Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


sexta-feira, 30 de março de 2012

SRI AUROBINDO - 24 de março de 2012 - Autres Dimensions



Eu sou SRI AUROBINDO.

Irmãos e Irmãs, aqui, nesta encarnação, antes de exprimir o que quer que seja, vivamos juntos um momento de Comunhão na Graça.

... Compartilhamento da Doação da Graça ...

Irmãos e Irmãs, eu venho entre vocês, enquanto Melquizedeque do Ar, exprimir uma série de elementos referentes ao que vocês talvez já vivam e que se inscreve, perfeitamente, no que eu pude escrever e dizer durante a minha última encarnação, assim como há 2.000 anos, sob o ditado de CRISTO (ndr: o Apocalipse ditado a João), com relação aos tempos da Revelação, aos tempos do que eu nomeei, então, a descida do Supramental, permitindo Despertar e Revelar a Terra, assim como vocês mesmos, hoje, para viver o que é para viver.


Eu acrescentaria, antes de começar, um elemento relacionado, justamente, ao que é para viver, ao que é essencial para integrar em vocês.

Independentemente do que eu pude escrever, independentemente do que eu pude viver, independentemente do que eu posso, hoje, dizer a vocês, inscrevendo-se na sequência lógica do que havia escrito, vocês devem apreender-se, compreender, que não há estritamente ninguém a seguir, nenhum conhecimento a aplicar.

O que deve guiar, hoje, mais do que nunca, o que vocês têm a viver é, justamente, a experiência que vocês vivem.

Nenhuma vivência anterior, nenhum testemunho anterior, pode suprir ou substituir o que vocês vivem.

A Liberdade, a Liberação, o Si, o Despertar ao Supramental (em última análise, quaisquer que sejam as palavras, e elas são numerosas, que podemos ali lapidar), devem permanecer um mecanismo vivenciado intimamente.

É apenas aceitando viver, de maneira íntima, o que lhes é oferecido por vocês mesmos, que chegará um momento em que vocês poderão testemunhar o que é a Verdade.

Mas dar testemunho da Verdade deve fazê-los compreender que nenhuma Verdade pode ser exterior, nem ser vivenciada no exterior de vocês mesmos.

Este corpo é o Templo Sagrado onde se realizam as suas próprias Núpcias Místicas.

Somente alguns testemunhos podem simplesmente chamá-los, mais intensamente, não para seguir o testemunho, mas, sim, para instalar-se, vocês mesmos, em Sua Presença ou no Absoluto.

O ser humano tem a particularidade, enquanto não instalado nos estados não habituais da Consciência, a sempre querer seguir uma autoridade exterior.

Aí está o perigo, é claro, porque enquanto vocês seguem (como isso foi dito) quem quer que seja, vocês não podem viver o que vocês têm a viver.

Nada existe no exterior de vocês que seja desejável.

Mais do que nunca, hoje, a Onda da Graça (que é a resposta à descida do Supramental) chama-os para instalar-se na Sua Inteireza, na Sua Vivência, na Sua Experiência, além de qualquer palavra.

Somente quando vocês aquiescem ao que vocês têm a viver, na totalidade, é que a experiência pode ser concluída.

Vocês devem apreender-se, também, de que esse término é profundamente diferente para cada um.

Mas o processo é delimitado.

Eu distingui, de algum modo (na minha obra do Yoga Integral e da descida do Supramental), uma série de elementos.

Existe, ao longo de toda história e, sobretudo, no século XX, um número incalculável de testemunhos, em todas as culturas, do que é possível viver, manifestar e, de algum modo, recriar, pela ação e pela Inteligência da Luz e, de hoje em diante, pela Onda da Vida.

Que nasceu, eu os lembro, no centro da Terra e que ali renasce.

Esse prefácio sendo colocado, eu prossigo sobre alguns elementos mais recentes, e não ligados a uma história (mesmo há 2.000 anos), não à minha vivência na minha última vida, mas, sim, ao que vocês podem viver (hoje, na totalidade) porque não pode existir, em meio ao que é para viver, qualquer limite exceto o seu próprio.

A finalidade, se tanto é que seja uma, mas, digamos, Final, para vocês, neste mundo, neste tempo, é viver o que eu chamaria de União Mística ou Casamento Místico.

Esse Casamento Místico culmina, inevitavelmente, na instalação no Absoluto.

Esse qualificativo de Absoluto pode, efetivamente, representar, para a consciência limitada, um terror ou uma ilusão.

Apenas através da experiência (que vocês aceitam, ou não, viver) é que vocês poderão verificar, de algum modo, a validade do que lhes é proposto pela Terra, pelo Sol e pelos nossos Irmãos e Irmãs que (em sua última encarnação ou ao redor de vocês, hoje) vivem, na totalidade, esse processo.

Esse processo propicia-lhes viver um estado que é o único estado concebível, que é a instalação na perfeição, não humana, mas a perfeição da Vida.

Essa simples palavra, Êxtase, é, naturalmente, para a personalidade e mesmo para o Si, um mecanismo estranho porque remete, inevitavelmente, a tudo o que se relaciona, de perto ou de longe, ao nascimento, à vida, à morte e, é claro, à sexualidade.

O tabu mais profundo, mais atravancado, do humano em encarnação, é, justamente, o que é chamado de morte, porque a morte assinala, de maneira efetiva, para aqueles que estão neste mundo, o desaparecimento do que morre neste mundo.

Há, é claro, cada vez mais testemunhos de uma vida após a morte, de uma Consciência que perdura além da ilusão do desaparecimento, da perda, de um ente querido.

Esse mecanismo de morte está profundamente, e de maneira indissolúvel, ligado à sexualidade e à procriação.

A sexualidade, como a procriação, relevam de um processo, aí também, alquímico, que vai permitir (através da união de dois corpos, de duas consciências, de duas almas, qualquer que seja o nível onde isso se situa) o aparecimento, neste mundo, da vida.

Vida por essência efêmera já que inscrita entre, justamente, o tempo deste nascimento e o tempo da morte.

A pessoa, a personalidade, sempre estará inscrita, sobre este mundo, entre um início e um fim.

Este mundo é, por essência, além mesmo do princípio chamado de falsificação, dual, dual porque tudo evolui segundo leis específicas, tanto para o grão de areia, como para a consciência humana, como para todo mecanismo vital.

Essas leis (que elas se denominem Karma, Ação / Reação) são, por essência, efêmeras, porque toda ação provocará uma reação.

Mas esta reação não é, ela tampouco, duradoura, e se inscreve em um princípio chamado de retribuição.

Isso se refere apenas a este mundo.

Este princípio de Dualidade não pode, absolutamente, ser aplicável além dos limites da Dualidade.

Nesse sentido, vários seres humanos vivenciaram, e vocês mesmos, aqui, processos sucessivos de despertar, instalando (em meio a esta dualidade que é este corpo) uma série de elementos novos, realizando, hoje, na totalidade, o que eu tinha nomeado a descida do Supramental.

Eu concebi, durante a minha vida, que esta descida do Supramental iria permitir o aparecimento de um homem novo, aqui mesmo.

Um homem novo dotado de novas percepções e, sobretudo, extraindo-se, de alguma maneira, do princípio de competição, de Dualidade, inexoráveis, da vida.

Nos mecanismos que me permitiram viver (porque, em última análise, eu apenas transmiti minha própria experiência, qualquer que seja a majestade e a intensidade do que eu vivenciei), faltava, irremediavelmente, a resposta lógica da Terra que era a resposta deste corpo à sua própria iluminação.

Daí o perigo de reter apenas um ensinamento antigo, qualquer que seja, mesmo se ele lhes parecer o mais bem sucedido, o mais prestigiado, o mais correto.

A despeito de vocês lerem o despertar de BUDA, vocês não podem realizar a Budeidade.

A despeito de vocês lerem a vida de CRISTO, vocês não podem realizar o estado Crístico.

A despeito de vocês lerem somente o Yoga Integral, vocês não podem realizar o Supramental.

Porque, a partir do momento em que vocês aderem a alguma coisa exterior a vocês, vocês colocam, vocês mesmos, as condições dos seus próprios limites, que os confinam, evidentemente, e que os afastam da experiência.

O que se instala, hoje, resulta diretamente do que eu chamei de Fusão dos Éteres e do primeiro aparecimento da Luz Azul no seu Céu.

Este primeiro Portal Interdimensional ia abrir, de algum modo, as Portas do Céu sobre a Terra e realizar esse Casamento Místico que se realiza em vocês, talvez, já, desde várias semanas ou mesmo antes, por experiência, mas experiência que não podia se manter pelo próprio fato dos limites da encarnação.

Hoje, isso é profundamente diferente porque a Terra foi fecundada, a Terra deu à luz e ela exprime em vocês, e ela imprime em vocês, a resposta ao Supramental, coisa que eu não podia ver nem vislumbrar durante minha última vida.

Quando muito, no Apocalipse, eu podia descrever esta expressão muito simples: “ houve Novos Céus e uma Nova Terra”.

Há, então, um princípio de regeneração, não mais simplesmente de transformação de um estado anterior a um novo estado, mais Luminoso, mas, sim, de Novos Céus e de uma Nova Terra.

Ou seja, que o trabalho, a experiência, que vocês conduzem (se tanto é que vocês a aceitam, na totalidade) deve levá-los a viver sob Novos Céus e sobre uma Nova Terra.

Não há, dito de outra forma, como podia sugeri-lo o que eu vivenciei durante a minha última vida encarnada, solução de continuidade, de maneira alguma, entre o antigo e o novo, porque esse novo não é consequência de um antigo, mas, sim, a Transcendência total deste antigo.

Não existe qualquer base, em meio ao antigo, que possa servir para estabelecer o Absoluto.

O Absoluto é uma Liberação de toda forma e lhes dá a viver o que eu nomearia, na falta de outro termo, uma multilocalização onde a Consciência, o Ser, e a própria Onda da Vida que vocês podem se tornar, não podem ser assimilados, nem ser uma causalidade de qualquer forma, de qualquer pessoa ou de qualquer individualidade.

Obviamente, as resistências próprias à pessoa (e tanto mais se esta pessoa, ela mesma, estiver em um caminho dito espiritual) representam o freio mais perfeito ao estabelecimento do Absoluto, porque o ego busca uma Transcendência.

Qualquer pessoa encarnada, procurando um sentido, vai aderir a uma série de conceitos, a uma série de vivências, que se inscrevem, definitivamente, no contexto do que IRMÃO K chamou de ‘conhecido’ (ndr: ver a intervenção de IRMÃO K de 04 de agosto de 2011)*.

Mas, jamais, o desconhecido pode nascer em meio ao conhecido.

Há, efetivamente, alguma coisa que deve morrer, do mesmo modo que este corpo que vocês habitam deve morrer um dia, para deixar aparecer um outro corpo, uma outra consciência.

Dito de outra forma, não há qualquer solução de continuidade, nem mesmo a esperança de uma continuidade, entre o ego e o Si, em um primeiro momento, e, posteriormente, entre o Si e o Absoluto.

Obviamente, o ego (construído sobre o próprio princípio da resistência e, portanto, do que eu nomeei esse tabu Final que representa a morte e o sexo e o nascimento) vai tudo fazer para afastá-los da experiência do Absoluto, que não é uma experiência, nem um estado, mas, sim, uma forma (além da forma) Suprema [o Último], dando-lhes a viver, neste corpo, por enquanto, um processo (que foi descrito, desde muito tempo, em textos muito antigos, oriundos do Tantrismo, além de todo sexo) que é, justamente, a descoberta do Absoluto.

O Absoluto não pode ser buscado, ele não pode sequer ser conscientizado.

O domínio do Si é um domínio para conscientizar.

O domínio do Absoluto compreende e integra tanto a pessoa como o Si, e os Transcende.

Isso quer dizer, então, que há um fenômeno de descontinuidade levando-os a estabelecerem-se, de algum modo, em algo que não é um estado efêmero (e, portanto, não inscrito entre o nascimento e a morte, não inscrito em uma esfera sexual) e que, no entanto, em alguns aspectos, pode ali ser semelhante já que tanto o nascimento como a morte, como o próprio ato sexual, são apenas uma reprodução limitada, de alguma maneira, do que é este Êxtase.

O Manto Azul da Graça, a Fusão dos Éteres, realizam a União Mística do Céu e da Terra, esse mesmo processo que deve acontecer em vocês, se vocês o aceitarem.

Mas a aceitação de que falo é o que foi nomeado a Crucificação e a Ressurreição, em uma forma de Renúncia total.

Esta Renúncia, como foi dito, jamais é uma negação da encarnação, mas, sim, uma Transcendência total da encarnação.

Isso significa que, nesses tempos que são para viver, para vocês, encarnados, enquanto existir em vocês, como foi dito esta manhã pelo nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), o menor julgamento, em relação a vocês mesmos ou em relação a qualquer elemento deste mundo, ainda que apenas da sua própria encarnação, a partir do momento em que existir uma rejeição do que quer que seja, vocês não podem viver este Último.

O Último apenas se instala (porque ele sempre esteve aí) a partir do momento em que vocês aceitam o próprio princípio de Transcendência.

E lembrem-se de que a Transcendência não oferece qualquer solução de continuidade entre este corpo, esta pessoa, este ego, esta personalidade, este Si, este indivíduo que vocês acreditam ser.

E, no entanto, nada do que é limitado, em última análise, desaparece realmente.

Mesmo se houver (na sua terminologia, hoje) uma forma de reconfiguração ou de redefinição, isso é apenas o ponto de vista, de algum modo, do que é, justamente, limitado e que não pode acreditar, mesmo no momento da sua morte, no seu próprio desaparecimento.

Nós encostamos aí, nesta resposta da Terra ao Supramental, no que se desenrola, ou não, no momento, neste Templo, porque não há outro local onde isso deva acontecer.

É uma experiência, muito além de qualquer experiência, que apenas se pode viver quando há aceitação total de tudo o que é a vida sobre esta Terra.

Porque não há senão na aceitação total da sua própria vida, do seu próprio campo de experiência e de vivência que pode, no final, realizar-se o Supremo.

O Supremo, de muitas maneiras, vai representar, mesmo para o Si, uma loucura, uma espécie de autodissolução, de autodestruição.

Há, efetivamente, uma autodissolução, uma autodestruição, mas nada mais do que foi destinado, justamente, a morrer um dia, ou seja, este corpo, ou seja, esta consciência.

Como Uma das Estrelas lhes disse e como Outros Anciãos lhes disseram, vocês não podem apreender-se do Último, vocês não podem mesmo compreendê-lo, vocês apenas podem vivê-lo (ndr: diversas intervenções de 17 de março de 2012, particularmente).

Ora, vivê-lo é um mecanismo íntimo que está, justamente, ligado à aceitação, Total e incondicional, da encarnação.

Esta Transcendência da carne é, na totalidade, o que realiza a Ascensão.

Era a etapa, eu diria, já que agora vocês a viveram, de impulso a esta resposta.

A Ascensão é apenas um ‘sim’ (absoluto, franco, sincero, grandioso, total) ao Êxtase, à Onda da Vida (como vários Anciãos lhes disseram antes que eu voltasse a exprimir-me hoje, ou Arcanjos) para estar inteiramente além do ser, além da Consciência.

Vocês não podem ser uma pessoa, vocês não podem ser um indivíduo, vocês não podem ser uma história, e viver o Último.

Entendam bem por aí que todos, aqui como em outros lugares, não têm que forçar, nem que desejar, porque cada lugar que vocês ocupam é o seu lugar correto.

Tanto quanto o Si, o Despertar era um objetivo, tanto quanto o Absoluto não pode sequer se definir como um objetivo qualquer.

Vocês são a Onda da Vida ou vocês não o são.

Vocês o serão ou vocês não o serão.

Mas em nenhum momento vocês devem aderir, de maneira exterior.

O Último e o Absoluto são traduzidos, é claro, neste corpo, pelo que foi convencionado chamar de manifestações.

Essas manifestações, como foi explicado, surgem na parte a mais baixa deste corpo em contato com a Terra, ou seja, nos pés.

Aparece, em seguida, uma série de mecanismos (que lhes foram descritos durante alguns dias) levando ao nascimento da Onda da Graça, fazendo-os viver esta União Mística com a sua própria cópia, como com todo ser humano, sem distinção de sexo, de idade ou de qualquer crença que seja, a partir do momento em que esta outra Consciência (ou parecendo como tal) vive, ela também, a experiência além da experiência.

Obviamente, no olhar do ego, no olhar do Si, isso é um ultraje, uma ofensa à sociedade, um descaso pela vida (tal como ela é concebida em meio à pessoa como ao Si) porque há, realmente, uma Transcendência Total fazendo-os passar do conhecido ao desconhecido.

Mas este desconhecido é sua natureza, como é nossa natureza, de cada um de nós.

Quer vocês a rejeitem, quer vocês a aceitem, quer vocês a desejem, qualquer que seja o seu posicionamento em relação à Onda da Vida, ela É, com a sua Presença ou sem a sua Presença.

Toda vida que chegar, seja em Novos Céus, seja na Nova Terra, seja em outras Dimensões, inscreve-se, de maneira muito lógica, na própria existência e na própria penetração da Onda da Vida.

O Casamento Místico põe fim a toda ilusão.

Ele põe fim à pessoa, à personalidade, à individualidade e ao Si.

O Si é apenas, em última análise, o espelhamento do ego que se completa em sua própria contemplação, levando-me a escrever muitas coisas.

Naturalmente, a partir do acesso ao Si, sem mesmo falar do Casamento Místico, há um testemunho que é dado.

Este testemunho, a partir do momento em que vocês completaram o processo (que isso se refira ao Si ou à Onda da Vida), é colorido, necessariamente, pela sua própria experiência.

O importante é não influir uma outra consciência.

A única maneira de não influenciar é, obviamente, não julgar e amar, de maneira incondicional e total.

Não há alternativa.

Enquanto vocês fizerem distinção entre o seu filho e o filho do outro, entre a sua mãe e a mãe do outro, enquanto vocês fizerem a menor distinção entre aquele que está desviado do caminho e aquele que vive a Comunhão entusiástica com vocês, vocês não podem instalar-se, de maneira definitiva, neste Absoluto.

Há, é claro, uma mudança de olhar, se pudermos assim falar.

A Fusão dos Éteres, quando ela se realiza nesta carne que é a sua, quando vocês a acolhem sem buscá-la, quando vocês a deixam subir, a Transcendência, real, efetiva, do nascimento e da morte, da sexualidade, torna-se real.

Ela se torna, aliás, sua única e exclusiva realidade, sua única e exclusiva verdade e, no entanto, vocês ainda estão inscritos num corpo de carne, mas a alma finalizou seu período de retração.

Ela pode, então, se dissolver, assim como o Espírito, dando-lhes, de maneira definitiva, uma forma de passaporte para Ser no não ser.

O Absoluto, o Último, é um estado de deleite, permanente e total, onde nenhuma sombra do ego, nenhuma sombra do Si, pode interferir ou alterar a Onda da Vida.

O Casamento Místico leva-os a realizar, muito além do acesso Multidimensional, o que eu nomearia uma Transdimensionalidade onde vocês estão presentes, do mesmo modo, com a mesma intensidade, a mesma não Presença, na pessoa que não existe mais, no Si que não existe mais, no Sol que não existe mais, e em qualquer outra consciência que o viva.

Vocês estão além da existência.

Vocês estão além da consciência.

O Casamento Místico dá-lhes a única imortalidade autêntica, já que não se inscrevendo mais, unicamente, entre o nascimento e a morte, não se inscrevendo mais, unicamente, na possibilidade de viver uma Unidade efêmera em meio ao ato sexual, mas dando-lhes a viver, permanentemente, isso.

Muito em breve, irá se exprimir, neste Canal, uma nova Presença que levou ao seu término, na totalidade, o Absoluto (e, ainda uma vez, a expressão “levou ao seu término” não quer dizer grande coisa), que, de algum modo, aceitou (contrariamente a nós todos, Anciãos) dissolver o Si para ver o que havia por trás: o Absoluto.

Hoje, não existe mais condição (senão a sua própria condição) que possa opor-se ao Absoluto e ao Último.

A testemunha é a Onda da Vida que vem abrasar o que era chamado de Kundalini, que nós nomeamos, hoje, o Canal do Éter porque atapetado de Partículas Adamantinas, abrasando as três Lareiras e o conjunto do corpo, de maneira anterior ao abrasamento do Sol e da Terra, desta Dimensão.

Aqueles que viram um fim irremediável do mundo e da sua pessoa são apenas aqueles que estão inscritos, efetivamente, na única realidade possível da sua pessoa, não vivendo nem o Si e, menos ainda, o Absoluto.

Isso não é nem um julgamento, nem uma crítica, mas, sim, um estado de coisas.

Quem vocês são?

Aonde vocês vão?

Quem vocês eram antes de nascer?

Quem vocês eram antes de viver esta ronda permanente de encarnação e de desencarnação sobre este mundo?

Evidentemente, nós lhes demos os elementos: origem estelar, origem Dimensional, as Quatro Linhagens.

Houve A FONTE, houve os Arcanjos, houve os Anciãos, as Estrelas.

Houve as Coroas.

Houve o seu Coroamento.

E além, além de tudo isso, quais são as perguntas que permanecem em vocês?

Porque a pergunta que permanece em vocês apenas reflete, em última análise, a falta de soluções.

Mas a solução sempre esteve aí, presente, à disposição.

A Terra está Liberada, o Sol está Liberado, como eu disse desde algum tempo.

Tudo está consumado, como dizia nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV).

Se vocês tocam (se eu puder empregar esta expressão) o Absoluto e o Último, o que o mundo irá propiciar a vocês?

Porque vocês terão se tornado, na totalidade, este mundo, muito além deste mundo, tal como é visto com o olhar da pessoa ou da individualidade.

Então, é claro, o ego sempre irá se colocar as questões comuns da vida.

O Si sempre irá se colocar as questões de como traduzir, o melhor possível, a vivência, e de como pôr em forma o que escapa às formas deste mundo.

O Absoluto nada quer pôr em forma.

Ele é, simplesmente, a manifestação tangível da transcendência, possível e realizada, sobre esta Terra, neste corpo que não é mais o seu.

Obviamente, é muito desagradável, e o será cada vez mais, para o ego como para o Si, viver este Êxtase Místico, este Casamento Místico, esta União Mística, seja neste corpo, como foi dito, seja com uma folha da grama, com uma árvore, com o Sol, com um planeta, com A FONTE.

Existirá sempre um princípio inscrito ainda no sentido da Presença da encarnação, alterado, falsificado ou não, que é a perda, justamente, da encarnação.

O IRMÃO K (ndr: intervenção do IRMÃO K de 17 de março de 2012) lhes disse e repetiu: aquele que queria que lhe falasse da outra margem apenas expressou seus próprios medos, porque, como conhecer a outra margem sem ali ir vocês mesmos?

Mas a outra margem não é um deslocamento.

Ela sempre esteve aí, inscrita em sua Presença, na condição (ainda uma vez, de maneira figurada) de que sejam mudados o ponto de vista e o olhar.

Essa viagem é uma viagem sem retorno, porque não há retorno possível à Ilusão quando a Verdade tiver eclodido, totalmente.

Vocês são o Amor, como foi dito, ainda desde pouco tempo, pelo Arcanjo URIEL (ndr: intervenção de URIEL de 03 de março de 2012)*.

Vocês são a Eternidade, a Beleza.

Os qualificativos são incalculáveis, mas todos eles se referem, não à sua pessoa, não ao seu Si, mas, sim, à realidade que ainda subtende a sua Presença na carne.

Este absoluto e indizível Amor, este absoluto e indizível Êxtase permanente, fazendo-os dizer que vocês dão o Amor à Criação, o Amor a cada um, o Amor a vocês mesmos porque vocês não são mais senão isso.

Evidentemente, estando num corpo, vocês não rejeitam este corpo, vocês aceitam tudo, tanto a alegria como o sofrimento, porque nem a alegria é sua natureza, nem o sofrimento é sua natureza essencial.

Ninguém pode atravessar esta Porta no seu lugar.

Vocês estão sós, totalmente sós, para a Passagem, porque, depois, a solidão não pode existir.

Esse é justamente o final pelo fato de se sentirem solitários, cujo melhor reflexo, é claro, é o medo, porque o medo da morte é, de maneira inabalável, totalmente lógico, o único sentido da sua presença aqui, neste corpo.

O Absoluto ainda dá mais medo do que a morte porque Ele integra o nascimento e a morte em uma outra Verdade, ela também absoluta, não sendo mais, portanto, uma verdade relativa, comparável a outra coisa.

Mas a Verdade absoluta é (independentemente de qualquer comparação, independentemente de qualquer referência, independentemente de qualquer outro caminho) a sua própria experiência.

É-lhes preciso superar, se essa for a sua escolha, toda explicação, todo trabalho, o que fez dizer a alguns Anciãos que nada há a fazer a não ser ficar tranquilo, ficar em Paz e deixar, efetivamente, a Onda da Vida subir e levá-los a nenhuma outra parte senão a vocês mesmos, mesmo se o ego chamar isso de outra forma, mesmo se o Si negá-lo.

O Absoluto e o Último são, portanto, além desta Graça, um estado de Êxtase que não conhece de jeito algum o limite do corpo, de jeito algum o limite de uma relação com o outro, nem mesmo de uma relação com o Sol.

Este estado do Absoluto, de algum modo, basta-se a ele mesmo porque ele é a Totalidade.

Enquanto Totalidade, ele integra, transcendendo-as, as partes.

Nenhuma parte pode estar consciente desta integralidade, mas a integralidade engloba as partes.

O Êxtase Místico, desde a terceira sessão do Manto Azul da Graça, não espera mais senão vocês e vocês sozinhos.

Vocês nada podem levar ao Absoluto da Graça.

Vocês nada podem perder no Absoluto da Graça.

Vocês nada podem projetar no Último.

Esta revolução, de qualquer modo, final, da Consciência, é o próprio objetivo da sua Ressurreição, da União do Céu e da Terra, do seu masculino e do seu feminino, seja Interior ou exterior, seja entre vocês e todas as partes, já que cada parte se descobre, ela mesma, absoluta, da mesma forma que vocês.

No mais, podem existir elementos a praticar, não para aceder ao que é impossível aceder por qualquer prática, mas, bem mais, visando acalmar tudo o que não seja o Absoluto: o medo, a própria morte e o nascimento, porque nada pode morrer e nada pode nascer no Absoluto.

E é justamente o que é terrível para a pessoa e mesmo para o indivíduo.

O que é para viver, neste momento, para cada um, é o Choque da Humanidade, e eu diria que, para cada um de vocês, é o Choque do Humano, levando-os a passar, de algum modo, não do humano ao Supra-humano, não somente do mental ao Supramental, não de uma vida antiga a uma nova vida, mas, sim, para tornar-se a vida em sua totalidade, além de toda restrição e de todo limite.

Vocês são este Absoluto.

Vocês são esta Onda da Vida.

Vocês são tudo o que nós lhes dissemos, uns e outros, desde várias semanas.

Naturalmente, não é fácil para aquele que escreve o contexto da sua vida em uma série de limites (sociais, familiares, afetivos, espirituais).

O Absoluto não tem limite.

Ele é, por essência, Ilimitado e Desconhecido.

Isso pode ser desconcertante.

É nesse sentido que isso é um Choque.

Este Choque que se vive em meio à Humanidade (desde a Liberação da Terra e especialmente agora que vocês mesmos podem viver, na totalidade, não a experiência do Absoluto, mas se instalar no Absoluto) leva, é claro, a Terra a começar esse processo em sua própria carne, seja ao nível da Natureza, como lhes foi detalhado por ANAEL (ndr: intervenção de 17 de março de 2012)* ou ainda por SNOW (ndr: intervenção de 17 de março de 2012)*, desde uma semana, seja no Céu ou nas profundezas da Terra, traduzindo-se pelos Sons do Céu e da Terra e pelo que eu havia nomeado, à época, as Trombetas do Apocalipse.

O Apelo de MARIA nada mais é senão a generalização desse processo, total e final.

Ele está a caminho.

Alguns de vocês talvez já tenham vivenciado momentos do Apelo, íntimo e pessoal, onde uma Voz os chamou pelo seu primeiro nome, onde, em certos momentos, o seu corpo não responde mais e, no entanto, vocês estão Lúcidos.

Este mecanismo de estase individual é bem real.

Ele vai se tornar coletivo, não tenham dúvida.

Mas, mesmo neste momento coletivo, nesta União e neste Casamento Místico coletivo, é-lhes preciso apreender-se de que vocês estritamente nada têm a recear, a temer, a esperar, porque vocês estão exatamente no seu lugar correto, vocês estão exatamente aí onde vocês devem estar, na idade que vocês devem ter, nas funções e nos papeis que vocês têm desempenhado e mantido.

A Onda da Vida não tem necessidade da pessoa, ela não tem necessidade do Si, ela não tem necessidade do mundo, ela É.

Então, vocês irão me dizer, como se instalar no que não podemos buscar?

Bem, já, fazendo calar toda busca, fazendo desaparecer todo objetivo, fazendo desaparecer a sua própria Consciência, da sua própria pessoa, do seu próprio Si, tudo isso que não é Eterno, tudo isso que não é Desconhecido.

Como foi dito por Outros Anciãos, não é questão de rejeitar para longe de vocês toda noção limitante, mas, sim, real e concretamente, de transcendê-las.

Mas, transcendê-las, não é uma ação inscrita em meio, justamente, ao limite, mas, sim, neste Abandono Último que não é o Abandono à Luz, mas, sim, o Abandono do próprio Si.

Se vocês forem para a outra Margem, se vocês viverem a outra Margem, então, a melhor testemunha é este estado de Êxtase permanente aparecendo, em um primeiro momento, por intervalos, por momentos, e que é destinado (o que quer que pense a pessoa ou o Si) a tornar-se a única Verdade.

Obviamente, a pessoa ou o Si sempre irá recusar este Absoluto.

É preciso muitas vezes ali provar, mas ele não pode perceber, nem desejar, nem mesmo esperar que isso se torne definitivo.

E, no entanto, este Absoluto é definitivo.

Ele é definitivo no sentido em que ele é, muito exatamente, o que sustenta e permite toda experiência, toda vida, aqui como em outros lugares.

Ele subtende e permite até mesmo a incriação.

Ele sustenta toda consciência e toda não consciência.

Então, se a Onda da Vida percorre vocês na Totalidade ou não, ainda, deem , deem totalmente o que vocês vivem, nada escondam, porque vocês são a testemunha viva, como dizia o Arcanjo URIEL (ndr: intervenção de URIEL deste dia)*, do Caminho, da Verdade e da Vida.

Como o Caminho, a Verdade e a Vida não poderiam testemunhar, pela sua Presença e pelas suas palavras, sobre o que ela é?

Nenhum limitado, nenhuma pessoa, nenhum Si, nenhuma oposição, tem valor para o Absoluto, nem tem sequer efeito, já que ele engloba, justamente, também isso.

O Absoluto não é uma palavra, nem um objetivo.

É a União Mística do Céu e da Terra onde tudo se torna, mais do que nunca, evidente, inteiro, Ilimitado.

Eis, então, este Último, em andamento, em vocês.

Mais uma vez, se podemos falar de finalidade, é para instalarem-se, de algum modo, neste Ilimitado que é Êxtase, Deleite permanente da Onda da Vida.

Há, também, um efeito cumulativo.

Alguns falaram que quando a asa de uma borboleta se quebra, todo o Universo estremece.

Quando um ser limitado vive o Ilimitado ele atinge o mundo inteiro simplesmente pela sua Presença, sua Presença em meio ao limitado deste corpo, ele não é mais este corpo.

Quanto mais vocês forem numerosos, em termos individuais, para viver a Onda da Vida e para instalar-se no Êxtase, mais o processo do Choque da Humanidade verá sua duração reduzida.

Aliás, instalados no Absoluto, nada mais há que o Absoluto.

Vocês podem continuar a viver sua vida, qualquer que seja, manter o papel que vocês desejam, mas vocês não são, nem esta vida que vocês vivem, nem este papel.

Isso muda profundamente já que é uma transcendência, levando-os e conduzindo-os a instalar o Amor o mais incondicional que seja.

Vocês não podem julgar, vocês não podem desamar quem quer que seja.

O mesmo olhar será dado ao seu filho como ao filho do outro.

Não poderá mais haver diferença entre aquele que os odeia e aqueles que os querem bem.

Eles participam da mesma essência, não em uma crença, não em uma projeção, mas, sim, na realidade do que é vivenciado, no mesmo Êxtase, na mesma Paz, na mesma Verdade, porque vocês não poderão mais comparar quem quer que seja ou o que quer que seja, em vocês, com qualquer coisa do outro ou com qualquer outro que seja.

Isso não é tampouco uma aniquilação, nem uma uniformização, é bem mais do que isso, mas, obviamente, o ego vai ali se opor ferozmente.
Eis o que eu tinha a exprimir hoje, enquanto Melquizedeque do Ar, portador da Luz Azul.
Na minha última encarnação, eu falei e escrevi sobre o pássaro azul.







Aqueles que quiserem ler o que eu escrevi, naquele momento irão compreender, mesmo eu não tendo tido acesso, na totalidade, à Onda da Vida, já que naquele momento a Terra não estava, propriamente falando, Liberada.

Eu escrevi, então, a descida do Supramental em uma perspectiva futura.

Mas, a partir do momento em que inscrevemos esta descida do Supramental em uma perspectiva futura, já estamos presentes em nós mesmos e, de algum modo, encontramo-nos nós mesmos.

É assim e foi assim para todos nós, Anciãos.
Independentemente da mestria que nós tivemos em nossa última vida (do Sopro, da Consciência, do Amor), nós fomos, aliás, chamados de Mestres.
Mas, o que significa ser um Mestre, para o Absoluto?
Estritamente nada.

Se vocês se apreenderem da minha última frase, vocês irão compreender que nada podemos ministrar, nem ser Mestre do que quer que seja, porque a Onda da Vida e o Êxtase são a Natureza principal, mesmo, de tudo, de absolutamente tudo.
Eis as palavras que eu tinha a dizer.

Depois de mim irá intervir o Arcanjo ANAEL que estará aí, eu diria, de algum modo, mais para responder às suas perguntas sobre o que eu acabei de enunciar.

Ainda uma vez, não se forcem, vocês não podem forçar a Onda da Vida, vocês não podem questioná-la, vocês não podem interrogá-la, vocês apenas podem Ser, porque isso já está aí.

Eu lhes peço para honrar a Graça, a Graça da sua Presença, aqui e em outros lugares, a Graça do que a Onda da Vida trouxe para mim, para exprimir, aqui.
Irmãos e Irmãs, no Amor e pelo Amor, além de toda contingência e de toda forma, eu lhes proponho o Azul.
Eu lhes digo até muito em breve.
... Compartilhamento da Doação da Graça ...
Até logo.

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Mensagem do Bem Amado SRI AUROBINDO no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1392
24 de março de 2012 (Publicado em 26 de março de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
via: http://portaldosanjos.ning.com

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