Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


terça-feira, 13 de novembro de 2012

MA ANANDA MOYI – 10 de novembro de 2012 - AUTRES DIMENSIONS





Áudio em francês.


Eu sou MA ANANDA MOYI. Irmãs e Irmãos, permitam-me, primeiramente, abençoar sua Presença. O sentido de minha vinda, neste dia, inscreve-se como uma sequência lógica do que lhes exprimiu UM AMIGO. Por minhas palavras, por minha Presença e a Presença de vocês, nós vamos nos instalar lá onde não existe mais separação, nem divisão, lá onde esta Paz, a que começa, não termina nunca.

Assim, pois, o Fogo, aquele do Amor, vem pôr fim ao fogo ilusório, ao fogo da matéria, ao fogo da resistência, ao fogo da oposição. O Fogo original (o Fogo do Amor e do Espírito que percorria minha carne, por ocasião de minha passagem pela Terra), lhes é hoje, totalmente acessível, totalmente possível.

O que acontece na Terra não é mais o apanágio de alguns santos ou de alguns seres tendo realizado o Si, ou vivido o Absoluto, em encarnação. É o retorno da normalidade que deve mostrar-lhes que o que era anormal era, muito antes, tudo o que concerne a história de vocês, tudo o que concerne a impressão de ter alguma coisa nesta vida.

A possibilidade (para muitos de vocês) de Ser Absoluto, hoje, assim como as manifestações da Infinita Presença, vai fazê-los passar a esta Beatitude e este Êxtase em que nada mais tem sentido senão Ser esta Beatitude e este Êxtase.

No Coração do Coração (lá onde não há mais questões, nem respostas, nem mesmo senso de uma pessoa ou de uma personalidade) se encontra o contentamento permanente, como eu o exprimi, manifestei, em encarnação.

Tudo isso é inteiramente possível para todos vocês, a cada minuto, a cada respiração, em que seu olhar seja levado lá dentro de vocês ou que seu olhar concirna o que está além da visão.

O verdadeiro olhar não é a visão. Ele é, simplesmente, esta Paz inimaginável que se produz, efetivamente, desde o instante em que vocês cessam toda busca, em que vocês realizam (real e concretamente, como lhes dizia BIDI) que toda forma de conhecimento não é senão um erro, não é senão uma satisfação do ego e do orgulho, em si, que quer dominar, apropriar-se, compreender.

Ao largar todos seus fardos, ao aceitar Ver, realmente, então a Paz Suprema os preencherá, porque isso é o que vocês São. Mais do que nunca, hoje, acompanhados do Arcanjo URIEL, vocês têm a possibilidade de desaparecer para si mesmos, para renascer na Verdade de vocês (ndr: ver as modalidades de acompanhamento de URIEL na seção “protocolos a praticar/protocolos prioritários”).

Não há mais necessidade de esperar, de estar do outro lado do Véu (que não existe mais, aliás). Não há mais necessidade de realizar momentos privilegiados, mas sim de estar mais, inteira e integralmente instalados no tempo de seu presente e de sua Presença, no próprio silêncio da consciência. Porque, efetivamente, no fato de abandonar toda veleidade ou toda propensão a exprimir uma consciência, se encontra a Verdade: esta Beatitude.

Esta Paz que está inscrita (como ferro em brasa, no corpo e na consciência) como uma falta e que está na base de toda dinâmica de busca de satisfação, de equilíbrio, já está aí. E, eu diria, de todo modo, cada vez mais aí, desde o instante em que vocês aceitam sair de suas próprias interrogações e de seus próprios questionamentos sobre si próprios. Porque vocês mesmos, do ponto de vista onde vocês estão, não poderão jamais desembocar no que vocês São, verdadeiramente: é preciso renascer, é preciso ressuscitar, é preciso, enfim, simplesmente, Ser. E Ser não depende de uma circunstância qualquer, de um conhecimento qualquer, de um progresso qualquer.

É claro, algumas de minhas Irmãs (e em particular, ocidentais, eu diria) desenvolveram amplamente para vocês a Humildade (ndr: ver, em particular, as diferentes intervenções de THERESA DE LISIEUX). UM AMIGO lhes dizia que este estado particular deve fazer cessar as palavras de “comparação”,  de “divisão”, as palavras que vocês expressam sobre uns e outros. Porque é no Silêncio que vocês se tornam o Outro, e, em nenhum caso, criticando-o ou censurando-o. Viver o Outro, viver a Luz, é desaparecer de si mesmo e desaparecer do Si: nós lhes dissemos, de diferentes modos, nós lhes propusemos, com diferentes ferramentas.

Doravante, do fato da Presença de URIEL, isto é muito mais perceptível. E se, definitivamente, vocês têm a impressão de tropeçar em algo, lembrem-se que são somente vocês mesmos que resistem (mesmo proclamando exatamente o inverso), e que as resistências e os medos que estão inscritos nesta história efêmera que vocês creem ser, são os melhores freios ao que vocês São, verdadeiramente.

Nestes tempos particulares, nós lhes dissemos frequentemente, que não é, certamente, vocês que desaparecem, mas todas as ilusões. Então, claro, se vocês se mantêm do lado da ilusão, vocês só poderão constatar que vocês não estão mais aí. E não estar mais aí é imaginar, desde já, uma distância a percorrer, um caminho a percorrer, uma ascese a efetuar.

Nada disso os conduzirá ao que vocês São. Então, é claro, alguns Yoga, alguns ensinamentos, lhes permitiram viver estados e experiências em que a Paz estava presente. Mas, se vocês estão na resistência, evidentemente, vocês não fizeram da experiência da Paz, o seu quotidiano. E, para fazê-lo, é preciso desaparecer, em totalidade.

Elementos importantes lhes foram dados por aquele que se chama BIDI, assim como pelos Arcanjos e nós mesmos. Eu quero dizer que hoje vocês não tem outra coisa a fazer que se posicionarem, Estar aí.

O que quer que vocês façam de sua vida ordinária, estejam sempre aí e Presente, além da ação que vocês praticam. E a Paz nascerá, não simplesmente enquanto experiência, mas sim como a manifestação (profunda, aqui mesmo, sobre esse mundo) da natureza de vocês. E vocês estão em Paz. E quando vocês estão em Paz, o que vocês podem desejar? O que vocês podem buscar? O que vocês podem pedir ou crer? A Paz é a resposta: ela é todas as respostas. Porque, em Shantinilaya todos os jogos cessaram, todas as interações cessaram, e todas as projeções cessaram.

Mesmo quando vocês se servem desse corpo (para fazer o que vocês têm a fazer), o que quer que vocês façam, vocês permanecem em Paz. Estar em Paz é, desde já, não mais se projetar: não mais se projetar em um futuro, em qualquer relação que seja, não imaginar ou supor o que vai pensar (ou dizer) o outro. É continuar a viver a vida ordinária, simplesmente sendo si mesmo no extraordinário. Este extraordinário, é claro, está aí, de toda Eternidade, mas é o aprimoramento, em algum ponto de sua consciência, que lhes é fornecido, preparado ou lhes fizeram viver.

O sentido de minhas palavras é, sobretudo, de dizer-lhes que mesmo se, até agora, não lhes pareceu viver experiências ou estados, que lhes é preciso ultrapassar o que vocês não viveram (estados ou experiências), não para esperar vivê-lo, mas sim para se estabelecerem, realmente, em sua impermanência, no seu Absoluto.

Não vejam isso nunca (como foi dito) como um objetivo, como um caminho a percorrer, mas como, simplesmente, uma evidência que sempre esteve aí e que foi Velada, pelo hábito, pela própria pessoa, pelas obrigações deste mundo. Retenham, sobretudo, que cada vez mais, tudo está aí, onipresente, batendo à sua porta.

E que se vocês percebem ainda uma distância ou um fosso entre o que nós lhes dissemos e o que vocês São, é que vocês simplesmente não foram ao lugar certo e que vocês esperam adquirir, no seio da personalidade, um poder, uma vantagem. Jamais a personalidade vai obter isso.

Mais do que nunca, é preciso se conscientizarem, compreender, apreender e aceitar que somente se morrerem para si mesmos, vocês renascerão. Não há outra possibilidade.
Então, as circunstâncias da Luz e da vida fazem com que muitos de vocês tenham sido chamados de diferentes maneiras (mesmo pelo sofrimento desse corpo), a realizar o que vocês São. E realizar não é uma realização inscrita em um tempo ou em um determinado espaço, mas é uma realização instantânea e imediata, desde que vocês aceitem, real e sinceramente, morrer para si mesmos. Morrer para si mesmo não é um suicídio, ainda menos uma negação da vida, mas é viver a Verdadeira Vida.

Viver a Verdadeira Vida não pode se acompanhar de uma manifestação da consciência ordinária. Esta lhes serve para viver o ordinário. Ela é útil, enquanto vocês estão presentes, aqui, para os atos quotidianos e habituais da vida. Mas nenhum hábito, nenhum ato de sua vida pode conduzi-los ao que vocês São, em Verdade, exceto morrer para si mesmos.

Este “morrer para si mesmo” é bem mais intenso que o que nós tínhamos empregado como expressão, eis já há alguns meses, concernente ao Abandono do Si. Porque no Abandono do Si, mesmo se há a tensão para o Abandono, há ainda a expressão, é claro, de uma forma de personalidade (como isso foi perfeitamente descrito por minha Irmã HILDEGARDE) (ndr: ver sua intervenção de 25 de outubro de 2010). Mas, hoje, as circunstâncias ambientais, as circunstâncias da consciência e da própria Terra, colocam-nos face ao que poderia lhes parecer (do ponto de vista da personalidade) como um desafio ou uma urgência.

Mas, este desafio e esta urgência não estão aí senão para contrariar nada além que a personalidade efêmera. Pode-se dizer que, cada vez mais, mais os dias vão passar (de seu tempo terrestre), mais vocês terão facilidade em ser o que vocês São. Mas, para isso, é preciso saírem de si mesmos: não se deve aderir a um medo qualquer, não se deve mais aderir a uma ilusão qualquer, sempre aquiescendo ao fato de vivê-lo.

A Morada da Paz Suprema, como nós lhes dissemos, é nossa Essência Comum, nossa natureza profunda, muito além de uma simples experiência, de uma simples meditação.

Vocês vão, frequentemente, constatar que a Morada da Paz Suprema está aí. E que ela é tanto mais presente quanto vocês deixam-na Estar, até o momento em que não haverá mais separação entre sua consciência e a Morada da Paz Suprema: vocês não serão mais uma consciência, vocês se tornarão a Morada da Paz Suprema (coisa que eu mostrei largamente, quando de minha passagem pela Terra).

Então, é claro, a personalidade encontrará sempre qualquer coisa a repetir: que é uma perda de tempo, que vocês não estão lá e nunca chegarão lá, que existem obstáculos, restrições, obrigações. Mas, nada disso tudo poderá se manter muito tempo diante da Morada da Paz Suprema que vocês São. E aí, caberá a vocês escolher, e caberá a vocês decidir, o que nutrir, o que alimentar. Mesmo se isso não lhes aparece claramente, à primeira vista, vocês constatarão muito rápido que vocês não poderão fazer outra coisa que aquiescer ou rejeitar.

Não existe desejo, no seio da personalidade, que possa conduzi-los à Morada da Paz Suprema: nada da personalidade de vocês pode, aliás, conduzi-los a ela. É somente desaparecendo para si mesmos que emergirá, não mais simplesmente um estado, uma experiência (com sua lembrança), mas, bem mais, o estado (permanente, estável) do que vocês São.

A intensidade da manifestação dos Elementos (em vocês como sobre a Terra) tem somente um objetivo e é este: fazê-los descobrir o que vocês São: a Morada da Paz Suprema. Somente a pessoa tem medo. Somente a pessoa busca. Somente a pessoa se interroga. Isso tornar-se-á sua vivência, não mais somente um modelo ou uma crença, ou uma experiência, mas uma vivência permanente que não espera, da parte de vocês, senão seu próprio desaparecimento.

Fazer desaparecer o sentido da pessoa, fazer desaparecer a percepção do corpo, fazer desaparecer toda projeção da própria consciência, todo julgamento (porque o julgamento separa), toda adoração (porque a adoração os separa, também). Mesmo se, é claro, na tradição de meu país de passagem (ndr: a Índia), isso é uma constante, mas as circunstâncias temporais não eram as mesmas.

Vocês não podem (e vocês se conscientizarão disso cada vez mais) tornar-se Luz, porque vocês já o São. Vocês não podem buscar a Liberação, porque vocês já a São. É claro, a personalidade não pode acreditar nisso (nem mesmo o aceitar) mas, ao contrário, ela a buscará sempre, afastando-os sempre mais do que vocês São.
Deixem a Luz operar, deixem operar o que atua em seus corpos. Que vocês o chamem Templo ou saco, isso não muda nada. O que vem não é uma experiência, mas um aprendizado (como vocês o conduziram, durante esses anos, para muitos de vocês). O que vem é radicalmente novo, radicalmente inédito. Isso já está aí porque vocês o São, de toda Eternidade. Mas, a presença de uma consciência coletiva (ou de uma ilusão coletiva) o impede ainda de se revelar, totalmente a vocês. Cabe a vocês saber se querem participar da ilusão coletiva ou não. E, ainda uma vez, não é denunciando esta ilusão coletiva que vocês encontrarão a Verdade.

A Verdade está em vocês, de toda Eternidade, e ela não é nem um pouco dependente de qualquer circunstância que seja. Simplesmente, o trabalho que vocês cumpriram (e que nós cumprimos com vocês) mudou as condições da ilusão coletiva. Então, é claro, vocês ouvirão falar de Despertar da consciência, no nível coletivo. Vocês ouvirão falar, cada vez mais, de mudança de consciência, de uma Idade de Ouro. Mas, tudo isso são apenas projeções da consciência.

A única Idade de Ouro são vocês mesmos. E esta Idade de Ouro, em vocês, é independente de toda manifestação de interação de consciências (na Dimensão em que vocês estão, como em qualquer outra Dimensão). Há apenas a personalidade que crê e espera concluir histórias que não terminam nunca, com uma ilusão de progressão, de melhoramento.

O que é perfeito na origem, não pode ser menos perfeito no final: o que é perfeito resta e permanece perfeito e não pode ser alterado. Ora, vocês são perfeitos. A grande revolução está aí. E vocês devem ultrapassar e transcender, estados, experiências, histórias, mundo (este, como todos os outros).

Lembrem-se que há inúmeras verdades. Elas são verdades relativas, que são função, unicamente, da localização em que vocês estão. Mas, há somente uma Verdade Absoluta. Para isso vocês devem não mais estarem inscritos no efêmero, em consciência. Mudar o olhar, o ponto de vista, não por um ato de vontade, mas sim vendo, claramente e lucidamente as coisas.

Esta refutação, agora, não é mais a ser conduzida (como dizia BIDI), mas é a própria Luz que refuta o Ilusório, não agindo contra, mas instalando-se. O que vocês veem nos seus Céus, o que vocês veem em vocês, o que vocês veem dos elementos, o que vocês veem da Luz, É a Verdade Absoluta. É como se (tomando esta analogia) vocês captassem uma certa faixa de frequências e a única realidade possível e conhecida estivesse ligada a esta gama de frequências, com seus limites.

E, depois, sobre isso, se superpusesse uma gama de frequências nova, que não tem mais limites, e que, sobretudo, vem fazer desaparecer os limites anteriores. Lembrem-se que vocês não podem nada levar de sua história, porque cada vez que vocês renascem, a história passada não existe mais. Mas aí, o renascimento que está aí é uma verdadeira Ressurreição. Não de suas memórias passadas (mesmo se elas se atualizam em vocês), mas sim a memória do que vocês São, real e verdadeiramente, além de toda encarnação, de toda reencarnação, de toda lei, mesmo de causalidade.

O que se desenrola sobre esse mundo, se desenrola do mesmo modo, em vocês: a morte de todas as ilusões, de todos os efêmeros.


Observem bem o que é efêmero, não para se ligarem a ele, mas sim para se separarem dele, não como um ato de vontade que gostaria de pôr fim a tal relação, a tal pessoa ou a tal mundo, mas sim como aquele que vive, realmente, o fim da Ilusão. Ora, a personalidade não quererá jamais reconhecer seu fim, nem a ilusão de que ela vive. É, pois, bem uma mudança de localização, uma mudança de olhar.

É, pois, bem uma mudança de ponto de vista, que não é o ponto de vista de um pensamento, mas sim o ponto de vista da própria consciência. A particularidade deste novo ponto de vista é que ele pode acompanhar-se também do desaparecimento de todo ponto de vista, muito mais facilmente.

O desaparecimento de todo ponto de vista permite viver a deslocalização definitiva de uma forma, de uma consciência ou de um estado e os instala neste Absoluto, cujo testemunho é Shantinilaya. Shantinilaya não será jamais uma projeção ou uma expressão da consciência, porque é um estado que é recuperável à vontade. Ele pode mesmo ser permanente. É o que está por trás da consciência que decide: não são vocês, nem a Luz, que decide.
Assim, pois, o jogo das interações, das ressonâncias, das oposições e das justaposições, o jogo de todas as consciências, lhes aparece. E é vendo o jogo de todas as consciências que vocês perdem o senso de identidade, e que vocês vivem a Ressurreição.

As circunstâncias do mundo ilusório tornam-se, pela ação dos Cavaleiros, cada vez mais perturbadas. Mas isso não deve (como vocês o sabem), de maneira alguma, os atemorizar, ou os fazer procurar uma qualquer data, posterior, mas é sim um encorajamento a deixar o que vocês São, Ser, além de toda aparência, de toda ilusão e de todo Efêmero.

A Luz que foi vista, a Luz que foi vivida, deve dar lugar, em totalidade, ao que vocês São, ou seja, a própria Luz, não mais uma consciência que é localizada, não mais uma consciência que é tributária de uma forma ou de uma multiplicidade de formas, mas que está totalmente livre disso. Tenham presente também que, mesmo se isso lhes pareça muito distante do que vocês São (nesta pessoa), não concebam nenhuma aflição, nem nenhum sofrimento, porque há, no desenrolar de ilusão do mundo, um mecanismo final que está encadeado.

Este mecanismo final não concerne senão à ilusão, mas não concerne à Verdade, muito pelo contrário. Somente desaparece o que apareceu um dia, e que é a consciência. Não é o desaparecimento da Vida, mas seu aparecimento, bem ao contrário, que está aí.

Não há melhor atitude, como lhes dizia e repetia UM AMIGO, que “permanecer Tranquilo”, que imergirem-se na Paz (ndr: ver, em particular, sua intervenção de 02 de julho de 2012). Porque a Paz é o recurso: não há outro. No fim do fim da ilusão deste mundo efêmero, somente a Paz é Eterna. Esta Paz Suprema (que não depende, eu os recordo, de nenhuma circunstância e, ainda menos, das circunstâncias temporais da ilusão, ainda menos, de sua pessoa) é o único Último, o Único Absoluto e a única Verdade que pertence a todos, porque ela é Absoluta, ela também.

Quanto mais o tempo deste mundo se escoa, mais vocês se aproximam do não-tempo, do não-espaço, da não-projeção, e da não-consciência (ou a-consciência). Em definitivo, a Morada da Paz Suprema sempre esteve aí, mas ela tornar-se-á cada vez mais sensível, desde o instante em que todo o resto (absolutamente todo o resto) é deixado pelo que ele é, ou seja, efêmero e ilusório, mesmo se é preciso vivê-lo, mesmo se é preciso cumprir algumas tarefas, algumas ações, algumas interações.

Vocês irão, cada vez mais, realizar que não há distância, que não há mais separação. Mas, vocês vão também constatar que isso será, cada vez mais um ou outro: seja a personalidade desaparece e a Paz aumenta, seja a Paz se distancia e a personalidade se reforça, traduzindo, por isso mesmo, a necessidade de existir, ou seja, de se manter fora da Verdade, de se manter fora da Paz Suprema.

Isso os dará a ver, com cada vez mais clareza, mais realidade, aí onde vocês Estão, e aí, onde vocês não estão. Não concebam nisso nem inquietude, nem satisfação, porque aí onde vocês Estão é muito exatamente o lugar certo. E que se a Morada da Paz Suprema não lhes aparece, no momento, não esqueçam que querer lutar para adquiri-la é impossível porque já está aí. Então, sigam o seu caminho, e deixem operar, do seu modo, neste momento, a Luz. Mas, não nutram sua personalidade com o senso de busca ou de procura, não nutram o Efêmero apoiando-o e apoiando-se nele.

A Morada da Paz Suprema não é uma aquisição: é inata. É simplesmente as circunstâncias dos elementos desse mundo (e de todas as camadas ilusórias) que mudam, pelo fato da Liberação da Terra.

Vocês têm apenas a seguir as linhas de menor resistência, e as linhas de menor resistência são aquelas em que a personalidade não pode estar presente. Esqueçam-se. Desapareçam de si mesmos, e vocês verão, por si próprios, o que acontece. Mas, não façam disso um objetivo porque isso é instantâneo.

Não façam disso, tampouco, uma meta, nem mesmo uma finalidade, porque isso se passa AQUI e AGORA. A ação da Radiância do Anjo URIEL é preponderante (como vocês o sabem) para viver isso. Deixem simplesmente a Paz crescer em vocês: deixem-na tomar conta. Não há outro meio que apagar-se de si mesmo. 


Eis as poucas reflexões que fazem sequência ao relato de UM AMIGO.

E eu penso que nós temos tempo ainda de abrir um espaço de questões, concernentes, exclusivamente, ao que eu acabo de enunciar; e de viver, nos espaços de suas questões, este estado de Paz Suprema, além de todo estado.

Questão: que diferença existe entre instalar-se na Paz e Shantinilaya?

É muito simples: quando Shantinilaya é o que tu És, não existe mais questão, nem interrogação, nem senso do que quer que seja, porque tu mesma te tornaste o sentido: o mundo não existe mais, e entretanto, ele está aí.

Na Morada da Paz Suprema não há nenhuma consciência separada, não existe, pois, nenhum senso de uma identidade (mesmo se esta pode ainda estar presente, para algumas ações). Mas, não é mais esta personalidade que decide, que dirige, e sim a Morada da Paz Suprema. A experiência da Paz não é a Morada da Paz Suprema.

A experiência da Luz não basta para Ser Luz. É preciso sair da experiência (que se inscreveu em um quadro temporário, em um dado momento da vida) para entrar na Eternidade do Presente: é sair desta crença, inscrita em todos, que uma sucessão de experiências e de estados vai levá-los a viver o que vocês São.

É claro, estes são aguilhões e guias. Mas, Shantinilaya é este Êxtase permanente, que não se importa com as circunstâncias do mundo e, mesmo, de tua própria vida (que não existe mais). A Paz é um estado que pode chegar quando as circunstâncias se prestam a isso (Interiores como exteriores). Shantinilaya não tem o que fazer com essas cirunstâncias, Interiores ou exteriores. Esta Beatitude é o estado normal de Ser, além da encarnação e de toda forma.

Nós não temos mais questionamentos. Nós a agradecemos.

Através do que é para Ser, eu terminarei por essas palavras: eu Sou o que eu sou, mas eu sou também cada um de vocês, na mesma Unidade, na mesma consciência, cujo suporte é Shantinilaya.

Irmãs e Irmãos, em humanidade, o Amor-Luz É, de toda Eternidade. Então, que minha bênção e a sua se unam, no mesmo ímpeto, na mesma Paz. Eu sou MA ANANDA MOYI, eu sou vocês, em cada um.

Eu lhes digo até a próxima volta.


Mensagem de MA ANANDA MOYI no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1686
10 de novembro de 2012 (Publicado em 11 de novembro de 2012)
Tradução para o português: Dionéia Lages
http://minhamestria.blogspot.com/

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