Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


terça-feira, 12 de março de 2013

O Amor e o ego – Eckhart Tolle




O amor não é seletivo, assim como a luz do sol não é seletiva. Não torna ninguém especial. Não é exclusivo. A exclusividade não tem a ver com o amor de Deus, mas com o “amor” do ego. Entretanto, a intensidade do amor pode variar.

Pode haver uma pessoa que atue como um espelho do amor que você dirige a ela e que o devolva de modo mais claro e mais intenso do que outras e, se essa pessoa sente o mesmo em relação a você, pode-se dizer que as duas têm um relacionamento amoroso.

O vínculo que liga as duas pessoas é o mesmo vínculo que nos liga à pessoa sentada ao nosso lado no ônibus, ou a um pássaro, a uma árvore, a uma flor. Só o que diferencia é o grau de intensidade com que o sentimos. Mesmo em um relacionamento tido como viciado, podem existir momentos em que alguma coisa mais real se destaca, algo além das necessidades doentias do casal.

São momentos em que a sua mente e a do outro cedem por um curto período e o sofrimento do corpo fica, temporariamente, adormecido. Isso pode acontecer durante uma relação física mais intensa, ou quando o casal está presenciando o milagre do nascimento de uma criança, ou na presença da morte, ou quando um dos dois está seriamente doente, ou qualquer coisa que faça a mente perder a força.

Nessas ocasiões, o Ser, normalmente escondido debaixo da mente, se revela e torna possível o verdadeiro entendimento.

O verdadeiro entendimento é uma comunhão, a realização da unidade, que é o amor. Normalmente, esse entendimento desaparece rapidamente. Tão logo a mente e a identificação da mente reaparecem, deixamos de ser quem somos e voltamos a brincar e a representar para satisfazer as necessidades do ego.

Voltamos, de novo, a ser uma mente humana, fingindo ser um ser humano, interagindo com outra mente, representando um drama chamado “amor”.
Embora possa haver curtos lampejos, o amor não consegue florescer, a menos que estejamos permanentemente livres da identificação com a mente e que a presença seja bastante intensa para dissolver o sofrimento do corpo. Assim, o sofrimento não consegue nos dominar e destruir o amor.

Fonte: http://essenciauna.com.br/eckhart-tolle/amor-ego-eckhart-tolle/

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