Pergunta: o riso é uma emoção? É preciso refutá-lo?
O riso pode ser emoção.
Do mesmo modo, ele pode ser cínico.
Ele pode ser, também, a tradução da Alegria.
Ele não é um riso, mas o Absoluto É rir.
Mas o riso do Eu não é o riso do Si e, ainda menos, o riso do Absoluto.
Tudo depende, do que você ri ou de quem você ri?
Se o seu riso é uma causa ou uma consequência, isso não é a mesma coisa que o riso do Absoluto.
Não há, portanto, um riso.
Pergunta: as vibrações que eu tenho sentido me colocando a questão “quem sou eu”, persistem até hoje, é às vezes agradável e desagradável. Isso vai durar?
Isso irá durar até o momento em que você decidir não ser nem este corpo nem esta Vibração e, ainda menos, um corpo percorrido por uma Vibração.
Isso nunca irá parar, mas irá desaparecer quando você se tornar o que está depois (ou por atrás) do corpo e da Vibração.
Isso se denomina o Absoluto.
A Vibração vai se tornar mais intensa, em meio a este corpo, como lhes disse uma das Estrelas, há pouco tempo.
Até o momento em que o ego (ou o Si) capitular, render as armas.
Naquele momento, você não será mais este corpo, mas todos os corpos, sem qualquer exceção.
Você não será mais esta Vibração, mas todas as Vibrações, sem exceção.
Outro nome: Deslocalização, multilocalização, Dissolução e, portanto, o Absoluto.
O Absoluto irá nascer naquele momento.
Aí também, podemos dizer: “permaneça tranquilo e deixe agir, você não é isso”.
Pergunta: é mais correto dizer: “eu não sou isso” ou “eu não sou este corpo”?
Eu falava sobre isso no relativo, ou seja, deste corpo ou das suas manifestações.
Vocês são exatamente isso: o Absoluto.
Mas vocês não são isso: essas manifestações, esse corpo ou essas Vibrações.
Mas apenas a Vibração (digamos) exata, que contribui para libertá-lo da própria Vibração.
Pergunta: chegar ao Absoluto indica que nos resta pouco tempo para viver nesta vida?
Você não pode chegar ao Absoluto: é o Absoluto que chega até você.
Não é a mesma coisa.
Enquanto você considerar que você deve chegar ao Absoluto, o Absoluto jamais vai chegar.
Colocar a questão da persistência deste corpo, desta pessoa, quando o Absoluto chegar, não tem qualquer sentido, porque esta questão desaparece por si só.
Somente o ego ou a pessoa pode fazer esta pergunta, mas você não pode se apreender do Absoluto e, ainda menos, chegar até ele.
Isso reflete simplesmente a vontade de persistência do ego que, no entanto, é mortal, um dia ou outro.
Qual será a persistência desta questão, na hora em que este saco de comida não estiver mais aí?
Você não pode conceber o Absoluto, ou mesmo representá-lo, como um objetivo ou como alguma coisa em que você deve chegar, ou um estado que você deve estabelecer.
Ele já está aí.
Ele já está estabelecido.
É simplesmente o ego que o impede de estar aí, ao passo que ele já está aí.
A questão da subsistência do efêmero apenas reflete o medo e a dúvida, como sempre.
Ouse dizer: “eu sou Absoluto”.
Ouse Ser.
Mas não se coloque a questão de ali chegar, porque você constrói um muro intransponível.
Pergunta: o Absoluto está contido em nosso DNA?
O Absoluto não está contido em forma alguma.
A forma efêmera, que você é, pode viver manifestações do Absoluto.
Você pode Viver e Ser o Absoluto.
Mas querer falar de DNA, isso é prender-se a uma forma.
Será que a Terra tem um DNA?
Ela tem uma assinatura.
O DNA nada é senão uma assinatura, um código, se você preferir, eletromagnético.
O Absoluto é tudo, exceto um código eletromagnético.
Você procura, ainda uma vez, prender-se a um conhecimento (que você acredita possuir), mas que é apenas uma crença.
Você conhece a estrutura do DNA?
Portanto, você coloca na dianteira uma palavra, um conceito, uma ideia, que você não tem qualquer noção, e você leva um conhecimento em meio à ignorância que estritamente de nada serve e que apenas faz nutrir o ego.
Esqueçam tudo isso.
Esqueçam tudo o que vocês conheceram ou que lhes dá a impressão de ser conhecido, o que é pior.
Do mesmo modo, se eu lhe pergunto o que é uma cor, a resposta científica será definir um comprimento de onda, a resposta do artista será definir as emoções, etc., etc..
Mas será que alguém sabe realmente o que é uma cor?
Mais uma vez, isso é apenas uma projeção.
Há uma necessidade visceral, no ego (essa mesma necessidade, colorida diferentemente, existe no Si): querer tudo reconduzir a um conhecido.
O Absoluto não é conhecido e não pode ser conhecido.
Ele apenas pode ser vivenciado.
É o momento em que cessa toda projeção, é o momento em que cessa toda vontade de identificação a um corpo, a uma história, a uma vida passada e a um mundo.
Ousem e vocês verão.
A única coisa para realizar, a única realização, é aquilo que lhes mostra que nada há a realizar.
A Liberação é isso.
Pergunta: se eu ouso dizer: “Eu sou o Absoluto”, o que eu faço naquele momento?
Cabe a você fazê-lo, mas suprima o “si”.
O ego sempre vai supor e sempre vai pôr um “si”, porque ele procura antecipar, compreender.
Você não pode compreender e você não pode antecipar e você não pode, ainda menos, supor.
Pergunta: se não há nada a fazer, por que o Absoluto não chega de maneira mais “automática”?
Porque a FONTE (como o Absoluto) respeita o que você crê, o que você pensa e não pode interferir.
O Absoluto está sempre presente.
Mas ele se torna presente a você, a partir do momento em que você estiver vazio de si, e não antes.
O Absoluto (se o pudéssemos supor, o que é absurdo) que fosse querer se estabelecer, a todo custo, para restaurar Sua Verdade Absoluta, entraria em negação.
Todos aqueles (todas as Consciências confinadas) que aderem ao livre arbítrio, são Livres para vivê-lo.
Enquanto eles quiserem permanecer na experiência, na projeção, eles são Livres.
O problema, ligado ao confinamento, é que o conjunto dessas crenças e dessas vontades de experiência, construiu um muro, cada vez mais impermeável, que vocês, em parte, fizeram desmoronar.
O Absoluto já está aí, é claro, além de toda falsificação e de toda alteração.
Nenhuma vida poderia ser manifestada sem esse princípio de respeito.
Mas é a Consciência que ela mesma se distanciou, em seguida, do Absoluto, fazendo o jogo da falsificação.
Tornar-se Autônomo e ser Liberado é superar ao mesmo tempo a noção de culpa (consigo, como com a Terra ou como com o outro) e, também, Transcender toda noção de responsabilidade.
O Absoluto não é uma Consciência, seja qual for.
Pergunta: é a mesma coisa dizer: “Eu sou o Absoluto” e “Eu sou Um”?
Não.
“Eu sou Um” conduz ao Si, à experiência do Despertar e à Realização.
Mas o Absoluto, como nós o temos visto, estritamente nada tem a ver, de perto ou de longe, com o Despertar, com a Realização, ou com o Si, já que o Absoluto é, digamos, o não Si.
É a perda do sentimento de toda individualidade, de toda personalidade, de toda localização em um corpo, em um tempo, em um espaço.
Coisa que o ego sequer pode imaginar, nem mesmo o Si.
Portanto, jamais o “Eu sou Um” irá conduzir ao Absoluto.
Apreendam-se bem de que as palavras que vocês empregam (como em uma questão anterior que envolvia chegar ao Absoluto) são uma heresia e apenas fazem traduzir o erro de visão, o erro de compreensão, já que, de todo modo, não pode existir a menor compreensão no que se refere ao Absoluto.
Pergunta: se o Absoluto vem a nós, a única coisa a “fazer” é ousar Abandonar-se a Ele?
Jamais foi dito isso.
Ousar ser o Absoluto não é ousar Abandonar-se ao Absoluto.
É o Abandono do Si.
Não misturemos as palavras.
Não acrescentemos outras palavras.
Ousar ser o Absoluto não é ousar Abandonar-se ao Absoluto.
Como poderia se Abandonar ao Absoluto?
Pode-se apenas Abandonar o próprio Si.
Abandonou-se à Luz, à Inteligência da Luz, que criou o Despertar, que construiu o Si, o Corpo de Estado de Ser, através dos processos que vocês vivenciaram ou leram.
O Absoluto é, de algum modo, uma desconstrução final de tudo o que foi construído.
Ousar ser o Absoluto nada tem a ver com ousar Abandonar-se.
O Abandono do Si nada tem a ver com isso.
Pergunta: é correto pensar: “eu refuto a Vibração”?
De qual Vibração falamos?
Vocês não são a Kundalini.
A Onda da Vida sobe, ela desencadeia uma Vibração extremamente intensa (às vezes incômoda ou dolorosa) deste corpo.
Vocês não são nem este corpo, nem esta Vibração.
Nós não estamos mais, desta vez, em uma refutação, mas, sim no aparecimento da Transcendência.
Somente quando (de algum modo e de maneira metafórica) vocês superarem isso, é que, efetivamente, vocês passam pela Porta.
E depois vocês se apercebem, somente depois, de que não há Porta.
Mas não antes.
Negar a Porta, antes de tê-la passado, nada significa.
Pergunta: rir do medo do ego para colocar uma questão, é aproximar-se do Absoluto?
Do mesmo modo que não chegamos ao Absoluto, não nos aproximamos.
É ele que se aproxima, a partir do momento em que o ego, ou o Si, dá voltas, digamos, em sua própria questão, sobre a sua própria existência.
Nesse sentido, sim, do seu ponto de vista, vocês se aproximam do Absoluto.
As percepções, mesmo Vibratórias (intensas, atualmente, para alguns de vocês), são, de alguma forma, uma premonição, uma antecipação, a antecâmara (se bem que isso não existe realmente) do Absoluto.
Isso é um incentivo.
Pergunta: seria possível ter uma síntese do que é preciso fazer ou não fazer?
A síntese lhes foi dada e expressa pelo seu grande Amigo (ndr: intervenção de UM AMIGO de 12 de abril de 2012).
O importante jamais seria a síntese, nem a análise, mas, sim, a integração, que é, na realidade, uma desintegração.
Pergunta: o que é preciso jamais refutar?
Tudo o que é conhecido deve ser refutado.
A única coisa que não pode ser refutada é o Absoluto.
Justamente: a única coisa que refuta o ego.
Lembrem-se de que refutar não é a recusa, nem a negação, mas perceber claramente que isso é apenas uma verdade relativa que não tem qualquer consistência, nem qualquer duração.
É uma desidentificação, uma não implicação e uma cessação, de algum modo, de toda projeção.
Pergunta: há diferença entre a refutação e o “não”?
A refutação apresenta um aspecto mais profundo, porque vocês podem negar alguma coisa sem compreendê-la.
A refutação não é necessariamente uma compreensão, mas é, antes de tudo, uma lógica elementar.
O que é para refutar é o que é conhecido, porque limitado.
O Absoluto não sendo nem conhecido, nem limitado, convém, portanto, eliminar o que é conhecido e limitado.
Então, restará somente o Absoluto.
É o princípio da investigação, como foi explicado para vocês.
Não se coloquem a questão do Absoluto.
Não se ocupem do Absoluto, tampouco: ele está aí.
Contentem-se em refutar o que ele não é, ou seja, o que vocês conhecem.
E deixem assim como este corpo quer viver.
Quaisquer que sejam as suas atividades, elas não se referem a vocês.
Pergunta: dizer “eu sou o Absoluto”, tem o mesmo efeito sobre o ego que uma refutação?
Isso é diferente.
Refutar é um procedimento ativo.
“Eu sou o Absoluto” não é nem um procedimento, nem uma afirmação.
Aliás, se você pronunciar esta frase: “eu sou o Absoluto”, sem o ser, você irá constatar muito depressa a mentira.
Ousar ser o Absoluto é Sê-lo.
Se isso for verdadeiro, não há qualquer mentira.
Não há, tampouco, também, qualquer ego e qualquer Si que estejam presentes para contestá-lo.
O ego sempre irá recusar pronunciar esta simples frase.
Tente e você verá.
O ego sempre aceitará a refutação porque isso é, aliás, o seu único contexto de ação: sim / não, bem / mal, verdadeiro / falso.
Você apenas desloca, de algum modo, a consciência, de maneira que o ego chegue, ele mesmo, sozinho, a um disparate.
Permitindo-lhe negar ele mesmo, o que, para ele, é intolerável.
Naquele momento, o “eu sou” aparece.
Faça a mesma coisa, o “eu sou” irá vivê-lo, ele também, como intolerável.
Então, o não Si irá aparecer.
Ele sempre esteve aí, mas o próprio princípio da refutação vai conduzir ao Absoluto de maneira natural.
Quando eu digo conduzir, é o fato de eliminar todo o resto que permite ao Absoluto, que sempre esteve aí, de estar aí.
Não há movimento, não há deslocamento, não há caminho, não há objetivo.
É isso que os faz descobrir a refutação, tanto do que constitui o conhecido do ego, como o conhecido da realização.
Pergunta: é mais potente refutar o que eu sou?
Na medida em que você não é o que você crê, o que você vê, o que você sente, o que você percebe, e ainda menos esta história presente neste corpo.
O que mais você quer fazer?
Há, como foi dito, uma imperiosa desidentificação prévia.
Pergunta: durante o alinhamento, a vibração era extremamente forte no peito, um som estridente envolvia todo o corpo, um orifício bem aberto apareceu no ponto KI-RIS-TI. O que foi isso?
O Absoluto bate à porta.
O vazio foi criado.
As condições iniciais (se eu posso nomeá-las assim) estão preparadas.
O vazio está suficientemente vazio, quase inteiramente vazio.
Mesmo isso deve ser esquecido.
Não se concentrem na Vibração.
Vivam-na, mas vocês não são, tampouco, isso.
Não a neguem porque ela está aí.
E por mais que vocês a refutem, ela não irá desaparecer, quando vocês chegarem (digamos) a esse estado.
Quando a Vibração se torna intensa, ou mesmo violenta, como descrito pela Estrela GEMMA, vocês instalam, em vocês, um mecanismo particular de Êxtase e de Íntase, assim como de estase que é, como vocês sabem, a testemunha do Absoluto.
Naturalmente, mesmo em meio ao Êxtase, qualquer que seja a duração, a permanência ou a irregularidade, isso não lhes dá carta branca para estabelecer-se, de maneira definitiva, no não Si.
Isso significa que o Absoluto está aí.
Porque isso leva, aí também, aparentemente, um certo tempo para atingir o ponto de inflexão, o ponto de basculamento, ou seja, para estabelecer totalmente a transcendência.
A partir daquele momento, não se ocupem mais disso.
Do mesmo modo que a Inteligência da Luz age, a Onda da Vida faz o seu trabalho, até o momento em que vocês se tornam a Onda da Vida, ou seja, o Absoluto.
O Absoluto não pode ser conhecido, ele apenas pode ser vivenciado.
Vocês não podem, portanto, de maneira lógica, dizer que a Onda da Vida seja o Absoluto.
Mas a Onda da Vida é o reflexo, aí onde vocês estão.
Pergunta: o meu corpo fica, naquele momento, contraído. Por quê?
Será que o seu porque vai permitir-lhe avançar para o que quer que seja?
Ele o fará recuar.
É o mental e o ego que querem, incansavelmente, compreender.
Enquanto houver a menor veleidade de querer compreender, você não pode ser o Absoluto, simplesmente, porque há esta questão.
Permanecer tranquilo e estar em Paz é aceitar o Abandono do Si, ousar ser o Absoluto.
O Absoluto apenas se instala se nada de você permanecer.
Sendo o Absoluto, o que pode significar o que acontece neste corpo?
Isso é uma exibição.
O corpo é uma marionete.
Portanto, se há um fio que se estica, que se rompe ou que se solta, não tem qualquer efeito sobre o Absoluto.
Testemunhar a Onda da Vida mostrou ser importante, não para vocês, mas para a própria Onda de Vida.
Por outro lado, querer traduzir mais o que quer que seja (em seus trajetos e seus efeitos) é inútil.
Como os Anciãos lhes disseram, os trajetos são reais.
E se vocês se perguntarem uns aos outros, vocês irão reafirmar esses trajetos, mas vocês irão se afastar do Absoluto.
Não se ocupem disso.
Será que vocês se preocupam em saber onde ficam os ureteres para ir ao banheiro?
Será que vocês se preocupam em saber como caminhar, uma vez que o aprendizado foi realizado?
Não, vocês caminham.
É o mesmo para a Onda da Vida.
Não confundam a análise dos mecanismos com a vivência dos mecanismos.
Aliás, para analisar um corpo, como é feito na anatomia, foi preciso que esse corpo morresse.
Esse não é o objetivo da Onda da Vida, não é?
Portanto, cessem de fazer morrer o que está.
Pergunta: quando sentimos as vibrações, podemos dizer: “eu não sou esta vibração”?
Vocês podem afirmá-lo o quanto vocês quiserem, ela não irá desaparecer.
É questão do Abandono do Si, naquele momento.
O melhor é, efetivamente, como foi dito, permanecer tranquilo.
Não se ocupem de nada, a Cópia [o Duplo] está aí.
Não se ocupem da Cópia.
Não se ocupem de nada.
Façam o que vocês têm que fazer, sem se implicar, mas façam-no.
Eu falo das atividades de rotina ou daquelas que são impulsionadas pela alma.
Elas não dizem mais respeito a vocês do que o que acontece ao nível da Vibração.
Nós não estamos mais, por assim dizer, nessa fase aí, final, que precede o desaparecimento de toda fase, em um processo de refutação ou de negação, ou de aceitação.
É nesses momentos que o mais importante é, efetivamente, o Yoga da Eternidade, que pode ser resumido assim: nada façam, permaneçam tranquilos, estejam em Paz.
E isso é tudo.
Vocês são o Absoluto.
____________________________________________________________________
Mensagem de BIDI - Parte 3 no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1421
13 de abril de 2012
(Publicado em 14 de abril de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com
http://minhamestria.blogspot.com/
O riso pode ser emoção.
Do mesmo modo, ele pode ser cínico.
Ele pode ser, também, a tradução da Alegria.
Ele não é um riso, mas o Absoluto É rir.
Mas o riso do Eu não é o riso do Si e, ainda menos, o riso do Absoluto.
Tudo depende, do que você ri ou de quem você ri?
Se o seu riso é uma causa ou uma consequência, isso não é a mesma coisa que o riso do Absoluto.
Não há, portanto, um riso.
Pergunta: as vibrações que eu tenho sentido me colocando a questão “quem sou eu”, persistem até hoje, é às vezes agradável e desagradável. Isso vai durar?
Isso irá durar até o momento em que você decidir não ser nem este corpo nem esta Vibração e, ainda menos, um corpo percorrido por uma Vibração.
Isso nunca irá parar, mas irá desaparecer quando você se tornar o que está depois (ou por atrás) do corpo e da Vibração.
Isso se denomina o Absoluto.
A Vibração vai se tornar mais intensa, em meio a este corpo, como lhes disse uma das Estrelas, há pouco tempo.
Até o momento em que o ego (ou o Si) capitular, render as armas.
Naquele momento, você não será mais este corpo, mas todos os corpos, sem qualquer exceção.
Você não será mais esta Vibração, mas todas as Vibrações, sem exceção.
Outro nome: Deslocalização, multilocalização, Dissolução e, portanto, o Absoluto.
O Absoluto irá nascer naquele momento.
Aí também, podemos dizer: “permaneça tranquilo e deixe agir, você não é isso”.
Pergunta: é mais correto dizer: “eu não sou isso” ou “eu não sou este corpo”?
Eu falava sobre isso no relativo, ou seja, deste corpo ou das suas manifestações.
Vocês são exatamente isso: o Absoluto.
Mas vocês não são isso: essas manifestações, esse corpo ou essas Vibrações.
Mas apenas a Vibração (digamos) exata, que contribui para libertá-lo da própria Vibração.
Pergunta: chegar ao Absoluto indica que nos resta pouco tempo para viver nesta vida?
Você não pode chegar ao Absoluto: é o Absoluto que chega até você.
Não é a mesma coisa.
Enquanto você considerar que você deve chegar ao Absoluto, o Absoluto jamais vai chegar.
Colocar a questão da persistência deste corpo, desta pessoa, quando o Absoluto chegar, não tem qualquer sentido, porque esta questão desaparece por si só.
Somente o ego ou a pessoa pode fazer esta pergunta, mas você não pode se apreender do Absoluto e, ainda menos, chegar até ele.
Isso reflete simplesmente a vontade de persistência do ego que, no entanto, é mortal, um dia ou outro.
Qual será a persistência desta questão, na hora em que este saco de comida não estiver mais aí?
Você não pode conceber o Absoluto, ou mesmo representá-lo, como um objetivo ou como alguma coisa em que você deve chegar, ou um estado que você deve estabelecer.
Ele já está aí.
Ele já está estabelecido.
É simplesmente o ego que o impede de estar aí, ao passo que ele já está aí.
A questão da subsistência do efêmero apenas reflete o medo e a dúvida, como sempre.
Ouse dizer: “eu sou Absoluto”.
Ouse Ser.
Mas não se coloque a questão de ali chegar, porque você constrói um muro intransponível.
Pergunta: o Absoluto está contido em nosso DNA?
O Absoluto não está contido em forma alguma.
A forma efêmera, que você é, pode viver manifestações do Absoluto.
Você pode Viver e Ser o Absoluto.
Mas querer falar de DNA, isso é prender-se a uma forma.
Será que a Terra tem um DNA?
Ela tem uma assinatura.
O DNA nada é senão uma assinatura, um código, se você preferir, eletromagnético.
O Absoluto é tudo, exceto um código eletromagnético.
Você procura, ainda uma vez, prender-se a um conhecimento (que você acredita possuir), mas que é apenas uma crença.
Você conhece a estrutura do DNA?
Portanto, você coloca na dianteira uma palavra, um conceito, uma ideia, que você não tem qualquer noção, e você leva um conhecimento em meio à ignorância que estritamente de nada serve e que apenas faz nutrir o ego.
Esqueçam tudo isso.
Esqueçam tudo o que vocês conheceram ou que lhes dá a impressão de ser conhecido, o que é pior.
Do mesmo modo, se eu lhe pergunto o que é uma cor, a resposta científica será definir um comprimento de onda, a resposta do artista será definir as emoções, etc., etc..
Mas será que alguém sabe realmente o que é uma cor?
Mais uma vez, isso é apenas uma projeção.
Há uma necessidade visceral, no ego (essa mesma necessidade, colorida diferentemente, existe no Si): querer tudo reconduzir a um conhecido.
O Absoluto não é conhecido e não pode ser conhecido.
Ele apenas pode ser vivenciado.
É o momento em que cessa toda projeção, é o momento em que cessa toda vontade de identificação a um corpo, a uma história, a uma vida passada e a um mundo.
Ousem e vocês verão.
A única coisa para realizar, a única realização, é aquilo que lhes mostra que nada há a realizar.
A Liberação é isso.
Pergunta: se eu ouso dizer: “Eu sou o Absoluto”, o que eu faço naquele momento?
Cabe a você fazê-lo, mas suprima o “si”.
O ego sempre vai supor e sempre vai pôr um “si”, porque ele procura antecipar, compreender.
Você não pode compreender e você não pode antecipar e você não pode, ainda menos, supor.
Pergunta: se não há nada a fazer, por que o Absoluto não chega de maneira mais “automática”?
Porque a FONTE (como o Absoluto) respeita o que você crê, o que você pensa e não pode interferir.
O Absoluto está sempre presente.
Mas ele se torna presente a você, a partir do momento em que você estiver vazio de si, e não antes.
O Absoluto (se o pudéssemos supor, o que é absurdo) que fosse querer se estabelecer, a todo custo, para restaurar Sua Verdade Absoluta, entraria em negação.
Todos aqueles (todas as Consciências confinadas) que aderem ao livre arbítrio, são Livres para vivê-lo.
Enquanto eles quiserem permanecer na experiência, na projeção, eles são Livres.
O problema, ligado ao confinamento, é que o conjunto dessas crenças e dessas vontades de experiência, construiu um muro, cada vez mais impermeável, que vocês, em parte, fizeram desmoronar.
O Absoluto já está aí, é claro, além de toda falsificação e de toda alteração.
Nenhuma vida poderia ser manifestada sem esse princípio de respeito.
Mas é a Consciência que ela mesma se distanciou, em seguida, do Absoluto, fazendo o jogo da falsificação.
Tornar-se Autônomo e ser Liberado é superar ao mesmo tempo a noção de culpa (consigo, como com a Terra ou como com o outro) e, também, Transcender toda noção de responsabilidade.
O Absoluto não é uma Consciência, seja qual for.
Pergunta: é a mesma coisa dizer: “Eu sou o Absoluto” e “Eu sou Um”?
Não.
“Eu sou Um” conduz ao Si, à experiência do Despertar e à Realização.
Mas o Absoluto, como nós o temos visto, estritamente nada tem a ver, de perto ou de longe, com o Despertar, com a Realização, ou com o Si, já que o Absoluto é, digamos, o não Si.
É a perda do sentimento de toda individualidade, de toda personalidade, de toda localização em um corpo, em um tempo, em um espaço.
Coisa que o ego sequer pode imaginar, nem mesmo o Si.
Portanto, jamais o “Eu sou Um” irá conduzir ao Absoluto.
Apreendam-se bem de que as palavras que vocês empregam (como em uma questão anterior que envolvia chegar ao Absoluto) são uma heresia e apenas fazem traduzir o erro de visão, o erro de compreensão, já que, de todo modo, não pode existir a menor compreensão no que se refere ao Absoluto.
Pergunta: se o Absoluto vem a nós, a única coisa a “fazer” é ousar Abandonar-se a Ele?
Jamais foi dito isso.
Ousar ser o Absoluto não é ousar Abandonar-se ao Absoluto.
É o Abandono do Si.
Não misturemos as palavras.
Não acrescentemos outras palavras.
Ousar ser o Absoluto não é ousar Abandonar-se ao Absoluto.
Como poderia se Abandonar ao Absoluto?
Pode-se apenas Abandonar o próprio Si.
Abandonou-se à Luz, à Inteligência da Luz, que criou o Despertar, que construiu o Si, o Corpo de Estado de Ser, através dos processos que vocês vivenciaram ou leram.
O Absoluto é, de algum modo, uma desconstrução final de tudo o que foi construído.
Ousar ser o Absoluto nada tem a ver com ousar Abandonar-se.
O Abandono do Si nada tem a ver com isso.
Pergunta: é correto pensar: “eu refuto a Vibração”?
De qual Vibração falamos?
Vocês não são a Kundalini.
A Onda da Vida sobe, ela desencadeia uma Vibração extremamente intensa (às vezes incômoda ou dolorosa) deste corpo.
Vocês não são nem este corpo, nem esta Vibração.
Nós não estamos mais, desta vez, em uma refutação, mas, sim no aparecimento da Transcendência.
Somente quando (de algum modo e de maneira metafórica) vocês superarem isso, é que, efetivamente, vocês passam pela Porta.
E depois vocês se apercebem, somente depois, de que não há Porta.
Mas não antes.
Negar a Porta, antes de tê-la passado, nada significa.
Pergunta: rir do medo do ego para colocar uma questão, é aproximar-se do Absoluto?
Do mesmo modo que não chegamos ao Absoluto, não nos aproximamos.
É ele que se aproxima, a partir do momento em que o ego, ou o Si, dá voltas, digamos, em sua própria questão, sobre a sua própria existência.
Nesse sentido, sim, do seu ponto de vista, vocês se aproximam do Absoluto.
As percepções, mesmo Vibratórias (intensas, atualmente, para alguns de vocês), são, de alguma forma, uma premonição, uma antecipação, a antecâmara (se bem que isso não existe realmente) do Absoluto.
Isso é um incentivo.
Pergunta: seria possível ter uma síntese do que é preciso fazer ou não fazer?
A síntese lhes foi dada e expressa pelo seu grande Amigo (ndr: intervenção de UM AMIGO de 12 de abril de 2012).
O importante jamais seria a síntese, nem a análise, mas, sim, a integração, que é, na realidade, uma desintegração.
Pergunta: o que é preciso jamais refutar?
Tudo o que é conhecido deve ser refutado.
A única coisa que não pode ser refutada é o Absoluto.
Justamente: a única coisa que refuta o ego.
Lembrem-se de que refutar não é a recusa, nem a negação, mas perceber claramente que isso é apenas uma verdade relativa que não tem qualquer consistência, nem qualquer duração.
É uma desidentificação, uma não implicação e uma cessação, de algum modo, de toda projeção.
Pergunta: há diferença entre a refutação e o “não”?
A refutação apresenta um aspecto mais profundo, porque vocês podem negar alguma coisa sem compreendê-la.
A refutação não é necessariamente uma compreensão, mas é, antes de tudo, uma lógica elementar.
O que é para refutar é o que é conhecido, porque limitado.
O Absoluto não sendo nem conhecido, nem limitado, convém, portanto, eliminar o que é conhecido e limitado.
Então, restará somente o Absoluto.
É o princípio da investigação, como foi explicado para vocês.
Não se coloquem a questão do Absoluto.
Não se ocupem do Absoluto, tampouco: ele está aí.
Contentem-se em refutar o que ele não é, ou seja, o que vocês conhecem.
E deixem assim como este corpo quer viver.
Quaisquer que sejam as suas atividades, elas não se referem a vocês.
Pergunta: dizer “eu sou o Absoluto”, tem o mesmo efeito sobre o ego que uma refutação?
Isso é diferente.
Refutar é um procedimento ativo.
“Eu sou o Absoluto” não é nem um procedimento, nem uma afirmação.
Aliás, se você pronunciar esta frase: “eu sou o Absoluto”, sem o ser, você irá constatar muito depressa a mentira.
Ousar ser o Absoluto é Sê-lo.
Se isso for verdadeiro, não há qualquer mentira.
Não há, tampouco, também, qualquer ego e qualquer Si que estejam presentes para contestá-lo.
O ego sempre irá recusar pronunciar esta simples frase.
Tente e você verá.
O ego sempre aceitará a refutação porque isso é, aliás, o seu único contexto de ação: sim / não, bem / mal, verdadeiro / falso.
Você apenas desloca, de algum modo, a consciência, de maneira que o ego chegue, ele mesmo, sozinho, a um disparate.
Permitindo-lhe negar ele mesmo, o que, para ele, é intolerável.
Naquele momento, o “eu sou” aparece.
Faça a mesma coisa, o “eu sou” irá vivê-lo, ele também, como intolerável.
Então, o não Si irá aparecer.
Ele sempre esteve aí, mas o próprio princípio da refutação vai conduzir ao Absoluto de maneira natural.
Quando eu digo conduzir, é o fato de eliminar todo o resto que permite ao Absoluto, que sempre esteve aí, de estar aí.
Não há movimento, não há deslocamento, não há caminho, não há objetivo.
É isso que os faz descobrir a refutação, tanto do que constitui o conhecido do ego, como o conhecido da realização.
Pergunta: é mais potente refutar o que eu sou?
Na medida em que você não é o que você crê, o que você vê, o que você sente, o que você percebe, e ainda menos esta história presente neste corpo.
O que mais você quer fazer?
Há, como foi dito, uma imperiosa desidentificação prévia.
Pergunta: durante o alinhamento, a vibração era extremamente forte no peito, um som estridente envolvia todo o corpo, um orifício bem aberto apareceu no ponto KI-RIS-TI. O que foi isso?
O Absoluto bate à porta.
O vazio foi criado.
As condições iniciais (se eu posso nomeá-las assim) estão preparadas.
O vazio está suficientemente vazio, quase inteiramente vazio.
Mesmo isso deve ser esquecido.
Não se concentrem na Vibração.
Vivam-na, mas vocês não são, tampouco, isso.
Não a neguem porque ela está aí.
E por mais que vocês a refutem, ela não irá desaparecer, quando vocês chegarem (digamos) a esse estado.
Quando a Vibração se torna intensa, ou mesmo violenta, como descrito pela Estrela GEMMA, vocês instalam, em vocês, um mecanismo particular de Êxtase e de Íntase, assim como de estase que é, como vocês sabem, a testemunha do Absoluto.
Naturalmente, mesmo em meio ao Êxtase, qualquer que seja a duração, a permanência ou a irregularidade, isso não lhes dá carta branca para estabelecer-se, de maneira definitiva, no não Si.
Isso significa que o Absoluto está aí.
Porque isso leva, aí também, aparentemente, um certo tempo para atingir o ponto de inflexão, o ponto de basculamento, ou seja, para estabelecer totalmente a transcendência.
A partir daquele momento, não se ocupem mais disso.
Do mesmo modo que a Inteligência da Luz age, a Onda da Vida faz o seu trabalho, até o momento em que vocês se tornam a Onda da Vida, ou seja, o Absoluto.
O Absoluto não pode ser conhecido, ele apenas pode ser vivenciado.
Vocês não podem, portanto, de maneira lógica, dizer que a Onda da Vida seja o Absoluto.
Mas a Onda da Vida é o reflexo, aí onde vocês estão.
Pergunta: o meu corpo fica, naquele momento, contraído. Por quê?
Será que o seu porque vai permitir-lhe avançar para o que quer que seja?
Ele o fará recuar.
É o mental e o ego que querem, incansavelmente, compreender.
Enquanto houver a menor veleidade de querer compreender, você não pode ser o Absoluto, simplesmente, porque há esta questão.
Permanecer tranquilo e estar em Paz é aceitar o Abandono do Si, ousar ser o Absoluto.
O Absoluto apenas se instala se nada de você permanecer.
Sendo o Absoluto, o que pode significar o que acontece neste corpo?
Isso é uma exibição.
O corpo é uma marionete.
Portanto, se há um fio que se estica, que se rompe ou que se solta, não tem qualquer efeito sobre o Absoluto.
Testemunhar a Onda da Vida mostrou ser importante, não para vocês, mas para a própria Onda de Vida.
Por outro lado, querer traduzir mais o que quer que seja (em seus trajetos e seus efeitos) é inútil.
Como os Anciãos lhes disseram, os trajetos são reais.
E se vocês se perguntarem uns aos outros, vocês irão reafirmar esses trajetos, mas vocês irão se afastar do Absoluto.
Não se ocupem disso.
Será que vocês se preocupam em saber onde ficam os ureteres para ir ao banheiro?
Será que vocês se preocupam em saber como caminhar, uma vez que o aprendizado foi realizado?
Não, vocês caminham.
É o mesmo para a Onda da Vida.
Não confundam a análise dos mecanismos com a vivência dos mecanismos.
Aliás, para analisar um corpo, como é feito na anatomia, foi preciso que esse corpo morresse.
Esse não é o objetivo da Onda da Vida, não é?
Portanto, cessem de fazer morrer o que está.
Pergunta: quando sentimos as vibrações, podemos dizer: “eu não sou esta vibração”?
Vocês podem afirmá-lo o quanto vocês quiserem, ela não irá desaparecer.
É questão do Abandono do Si, naquele momento.
O melhor é, efetivamente, como foi dito, permanecer tranquilo.
Não se ocupem de nada, a Cópia [o Duplo] está aí.
Não se ocupem da Cópia.
Não se ocupem de nada.
Façam o que vocês têm que fazer, sem se implicar, mas façam-no.
Eu falo das atividades de rotina ou daquelas que são impulsionadas pela alma.
Elas não dizem mais respeito a vocês do que o que acontece ao nível da Vibração.
Nós não estamos mais, por assim dizer, nessa fase aí, final, que precede o desaparecimento de toda fase, em um processo de refutação ou de negação, ou de aceitação.
É nesses momentos que o mais importante é, efetivamente, o Yoga da Eternidade, que pode ser resumido assim: nada façam, permaneçam tranquilos, estejam em Paz.
E isso é tudo.
Vocês são o Absoluto.
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Mensagem de BIDI - Parte 3 no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1421
13 de abril de 2012
(Publicado em 14 de abril de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com
http://minhamestria.blogspot.com/
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