Eu sou o Mestre PHILIPPE DE LYON, Irmãos e Irmãs
em humanidade, eu vos transmito todo o Amor de CRISTO.
Eu estou aqui convosco enquanto Melquizedeque da Terra.
Raramente tive ocasião de me exprimir, muitas vezes em relação à noção de CRISTO, de Pequenez, de Humildade, de Simplicidade. A minha abordagem inscreve-se sobretudo no que se deve observar como conduta, se assim podemos dizer, relativamente à etapa da Terra que se abriu depois da recepção do Manto Azul da Graça e do nascimento da Onda da Vida.
Como talvez tenham constatado, até o presente, muitas coisas estavam implementadas (através de diferentes coisas) que fossem as energias que desciam, a Consciência Vibral, a Luz Vibral, que necessitavam da vossa parte, eu diria, de um trabalho particular (que alguns entre vós desenvolveram desde há numerosos anos e que outros descobriram somente agora).
Se estivessem atentos, a Onda da Vida, o Manto Azul da Graça, são exatamente o inverso, eu diria, daquilo que vos era pedido até o presente, ou seja, deixar de fazer.
O que está em vias de se realizar, esta famosa Obra do Branco ou Obra final, não necessita, paradoxalmente, de nenhuma intervenção da vossa parte, na vida, nenhuma atenção senão a de Estar Presente no Instante.
Com efeito, não vos foram dadas, nem vos serão dadas, práticas, exercícios específicos permitindo potencializar, se assim podemos dizer, o que se passa. No máximo, foi-vos sugerido caminhar descalços para deixar mais facilmente, eu diria, subir esta Onda da Vida.
É já alguma coisa que deveria interrogar-vos.
O meu objetivo não é fazer-vos reagir, muito menos fazer trabalhar o vosso mental mas, simplesmente, colocar a vossa Intenção nesta diferença maior. A Luz pediu, da vossa parte, um processo (quaisquer que sejam as técnicas, os modos de proceder). Existiram mecanismos, técnicas de integração, se assim podemos dizer, da Luz, neste veículo chamado corpo.
Mais do que nunca, hoje, nós vos pedimos para largar tudo isso.
Alguns, entre nós, vos falaram mesmo da Ilusão total. Isto não é, de modo algum, destinado a vos desorientar ou a vos fazer ficar perdido, mas a fazer-vos retornar ao que eu chamaria uma certa forma de normalidade (além de todo mecanismo ascensional que está em curso, individualmente e coletivamente, tanto sobre a Terra como sobre o Sol).
O que é pedido hoje, da vossa parte, é, sobretudo, de se colocarem nesta Humildade, nesta Simplicidade; isso foi dito porque é preciso, no máximo, evitar que o que chamamos a Consciência (seja ela a limitada do ego ou a mais ampla do Si) possa de alguma forma interferir com a normalidade do que se desenrola.
A Onda da Vida, vocês compreenderam, é a restituição deste Mundo à sua Verdade, ao Éter que foi rarefeito pela Ilusão e mesmo pela Falsificação deste Plano da Realidade.
Vocês trabalharam, muitos entre vós, enormemente, no sentido mais nobre: procuraram, acolheram a Luz, realizaram a implantação da Luz. Nós vos convidamos, ao longo destes anos, a realizar diferentes coisas e, desde há algumas semanas, uns e outros vos pediram para parar tudo. Não de parar tudo para se meterem numa cama e esperar um fim qualquer, mas antes parar todos os processos que utilizavam a Consciência (mais uma vez seja ela colocada no Ego ou no Si) para deixar fazer o que é natural.
O que é que é natural? O que é natural é justamente reencontrar esta reconexão ao Céu e à Terra, ao que foi denominado as raízes Intraterrestres do núcleo Intraterrestre, e da cabeça ao nível das raízes Extraterrestres, colocando-vos na vossa posição normal, enquanto humanos, como mediadores entre o Céu e a Terra.
Tanto a reconexão ao Céu, se assim podemos dizer, necessitava de uma ação da vossa parte, como a reconexão à Terra necessita de uma não-ação e de deixar agir, se assim se pode dizer, o que deve acontecer.
Quando eu digo «o que deve acontecer», quero dizer (porque é o mesmo processo) se esse é o vosso destino, de aceder ao Absoluto. O destino da Terra, como vocês sabem, estando em vias de se estabelecer numa Dimensão de uma oitava diferente daquela em que conheceu até o presente.
Nós insistimos no fato de que existiam numerosas Moradas, que cada um iria, de qualquer modo, segundo a sua Vibração, segundo a sua escolha Vibral.
Isso foi extremamente importante e o será sempre, certamente.
Mas, no desenrolar do que é esperado (individualmente, em vós, e coletivamente) não há melhor atitude do que deixar a vida desenrolar-se segundo a sua própria Inteligência, segundo a sua própria Luz, quer isso seja sobre a Terra como em vós.
Um certo número de manifestações sobre a Terra estão em curso e amplificam-se. Elas apelam, da vossa parte, a uma coisa fundamental: a uma não-reação, a uma não-participação a qualquer coisa que possa parecer terrível para a personalidade.
Da mesma maneira que, na vida vulgar, quando um humano passa pelas portas da morte, vem um momento em que ele se rende, porque quando o corpo se solta, não tem mais nada a fazer senão se render.
Da mesma forma, o processo final de transformação que vive a Terra e que vocês vivem, se estabelecerá, eu diria e nós vos dissemos, o que quer que vocês façam, o que quer que vocês desejem, o que quer que vocês aceitem, o que quer que vocês recusem.
E a melhor maneira de viver aquilo que é para viver, é, sobretudo, deixar estabelecer-se o que se deve estabelecer, em vocês e em toda a parte.
Mais uma vez, e como disseram os meus companheiros Anciãos, vocês não têm que se colocar num local e esperar que tudo isso aconteça tranquilamente, na cama, ou em frente a uma televisão: vocês têm que estar Lúcidos.
Mas estar Lúcido quer dizer acolher o que se passa, sem querer agir de outra maneira, quer em vocês, quer no exterior.
Contudo, continuem a viver a vossa vida.
Se a Luz vos chamar de maneira muito intensa, vivam o que tiverem a viver com a Luz.
Se a Luz não vos chamar, continuem a fazer o que têm a fazer.
A Onda da Vida, além da Inteligência da Luz, faz exatamente o que ela tem a fazer, e ela o fará tanto melhor quanto menos vocês intervierem. A única potencialização possível é a que acabou de vos ser anunciada, esta tarde, ou seja, religarem-se na Comunhão, na Nova Aliança, todos juntos, onde quer que estejam, às 19 horas (hora francesa), a partir de 2 de Abril, para acolher, em conjunto, o Manto Azul da Graça e a Onda da Vida, sem nada fazer, sem nada pedir.
Como foi dito, simplesmente sendo espetador do que se desenrola, observador daquilo que acontece mas, sobretudo, não participar neste espetáculo um pouco particular, que vai agora ampliar-se, de maneira extremamente rápida, por todo lado, em vocês e sobre a Terra.
Esta é a melhor maneira de viver e de passar este período, se assim se pode dizer, não há outra.
Como nós o dissemos, e como o Arcanjo ANAEL vos disse, a Onda da Vida é comum ao conjunto da Terra, Ancoradores da Luz ou não, tenham despertado as Coroas ou não.
A Onda da Vida não é um trabalho, não é um serviço, ela é natural, totalmente natural, é o retorno ao que foi retirado, removido deste mundo, do fato da libertação dos três envelopes isolantes dos quais o Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV) vos falou muitas vezes.
Poderíamos resumir isto de uma forma simples que é : «Amai, Amai, Vivam e façam o que vos agradar, no Amor».
Não é mais o tempo de se impor alguma coisa que não o que o Manto da Graça decide, para vocês e em vocês, ao nível fisiológico. Isso foi evocado.
Não é mais tempo de decidir fazer isto ou aquilo, mas é verdadeiramente o tempo de, muito simplesmente, Viver o que vem.
Quaisquer que sejam as aparências deste mundo, é exatamente a Vida na sua Totalidade e na sua Verdade.
Mais do que nunca, não procurem acontecimentos exteriores, eles estão lá.
Não procurem uma data, só a Terra a conhece, vocês sabem isso.
Mesmo que nós vos digamos que isto está em curso, está efetivamente em curso, vocês irão aperceber-se através das modificações das vossas próprias perceções.
Mesmo o fato da Onda da Vida vos penetrar, se ainda não o fez, muito proximamente, e vos percorrer, é exatamente a reconexão final da Verdade à Verdade do que vocês São, além da Ilusão.
Não se coloquem questões sobre o que é a Verdade, o que é a ilusão. Mesmo se muitos elementos vos foram dados, estes elementos foram elementos que eu qualificaria de prévios.
Mas, a melhor maneira, agora, de o viver, é ultrapassar tudo isso e ser totalmente Lúcido e Presente em tudo o que fizerem em cada minuto.
Se cozinharem, cozinhem, se dormirem, durmam, se trabalharem, trabalhem.
O que quer que vocês façam, façam-no, de qualquer forma, na totalidade e com a maior Lucidez e com Amor.
As circunstâncias, não da Onda de Vida, mas da resistência à Onda da Vida (para os vossos Irmãos, nossos Irmãos, nossas Irmãs que estão ainda na dúvida, no medo, num quadro que eu qualificaria de linear, entre a vida e a morte, constituído de comportamentos precisos, adaptados a um dado quadro de vida), brevemente deixarão de existir.
A única forma de atravessar e de passar esta época, tanto em vocês como fora de vocês, neste mundo, é exatamente deixar fazer aquilo que deve fazer-se.
Compreendam bem que nenhuma oposição, em vocês ou a vocês, poderá evitar o que quer que seja.
Compreendam bem que nenhuma manifestação, de nenhuma ordem, face àquilo que as resistências humanas e não-humanas vão causar sobre esta Terra, não vos diz respeito.
Aquilo que vos diz respeito é a Vida.
O que vos diz respeito é a Onda da Vida, é viver totalmente, de forma Humilde, Simples, fazendo-vos (e sem nenhum jogo de palavras) o mais pequeno possível.
Esta é a forma mais segura, mais certa, de atravessar sem acidentes este período.
Se vocês viverem o Absoluto, agradeçam.
Se vocês não viverem o Absoluto, agradeçam.
Se vocês viverem o Si, agradeçam.
Se vocês não viverem o Si, agradeçam também.
Se vocês viverem o Ego, agradeçam.
Se vocês viverem só o Ego, agradeçam da mesma forma.
Não se preocupem com qualquer atraso, com qualquer inaptidão à Onda da Vida.
A Onda da Vida é natural, ela não tem necessidade da vida porque ela diz respeito a toda a Vida. É o retorno à Vida, não amputado, não cortado, não preso.
Portanto, é um processo inteiramente natural, inteiramente espontâneo e que, uma vez mais, só necessita da vossa parte de uma simples Benevolência, uma simples Lucidez.
Tudo deve tornar-se extremamente simples.
Da mesma forma que a Luz é Inteligência e Simplicidade, a Onda da Vida pede-vos simplesmente para a acolher, para a deixar, de qualquer modo, vos percorrer, sem questões.
Se vocês aceitam estas recomendações, vocês constatarão, de maneira extremamente rápida, que aquilo que nós denominamos a Fluidez da Unidade, a Sincronicidade, a Alegria, mesmo o Absoluto, se manifestarão, de maneira evidente, na vossa vida.
O período é intenso, é intenso no plano da Consciência, é intenso sobre o plano da Terra, é intenso, certamente, no plano das mudanças.
Estas mudanças não dependem de vocês, da mesma maneira que, na vida normal, quando morrerem, quando morrermos todos (salvo se pusermos fim aos nossos dias), a morte não depende da nossa vontade, num sentido ou noutro.
É o que acontece a este corpo que é perecível.
Dizem bem que o que chega é justamente o retorno da Eternidade, do Imperecível, o retorno à Eternidade.
Não há nada mais natural que a Eternidade.
O que não era natural, certamente, eram as condições de vida neste mundo.
Não é este mundo que não é natural, é o que foi retirado deste mundo que não é natural.
O retorno do natural é acompanhado de marcadores: estes marcadores foram longamente desenvolvidos. Mas, além de viver ou não esses marcadores, o mais fundamental, é fazer Simples e, sobretudo, resumir.
Como outros intervenientes vos disseram, é preciso verdadeiramente felicitar o conjunto das Consciências, a Unidade, a FONTE, o Trabalho que foi cumprido, e que permite ter dissolvido e diluído vários elementos que tinham sido vistos pelos profetas, dados pelo CRISTO, ou por outras tradições, referentes a este tempo particular que finda.
Vocês estão, de alguma forma, além da participação nos processos coletivos.
Durante muito tempo foi dito: «os primeiros serão os últimos».
Se vocês não perceberam, até hoje, nada do que se passava, digo-vos que é o vosso justo lugar e que vocês, assim como os Coroados, são Abençoados.
Lembrem-se, porém, que o que pode ser o mais inabilitante, o maior incapacitante, durante este período, é exclusivamente a atividade do Mental, porque dele deriva todo o resto: os Apegos, as Crenças, mesmo as Emoções.
Lembrem-se que vocês não têm nenhum meio de calar esse mental nem de o constranger. Apenas o trabalho da Luz Vibral (e agora da Onda da Vida), que não é mais um trabalho, permitindo transcender esse Mental e estabelecer-se naquilo que os nossos Irmãos orientais denominam a Morada da Paz Suprema.
A Morada da Paz Suprema não é um estado de fuga deste mundo, da mesma forma que o Êxtase (a manifestação do Manto Azul da Graça, a ação e a manifestação do Absoluto) não é, em caso algum, como vos disseram hoje os Anciãos, um refúgio deste mundo, mas, antes, uma Transcendência deste mundo.
Vocês não podem transcender este mundo, individualmente e agora coletivamente, se vocês rejeitarem este mundo.
Não há nada a ser rejeitado.
Há, mais uma vez, a ser Transcendido.
E a única forma de transcender é, verdadeiramente, ser pequeno, se fazer pequeno.
Da mesma forma que um aluno que foi notado numa classe de escola, a quem foi pedido para se fazer pequeno ou para se fazer esquecer. Não há hoje melhor maneira de proceder.
Mais uma vez, o que quer que tenham vivido, o que quer que vivam, o que quer que ainda não vivam, não se inquietem, vocês serão apanhados pela Onda da Vida, onde quer que estejam, o que quer que pensem, o que quer que decidam.
É obrigatório, não há absolutamente nada que se possa subtrair ao Núcleo Cristalino da Terra que, vos lembro, está religado à vossa origem estelar, ou seja, a Sírius.
A conjunção das três partes da Luz Vibral que vocês conhecem, a subida da Onda da Vida, restitui-vos ao Éter da Eternidade, vos convida ao que nós denominamos de Núpcias da Luz, retorno ao Absoluto, estabelecimento na vossa escolha Vibratória.
E tudo isso se realiza, verdadeiramente, sem nenhuma implicação de vocês mesmos.
Àquilo que a Luz decide, àquilo que a Onda da Vida decide, em vocês, vocês não podem escapar, nem a uma, nem a outra.
Só a ilusão do Mental pode fazer-vos crer nisso.
Nenhum ser humano neste planeta poderá escapar ao instante coletivo da Terra.
Portanto, há, de alguma forma (no retorno à Vida real, se assim a podemos chamar), uma inevitabilidade que tem a ver com o vosso livre-arbítrio, se vocês ainda acreditam nisso.
A Ação da Graça é estritamente oposta ao livre-arbítrio.
Quem tem livre-arbítrio é a Alma.
A Ação da Graça é tudo o que está além do efêmero (como nós o dissemos e repetimos através dos Anciãos e das Estrelas).
Finalmente, a melhor maneira de estar confortável nisto que se desenrola, é olhar o desenrolar: isto não é a passividade mas, bem mais, uma compreensão total dos mecanismos em curso, que vocês vivem ou não, no momento.
A Humildade, a Simplicidade, são as chaves principais: apagar-se perante a confusão do mundo, apagar-se perante os conflitos, não para os recusar ou se afastar, mas porque vocês não são nada disso.
Apagar-se mesmo perante a sua própria dor.
E vocês constatarão que se a Onda da Vida vos penetra, vocês chegarão, cada vez mais facilmente, a não se identificarem mais com qualquer dor, a uma qualquer implicação da vossa vida.
Isto não é um desinteresse.
Isto é realmente uma Transcendência que é, realmente, vivida como tal.
A partir de agora, todos os dias, e muito rapidamente dentro de duas semanas, vocês constatarão, se não aconteceu já, as modificações fundamentais dos vossos mecanismos de funcionamento.
Então, se as palavras empregues, desde logo vos abalaram, vos incomodaram, esqueçam estas palavras e permanecem simplesmente, sem implicação, sem vontade, apenas em vocês, colocando-vos como intermediários do Céu e da Terra que acolhe em si, com a mesma evidência, a Luz da Onda Vida.
Os dois estão destinados a reencontrarem-se: vocês são o elo do Reencontro.
A Terra, o Sol, são o elo do Alinhamento com a Onda Galáctica.
O que vocês vivem (ou ainda não), tanto nos vossos pés como no vosso corpo, é a Onda Galáctica, é a transformação da lagarta em Borboleta, dando-vos, por vezes, alguns inconvenientes que vos foram comunicados.
Será que a lagarta se preocupa em tornar-se Borboleta, ou em negar a Borboleta?
Será que a Borboleta se preocupa por ter sido uma lagarta, ou em ser uma Borboleta?
Será que vocês apreendem o que isto significa?
A Borboleta voa sem se colocar a questão de saber como voar.
Vocês, portanto, como foi dito, são a Eternidade.
Vocês não têm que se colocar a questão de saber como Ser a Eternidade, porque, como vos foi repetido inúmeras vezes, é a vossa Natureza, é a nossa Natureza, de todos.
Apenas o que foi evocado, há muitos anos (o princípio do confinamento da terceira dimensão, dita dissociada) é justamente o que não é normal.
O retorno à normalidade necessita simplesmente, da vossa parte, que estejam Conscientes, mas vocês não têm nenhum meio de ação, a partir de agora, sobre este retorno à normalidade. Ele É e ele inscreve-se mesmo na lógica da Vida, além de todo condicionamento, além de toda noção Dimensional.
Em resumo, quer vocês creiam ou não no que se passa, isso passará e está em vias de passar.
E a forma de o passar é: Humildade, Simplicidade, ser totalmente pequeno, ser espectador e observador do que se desenrola.
Vocês não têm que antecipar.
Vocês não têm que projetar.
Vocês também não têm de manifestar um qualquer medo ou, em todo o caso, não dar qualquer credibilidade, porque efetivamente vocês vão reencontrar o que é natural, mesmo se isso é Desconhecido, como dizia o IRMÃO K, nada tem a ver com o conhecido.
Não se esqueçam que, sobre este mundo, tudo foi invertido: o que (neste ponto de vista, onde vocês estão) vocês chamam o nada, o vazio, é exatamente o Pleno e o inverso do nada.
O vosso olhar, a colocação do vosso ponto de vista, não pode mudar, de maneira nenhuma, a evidência.
Vocês não podem senão manifestar as resistências ou as contradições que vão, de maneira inútil, correr o risco de vos fazer sofrer, por nada, estritamente por nada.
Pensem que o que quer que seja exterior ou Interior, agora, não vos dará nenhum auxílio.
A única ajuda vem da neutralidade benevolente daquele que tem confiança, a Fé total na Eternidade, na Luz porque é a única Verdade, como vocês o sabem ou supõem, mesmo se, ainda hoje, o rejeitam.
Lembre-se que aquilo que nós todos somos é totalmente natural, o que foi reencontrado foi este aspeto natural e Eterno e o que desaparece não é senão uma ilusão, à qual um certo peso foi dado.
Aquele que morre, enquanto humano, pouco a pouco se liberta daquilo que foi a sua vivência e ele renasce totalmente livre do que existia na sua memória da sua vida passada.
Aquilo que vocês são hoje, e o que vocês recuperarão (esta Eternidade) não se inscreve na lei da ação/reação, num qualquer carma: é a justa retribuição da vossa natureza e a restituição.
A Fé e a Confiança participam na vossa tranquilidade e na vossa Paz.
Quando um tsunami passa por vocês com uma onda de cem metros, não serve de nada tentar fugir, da mesma forma que, quando a hora de partir chegar (para alguém que vá partir), ele pode resistir mas, definitivamente, partirá.
O que vem não é a morte, nem o sofrimento.
O que vem é a Liberdade, a Alegria, a Eternidade.
Só se vocês não estiverem tranquilos, se não estiverem em Paz, o mental vos vai sussurrar exatamente o inverso. Ele vai querer levar-vos, sobretudo se a Onda da Vida não vos percorreu, a duvidar, a rejeitar, a hesitar, a vos afastar desta noção de Pequenez, de Humildade, de Simplicidade. E tudo, efetivamente, se tornará, neste caso, mais complicado, menos evidente e menos sereno.
A questão não é projetar qualquer coisa que vai chegar ou que não chegará, mas de saber, em definitivo, se vocês estão prontos. E vocês o estão seguramente, porque estão lá.
Não há que se questionar, há apenas a viver o que a Luz e a Onda da Vida vos dão a viver.
Quanto mais vocês aceitarem viver o que há a viver, o que a Vida vos propõe, mais vocês estão atentos e serão atentos ao que se desenrola, tudo será extremamente mais fácil.
O mental vos tornará a vida difícil, estejam convencidos disso. Esta é a razão pela qual não é preciso nem o constranger, nem ofender, mas interessarem-se por outras coisas que não o mental.
A Inteligência consiste em não escutar o mental mas em agir ou Ser com Inteligência. Tudo isto se tornou muito mais acessível para vocês, de maneira mais simples.
A ação da Onda da Vida em vocês é o Dom da Graça na Graça, é a ação do Manto Azul da Graça.
Questionem em torno de vocês, os que vivem a Onda Vida, sobre os seus efeitos, sobre o que ela desencadeia, e em que estado de observação estão estas pessoas, relativamente a vocês, se vocês ainda não o vivem.
Não serve de nada se interrogarem sobre quando isso aparecerá: eu falo tanto da Onda da Vida como dos acontecimentos maiores desta Terra, eles estão lá.
Um certo número de prazos cósmicos, galácticos, foram dados há muitos anos.
Tudo isso não vos deve afastar do Instante.
Quanto menos escutarem o que vos sugere o mental, mais vocês irão pela primeira intenção que se manifestar, mais vocês estarão certos de estar na precisão, porque não é senão o mental que ainda adia [tergiversa].
A Verdade nunca é adiada: ela está lá, como talvez vocês saibam, de toda a Eternidade.
Ela não se importa com a cogitação do mental para saber se isso é justo ou falso.
Isso É.
Toda a vossa vida, se ficarem tranquilos, se tornará (em todos os seus compartimentos, se ela ainda estiver compartimentada) cada vez mais simples.
Mais uma vez, retenham que cada um de vocês aqui, na Terra, é diferente e que o apelo da Luz para um vai ser como um relâmpago, e que o mesmo apelo da Luz, para outro vai torná-lo hiperativo. Tudo é possível.
Simplesmente respeitem a primeira intenção e o primeiro impulso porque é sempre o que vem da Simplicidade.
Não se questionem.
Não entrem no jogo de saber porquê.
Não entrem na dúvida, nem na análise, porque toda a análise, definitivamente, vos colocará sempre face a duas escolhas, embora tudo já esteja escolhido.
A Onda da Graça não quer mais nada senão colocar-vos nesse estado Êxtase que também vos foi largamente descrito. Mas antes do Êxtase é preciso adotarem a Simplicidade.
Há, com efeito, um princípio que eu chamaria de vasos comunicantes: quanto mais aceitarem o Aqui, mais serão pequenos, aqui, (e por pequeno entendo humilde e não apagado, e não duplamente confinado a um espaço sem ver ninguém) mais os vossos relacionamentos, as vossas relações, se farão segundo a regra da transparência e da evidência. E quanto mais se beneficiarem da Ação da Graça e, portanto, do Amor que se tornará cada vez mais Lúcido, permitindo-vos não mais ser afetados, de maneira nenhuma, pelo que se passa na Terra.
Aproveitem, como foi dito, estes momentos no Ocidente que vos foram oferecidos para se estabelecerem, cada vez mais, na Paz.
As vossas condições de vida, qualquer que seja a sua dureza, são para alguns de vós, de longe, ideais, em relação a outros Irmãos e a outras Irmãs noutros locais.
Nada do que chegará, do que chegou, é fruto do acaso.
Tudo é o fruto de resolução da ação/reação pela Ação da Graça.
Sem nenhuma exceção.
Mesmo se um acontecimento da vossa vida, do vosso meio, vos pareça difícil, há uma razão que não é a vossa razão. Mas há um a razão essencial no vosso destino. Se vocês aceitarem este princípio, vocês constatarão rapidamente que isso é, efetivamente, o caso. Se vocês deixarem o mental aproveitar-se, não haverá saída. Nesse caso o sofrimento aparecerá.
A Onda da Vida, ou a Onda do Éter, ou o Dom da Graça, é qualquer coisa (se assim podemos dizer) que é mesmo a essência, como vos dissemos, mesmo a estrutura, do conjunto das Dimensões, do conjunto dos processos denominados a Vida.
Não há nada a fazer senão sobrepor aquilo que a vida vos propõe sobrepor.
Se vocês fizerem intervir a vontade, como foi dito, ou o vosso mental, vocês irão sistematicamente (e não uma vez em duas) para o inverso daquilo que está previsto para vocês.
Vocês o constarão já nos atos quotidianos das vossas vidas.
Se vocês negligenciarem a primeira intenção ou o primeiro impulso, vocês farão sistematicamente o inverso e vocês terão problemas ou contratempos. Esse não é o objetivo.
A Luz é Amor.
A Graça é Amor.
Ela leva-vos ao que vocês são, ou seja, ao Amor, e não a viver problemas.
Ainda assim, se vocês se colocarem deliberadamente, com confiança, com Fé, com Humildade, Simplicidade e Pequenez na vossa vida, vocês podem estar seguros que, rapidamente, terão a demonstração desta eficácia.
Caso contrário, se forem no sentido oposto, vocês constatarão (aí também, rapidamente) que há alguma coisa que não anda.
Isto não é, uma vez mais, nem uma punição, nem uma retribuição, mas antes a Ação da Graça, trabalhando em vós: cabe a vocês vê-la, adotá-la, ou não.
Vocês estão, nesse nível, como dizia o IRMÃO K, inteiramente responsáveis, porque vocês são inteiramente livres e autônomos: cabe a vocês recusar ou aceitar.
Mas, nem a recusa, nem a aceitação devem desenrolar-se no campo do mental e numa atividade incessante de pesar os prós e os contras. Porque não sairão daí jamais.
A única resposta a obter é, certamente, saber quem vocês São.
Mais do que nunca, a Ação da Luz, a Ação da Onda da Graça, vos remete para esta questão: quem São vocês?
Ela pode ser colocada de várias maneiras, como um questionamento no seio das diferentes funções ou de outros papéis que vocês têm na vossa vida.
Isto não é, mais uma vez, nem uma punição, nem uma retribuição mas antes um esclarecimento do que deve ser esclarecido.
A resistência ao que vier é sofrimento.
A aceitação do que vier é regozijo.
Num caso há choro e ranger de dentes.
No outro caso há bem-aventurança.
O que é que vocês preferem viver?
O que é que vocês preferem Ser?
Qual é, grosso modo, a vossa Verdade?
É a angústia e o medo ou é a Bem-aventurança?
A resposta está em vocês.
Mesmo que, por vezes, enquanto humanos, tenhamos tendência a nos projetar para o exterior, isso não depende, de forma nenhuma, das circunstâncias exteriores, porque as circunstâncias exteriores se conformam com a verdade que vocês vivem. É a demonstração, de qualquer modo, do poder da Lei da Atração.
Se vocês pensam na guerra, vocês viverão a guerra.
Se vocês veem a guerra, haverá guerra.
Se a guerra acontecer, mas se vocês não estiverem nem no pensamento, nem no fato de ver as guerras, vocês não viverão a guerra, em vocês.
Como bem diziam os irmãos orientais, pensem só em coisas belas, exprimam só coisas belas, rodeiem-se de coisas belas. Isto, o Comandante disse-o numerosas vezes, durante a sua vivência e ainda hoje.
Hoje, os resultados de tal tipo de comportamento, ou outro, não são desfasados no tempo, mas instantâneos. Eles o serão cada vez mais, de forma a tornar inteligível a vossa própria posição no processo em curso.
Vocês estão comprometidos com a vossa Eternidade?
Ou vocês estão comprometidos com os vossos jogos do mental?
É muito simples.
Se vocês estão comprometidos no jogo do mental, não há nada a condenar, mas vocês observarão a agitação.
Se vocês fazem o jogo da Eternidade, o vosso comportamento será a manifestação da Paz, da Alegria, da Unidade.
Definitivamente, não há senão duas posições sustentáveis, todas as outras são intermediárias no período que se abre, que se abriu: aceitação ou recusa.
Vocês não podem mais negociar.
De fato, o que há a negociar?
Acabou.
Olhem para a vossa vida.
Olhem para esse corpo que habitam.
Olhem para o que se passa e terão a resposta.
Vocês não têm que vos colocar questões.
Isto é evidente a partir do instante em que vocês olham objetivamente para aquilo que se desenrola.
Portanto, o tempo da Graça, a Onda da Vida, simplifica ainda mais as coisas.
Resumindo, de maneira humorística, eu diria: isto passa ou isto quebra (ou vai ou racha).
Não há nenhum responsável exterior, apenas vocês face a vocês mesmos.
Não há, certamente, nenhuma falha, nenhuma vítima, nenhum carrasco, isso vocês sabem.
Portanto, não serve de nada culpar o que quer que seja, porque isso não pode ser culpado.
O que aparece como uma falha não é senão o resultado, sem nenhuma culpabilidade, da forma como vocês conduziram, como atitude, a vossa vida.
Uma vez que tenham entendido isto, resta aplicá-lo, porque tudo é instantâneo.
Tanto o ladrão como o assassino não recebiam a sua retribuição imediatamente: ela podia ser reportada a um tempo posterior ou a uma vida posterior. Mas já não há tempo posterior, mas já não há vida posterior, só há o tempo presente que vocês vivem.
E, portanto, neste tempo presente se inscreve a Eternidade e, portanto, o Imediato daquilo que é iniciado e do que se manifesta.
Então, é lógico, no ser humano encarnado, procurar a origem para aí trazer uma solução (de um problema, de uma dor, de um estado).
Já não é tempo disso.
Há, de qualquer forma, urgência.
Esta urgência é uma urgência de Amor, é uma urgência à qual vos convida a Onda da Vida, urgência à qual vocês respondem ou não, para além de saber se vocês a vivem, se vocês a percebem e se o Êxtase está lá.
Se o Êxtase está lá, já não há nenhum problema porque o Dom da Vida, que é o Dom da Graça, vos fará viver, a cada minuto, o Absoluto, independentemente de toda circunstância exterior e Interior e independentemente de todo reencontro exterior ou Interior.
Retenham que o movimento da consciência é estritamente o inverso do que foi o caso até agora (a encarnação da Luz), hoje a subida da Graça. Se vocês apreenderem estes dois movimentos, sucessivos e complementares, se os deixarem trabalhar tranquilamente, tudo será pelo melhor.
Como poderá isto ser de outra forma?
A Onda da Vida é o restabelecimento da Verdade e tudo o que é restabelecido em vocês, se restabelece também na vossa vida. Com facilidade, se vocês não resistirem, se vocês não se opuserem.
Certamente que aquele que evolui no sentido dos seus próprios limites pode ser levado a ver, em vocês, um preguiçoso, alguém que não compreendeu nada.
Efetivamente vocês podem afirmar que não compreenderam nada porque não há nada a compreender: só há a Ser.
Mas isso escapará totalmente àquele que está na personalidade.
Isso importa-vos ou não?
Se isso vos importa, então vocês, também, não estão no Absoluto.
É tão simples como isto: vocês não podem agir ou Ser no Absoluto, se o Absoluto não está lá. Isto não deve, portanto, causar uma culpabilidade do que quer que seja, mas sim estar lúcido, transparente, face a face com vocês mesmos, no que se produz, ou é produzido, ou se produzirá, na vossa vida, neste tempo preciso.
A Onda Vida, esta Graça, é inegavelmente Amor, inegavelmente Verdade, sem sombra de qualquer suspeita ou dúvida.
Aquilo que causar a dúvida e a suspeita é o que está limitado em vocês e que tem assustadoramente medo do Ilimitado.
Cabe a vocês verem aquilo a que deram crédito, aquilo a que prestaram atenção.
Olhem ao vosso redor, aqueles que vos precederam na onda da Graça.
Coloquem-lhes as questões. Vão além daquilo que possam perceber como terror, no vosso ego, e vejam com objetividade, o que se tornou a vida deles.
Apreendam também que vocês não podem enganar, nem a vocês, nem aos outros: quer dizer que, aquele que afirma estar na Alegria e que não está, acabará por chorar, que aquele que vive verdadeiramente o Absoluto ficará Absoluto.
Não pode haver queda ou recaída já que esta Passagem é definitiva.
Portanto, as coisas são claras, evidentes e se tornaram cada vez mais evidentes, agora, em vocês e à vossa volta.
Eis as generalidades que eu tinha a exprimir sobre este período.
Se em relação a isto existem questões, claro que eu a as recebo com grande prazer. Não hesitem.
Questão: a passagem de que acaba de falar é a da garganta?
A Onda da Vida, quando ela transcende a carne (fazendo, definitivamente, sair os limites da carne da vossa consciência) vai, de qualquer modo, difundir-se, espalhar-se, com as zonas, efetivamente privilegiadas, que são o ponto OD do tórax (entre o plexo solar e o plexo cardíaco), numa parte, e na outra parte, efetivamente, o chacra dito da garganta, que era um local de Passagem, já no Natal de 2010.
Seguidamente, todo o corpo, não somente os pés mas também as mãos. Em seguida, esta espécie de duplicação à volta do vosso corpo, que não é, desta vez, o corpo de Estado de Ser (que era uma estrutura de ressonância se manifestando sobre uma Porta), mas, sim, o duplo.
Este duplo não é o corpo de Estado Ser: é o corpo transfigurado que vocês devem desposar.
Este é o corpo sem corpo. É a forma sem forma que vem se sobrepor sobre uma forma, a do corpo.
A Onda da Vida é um canto do êxtase quando ela está instalada na totalidade: uma bem-aventurança e uma felicidade absolutas, também chamadas regozijo e êxtase permanentes.
Quando alcançarem isto, o que pode restar como interrogação, como questão, como dúvida, como medo?
Absolutamente nada.
Não foram vocês que decidiram separar-se dos vossos medos, de lutar contra o que quer que seja. É a ação direta da Graça quando ela está instalada, de maneira definitiva e inalterável.
Questão: A que se refere a noção de Manto Azul no Manto Azul da Graça?
O Manto Azul é a estrita Vibração, tendo sido realizada no ano passado, e denominada a Fusão dos Éteres, visível em diferentes locais neste planeta, no céu da Terra ou, se preferem, na atmosfera da Terra.
Este Manto Azul da Graça deposita-se: é uma Onda Vibratória, de cor azul, transportada pelo Mestre dos Éteres, aquele que viu o Éter, o bem amado SRI AUROBINDO e que se implanta como o Manto Azul de MARIA e que vos reveste desta Graça.
Esta Graça coloca-vos na bem-aventurança.
Ela desencadeia a Onda da Vida.
Ela vem, através da sua densificação, sobre o que é denominado o fígado e o baço, impulsionar a Passagem da porta OD que só vocês podem realizar. Mas ela coloca energia ou, se preferirem, lubrifica, de qualquer maneira, a porta OD.
Tudo isto se realiza de forma concomitante.
O Manto Azul da Graça é uma estrutura Vibratória cuja eficiência é a de vos colocar em Bem-aventurança, de fazer nascer a Onda da Graça que vos permitirá passar a Porta estreita da Ressureição, da Crucificação.
Isto se faz, uma vez mais, sem nenhuma intervenção da vossa parte.
Questão: Se só nós podemos passar a Porta Estreita, o que é preciso fazer?
Não, não há estritamente nada a fazer.
A crucificação do ego é justamente contorná-lo, não o negar.
Justamente não fazendo nada porque, definitivamente, quem foi que fez até o presente, senão o ego?
Mesmo a ativação das Coroas Radiantes, mesmo o Fogo do Coração vos abrindo ao Si, não é realizável e consciencializável senão pelo ego.
E vocês não são o ego.
E, portanto, conceber que há qualquer coisa a fazer, é querer agir.
Só vocês podem realizar a Passagem.
E esta Passagem é precisamente o Abandono à Luz, mas mais ainda o Abandono do ego e o Abandono do Si.
O Manto Azul da Graça e o Dom da Graça vos ajudam a vivê-lo.
Mas são vocês que o vivem.
Não há nenhuma contradição.
Acreditar que vocês vão se libertar é uma ilusão.
Vocês estão Libertados, de toda a Eternidade. S
implesmente vocês não o sabem.
Da mesma forma que, com humor, o Senhor Jourdain fazia prosa, vocês fazem prosa sem saber. Quando vocês descobrirem a vossa natureza, o Absoluto, que espaço pode restar para o ego ou para o Si?
Nenhum.
Apenas o ego crê que ele faz nascer a Luz, ou que ele captou a Luz.
Apenas o ego crê que há um caminho, qualquer coisa a percorrer.
Apenas o ego crê que há um trabalho.
E nós também jogamos com esta crença.
Como foi dito, há pouco tempo, se mesmo MARIA vos tivesse dito de uma vez, há dois anos: «vocês são o Absoluto», vocês não teriam colocado questões, vocês teriam tomado isso como qualquer coisa que vocês não compreendem, mas que não necessita de nenhuma questão, porque é totalmente abstrato.
Hoje, o Absoluto não é abstrato, é uma Verdade, vivível além da consciência.
Mas viver o Absoluto não é mais viver o ego e não mais viver o Si. Não rejeitando ou os enterrando, mas transcendendo-os, e não é o ego que pode transcender o ego.
Crer que existe uma solução de continuidade entre o que é conhecido e o que é desconhecido é muito satisfatório para o ego. Mas isto não pode existir.
Quando deixam o vosso corpo pela morte, vocês levam o vosso corpo?
Será que vocês levam o que quer que seja do que vocês possuem neste mundo?
Reflitam dois minutos.
Será que vocês partem com os vossos sapatos, com as vossas notas do banco?
É o ego que, incansavelmente, vos faz crer que vocês possuem a Luz, que vocês se tornaram Luz.
O ego mentirá sempre ao Absoluto porque, como foi dito, o Absoluto, para ele, representa o terror mais terrível.
Como vos foi dito hoje, o ego não pode negar o Absoluto.
Enquanto vocês persistirem em crer que são vocês que trabalham, que são vocês que se transformam, não se passa nada.
O ego pode ir até um certo estado de Luz, isso se chama também o Si, o Despertar ou o Acordar. Mas o Despertar ou o Acordar não são a realização, e muito menos a Libertação, mesmo se o conjunto da Terra for Libertado.
Ser Libertado é tomar consciência da Libertação e do Absoluto.
Isto é um fato adquirido pelo conjunto da humanidade.
Mas o que restará, uma vez vivido?
Restará um ego, um Si ou restará apenas o Absoluto?
Eu resumiria isto de outra forma. A pessoa que vocês são não poderá jamais viver a Libertação. A outra novidade é que vocês estão Libertados, de toda a Eternidade.
É um paradoxo magistral para o ego, mas é a evidência para o Absoluto.
É normal que o ego esteja com raiva, que esquente sozinho frente a este tipo de frase: é o objetivo.
Vocês são a vossa raiva?
Vocês são essa pessoa inscrita entre um nascimento e uma morte?
O estratagema mais maravilhoso do que é denominado ego (sem nenhuma noção pejorativa ou perversa), é justamente vos fazer crer que ele é eterno, que ele é todo-poderoso e que só existe ele.
Ora o ego, a pessoa, não conhecerá jamais o Absoluto.
A boa nova é que vocês não são o ego, que vocês são o Absoluto.
E ser o Absoluto, não vos impede absolutamente de percorrer este mundo.
Simplesmente, a forma como vocês o percorrem não tem nada a ver.
Como dizia, creio eu, no início da tarde, um dos Anciãos: há um antes e um depois. Enquanto vocês não tiverem consciência de um antes e de um depois, vocês permanecem no ego.
Da mesma forma que uma experiência mística, seja ela o Despertar do Si, ou a experiência de morte eminente, conduz inexoravelmente a conceber (porque essa é a verdade) que há um antes e um depois.
Enquanto vocês tiverem o sentimento de uma continuidade, não pode existir aí o Absoluto.
A Passagem é isso.
Só vocês podem realizar esta Passagem, mas isso não é absolutamente um fazer, é justamente o inverso.
É o ego que crê no inverso: que ele pode fazer, onde não há nada a fazer.
Nós não temos mais perguntas. Nós vos agradecemos.
Caros Irmãos e Irmãs encarnados, eu vos dou Graças por terem prestado atenção aos meus propósitos e eu vos amo indefinidamente e infinitamente.
O Melquizedeque da Terra, PHILIPPE DE LYON, vos diz até à próxima.
E não se esqueçam de colocar em algum lugar o que vos disse, mesmo se, por agora, isso não vos evoque nada ou não faça ressoar nada em vocês.
No momento próximo, que será o vosso, vocês compreenderão facilmente e apreenderão aquilo que eu vos disse.
Outros Anciãos vos disseram, noutros momentos, certas coisas que, no momento em que as leram, vos pareceu compreendê-las; se as retomarem hoje vocês verão que o significado não é de todo o mesmo.
Certas coisas foram dadas, há vários anos, e vos pareciam lógicas, Vibrantes mas não veiculam a mesma Vibração se vocês as relerem hoje.
O texto é o mesmo, a Vibração é a mesma, o que é que mudou?
Sobre isto, eu vos digo, até breve.
Sejam cobertos de graças.
_________________________________________________________
Mensagem do Venarável PHILIPPE DE LYON no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1387
17 de março de 2012
(Publicado em 18 de março de 2012)
Tradução para o português: Cristina Marques e António Teixeira
http://minhamestria.blogspot.com/
Eu estou aqui convosco enquanto Melquizedeque da Terra.
Raramente tive ocasião de me exprimir, muitas vezes em relação à noção de CRISTO, de Pequenez, de Humildade, de Simplicidade. A minha abordagem inscreve-se sobretudo no que se deve observar como conduta, se assim podemos dizer, relativamente à etapa da Terra que se abriu depois da recepção do Manto Azul da Graça e do nascimento da Onda da Vida.
Como talvez tenham constatado, até o presente, muitas coisas estavam implementadas (através de diferentes coisas) que fossem as energias que desciam, a Consciência Vibral, a Luz Vibral, que necessitavam da vossa parte, eu diria, de um trabalho particular (que alguns entre vós desenvolveram desde há numerosos anos e que outros descobriram somente agora).
Se estivessem atentos, a Onda da Vida, o Manto Azul da Graça, são exatamente o inverso, eu diria, daquilo que vos era pedido até o presente, ou seja, deixar de fazer.
O que está em vias de se realizar, esta famosa Obra do Branco ou Obra final, não necessita, paradoxalmente, de nenhuma intervenção da vossa parte, na vida, nenhuma atenção senão a de Estar Presente no Instante.
Com efeito, não vos foram dadas, nem vos serão dadas, práticas, exercícios específicos permitindo potencializar, se assim podemos dizer, o que se passa. No máximo, foi-vos sugerido caminhar descalços para deixar mais facilmente, eu diria, subir esta Onda da Vida.
É já alguma coisa que deveria interrogar-vos.
O meu objetivo não é fazer-vos reagir, muito menos fazer trabalhar o vosso mental mas, simplesmente, colocar a vossa Intenção nesta diferença maior. A Luz pediu, da vossa parte, um processo (quaisquer que sejam as técnicas, os modos de proceder). Existiram mecanismos, técnicas de integração, se assim podemos dizer, da Luz, neste veículo chamado corpo.
Mais do que nunca, hoje, nós vos pedimos para largar tudo isso.
Alguns, entre nós, vos falaram mesmo da Ilusão total. Isto não é, de modo algum, destinado a vos desorientar ou a vos fazer ficar perdido, mas a fazer-vos retornar ao que eu chamaria uma certa forma de normalidade (além de todo mecanismo ascensional que está em curso, individualmente e coletivamente, tanto sobre a Terra como sobre o Sol).
O que é pedido hoje, da vossa parte, é, sobretudo, de se colocarem nesta Humildade, nesta Simplicidade; isso foi dito porque é preciso, no máximo, evitar que o que chamamos a Consciência (seja ela a limitada do ego ou a mais ampla do Si) possa de alguma forma interferir com a normalidade do que se desenrola.
A Onda da Vida, vocês compreenderam, é a restituição deste Mundo à sua Verdade, ao Éter que foi rarefeito pela Ilusão e mesmo pela Falsificação deste Plano da Realidade.
Vocês trabalharam, muitos entre vós, enormemente, no sentido mais nobre: procuraram, acolheram a Luz, realizaram a implantação da Luz. Nós vos convidamos, ao longo destes anos, a realizar diferentes coisas e, desde há algumas semanas, uns e outros vos pediram para parar tudo. Não de parar tudo para se meterem numa cama e esperar um fim qualquer, mas antes parar todos os processos que utilizavam a Consciência (mais uma vez seja ela colocada no Ego ou no Si) para deixar fazer o que é natural.
O que é que é natural? O que é natural é justamente reencontrar esta reconexão ao Céu e à Terra, ao que foi denominado as raízes Intraterrestres do núcleo Intraterrestre, e da cabeça ao nível das raízes Extraterrestres, colocando-vos na vossa posição normal, enquanto humanos, como mediadores entre o Céu e a Terra.
Tanto a reconexão ao Céu, se assim podemos dizer, necessitava de uma ação da vossa parte, como a reconexão à Terra necessita de uma não-ação e de deixar agir, se assim se pode dizer, o que deve acontecer.
Quando eu digo «o que deve acontecer», quero dizer (porque é o mesmo processo) se esse é o vosso destino, de aceder ao Absoluto. O destino da Terra, como vocês sabem, estando em vias de se estabelecer numa Dimensão de uma oitava diferente daquela em que conheceu até o presente.
Nós insistimos no fato de que existiam numerosas Moradas, que cada um iria, de qualquer modo, segundo a sua Vibração, segundo a sua escolha Vibral.
Isso foi extremamente importante e o será sempre, certamente.
Mas, no desenrolar do que é esperado (individualmente, em vós, e coletivamente) não há melhor atitude do que deixar a vida desenrolar-se segundo a sua própria Inteligência, segundo a sua própria Luz, quer isso seja sobre a Terra como em vós.
Um certo número de manifestações sobre a Terra estão em curso e amplificam-se. Elas apelam, da vossa parte, a uma coisa fundamental: a uma não-reação, a uma não-participação a qualquer coisa que possa parecer terrível para a personalidade.
Da mesma maneira que, na vida vulgar, quando um humano passa pelas portas da morte, vem um momento em que ele se rende, porque quando o corpo se solta, não tem mais nada a fazer senão se render.
Da mesma forma, o processo final de transformação que vive a Terra e que vocês vivem, se estabelecerá, eu diria e nós vos dissemos, o que quer que vocês façam, o que quer que vocês desejem, o que quer que vocês aceitem, o que quer que vocês recusem.
E a melhor maneira de viver aquilo que é para viver, é, sobretudo, deixar estabelecer-se o que se deve estabelecer, em vocês e em toda a parte.
Mais uma vez, e como disseram os meus companheiros Anciãos, vocês não têm que se colocar num local e esperar que tudo isso aconteça tranquilamente, na cama, ou em frente a uma televisão: vocês têm que estar Lúcidos.
Mas estar Lúcido quer dizer acolher o que se passa, sem querer agir de outra maneira, quer em vocês, quer no exterior.
Contudo, continuem a viver a vossa vida.
Se a Luz vos chamar de maneira muito intensa, vivam o que tiverem a viver com a Luz.
Se a Luz não vos chamar, continuem a fazer o que têm a fazer.
A Onda da Vida, além da Inteligência da Luz, faz exatamente o que ela tem a fazer, e ela o fará tanto melhor quanto menos vocês intervierem. A única potencialização possível é a que acabou de vos ser anunciada, esta tarde, ou seja, religarem-se na Comunhão, na Nova Aliança, todos juntos, onde quer que estejam, às 19 horas (hora francesa), a partir de 2 de Abril, para acolher, em conjunto, o Manto Azul da Graça e a Onda da Vida, sem nada fazer, sem nada pedir.
Como foi dito, simplesmente sendo espetador do que se desenrola, observador daquilo que acontece mas, sobretudo, não participar neste espetáculo um pouco particular, que vai agora ampliar-se, de maneira extremamente rápida, por todo lado, em vocês e sobre a Terra.
Esta é a melhor maneira de viver e de passar este período, se assim se pode dizer, não há outra.
Como nós o dissemos, e como o Arcanjo ANAEL vos disse, a Onda da Vida é comum ao conjunto da Terra, Ancoradores da Luz ou não, tenham despertado as Coroas ou não.
A Onda da Vida não é um trabalho, não é um serviço, ela é natural, totalmente natural, é o retorno ao que foi retirado, removido deste mundo, do fato da libertação dos três envelopes isolantes dos quais o Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV) vos falou muitas vezes.
Poderíamos resumir isto de uma forma simples que é : «Amai, Amai, Vivam e façam o que vos agradar, no Amor».
Não é mais o tempo de se impor alguma coisa que não o que o Manto da Graça decide, para vocês e em vocês, ao nível fisiológico. Isso foi evocado.
Não é mais tempo de decidir fazer isto ou aquilo, mas é verdadeiramente o tempo de, muito simplesmente, Viver o que vem.
Quaisquer que sejam as aparências deste mundo, é exatamente a Vida na sua Totalidade e na sua Verdade.
Mais do que nunca, não procurem acontecimentos exteriores, eles estão lá.
Não procurem uma data, só a Terra a conhece, vocês sabem isso.
Mesmo que nós vos digamos que isto está em curso, está efetivamente em curso, vocês irão aperceber-se através das modificações das vossas próprias perceções.
Mesmo o fato da Onda da Vida vos penetrar, se ainda não o fez, muito proximamente, e vos percorrer, é exatamente a reconexão final da Verdade à Verdade do que vocês São, além da Ilusão.
Não se coloquem questões sobre o que é a Verdade, o que é a ilusão. Mesmo se muitos elementos vos foram dados, estes elementos foram elementos que eu qualificaria de prévios.
Mas, a melhor maneira, agora, de o viver, é ultrapassar tudo isso e ser totalmente Lúcido e Presente em tudo o que fizerem em cada minuto.
Se cozinharem, cozinhem, se dormirem, durmam, se trabalharem, trabalhem.
O que quer que vocês façam, façam-no, de qualquer forma, na totalidade e com a maior Lucidez e com Amor.
As circunstâncias, não da Onda de Vida, mas da resistência à Onda da Vida (para os vossos Irmãos, nossos Irmãos, nossas Irmãs que estão ainda na dúvida, no medo, num quadro que eu qualificaria de linear, entre a vida e a morte, constituído de comportamentos precisos, adaptados a um dado quadro de vida), brevemente deixarão de existir.
A única forma de atravessar e de passar esta época, tanto em vocês como fora de vocês, neste mundo, é exatamente deixar fazer aquilo que deve fazer-se.
Compreendam bem que nenhuma oposição, em vocês ou a vocês, poderá evitar o que quer que seja.
Compreendam bem que nenhuma manifestação, de nenhuma ordem, face àquilo que as resistências humanas e não-humanas vão causar sobre esta Terra, não vos diz respeito.
Aquilo que vos diz respeito é a Vida.
O que vos diz respeito é a Onda da Vida, é viver totalmente, de forma Humilde, Simples, fazendo-vos (e sem nenhum jogo de palavras) o mais pequeno possível.
Esta é a forma mais segura, mais certa, de atravessar sem acidentes este período.
Se vocês viverem o Absoluto, agradeçam.
Se vocês não viverem o Absoluto, agradeçam.
Se vocês viverem o Si, agradeçam.
Se vocês não viverem o Si, agradeçam também.
Se vocês viverem o Ego, agradeçam.
Se vocês viverem só o Ego, agradeçam da mesma forma.
Não se preocupem com qualquer atraso, com qualquer inaptidão à Onda da Vida.
A Onda da Vida é natural, ela não tem necessidade da vida porque ela diz respeito a toda a Vida. É o retorno à Vida, não amputado, não cortado, não preso.
Portanto, é um processo inteiramente natural, inteiramente espontâneo e que, uma vez mais, só necessita da vossa parte de uma simples Benevolência, uma simples Lucidez.
Tudo deve tornar-se extremamente simples.
Da mesma forma que a Luz é Inteligência e Simplicidade, a Onda da Vida pede-vos simplesmente para a acolher, para a deixar, de qualquer modo, vos percorrer, sem questões.
Se vocês aceitam estas recomendações, vocês constatarão, de maneira extremamente rápida, que aquilo que nós denominamos a Fluidez da Unidade, a Sincronicidade, a Alegria, mesmo o Absoluto, se manifestarão, de maneira evidente, na vossa vida.
O período é intenso, é intenso no plano da Consciência, é intenso sobre o plano da Terra, é intenso, certamente, no plano das mudanças.
Estas mudanças não dependem de vocês, da mesma maneira que, na vida normal, quando morrerem, quando morrermos todos (salvo se pusermos fim aos nossos dias), a morte não depende da nossa vontade, num sentido ou noutro.
É o que acontece a este corpo que é perecível.
Dizem bem que o que chega é justamente o retorno da Eternidade, do Imperecível, o retorno à Eternidade.
Não há nada mais natural que a Eternidade.
O que não era natural, certamente, eram as condições de vida neste mundo.
Não é este mundo que não é natural, é o que foi retirado deste mundo que não é natural.
O retorno do natural é acompanhado de marcadores: estes marcadores foram longamente desenvolvidos. Mas, além de viver ou não esses marcadores, o mais fundamental, é fazer Simples e, sobretudo, resumir.
Como outros intervenientes vos disseram, é preciso verdadeiramente felicitar o conjunto das Consciências, a Unidade, a FONTE, o Trabalho que foi cumprido, e que permite ter dissolvido e diluído vários elementos que tinham sido vistos pelos profetas, dados pelo CRISTO, ou por outras tradições, referentes a este tempo particular que finda.
Vocês estão, de alguma forma, além da participação nos processos coletivos.
Durante muito tempo foi dito: «os primeiros serão os últimos».
Se vocês não perceberam, até hoje, nada do que se passava, digo-vos que é o vosso justo lugar e que vocês, assim como os Coroados, são Abençoados.
Lembrem-se, porém, que o que pode ser o mais inabilitante, o maior incapacitante, durante este período, é exclusivamente a atividade do Mental, porque dele deriva todo o resto: os Apegos, as Crenças, mesmo as Emoções.
Lembrem-se que vocês não têm nenhum meio de calar esse mental nem de o constranger. Apenas o trabalho da Luz Vibral (e agora da Onda da Vida), que não é mais um trabalho, permitindo transcender esse Mental e estabelecer-se naquilo que os nossos Irmãos orientais denominam a Morada da Paz Suprema.
A Morada da Paz Suprema não é um estado de fuga deste mundo, da mesma forma que o Êxtase (a manifestação do Manto Azul da Graça, a ação e a manifestação do Absoluto) não é, em caso algum, como vos disseram hoje os Anciãos, um refúgio deste mundo, mas, antes, uma Transcendência deste mundo.
Vocês não podem transcender este mundo, individualmente e agora coletivamente, se vocês rejeitarem este mundo.
Não há nada a ser rejeitado.
Há, mais uma vez, a ser Transcendido.
E a única forma de transcender é, verdadeiramente, ser pequeno, se fazer pequeno.
Da mesma forma que um aluno que foi notado numa classe de escola, a quem foi pedido para se fazer pequeno ou para se fazer esquecer. Não há hoje melhor maneira de proceder.
Mais uma vez, o que quer que tenham vivido, o que quer que vivam, o que quer que ainda não vivam, não se inquietem, vocês serão apanhados pela Onda da Vida, onde quer que estejam, o que quer que pensem, o que quer que decidam.
É obrigatório, não há absolutamente nada que se possa subtrair ao Núcleo Cristalino da Terra que, vos lembro, está religado à vossa origem estelar, ou seja, a Sírius.
A conjunção das três partes da Luz Vibral que vocês conhecem, a subida da Onda da Vida, restitui-vos ao Éter da Eternidade, vos convida ao que nós denominamos de Núpcias da Luz, retorno ao Absoluto, estabelecimento na vossa escolha Vibratória.
E tudo isso se realiza, verdadeiramente, sem nenhuma implicação de vocês mesmos.
Àquilo que a Luz decide, àquilo que a Onda da Vida decide, em vocês, vocês não podem escapar, nem a uma, nem a outra.
Só a ilusão do Mental pode fazer-vos crer nisso.
Nenhum ser humano neste planeta poderá escapar ao instante coletivo da Terra.
Portanto, há, de alguma forma (no retorno à Vida real, se assim a podemos chamar), uma inevitabilidade que tem a ver com o vosso livre-arbítrio, se vocês ainda acreditam nisso.
A Ação da Graça é estritamente oposta ao livre-arbítrio.
Quem tem livre-arbítrio é a Alma.
A Ação da Graça é tudo o que está além do efêmero (como nós o dissemos e repetimos através dos Anciãos e das Estrelas).
Finalmente, a melhor maneira de estar confortável nisto que se desenrola, é olhar o desenrolar: isto não é a passividade mas, bem mais, uma compreensão total dos mecanismos em curso, que vocês vivem ou não, no momento.
A Humildade, a Simplicidade, são as chaves principais: apagar-se perante a confusão do mundo, apagar-se perante os conflitos, não para os recusar ou se afastar, mas porque vocês não são nada disso.
Apagar-se mesmo perante a sua própria dor.
E vocês constatarão que se a Onda da Vida vos penetra, vocês chegarão, cada vez mais facilmente, a não se identificarem mais com qualquer dor, a uma qualquer implicação da vossa vida.
Isto não é um desinteresse.
Isto é realmente uma Transcendência que é, realmente, vivida como tal.
A partir de agora, todos os dias, e muito rapidamente dentro de duas semanas, vocês constatarão, se não aconteceu já, as modificações fundamentais dos vossos mecanismos de funcionamento.
Então, se as palavras empregues, desde logo vos abalaram, vos incomodaram, esqueçam estas palavras e permanecem simplesmente, sem implicação, sem vontade, apenas em vocês, colocando-vos como intermediários do Céu e da Terra que acolhe em si, com a mesma evidência, a Luz da Onda Vida.
Os dois estão destinados a reencontrarem-se: vocês são o elo do Reencontro.
A Terra, o Sol, são o elo do Alinhamento com a Onda Galáctica.
O que vocês vivem (ou ainda não), tanto nos vossos pés como no vosso corpo, é a Onda Galáctica, é a transformação da lagarta em Borboleta, dando-vos, por vezes, alguns inconvenientes que vos foram comunicados.
Será que a lagarta se preocupa em tornar-se Borboleta, ou em negar a Borboleta?
Será que a Borboleta se preocupa por ter sido uma lagarta, ou em ser uma Borboleta?
Será que vocês apreendem o que isto significa?
A Borboleta voa sem se colocar a questão de saber como voar.
Vocês, portanto, como foi dito, são a Eternidade.
Vocês não têm que se colocar a questão de saber como Ser a Eternidade, porque, como vos foi repetido inúmeras vezes, é a vossa Natureza, é a nossa Natureza, de todos.
Apenas o que foi evocado, há muitos anos (o princípio do confinamento da terceira dimensão, dita dissociada) é justamente o que não é normal.
O retorno à normalidade necessita simplesmente, da vossa parte, que estejam Conscientes, mas vocês não têm nenhum meio de ação, a partir de agora, sobre este retorno à normalidade. Ele É e ele inscreve-se mesmo na lógica da Vida, além de todo condicionamento, além de toda noção Dimensional.
Em resumo, quer vocês creiam ou não no que se passa, isso passará e está em vias de passar.
E a forma de o passar é: Humildade, Simplicidade, ser totalmente pequeno, ser espectador e observador do que se desenrola.
Vocês não têm que antecipar.
Vocês não têm que projetar.
Vocês também não têm de manifestar um qualquer medo ou, em todo o caso, não dar qualquer credibilidade, porque efetivamente vocês vão reencontrar o que é natural, mesmo se isso é Desconhecido, como dizia o IRMÃO K, nada tem a ver com o conhecido.
Não se esqueçam que, sobre este mundo, tudo foi invertido: o que (neste ponto de vista, onde vocês estão) vocês chamam o nada, o vazio, é exatamente o Pleno e o inverso do nada.
O vosso olhar, a colocação do vosso ponto de vista, não pode mudar, de maneira nenhuma, a evidência.
Vocês não podem senão manifestar as resistências ou as contradições que vão, de maneira inútil, correr o risco de vos fazer sofrer, por nada, estritamente por nada.
Pensem que o que quer que seja exterior ou Interior, agora, não vos dará nenhum auxílio.
A única ajuda vem da neutralidade benevolente daquele que tem confiança, a Fé total na Eternidade, na Luz porque é a única Verdade, como vocês o sabem ou supõem, mesmo se, ainda hoje, o rejeitam.
Lembre-se que aquilo que nós todos somos é totalmente natural, o que foi reencontrado foi este aspeto natural e Eterno e o que desaparece não é senão uma ilusão, à qual um certo peso foi dado.
Aquele que morre, enquanto humano, pouco a pouco se liberta daquilo que foi a sua vivência e ele renasce totalmente livre do que existia na sua memória da sua vida passada.
Aquilo que vocês são hoje, e o que vocês recuperarão (esta Eternidade) não se inscreve na lei da ação/reação, num qualquer carma: é a justa retribuição da vossa natureza e a restituição.
A Fé e a Confiança participam na vossa tranquilidade e na vossa Paz.
Quando um tsunami passa por vocês com uma onda de cem metros, não serve de nada tentar fugir, da mesma forma que, quando a hora de partir chegar (para alguém que vá partir), ele pode resistir mas, definitivamente, partirá.
O que vem não é a morte, nem o sofrimento.
O que vem é a Liberdade, a Alegria, a Eternidade.
Só se vocês não estiverem tranquilos, se não estiverem em Paz, o mental vos vai sussurrar exatamente o inverso. Ele vai querer levar-vos, sobretudo se a Onda da Vida não vos percorreu, a duvidar, a rejeitar, a hesitar, a vos afastar desta noção de Pequenez, de Humildade, de Simplicidade. E tudo, efetivamente, se tornará, neste caso, mais complicado, menos evidente e menos sereno.
A questão não é projetar qualquer coisa que vai chegar ou que não chegará, mas de saber, em definitivo, se vocês estão prontos. E vocês o estão seguramente, porque estão lá.
Não há que se questionar, há apenas a viver o que a Luz e a Onda da Vida vos dão a viver.
Quanto mais vocês aceitarem viver o que há a viver, o que a Vida vos propõe, mais vocês estão atentos e serão atentos ao que se desenrola, tudo será extremamente mais fácil.
O mental vos tornará a vida difícil, estejam convencidos disso. Esta é a razão pela qual não é preciso nem o constranger, nem ofender, mas interessarem-se por outras coisas que não o mental.
A Inteligência consiste em não escutar o mental mas em agir ou Ser com Inteligência. Tudo isto se tornou muito mais acessível para vocês, de maneira mais simples.
A ação da Onda da Vida em vocês é o Dom da Graça na Graça, é a ação do Manto Azul da Graça.
Questionem em torno de vocês, os que vivem a Onda Vida, sobre os seus efeitos, sobre o que ela desencadeia, e em que estado de observação estão estas pessoas, relativamente a vocês, se vocês ainda não o vivem.
Não serve de nada se interrogarem sobre quando isso aparecerá: eu falo tanto da Onda da Vida como dos acontecimentos maiores desta Terra, eles estão lá.
Um certo número de prazos cósmicos, galácticos, foram dados há muitos anos.
Tudo isso não vos deve afastar do Instante.
Quanto menos escutarem o que vos sugere o mental, mais vocês irão pela primeira intenção que se manifestar, mais vocês estarão certos de estar na precisão, porque não é senão o mental que ainda adia [tergiversa].
A Verdade nunca é adiada: ela está lá, como talvez vocês saibam, de toda a Eternidade.
Ela não se importa com a cogitação do mental para saber se isso é justo ou falso.
Isso É.
Toda a vossa vida, se ficarem tranquilos, se tornará (em todos os seus compartimentos, se ela ainda estiver compartimentada) cada vez mais simples.
Mais uma vez, retenham que cada um de vocês aqui, na Terra, é diferente e que o apelo da Luz para um vai ser como um relâmpago, e que o mesmo apelo da Luz, para outro vai torná-lo hiperativo. Tudo é possível.
Simplesmente respeitem a primeira intenção e o primeiro impulso porque é sempre o que vem da Simplicidade.
Não se questionem.
Não entrem no jogo de saber porquê.
Não entrem na dúvida, nem na análise, porque toda a análise, definitivamente, vos colocará sempre face a duas escolhas, embora tudo já esteja escolhido.
A Onda da Graça não quer mais nada senão colocar-vos nesse estado Êxtase que também vos foi largamente descrito. Mas antes do Êxtase é preciso adotarem a Simplicidade.
Há, com efeito, um princípio que eu chamaria de vasos comunicantes: quanto mais aceitarem o Aqui, mais serão pequenos, aqui, (e por pequeno entendo humilde e não apagado, e não duplamente confinado a um espaço sem ver ninguém) mais os vossos relacionamentos, as vossas relações, se farão segundo a regra da transparência e da evidência. E quanto mais se beneficiarem da Ação da Graça e, portanto, do Amor que se tornará cada vez mais Lúcido, permitindo-vos não mais ser afetados, de maneira nenhuma, pelo que se passa na Terra.
Aproveitem, como foi dito, estes momentos no Ocidente que vos foram oferecidos para se estabelecerem, cada vez mais, na Paz.
As vossas condições de vida, qualquer que seja a sua dureza, são para alguns de vós, de longe, ideais, em relação a outros Irmãos e a outras Irmãs noutros locais.
Nada do que chegará, do que chegou, é fruto do acaso.
Tudo é o fruto de resolução da ação/reação pela Ação da Graça.
Sem nenhuma exceção.
Mesmo se um acontecimento da vossa vida, do vosso meio, vos pareça difícil, há uma razão que não é a vossa razão. Mas há um a razão essencial no vosso destino. Se vocês aceitarem este princípio, vocês constatarão rapidamente que isso é, efetivamente, o caso. Se vocês deixarem o mental aproveitar-se, não haverá saída. Nesse caso o sofrimento aparecerá.
A Onda da Vida, ou a Onda do Éter, ou o Dom da Graça, é qualquer coisa (se assim podemos dizer) que é mesmo a essência, como vos dissemos, mesmo a estrutura, do conjunto das Dimensões, do conjunto dos processos denominados a Vida.
Não há nada a fazer senão sobrepor aquilo que a vida vos propõe sobrepor.
Se vocês fizerem intervir a vontade, como foi dito, ou o vosso mental, vocês irão sistematicamente (e não uma vez em duas) para o inverso daquilo que está previsto para vocês.
Vocês o constarão já nos atos quotidianos das vossas vidas.
Se vocês negligenciarem a primeira intenção ou o primeiro impulso, vocês farão sistematicamente o inverso e vocês terão problemas ou contratempos. Esse não é o objetivo.
A Luz é Amor.
A Graça é Amor.
Ela leva-vos ao que vocês são, ou seja, ao Amor, e não a viver problemas.
Ainda assim, se vocês se colocarem deliberadamente, com confiança, com Fé, com Humildade, Simplicidade e Pequenez na vossa vida, vocês podem estar seguros que, rapidamente, terão a demonstração desta eficácia.
Caso contrário, se forem no sentido oposto, vocês constatarão (aí também, rapidamente) que há alguma coisa que não anda.
Isto não é, uma vez mais, nem uma punição, nem uma retribuição, mas antes a Ação da Graça, trabalhando em vós: cabe a vocês vê-la, adotá-la, ou não.
Vocês estão, nesse nível, como dizia o IRMÃO K, inteiramente responsáveis, porque vocês são inteiramente livres e autônomos: cabe a vocês recusar ou aceitar.
Mas, nem a recusa, nem a aceitação devem desenrolar-se no campo do mental e numa atividade incessante de pesar os prós e os contras. Porque não sairão daí jamais.
A única resposta a obter é, certamente, saber quem vocês São.
Mais do que nunca, a Ação da Luz, a Ação da Onda da Graça, vos remete para esta questão: quem São vocês?
Ela pode ser colocada de várias maneiras, como um questionamento no seio das diferentes funções ou de outros papéis que vocês têm na vossa vida.
Isto não é, mais uma vez, nem uma punição, nem uma retribuição mas antes um esclarecimento do que deve ser esclarecido.
A resistência ao que vier é sofrimento.
A aceitação do que vier é regozijo.
Num caso há choro e ranger de dentes.
No outro caso há bem-aventurança.
O que é que vocês preferem viver?
O que é que vocês preferem Ser?
Qual é, grosso modo, a vossa Verdade?
É a angústia e o medo ou é a Bem-aventurança?
A resposta está em vocês.
Mesmo que, por vezes, enquanto humanos, tenhamos tendência a nos projetar para o exterior, isso não depende, de forma nenhuma, das circunstâncias exteriores, porque as circunstâncias exteriores se conformam com a verdade que vocês vivem. É a demonstração, de qualquer modo, do poder da Lei da Atração.
Se vocês pensam na guerra, vocês viverão a guerra.
Se vocês veem a guerra, haverá guerra.
Se a guerra acontecer, mas se vocês não estiverem nem no pensamento, nem no fato de ver as guerras, vocês não viverão a guerra, em vocês.
Como bem diziam os irmãos orientais, pensem só em coisas belas, exprimam só coisas belas, rodeiem-se de coisas belas. Isto, o Comandante disse-o numerosas vezes, durante a sua vivência e ainda hoje.
Hoje, os resultados de tal tipo de comportamento, ou outro, não são desfasados no tempo, mas instantâneos. Eles o serão cada vez mais, de forma a tornar inteligível a vossa própria posição no processo em curso.
Vocês estão comprometidos com a vossa Eternidade?
Ou vocês estão comprometidos com os vossos jogos do mental?
É muito simples.
Se vocês estão comprometidos no jogo do mental, não há nada a condenar, mas vocês observarão a agitação.
Se vocês fazem o jogo da Eternidade, o vosso comportamento será a manifestação da Paz, da Alegria, da Unidade.
Definitivamente, não há senão duas posições sustentáveis, todas as outras são intermediárias no período que se abre, que se abriu: aceitação ou recusa.
Vocês não podem mais negociar.
De fato, o que há a negociar?
Acabou.
Olhem para a vossa vida.
Olhem para esse corpo que habitam.
Olhem para o que se passa e terão a resposta.
Vocês não têm que vos colocar questões.
Isto é evidente a partir do instante em que vocês olham objetivamente para aquilo que se desenrola.
Portanto, o tempo da Graça, a Onda da Vida, simplifica ainda mais as coisas.
Resumindo, de maneira humorística, eu diria: isto passa ou isto quebra (ou vai ou racha).
Não há nenhum responsável exterior, apenas vocês face a vocês mesmos.
Não há, certamente, nenhuma falha, nenhuma vítima, nenhum carrasco, isso vocês sabem.
Portanto, não serve de nada culpar o que quer que seja, porque isso não pode ser culpado.
O que aparece como uma falha não é senão o resultado, sem nenhuma culpabilidade, da forma como vocês conduziram, como atitude, a vossa vida.
Uma vez que tenham entendido isto, resta aplicá-lo, porque tudo é instantâneo.
Tanto o ladrão como o assassino não recebiam a sua retribuição imediatamente: ela podia ser reportada a um tempo posterior ou a uma vida posterior. Mas já não há tempo posterior, mas já não há vida posterior, só há o tempo presente que vocês vivem.
E, portanto, neste tempo presente se inscreve a Eternidade e, portanto, o Imediato daquilo que é iniciado e do que se manifesta.
Então, é lógico, no ser humano encarnado, procurar a origem para aí trazer uma solução (de um problema, de uma dor, de um estado).
Já não é tempo disso.
Há, de qualquer forma, urgência.
Esta urgência é uma urgência de Amor, é uma urgência à qual vos convida a Onda da Vida, urgência à qual vocês respondem ou não, para além de saber se vocês a vivem, se vocês a percebem e se o Êxtase está lá.
Se o Êxtase está lá, já não há nenhum problema porque o Dom da Vida, que é o Dom da Graça, vos fará viver, a cada minuto, o Absoluto, independentemente de toda circunstância exterior e Interior e independentemente de todo reencontro exterior ou Interior.
Retenham que o movimento da consciência é estritamente o inverso do que foi o caso até agora (a encarnação da Luz), hoje a subida da Graça. Se vocês apreenderem estes dois movimentos, sucessivos e complementares, se os deixarem trabalhar tranquilamente, tudo será pelo melhor.
Como poderá isto ser de outra forma?
A Onda da Vida é o restabelecimento da Verdade e tudo o que é restabelecido em vocês, se restabelece também na vossa vida. Com facilidade, se vocês não resistirem, se vocês não se opuserem.
Certamente que aquele que evolui no sentido dos seus próprios limites pode ser levado a ver, em vocês, um preguiçoso, alguém que não compreendeu nada.
Efetivamente vocês podem afirmar que não compreenderam nada porque não há nada a compreender: só há a Ser.
Mas isso escapará totalmente àquele que está na personalidade.
Isso importa-vos ou não?
Se isso vos importa, então vocês, também, não estão no Absoluto.
É tão simples como isto: vocês não podem agir ou Ser no Absoluto, se o Absoluto não está lá. Isto não deve, portanto, causar uma culpabilidade do que quer que seja, mas sim estar lúcido, transparente, face a face com vocês mesmos, no que se produz, ou é produzido, ou se produzirá, na vossa vida, neste tempo preciso.
A Onda Vida, esta Graça, é inegavelmente Amor, inegavelmente Verdade, sem sombra de qualquer suspeita ou dúvida.
Aquilo que causar a dúvida e a suspeita é o que está limitado em vocês e que tem assustadoramente medo do Ilimitado.
Cabe a vocês verem aquilo a que deram crédito, aquilo a que prestaram atenção.
Olhem ao vosso redor, aqueles que vos precederam na onda da Graça.
Coloquem-lhes as questões. Vão além daquilo que possam perceber como terror, no vosso ego, e vejam com objetividade, o que se tornou a vida deles.
Apreendam também que vocês não podem enganar, nem a vocês, nem aos outros: quer dizer que, aquele que afirma estar na Alegria e que não está, acabará por chorar, que aquele que vive verdadeiramente o Absoluto ficará Absoluto.
Não pode haver queda ou recaída já que esta Passagem é definitiva.
Portanto, as coisas são claras, evidentes e se tornaram cada vez mais evidentes, agora, em vocês e à vossa volta.
Eis as generalidades que eu tinha a exprimir sobre este período.
Se em relação a isto existem questões, claro que eu a as recebo com grande prazer. Não hesitem.
Questão: a passagem de que acaba de falar é a da garganta?
A Onda da Vida, quando ela transcende a carne (fazendo, definitivamente, sair os limites da carne da vossa consciência) vai, de qualquer modo, difundir-se, espalhar-se, com as zonas, efetivamente privilegiadas, que são o ponto OD do tórax (entre o plexo solar e o plexo cardíaco), numa parte, e na outra parte, efetivamente, o chacra dito da garganta, que era um local de Passagem, já no Natal de 2010.
Seguidamente, todo o corpo, não somente os pés mas também as mãos. Em seguida, esta espécie de duplicação à volta do vosso corpo, que não é, desta vez, o corpo de Estado de Ser (que era uma estrutura de ressonância se manifestando sobre uma Porta), mas, sim, o duplo.
Este duplo não é o corpo de Estado Ser: é o corpo transfigurado que vocês devem desposar.
Este é o corpo sem corpo. É a forma sem forma que vem se sobrepor sobre uma forma, a do corpo.
A Onda da Vida é um canto do êxtase quando ela está instalada na totalidade: uma bem-aventurança e uma felicidade absolutas, também chamadas regozijo e êxtase permanentes.
Quando alcançarem isto, o que pode restar como interrogação, como questão, como dúvida, como medo?
Absolutamente nada.
Não foram vocês que decidiram separar-se dos vossos medos, de lutar contra o que quer que seja. É a ação direta da Graça quando ela está instalada, de maneira definitiva e inalterável.
Questão: A que se refere a noção de Manto Azul no Manto Azul da Graça?
O Manto Azul é a estrita Vibração, tendo sido realizada no ano passado, e denominada a Fusão dos Éteres, visível em diferentes locais neste planeta, no céu da Terra ou, se preferem, na atmosfera da Terra.
Este Manto Azul da Graça deposita-se: é uma Onda Vibratória, de cor azul, transportada pelo Mestre dos Éteres, aquele que viu o Éter, o bem amado SRI AUROBINDO e que se implanta como o Manto Azul de MARIA e que vos reveste desta Graça.
Esta Graça coloca-vos na bem-aventurança.
Ela desencadeia a Onda da Vida.
Ela vem, através da sua densificação, sobre o que é denominado o fígado e o baço, impulsionar a Passagem da porta OD que só vocês podem realizar. Mas ela coloca energia ou, se preferirem, lubrifica, de qualquer maneira, a porta OD.
Tudo isto se realiza de forma concomitante.
O Manto Azul da Graça é uma estrutura Vibratória cuja eficiência é a de vos colocar em Bem-aventurança, de fazer nascer a Onda da Graça que vos permitirá passar a Porta estreita da Ressureição, da Crucificação.
Isto se faz, uma vez mais, sem nenhuma intervenção da vossa parte.
Questão: Se só nós podemos passar a Porta Estreita, o que é preciso fazer?
Não, não há estritamente nada a fazer.
A crucificação do ego é justamente contorná-lo, não o negar.
Justamente não fazendo nada porque, definitivamente, quem foi que fez até o presente, senão o ego?
Mesmo a ativação das Coroas Radiantes, mesmo o Fogo do Coração vos abrindo ao Si, não é realizável e consciencializável senão pelo ego.
E vocês não são o ego.
E, portanto, conceber que há qualquer coisa a fazer, é querer agir.
Só vocês podem realizar a Passagem.
E esta Passagem é precisamente o Abandono à Luz, mas mais ainda o Abandono do ego e o Abandono do Si.
O Manto Azul da Graça e o Dom da Graça vos ajudam a vivê-lo.
Mas são vocês que o vivem.
Não há nenhuma contradição.
Acreditar que vocês vão se libertar é uma ilusão.
Vocês estão Libertados, de toda a Eternidade. S
implesmente vocês não o sabem.
Da mesma forma que, com humor, o Senhor Jourdain fazia prosa, vocês fazem prosa sem saber. Quando vocês descobrirem a vossa natureza, o Absoluto, que espaço pode restar para o ego ou para o Si?
Nenhum.
Apenas o ego crê que ele faz nascer a Luz, ou que ele captou a Luz.
Apenas o ego crê que há um caminho, qualquer coisa a percorrer.
Apenas o ego crê que há um trabalho.
E nós também jogamos com esta crença.
Como foi dito, há pouco tempo, se mesmo MARIA vos tivesse dito de uma vez, há dois anos: «vocês são o Absoluto», vocês não teriam colocado questões, vocês teriam tomado isso como qualquer coisa que vocês não compreendem, mas que não necessita de nenhuma questão, porque é totalmente abstrato.
Hoje, o Absoluto não é abstrato, é uma Verdade, vivível além da consciência.
Mas viver o Absoluto não é mais viver o ego e não mais viver o Si. Não rejeitando ou os enterrando, mas transcendendo-os, e não é o ego que pode transcender o ego.
Crer que existe uma solução de continuidade entre o que é conhecido e o que é desconhecido é muito satisfatório para o ego. Mas isto não pode existir.
Quando deixam o vosso corpo pela morte, vocês levam o vosso corpo?
Será que vocês levam o que quer que seja do que vocês possuem neste mundo?
Reflitam dois minutos.
Será que vocês partem com os vossos sapatos, com as vossas notas do banco?
É o ego que, incansavelmente, vos faz crer que vocês possuem a Luz, que vocês se tornaram Luz.
O ego mentirá sempre ao Absoluto porque, como foi dito, o Absoluto, para ele, representa o terror mais terrível.
Como vos foi dito hoje, o ego não pode negar o Absoluto.
Enquanto vocês persistirem em crer que são vocês que trabalham, que são vocês que se transformam, não se passa nada.
O ego pode ir até um certo estado de Luz, isso se chama também o Si, o Despertar ou o Acordar. Mas o Despertar ou o Acordar não são a realização, e muito menos a Libertação, mesmo se o conjunto da Terra for Libertado.
Ser Libertado é tomar consciência da Libertação e do Absoluto.
Isto é um fato adquirido pelo conjunto da humanidade.
Mas o que restará, uma vez vivido?
Restará um ego, um Si ou restará apenas o Absoluto?
Eu resumiria isto de outra forma. A pessoa que vocês são não poderá jamais viver a Libertação. A outra novidade é que vocês estão Libertados, de toda a Eternidade.
É um paradoxo magistral para o ego, mas é a evidência para o Absoluto.
É normal que o ego esteja com raiva, que esquente sozinho frente a este tipo de frase: é o objetivo.
Vocês são a vossa raiva?
Vocês são essa pessoa inscrita entre um nascimento e uma morte?
O estratagema mais maravilhoso do que é denominado ego (sem nenhuma noção pejorativa ou perversa), é justamente vos fazer crer que ele é eterno, que ele é todo-poderoso e que só existe ele.
Ora o ego, a pessoa, não conhecerá jamais o Absoluto.
A boa nova é que vocês não são o ego, que vocês são o Absoluto.
E ser o Absoluto, não vos impede absolutamente de percorrer este mundo.
Simplesmente, a forma como vocês o percorrem não tem nada a ver.
Como dizia, creio eu, no início da tarde, um dos Anciãos: há um antes e um depois. Enquanto vocês não tiverem consciência de um antes e de um depois, vocês permanecem no ego.
Da mesma forma que uma experiência mística, seja ela o Despertar do Si, ou a experiência de morte eminente, conduz inexoravelmente a conceber (porque essa é a verdade) que há um antes e um depois.
Enquanto vocês tiverem o sentimento de uma continuidade, não pode existir aí o Absoluto.
A Passagem é isso.
Só vocês podem realizar esta Passagem, mas isso não é absolutamente um fazer, é justamente o inverso.
É o ego que crê no inverso: que ele pode fazer, onde não há nada a fazer.
Nós não temos mais perguntas. Nós vos agradecemos.
Caros Irmãos e Irmãs encarnados, eu vos dou Graças por terem prestado atenção aos meus propósitos e eu vos amo indefinidamente e infinitamente.
O Melquizedeque da Terra, PHILIPPE DE LYON, vos diz até à próxima.
E não se esqueçam de colocar em algum lugar o que vos disse, mesmo se, por agora, isso não vos evoque nada ou não faça ressoar nada em vocês.
No momento próximo, que será o vosso, vocês compreenderão facilmente e apreenderão aquilo que eu vos disse.
Outros Anciãos vos disseram, noutros momentos, certas coisas que, no momento em que as leram, vos pareceu compreendê-las; se as retomarem hoje vocês verão que o significado não é de todo o mesmo.
Certas coisas foram dadas, há vários anos, e vos pareciam lógicas, Vibrantes mas não veiculam a mesma Vibração se vocês as relerem hoje.
O texto é o mesmo, a Vibração é a mesma, o que é que mudou?
Sobre isto, eu vos digo, até breve.
Sejam cobertos de graças.
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Mensagem do Venarável PHILIPPE DE LYON no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1387
17 de março de 2012
(Publicado em 18 de março de 2012)
Tradução para o português: Cristina Marques e António Teixeira
http://minhamestria.blogspot.com/
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