Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.

Jalal al-Din Husain Rumi - Poema Sufi

Faltam-te pés para viajar?

Viaja dentro de ti mesmo,

E reflete, como a mina de rubis,

Os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,

transmutará teu pó em ouro puro.

Morgenstern?! Ao final do Blog!


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SOBREPOSIÇÃO E JUSTAPOSIÇÃO E AS DIFERENTES LOCALIZAÇÕES - AUTRES DIMENSIONS




RESUMO DA MENSAGEM DE SRI AUROBINDO DE 01-12-2012.

O questionamento, a dúvida, a negação, a raiva, a negociação e a aceitação não são mais do que a consequência de uma atividade do que é chamado de mental, permitindo, através de diferentes mecanismos de percepção, encontrar (ou não encontrar), no que vocês São, uma espécie de congruência entre o que vocês São, fundamentalmente, ou uma distância entre o que vocês São, fundamentalmente, e o conjunto das manifestações sensíveis da vida sobre este mundo. Isto foi nomeado (outras vezes, por outros Anciãos e outras Estrelas) o mecanismo de sobreposição e de justaposição.
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O velho e o novo (o velho que desaparece, o novo que apareceu ou aparecerá, dependendo do seu ponto de vista) são levados, de alguma forma, a Fusionar-se.
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Existe, como vocês o constataram, por causa das modificações sobrevindas nestes últimos tempos (de forma bastante ampla, eu diria, desde poucas semanas ou desde poucos anos), em vocês, o sentimento, por vezes profundo, de existir sobre dois modos de funcionamento, sobre dois modos de realidade e sobre dois modos que podem parecer-lhes, às vezes, antônimos, até opostos, até mesmo contraditórios. O que é percebido, pela sua consciência, naquele momento, é (e será), sempre, o reflexo de sua própria atividade nomeada mental: capacidade de reflexão, capacidade de comparação, capacidade de discernimento, de discriminação, de julgamento, de constatação ou de escolha. Toda constatação, toda escolha, toda discriminação e toda intuição, em definitivo, não podem resultar, durante este período (e, de modo geral, em toda atividade humana), que da atividade precisa deste órgão (deste corpo) que é nomeado "mental".
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A problemática que pode, no entanto, manifestar-se, corresponderá, necessariamente, no momento oportuno, à adequação entre o seu posicionamento e o posicionamento da Terra ou de uma dificuldade de por em adequação o movimento da Terra, como o movimento do que vocês São. Daí decorre a Tranquilidade ou a atividade do mental concernente ao devir, concernente a uma evolução ou concernente, ainda, a uma transformação. Enquanto isso lhes parece depender de uma circunstância qualquer exterior para levar por bem a sua vida, aqui como em outros lugares, vocês ainda não estão suficientemente na Tranquilidade. A Tranquilidade não decorre de uma escolha de atitude, nem mesmo de um posicionamento resultante de uma escolha, mas, bem, realmente, concretamente e fisicamente, de deixar trabalhar, em vocês, os mecanismos da Fusão, os mecanismos da Fusão dos Éteres como da Fusão podendo sobrevir dentro da consciência (entre todas as consciências), mas, também, de deixar estabelecer-se o que não pode ser descrito em palavras.

O período atual vai, portanto, vê-los inscrever-se seja em sua Eternidade, seja no efêmero.
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O conjunto das nossas intervenções, durante esses anos, visaram fazê-los viver, por si mesmos, os aspectos Vibratórios da consciência, os diferentes aspectos do Si, diferentes Samadhis, como a eventualidade de vocês estabelecerem o Absoluto.
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Lembrem-se de que o mais importante desdobrar-se-á, sempre, em vocês.
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O Encontro, entre o que é chamado de sua personalidade e a Luz, torna-se uma sobreposição que vai, necessariamente, chamá-los a posicionar-se, em um determinado momento, de maneira definitiva, final e terminal, em um estado, ou em outro, da consciência. O mecanismo individual do Choque da Humanidade corresponde, talvez, a etapas que lhes foram dadas a viver, de maneira individual, face a vocês mesmos, às suas próprias circunstâncias de vida. O Amor não é, nunca, uma pergunta. A Luz não será, nunca, uma escolha. Ambos são uma evidência: uma evidência mascarada, simplesmente, por, precisamente, o que é chamado de "mental" e de "emoções".
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Aquele que está estabelecido na precisão e, se vocês preferirem, na sobreposição e a justaposição completa do efêmero e da Eternidade, não pode mais deixar o menor espaço para a expressão do efêmero nas qualidades nomeadas: personalidade, pessoa, identidade com um mental e emoções. A facilidade para deslizar ou para passar do lado da Eternidade ou do efêmero decorre, muito exatamente, do que vocês observam em vocês mesmos: as últimas resistências à Luz, às vezes resultando de medos justificados e inscritos, mesmo, no funcionamento do habitual (que este habitual pegue a sua fonte na hereditariedade, no DNA, nos cromossomos ou na experiência pessoal ou coletiva deste mundo).
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O sentimento de movimento, da agitação do que se dirige para o fundo do funil, são somente as zonas de interferência entre a Eternidade e o efêmero. Se vocês estiverem identificados com o efêmero, vocês serão afetados por este movimento. Se vocês estiverem identificados ao que não se move, nenhum movimento desse tipo pode alterar, tanto a consciência, o Ser e o corpo em que vocês estão.
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O processo de justaposição e de sobreposição, coletivo como individual, mostra-lhes, pelo que se desdobra, aí onde vocês estão, precisamente. Aquele que está em sua consciência Eterna, aquele que é Absoluto, não pode e não manifestará que cada vez menos interações com este mundo, seja qual for. Aí se encontra a Beatitude tal como eu pude descrevê-la quando da minha última experiência na Terra ou tal como lhes descreveram muito numerosas Estrelas. A luz é a Força do Amor. A Luz é Força da Vida. Quer vocês estejam na Vida. Quer vocês resistam e lutem para manter o efêmero. Cada vez mais, isto lhes aparecerá claramente, para vocês como para o conjunto dos seres que vocês têm levado a aproximar-se, ou mesmo, a observar, o simples curso desta vida sobre a Terra.
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O Choque da Humanidade, a título coletivo, resultando de uma tomada de consciência coletiva (não se referindo mais, somente, aos seres em busca ou aos Seres Despertos, ou mesmo Realizados), é uma reviravolta importante nesta fase que vocês vivem. É neste momento preciso que vocês poderão observar-se e apreender, além de todo intelecto, de toda a imagem e de toda emoção, de maneira evidente e flagrante, onde vocês estão. Retenham que o marcador mais essencial é o que foi nomeado o fato de ficar Tranquilo. Eu mudaria esta expressão (se vocês bem o quiserem), adaptando-a a este tempo que se abre hoje. O "ficar Tranquilo" ainda é uma ação. Estar Tranquilo, é um estado.
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De qualquer forma, eu os convido, como um último conselho, durante este período, que se abre hoje, a realmente ver onde vocês estão segundo o que se desenrola em vocês. Isso não pode estar ligado, de forma alguma, a uma interpretação, a uma transposição ou a um julgamento, mas, sim, a estar de acordo, de uma forma ou de outra, com o tipo de humanidade que vocês escolheram manifestar, encarnar, mas também, a sair de uma história ou a ficar em uma história.
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Assim, o Choque da Humanidade (e suas diferentes etapas) concerne a vocês, durante este período, individual e coletivamente.
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O que é vivido, mesmo se não for explicável, mesmo não-integrável, em um primeiro momento, o será, sempre, quando chegar a hora.
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O Choque da Humanidade convida-os, portanto, quer a uma resistência, ou a uma Tranquilidade. Lembrem-se de que a Tranquilidade, ao contrário da resistência, é o que necessita o mínimo de mobilização do que vocês nomeiam Energia, seja a Energia Prânica como a Energia Luz (chamada Vibração). Assim, a sua vida, no conjunto de seus componentes, vai se tornar, não mais somente, fluida, evidente, mas cada vez mais fácil, quaisquer que sejam as circunstâncias ditas exteriores. Na sobreposição, a justaposição, dos Éteres (Éter rarefeito, Éter re-Unificado) se desdobra a localização e os jogos de sua própria Consciência. Por sua Consciência, como pelo mental, é muito mais sábio e muito mais simples constatar, por vocês mesmos, o momento em que vocês se cansam e o momento em que vocês recarregam e vocês se revitalizam.
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Se vocês resistirem, vocês constatarão, sem qualquer dificuldade, que assim como este corpo como as interações (sociais, familiares, afetivas, morais) se tornam mais e mais complicadas, ilustrando, assim, o que nós lhes dizemos (desde muitíssimo tempo, seja desde as Núpcias Celestes, ou até mesmo por numerosos Seres Despertos ou Liberados desta Terra, que percorreram esta Terra): não há nada para acreditar, não há nada para seguir, não há nada para perguntar, não há nada para esperar, não há, mesmo, nada para duvidar. Há, apenas, que Ser ou, então, que não Ser. Há, apenas, o Absoluto, a Eternidade, ou o efêmero.
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Esta escolha, aparente, só pode existir se vocês estiverem colocados, por si mesmos, no seio do efêmero. Na Eternidade, não existe qualquer questão, qualquer interrogação, qualquer dúvida, qualquer escolha e qualquer impaciência ou qualquer esperança. E não há nada, não mais, para temer. Pois aquele que está no centro do Centro vive o que acontece, no mundo, não mais como uma manifestação, uma expressão ou uma exteriorização da consciência, mas, bem mais, diretamente, como um estado de plenitude, quer esteja ligado a um Duplo, quer esteja ligado a KI-RIS-TI, quer esteja ligado ao desaparecimento total de todo efêmero.
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Somente aquele que transcendeu o seu próprio mental pode dar-se conta do que é o mental e o que ele não é. Aquele que está imerso, por uma razão ou outra (que lhe é própria), mas, em seu próprio mental, não poderá estar submetido, sempre e de forma definitiva, que a um princípio de escolha, de decisão, de incerteza, de dúvida, de medo ou de negação. Aquele que está, em Verdade, em sua Eternidade, não pode manifestar a menor questão, a menor dúvida, o menor medo, a menor raiva e a menor busca de sentido (qualquer que seja) referente ao que se desenrola, na consciência como no Absoluto.
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Destas diferentes localizações, destas diferentes possibilidades de existência ou de não existência do mental, da pessoa, do Ser como do não-Ser, decorre, muito exatamente o que se desenrola em seu corpo, em sua vida, em seus hábitos, em suas experiências, como no estado mais fundamental de sua consciência correspondente à Infinita Presença.

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Do blog Fonte de Unidade
Resumo da mensagem de Sri Aurobindo,
de 01 de dezembro de 2012, no site:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1710
Tradução para o português: Josiane Oliveira - http://fontedeunidade.blogspot.com/
http://minhamestria.blogspot.com.br

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