isto é não ver, não mais somente a mão que anima os fios, mas é ver através de tudo isso. Esta é uma impressão, e não somente um sentido: uma impressão que não deixa margem a qualquer dúvida, que não deixa margem a qualquer questionamento, a qualquer interpretação. E assim, a Visão do Coração faz vocês verem a Verdade. E isso não pode aparecer enquanto os sentidos estão em ação.
Vocês conhecem, é claro, tudo isso, através do que vocês chamam de "meditação". O fim da experiência dos sentidos, sejam eles quais forem, não priva vocês do que quer que seja, muito pelo contrário. E vocês sabem, para aqueles de vocês que o vivem, este é o momento em que desaparecem todas as percepções ligadas aos sentidos, ligadas à consciência, ligadas à Vibração em si (onde quer que ela esteja), que se realiza essa aproximação (se posso dizer dessa forma) do Absoluto. A grande problemática da consciência é que ela é tributária, justamente, das percepções. Essa percepção não pode existir se o que é olhado é concebido como exterior, e, portanto, distinto. Enquanto a Visão do Coração se estabelece desde que não haja mais, justamente, distinção, divisão ou separação, em si como no exterior de si.
Ver com o Coração, vocês podem também, representá-lo (ou imaginá-lo) como um conhecimento que eu chamaria de direto, ou seja, que não é elaborado (pelas ideias, pelos pensamentos) mas que se instala de si mesmo (não emprestando de forma alguma nem à confusão, nem à discussão, nem à possibilidade de erro).
Ver com o Coração é aceitar não mais ver, não mais sentir, não mais ressentir, não mais ter sentido, até mesmo, de uma existência, em um corpo, em uma forma, ou no que quer que seja. Se vocês chegam a se aproximar, eu diria, da periferia desse coração do Coração, então, vocês desaparecem, realmente. O que desaparece é tudo: a totalidade do que é efêmero, ligada aos sentidos, ligada tanto ao ruído que passa, quanto a uma visão que passa, ou a não importa qual outro sentido.
E é nesse estado, nessa neutralidade, que vocês são reabsorvidos no que se pode chamar, indiferentemente: o Grande Espírito Original, o Absoluto, a a-consciência, de onde tudo vem, e para onde tudo retorna (porque nunca se foi). O que se desloca, de alguma forma, é o tempo, e não vocês. Mas neste mundo, nós estamos todos habituados ao tempo, do nascer ao pôr do sol, como o fato de ter a barriga vazia, ou mesmo, a falta de sono. O tempo nos vem lembrar (a exigência, mesmo, deste tempo, em relação aos ciclos, aos hábitos) às percepções em si.
Percepções que os confinam em uma lógica, e às quais vocês não podem subtrair-se, enquanto vocês olham para isso. A Visão do Coração dá-lhes a ver o que é invisível, para os olhos como para o Éter. A Visão do Coração faz desaparecer o conjunto dos sentidos, o conjunto das percepções, e estabelece-os nesta Transparência, onde mais nada, em vocês, pode parar o que quer que seja, nem mesmo definir o que quer que seja. E, no entanto, (apesar desta ausência de definição) nesta Visão do Coração, tudo está perfeitamente em seu lugar, tudo está perfeitamente localizado. Mas, para isso, vocês devem sair, vocês, do seu lugar e de sua localização. Isso só se pode realizar neste estado que precede o fim de todo estado.
Ver com o Coração aproxima-os da Paz Suprema, por momentos de grande Paz, mas também, de oscilações ou de movimentos, que podem, por vezes, desestabilizar (isto é, o momento em que vocês saem dessa Grande Paz, para encontrar-se nos limites habituais dos sentidos e da percepção de sua vida). Ver com o Coração, é não mais viver a sua vida, nem mesmo estar na vida, mas, muito mais, ser a Vida, em sua globalidade, não limitada por uma Dimensão, não limitada por uma forma ou por qualquer consciência.
Ver com o Coração é deixar-se atravessar, deixar-se impregnar, não mais por um órgão sensorial, nem mesmo mais, por um chacra (o que responderia por sim ou por não, a suas questões), mas é uma evidência, porque não há mais perguntas: vocês não têm nada a perguntar, e, no entanto, o que é essencial vos é conhecido e reconhecido: o que dá essa Paz, como nenhuma outra. Os sentidos, quaisquer que sejam, são fonte de vitalidade, são fonte de compreensão da vida, sobre este mundo, mas não A Vida com um enorme A e um enorme V.
Ver com o Coração é, aceitar ser Transparente a fim de não interferir, em si mesmo, com o que é visto, com o Coração, no Interior de si. Ver em si, é não mais depender dos sentidos, é não mais depender de um filtro qualquer.
Vocês sabem que o olho humano não consegue ver o que vê o olho da mosca, ou o olho do cavalo, porque cada olho é adaptado a cada configuração, a cada expressão da consciência. O olho não lhes dirá jamais a Verdade. Ele só dirá a verdade que lhe diz respeito. É o mesmo para a clarividência.
A expressão da Visão do Coração poderia ser chamada de: conhecimento direto. Esta não é, é claro, simplesmente, uma intuição, nem mesmo uma percepção extra-sensorial, mas é uma impressão e uma impregnação que ultrapassam largamente o quadro dos sentidos ou o quadro de funcionamento da própria consciência. É neste sentido que acolher, em si, a Luz e a Verdade (que vocês chamam o Grande Espírito ou CRISTO, não muda nada), permite iluminar. Mas esta iluminação não é suficiente.
Esta iluminação vai conduzi-los à Transparência que é a melhor maneira de deixar passar a Luz, sem interrompê-la, sem desviá-la, sem modificá-la. É aí o que se produz a Visão do Coração. Aquela que não julga nada do que é visto em si mesmo. Aquela que não condena nada, nem louva nada. É por conseguinte, uma visão neutra porque isso não implica qualquer ação, ou qualquer reação, da própria pessoa.
Ver com o Coração aproxima-os do centro do Centro, da Transparência, da Humildade, da Infância, e coloca-os no que eu chamaria: o estado de meditação perfeito. Este é o momento em que, como o expressou, por duas vezes, minha Irmã SNOW (nota: intervenções de SNOW de 1 e 17 de novembro de 2012), onde vocês sentem a ação dos Elementos. Vocês diferenciam, em primeiro lugar, os Elementos, por seu conteúdo e suas próprias percepções: o Fogo não é o Ar. A Água, não é o Ar, tampouco.
E vocês sabem que, em algum momento, esses Elementos se conjugam, se casam entre eles, e permitem ativar, totalmente, as estruturas. Estas estruturas foram definidas como o Quinto Elemento, ou Éter, ou ER da cabeça, como ER do peito. E é precisamente a esse nível que se vive a Fusão dos Elementos.
E essa Fusão dos Elementos cria a Transparência. Ou seja, quando um Elemento não está mais isolado, mas entra em ressonância (em vocês, como em toda parte, com os outros), que se cria a Realidade do Éter de Fogo. Este Éter de Fogo (que é o ponto ER) dá-lhes a ver o que está além da visão, dá-lhes a ver: o Coração. E, no Coração (e isso não é uma metáfora): Tudo está lá. Nada mais pode existir em outra parte que no Coração.
E este Coração, ele está dentro do seu peito, que seja a sua contraparte física, como sua parte mais elevada, em Vibração, como o que está além, mesmo, de qualquer Vibração. Oscilar em torno desse Centro, isto é o que lhes aproxima (mesmo se a amplitude do movimento pareça-lhes muito importante) do coração do Coração, e, portanto, da Visão do Coração.
A Fusão dos Elementos que se realiza sobre a Terra, o Despertar da Terra, o tam-tam da Terra e do Céu, o tam-tam do Espírito, em vocês (no nível do Ar e, portanto, da Corda Celeste que vocês nomeiam: o Canal Mariano), tudo isso participa da mesma dinâmica, visando simplesmente fazê-los desaparecer, torná-los Transparentes. É nessa Transparência que se desenrola, no coração do Coração, a totalidade do que os seus sentidos podem dar-lhes a ver, a crer, a sentir.
Ver com o Coração, é, portanto, o momento em que vocês aceitam, realmente, não mais ver, nem a sua vida, nem a vida de outro: há apenas a Luz. E ainda, nesta Luz, há este conhecimento direto, que não é uma intuição, que é bem mais do que isso. Porque a intuição pode estar submissa à interpretação e ao julgamento, à coloração pessoal. Enquanto a Visão do Coração dá-lhes acesso à Transparência de tudo o que era opaco antes, mas não como algo que seria exterior, mas que se desenrola, na totalidade, em vocês.
O elemento do Ar é, naturalmente, omnipresente, a esse nível. É nesse sentido, também, que o Arcanjo URIEL intervém agora, depois de METATRON, após a abertura da Porta Posterior (a que vocês chamam KI-RIS-TI, aí onde estão as Asas Etéricas), dando-lhes a viver essa Transparência, esse Abandono do Si, e esta Liberdade e esta Maturidade.
Espreitem bem os momentos, em que, em vocês, desaparecem as percepções dos sentidos, como as percepções Vibratórias, que podem traduzir-se pela sensação de desestabilização. Porque, de um só golpe, é claro, vocês se vão dizer: "o que fiz para diminuir a minha Vibração?". Qual é a circunstância que permite que vocês tomem, num primeiro momento, por uma redução da consciência, que não é, de fato, que o seu desaparecimento, puro e simples.
Eu os convido não a exercer uma vigilância de cada instante, mas a lembrar-se de que nos momentos em que lhes parece oscilar, como nos momentos em que lhes parece ver desaparecer uma percepção Vibracional, nesse momento, lembrem-se de que vocês nunca estiveram tão próximos da Visão do Coração, e, portanto, do centro do Centro. Não há, apenas (de modo figurado,) que dar um pequeno passo a mais, para encontrar a Imobilidade e a Transparência Total.
Aceitem remeterem-se ao Grande Espírito e, o Grande Espírito lhes fará ver (para além dos limites de toda visão), na Visão do Coração, pela impressão e a impregnação, todo o Universo, todos os Mundos, todas as consciências. Naquele momento, vocês saberão verdadeiramente (porque vocês o vivem, verdadeiramente) o que é a Liberdade. Ele está aí, e ela não está em nenhum outro lugar.
No coração do Coração, há a Paz, há a Tranquilidade, há o desaparecimento de tudo o que é resistência, de toda pessoa: é a Última Presença, aquela que pode parecer-lhes desaguar sobre uma ausência, mas que não é nem uma ausência, nem uma presença, que é a única Verdade.
As circunstâncias deste mundo, no momento atual, onde sopram o Grande Espírito e os Elementos é um período crucial para dar esse último passo. Porque aí se encontra, eu diria, a verdadeira metamorfose. É claro, o que eu digo, além das minhas palavras, é sobretudo tentar impregná-los (além mesmo das definições de minhas palavras) do que pode ser, se vocês não o vivem, a Última Presença, Porta particular para o Absoluto. E, como lhes disseram muitos Anciãos, muitas Estrelas: o Absoluto já está aí. São vocês, simplesmente, que estão afastados dele.
Quaisquer que sejam as razões, elas não têm importância. Porque hoje, essas razões não resistem mais, porque o Grande Espírito já bateu em sua porta, na parte de trás das costas, na parte superior da cabeça, nas Portas no peito, e agora, no coração do Coração.
Não há mais nada a fazer senão abrir. E essa abertura, não há melhor palavra que a Transparência: nada parar, nada reter, simplesmente, deixar-se atravessar. Deixar-se atravessar, é viver a não-separação, é viver a Fusão com o Grande Espírito, é descobrir o sentido de "Ser Amor" além de toda consideração humana, e até mesmo, fraternal.
É descobrir, simultaneamente, o que é, ao mesmo tempo, a essência e a própria substância da Vida.
Ver com o Coração é Ser Livre de todos os condicionamentos, de todas as opacidades, e também, de todos os sofrimentos e de todas as memórias que puderam existir, neste mundo. É participar, plenamente, da Vida, e não somente, em sua vida.
Aqui estão, portanto, as poucas palavras que eu pude encontrar, que podem desencadear, em vocês, a superação do que pode ser visto, habitualmente, e percebido, habitualmente. Eu não posso senão desejar-lhes a mais perfeita das Transparências, aí onde é o coração do Coração e a Visão do Coração. Esta radiação, do Ser e do não-Ser, é natural. Não são necessários vocês para Ser, justamente. Se vocês chegam a apreender a essência de minhas palavras e ir, aliás, por trás dessas palavras, então o que eu tinha a dizer-lhes já atingiu bem o seu alvo.
Então, Irmãos e Irmãs em humanidade, encarnados sobre a Terra, eu os Amo. Mas, dizer-lhes isso é, também cantá-lo a mim mesma. Que todas as bênçãos do Grande Espírito estejam em vocês, e que os atravessem. NO EYES lhes diz: até uma próxima oportunidade. Até logo.
NDR
Chacra do coração: no eixo do esterno entre os mamilos.
Ponto ER da cabeça: na fontanela do topo da cabeça, na interseção da linha que passa pela ponta das duas orelhas e da linha que passa pelo nariz e o occipital.
Ponto ER do peito: no eixo do esterno, na sua parte superior, acima do chacra do Coração, na saliência esternal chamada ângulo de Louis.
Ponto KI-RIS-TI das costas: entre as omoplatas, a meia altura (abaixo da quinta vértebra dorsal). Raiz do chacra do Coração.
Mensagem de NO EYES no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1707
24 de novembro de 2012 (Publicado em 25 de novembro de 2012)
Tradução para o português: Josiane Oliveira - http://fontedeunidade.blogspot.com/
http://minhamestria.blogspot.com/
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